Do I Wanna Know? escrita por Twitter


Capítulo 4
Capitulo 3 Uma visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa, eu SEI que demorei muito para postar esse capitulo. Eu estava passando pela minha fase de "bloqueio criativo" e junto com ele veio as provas, trabalhos, notas vermelhas... Enfim, desculpem por ter demorado tanto!
Tá, eu vou ter que admitir isso, NÃO gostei desse capítulo! Está uma grande M.E.R.D.A, então se você ler até um final receberá uma nutellla de presente por seu esforço, só que...não.
Capitulo betado por Melinda (u/140966) ♥



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Vinte minutos depois, Percy estacionou sua moto em frente ao estabelecimento que exalava o cheiro de bebida alcoólica, cigarro e sexo. Bem que ele podia ter me levado a um lugar mais decente do que um bar.

Encarei o lugar com descrença, mas o adentrei sem reclamar. Qualquer coisa é melhor que escola, acredite.

Percy de repente enlaçou minha cintura e me puxou mais para perto sussurrando palavras que eu não pude decifrar.

–O que? – perguntei um pouco tonta pela proximidade que não respeitava nem um pouco do meu espaço pessoal.

–Fique perto de mim, entendeu?

Assim que olhei ao redor percebi o motivo. Homens bêbados, prostitutas... Aquele lugar era perigoso, não precisava ser uma pessoa sã para perceber isso.

–Acho que já estou perto o suficiente de você – eu e a minha habilidade de fazer piada nos momentos mais inoportunos – Deuses, por que está me agarrando? Eu sei que sou irresistível, mas não precisa tanto.

–É mesmo? Pois eu acho que está gostando – riu enquanto me arrastava até uma mesa nos fundos.

–Cala a boca, Jackson! E, aliás, o que estamos fazendo aqui?

–Você não negou, então quer dizer que é verdade – Disse sorrindo ironicamente. Revirei os olhos e fiquei calada, consequentemente, subindo o ego do Jackson – Você está caidinha por mim!

Certo, agora ele tinha me irritado.

–Primeiro, quem iria gostar de um cara mal humorado, bagunceiro, sem o mínimo de respeito pelo espaço pessoal, bipolar e que, pelo visto, não sabe levar uma garota a um lugar decente?

–Você se surpreenderia em saber que muita gente – comenta. Eu o ignoro, sabendo que é verdade – dói meu orgulho dizer isso -, e continuo a falar.

– Segundo, você ainda não respondeu minha pergunta, o que diabos estamos fazendo aqui?!

–Digamos que eu tenho que acertar algumas contas – Pisca para mim. Como minha imaginação é fértil, eu não pude evitar pensamentos como: “Ele é um mafioso”.

De repente aparece na nossa frente um garoto que, apesar das olheiras, do cabelo negro bagunçado e da palidez incomum, era simplesmente um gato. Ótimo, está brotando garotos lindos do chão. Mas, infelizmente, nenhum decente.

–Percy Jackson... – observa com uma voz rouca e abre um sorriso malicioso assim que seus olhos negros pousam em mim – e acompanhado de uma bela companhia pelo visto.

Ele me observou da cabeça aos pés e não pude evitar corar. Eu já não tinha gostado dele.

– Ela é minha – disse Percy, ríspido. Fiquei surpresa, não pela afirmação, porque eu já tinha me acostumado com ele colocando adjetivo de posse em tudo - até pessoas -, mas por seu tom frio e indiferente.

Logo, cheguei a uma conclusão: Percy e o garoto gato, mas idiota se odiavam.

O garoto gato, mas idiota pareceu surpreso e olhou novamente para mim, dessa vez, com um olhar curioso.

–Então você finalmente superou? – indagou o garoto gato, mas idiota, se dirigindo a Percy.

–Sim – respondeu Percy sem demonstrar nenhuma emoção na voz – Não encoste um dedo nela, Nico, entendeu?

– Isso eu não prometo – murmurou ele.

De repente meu celular começou a tocar – o toque era ''Fluorescent Adolescent'', do Arctic Monkeys, porque eu simplesmente amo essa banda. Peguei meu telefone do bolso – um iPhone 5 branco – e revirei os olhos mentalmente quando vi quem era.

Fala eu sei, sou educada demais para alguém da minha idade.

–Annabeth, estou com problemas! – disse a voz desesperada do outro lado da linha.

–Que tipo de problema? – indaguei.

–Do tipo “Ah eu estou ferrada se você não aparecer aqui agora!” – ouvi o barulho de alguma coisa se quebrando – Ah merda! Porcaria de vaso barato!

– Ok, tente manter a calma, já estou chegando aí – falei.

Desliguei o telefone e olhei para Percy. Ele revirou os olhos, adivinhando oque eu iria pedir. Virou-se para Nico e sussurrou alguma coisa que eu não pude ouvir. Ele assentiu e caminhou até uma porta preta com uma placa escrita “Não entre”. Voltou alguns segundos depois com uma sacola branca nas mãos e entregou para Percy.

– Cuide bem delas – disse Nico com um sorriso irônico, que, talvez, fosse melhor que o do Percy. Fiquei curiosa com o conteúdo do saco. Eu com certeza iria perguntar o que tinha lá depois.

–Vamos, loirinha – murmurou o cabeça de algas (já que ele tinha me dado um apelido, eu também ia dar um para ele e foda-se o resto).

–Loirinha é sua mãe – rebati.

–Minha mãe não é loira – disse com um sorriso de lado.

Subimos na moto e eu, já acostumada com isso, abracei a cintura do cabeça de algas.

–Para onde? – perguntou Percy colocando o capacete.

Falei onde era e alguns minutos depois ele estacionou na frente de uma mansão branca. Desci da moto e entreguei o capacete.

–Valeu – falei.

–Nem um beijo como recompensa?

Revirei os olhos e sorri. Tão idiota.

–Talvez na próxima, cabeça de algas.

(...)

–ANNABETH!

Assim que entro na mansão – sem bater, é claro, pois já sou quase que da família – sou agarrada por um macaco de cabelo castanho.

Ah não, essa é Silena.

–Silena, você tá me sufocando! – exclamo.

Ela me larga e sorri. Silena é uma garota rica e patricinha, e mesmo assim é uma das minhas melhores amigas e a pessoa mais legal que eu conheço.

–Eu preciso da sua ajuda! – grita ela me puxando até seu quarto.

–O que foi? – sento em sua cama rosa e encara seu ursinho rosa que estava ao lado de seu tapete rosa. Sim, tudo é rosa nesse quarto.

–Bem, eu tenho um encontro – fala pausadamente.

–Sério? Com quem?

–Charles – responde corando um pouco.

–O Beckendorf?! Sério? Uau, achei que ele não era o seu tipo – exclamo, surpresa.

–E eu tenho um tipo?

–Sei lá você parece ter – digo dando de ombros – Mas por que me chamou até aqui?

–Eu não tenho o que vestir!

Encaro-a incrédula. Silena tinha uma montanha de roupas para vestir. E não, eu não estou brincando, ela tem mesmo uma montanha de roupas no seu armário, do tipo que faria qualquer garota ter inveja, até eu.

–Você está brincando, certo? Silena, você tem milhares de roupas para vestir, vai com qualquer uma.

–Acho que você não está entendendo, é um encontro com o amor da minha vida, eu não posso ir com qualquer coisa.

Reviro os olhos. Silena deveria estar concorrendo ao Oscar de dramatização do ano, se é que esse prêmio existe. Se existisse ela com certeza ganharia.

–Que pensamento anos 80 – digo. Caminho até seu closet e o abro.

Silena tinha mesmo todo o tipo de roupa, desde blusas, shorts, tops e calças até biquínis, sutiãs, vestidos e sapatos. Aquilo parecia um arco-íris de roupas.

Pego a primeira peça que vejo – um vestido de cetim vermelho – e entrego na mão de Silena. Eu só queria ir logo embora e aproveitar meu dia livre.

–Ah meu Deus, eu nem lembrava que tinha esse! É muito lindo! – exclamou ela abraçando o vestido.

–Que seja – sento no chão e abraço meus joelhos – De qualquer jeito, por que você não foi à escola hoje?

Silena para de saltitar e rapidamente se senta ao meu lado, no chão, com as pernas cruzadas. Fico pálida assim que ela termina de falar:

–Fomos buscar o meu “priminho” no aeroporto.

Demoro alguns segundos para processar a informação. Ele voltou? Como? Por que? Onde? Droga, calma, Annabeth, mantenha a calma.

Tento me recompor, mas não posso evitar a voz trêmula quando indago:

–E-ele já está aqui?

–Não, ele saiu, não sei para onde – me encara e eu desvio o olhar – Annabeth, você está bem?

–Não – respondo e me levanto do chão – Acho que eu já vou. Tchau, Silena

Ela tenta dizer alguma coisa, mas eu sou mais rápida e saio rapidamente do quarto. Não quero ser consolada agora.

Isso tinha que ser mentira. Por que tão de repente? Por que agora? Droga, por que logo ele?

Respiro fundo. Eu tinha mesmo que me manter calma, quer dizer, eu sabia que isso um dia ia acontecer, que ele ia voltar.

Quase corri até a porta. Eu queria sair o mais rápido possível daquele lugar. E se ele chegasse? Tá, eu não posso evitar essa situação para sempre, mas o tempo devia me dar um pouquinho mais de tempo.

Abro a grande porta de madeira e fico sem reação assim que vejo quem está na minha frente – isso é novela mexicana por acaso?!. De jaqueta de couro e coturnos pretos, ali estava o garoto que eu mais odiava, parado, na minha frente, com um sorrisinho idiota que me deu vontade de socar a sua cara.

– Annabeth, há quanto tempo – diz ele me olhando de cima para baixo e mostrando um sorriso sacana.

E eu?

Bem, eu estava totalmente paralisada. Faz dois anos. Dois anos que eu não via essa peste e dois anos que foi o suficiente para me mudar completamente. Dou um sorriso.

Sim, eu já não sou a mesma garotinha ingênua de antes.

– Há quanto tempo...Luke.



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Notas finais do capítulo

TAM TAM TAM TAM
Luke voltou! Qual será o passada da Annie com ele?
Bem, obrigada a Selena, katnisschase, Nati, Secrets,JuhAquaDiÂngelo, Madame Di Angelo, Sabidinha Chase e Pocket por terem comentado no capitulo anterior *0*
Até o próximo.
Get in. Get out. Get away