24 horas podem mudar sua vida. Em 24h você pode morrer. Você pode enlouquecer. Você pode ficar rico. Pode perder tudo. Pode acabar com tudo. Pode começar do zero. Refazer algo. Reconstruir algo. Mas ela poderia dizer que aquelas últimas 24h eram as 24h mais inúteis de sua vida. Estava acordada a exatamente 24h e a exatamente 24h ela não fazia nada.

Certo! Ela tinha sido envenenada. Tinha sofrido um expurgo involuntário. Teve seu corpo quase que estraçalhado. Tinha estado de frente com a morte. Tinha sido salva por um desconhecido. E passado cerca de 32h desacordada. Fora a perda de sangue, a falta de chakra e a baixa de stamina. Tá... Talvez fosse um motivo para que ela tivesse que permanecer no hospital. Mas “Merda!”, ela estava começando a ficar impaciente.

E céus! Ela estava parada a 24h naquela porcaria de cama de hospital. “Estou começando a entender Sasuke e Naruto em relação a hospitais...”. E talvez o pior fosse os dois ANBU da Root que estavam a vigiando. Um na porta, outro na porcaria da janela. Mas afinal, o que merda estavam fazendo ali. Um terceiro chakra. Um que ela já sentira antes, algumas vezes quando treinava junto a Tsunade.

Um homem entrou em seu quarto. “Quem é vivo sempre aparece, não?”, pensou ao ver o velho entrando. O mesmo usava ataduras em quase todo o corpo. E ele – Danzou – era um velho desagradável. Ela não sabia o porque, mas jamais se sentia bem ou segura na presença dele, não mesmo.

– Shimura-sama, o que faz aqui? – Perguntou ela. Por mais que detestasse aquele homem ele ainda era se superior, e infelizmente ainda devia respeito a ele.

– Sabe, Haruno-san... Você está conseguindo me deixar intrigado... – Comentou o homem com a voz arrastada e acida.

– O que quer dizer?

– Você foi a única a sobreviver ao veneno, duas vezes... – O homem disse e a olhou com o único olho exposto. – E pelo que chegou aos meus ouvidos o veneno era miasma.

– Pensei que estes dados fosse secretos, Shimura-sama! – Disse em tom irritadiço. “O que este velho quer?” – Ainda não disse o que quer?

– A verdade! – Ela ergueu uma sobrancelha. – Como sobreviveu ao veneno?

– Não faço a mínima ideia, senhor! – Disse em zombaria. O homem a olhou de forma grave.

– Então como que uma ninja como você – o homem começou a rodear sua cama. – consegue sobreviver ao pior tipo de veneno existente.

– O que quer dizer com “uma ninja como você”?

– Seremos sinceros, Haruno... – Começou o homem a olhando como se fosse superior a ela. Ela nada fez a não ser continuar encará-lo, desafiando-o a continuar. – Você não possui nenhuma herança sanguínea, é uma chunnin, o taijutsu é totalmente dependente do seu chakra, genjutsus medianos, ninjutsus quase inexistentes... Talvez a única coisa louvável em você seja o seu controle de chakra. Em outras palavras você é uma inútil.

– Se esqueceu que meu controle de chakra não é louvável, é perfeito... – O homem se surpreendeu com a audácia da menina. – E acaso tenha se esquecido, Shimura-sama, sou a segunda melhor médica existente neste país... E sou muito boa em distinguir e lembrar de assinaturas de chakra, e tenho certeza que sabe que ambos os ANBU que o senhor colocou para me vigiar já foram salvos por mim. – Ele não podia negar. Haruno era uma ótima medica.

– Ainda sim é fraca!

– Mas o forte o suficiente para sobreviver ao miasma, não? – Debochou.

– Não estou brincando, Haruno.

– Eu menos ainda! – Respondeu. Esquecendo-se de todo e qualquer respeito. – O que quer aqui? O que realmente quer aqui?

– Respostas.

– Pois como lhe disse. Creio que não as conseguirá aqui! Não possuo as respostas das perguntas que o senhor faz. – Completou por fim. – Se puder se retirar e mandar com que os seus capachos saiam daqui eu agradeço, estou um pouco cansada!

– Essa conversa não acabou, Haruno!

– É algo que concordamos! – Disse ao ver o homem se retirando.

Ela ainda não entendia o que ele queria. Mas não importava. Aquele homem era extremamente desagradável e ela não desejava a ele nada de bom. Não que desejasse o mal.

Sorriu ao perceber que ele e os capachos se foram de vez. Pensou em dormir, mas estava cansada disso. Aproveitou que não tinha ninguém no quarto e tentou se levantar. Idiota. Retirou todas as merdas dos fios e agulhas que a ligavam às maquinas. Sua perna quebrada estava simplesmente a matando. Ignorando a dor ela tentou andar. Andou em direção a porta, e quando se aproximava dela conseguiu sentir uma assinatura de chakra do lado de fora. Provavelmente alguém que viria ver o que aconteceu.

– Sakura-chan! – Disse o médico assim que entrou no quarto.

– Katsura-senpai!

– O que diabos pensa que está fazendo? – Perguntou. Ele a pegou no colo enquanto ela ficava emburrada.

– Estou tentando ser útil.

– Não vai conseguir se continuar assim, mas para melhorar precisa receber atenções médicas. – Disse irritado. Ele colocou nela todas as agulhas e fios, ligando-a de volta as máquinas. – Eu estou preocupado, Sakura! Aquele homem, o conselheiro Danzou, ele não é confiável. A visita deste homem aqui, pode significar algo muito ruim... E o interesse dele em você, algo pior ainda! – Sakura ficou um tempo em silencio, encarando seu senpai.

– Eu sei! – Respondeu por fim.

Noaki não permaneceu por muito tempo no quarto. Nem poderia, ainda tinha outros tantos pacientes para olhar. Sakura não ficara muito tempo acordada, o amigo injetara morfina nela. Logo, foi capaz de sentir um chakra. Um chakra desconhecido, que estava próximo a ela, quem era não sabia. Se ela tivesse aberto os olhos naquele momento teria percebido a presença de um ANBU-Ne mascarado em seu quarto, que ficara ali velando o seu sono. Sabe-se lá porque.

OI...

Trazendo a informação sobre a votação dos nomes. Ficou assim.

Aika -> 2

Emi -> 2

Hana -> 3

Dessa forma o nome Hana disputará com:

1. Haruka -> flor distante

2. Saya -> eternamente minha / para sempre minha

3. Mai -> dança

Muito obrigada pela participação e pelo voto de todos. Que vença o melhor nome.

Bjs gatas, até mais.

Vick Wayne