Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii geeente, não ia postar hoje até porque postei um novo capitulo ontem, mas tive um tempinho para escrever e acabei postando mesmo assim :) muito obrigada pelo comentário de vocês, os responderei assim que consegui. beeeeijao e muito obg.



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Austin

Apesar de lembrar constantemente de Ally durante todo o final de semana eu aceitei o convite de Dez para sair no domingo à noite. O relógio marcava 19:00 e eu estava a caminho da casa do ruivo para busca-lo.

- Beleza Austin? – ele sorriu com suas covas, eu assenti com a cabeça.

Ele entrou no carro e eu notei que ele me analisava, provavelmente porque eu não estava sendo muito convincente quando disse que estava tudo bem. Apesar do pouco tempo o ruivo já me conhecia o suficiente pra saber que eu não era o tipo de pessoa que se abria facilmente.

- Muda isso cara. – ele disse e eu fiquei confuso com suas palavras.

- Eu sou seu amigo. - ele se pronunciou mais uma vez, foi quando notei que ele estava querendo que eu contasse o que estava havendo, que eu mudasse meu jeito.

- É complicado. – disse simplesmente e ele permaneceu atento, esperando que eu continuasse.

- É sobre Ally Dawson? – ele me perguntou quando viu que eu não iria mais abrir a boca.

- Dá pra perceber quando você olha pra ela, rola alguma coisa entre vocês. – ele despejou suas observações, eu sorri surpreso.

- Acertou, é sobre a garota. – enfim admiti, ele sorriu vitorioso.

Não era fácil abrir minha vida desse jeito, pode parecer idiotice da minha parte optar por ser isolado do mundo, mas as coisas mudaram muito quando meus pais morreram. Os meus antigos amigos me deram as costas e tudo virou de cabeça pra baixo, éramos só eu e minha tia. Apesar de tudo com Dez as coisas parecem ser diferentes e acho que vale a pena apostar nessa amizade, o ruivo merece que eu seja mais legal com ele.

- Cara, eu não sei o que acontece com você, mas quero que saiba que pode contar comigo. – ele informou e eu agradeci.

O caminho acontecia silencioso, estávamos indo para a pista de skate que ficava na orla da cidade, pois Dez queria treinar um pouco, foi quando não aguentei guardar tudo pra mim e resolvi falar sobre o assunto.

- Eu gosto dela. – disse em meio ao silêncio e Dez rapidamente me olhou em sinal de que estava prestando atenção.

- Existem coisas muito complicadas na minha vida, não sei se você vai acreditar no que eu vou dizer agora, mas eu sonho com ela. – despejei, mas o ruivo parecia não entender.

- Sonhar? Me explique melhor. – ele pediu e eu suspirei ao pensar que eu iria contar o meu segredo pela primeira vez a alguém.

- Eu sonhava com ela antes de conhece-la, eu sabia toda a sua fisionomia antes de vê-la nesse colégio pela primeira vez. – revelei deixando Dez chocado, eu ainda duvidava de que ele acreditasse, mas mesmo assim eu continuei.

A essa altura nós estávamos sentados numa mesinha de um lugar que vendia cachorros-quentes, eu contei tudo que havia acontecido comigo e o alivio que me proporcionava ao despejar meus problemas era imenso. Dez estava boquiaberto, perplexo diante de tantas coisas que eu havia dito, mas ele não me decepcionou em momento nenhum, pois ele mostrou acreditar e confiar nas minhas palavras.

- Sinto muito cara, de verdade. – ele colocou a mão em meu ombro e depois a tirou.

- Eu sei que sim. – informei.

- Mas acho que você precisa buscar ajuda de alguém que entenda do assunto. Esses sonhos podem significar algo muito importante cara. – ele me aconselhou.

- Eu também estava pensando nisso, Ally é muito importante e mesmo que eu tenha me afastado isso não garante que ela esteja fora de perigo. Preciso descobrir o que o sonho quer me avisar. – concordei enquanto ele dava uma dentada em sua comida.

Nós conversamos um pouco mais sobre o assunto, mas logo foi a vez de Dez de me contar algo.

- Eu conheci uma garota ontem na praia. – ele corou e eu sorri.

- Rolou alguma coisa? – perguntei curioso.

- Ainda não, mas ela é incrível e o melhor de tudo é que estuda no mesmo colégio que a gente. – ele sorria largo com a novidade, o que me fazia ficar feliz por ele.

- Mas e Kira Star?

- Ela nunca vai me dar bola, preciso ser realista. – ele sorriu tristemente.

- No fim das contas acho que ela nem se quer vale a pena. – informei minha opinião, ele assentiu.

Foi ficando tarde e eu levei Dez para casa, pois no dia seguinte teríamos de acordar cedo para a escola. Logo que cheguei me joguei na cama, liguei o notebook e busquei informações sobre especialistas em sonhos, videntes e todas essas coisas.

“Está querendo desvendar seus sonhos? Relaciona-los com a realidade? Veio ao lugar certo, é só ligar para o número abaixo e marcar a sua hora com a Madame Sabine.”

O anuncio me fazia ter esperanças e por um impulso tentei ligar para marcar uma hora, mas era tarde e ninguém atendia. Eu estava decidido, iria pegar o endereço e seguir para o estabelecimento dessa tal Madame Sabine o mais rápido possível, amanhã.

...

O sol clareava meu rosto sinalizando que o dia havia chegado, eu não perderia nem mais um segundo de tempo. Me levantei rapidamente e fiz minha higiene matinal, corri até a cozinha e roubei uma maça da cestinha que ficava em cima da mesa de mármore, a devorei em segundos e segui para o carro.  Eu não iria ao colégio hoje, minha necessidade de visitar a senhora dos sonhos era maior.

O local onde a tal vidente atendia seus clientes era de fato bem normal, não posso negar que na minha cabeça eu esperava encontrar uma casa sombria ou no mínimo macabra, mas o que havia ali era uma casa lilás rodeada de roseiras. Eu desci e fui rumo à porta, eu ia tocar a campainha, mas alguém abriu a porta antes mesmo de eu toca-la.

- Eu sabia que viria. – uma senhora não tão velha sorriu ao me ver.

- Venha, entre. – ela abriu mais a porta me mostrando o caminho para que eu entrasse.

Eu caminhei lentamente enquanto a senhora à minha frente me guiava, eu estava abismado. Como ela saberia que eu viria? Talvez fosse algo que ela dissesse para todos os clientes a fim de impressiona-los, pensei tentando me acalmar um pouco.

- Não precisa ficar assustado, pode se sentar nessa cadeira. – ela disse gentilmente enquanto abria duas cortinas roxas exibindo uma pequena sala onde provavelmente fazia suas consultas.

Eu fiz o que ela me pediu, passei para dentro da sala e me sentei na cadeira à frente, não haviam bolas de cristais ou coisas do tipo, a mesa que separava a minha cadeira da dela continha outros tipos de coisas, cartas e pedrinhas coloridas.

- Diga meu jovem, o que deseja? – ela me perguntou ao sentar-se em sua cadeira.

- Eu tenho tido alguns sonhos com uma garota que nunca tinha visto antes até conhece-la à algumas semanas atrás. – contei cuidadoso enquanto ela me analisava.

- Sonhos assim são muito importantes, geralmente eles possuem mensagens. – ela disse e logo pediu que eu prosseguisse.

Contei tudo, todos os detalhes do sonho e a minha relação com a garota. Eu não conseguia acreditar que aquela senhora podia me ajudar, mas não custava tentar.

- Meu querido, você já parou pra pensar que talvez você não deva se afastar? – ela me perguntou e eu franzi meu cenho.

- Não estou lhe dizendo que tenho certeza disso, mas uma força maior queria que você encontrasse essa garota e te mostrou que ela era especial por meio de um sonho, porque você acredita que deve se manter longe? – ela me perguntou mais uma vez e eu fiquei pensativo, talvez ela tivesse razão.

- Eu não sei o que pensar, mas tive medo de prejudica-la. – disse.

- Você está muito apaixonado por essa garota, mas nem tudo é o que parece. – ela me deu um sorriso enigmático.

- Poderia me explicar melhor? – perguntei curioso, ela apenas sorriu.

- Meu querido, para algumas pessoas certos sentimentos são muito mais do que um amor ao acaso. Não se engane, se ela aparecia em seus sonhos e em poucos dias você se viu apaixonado é evidente que a ligação de vocês é muito mais forte do que o que aparenta ser. – ela me explicou e eu tentei juntar as peças.

- Você está falando de reencarnação? – perguntei e ela riu.

- Não sei ao certo, talvez um dos dois seja o protetor do outro. – ela lançou a possibilidade e eu fiquei cada vez mais interessado e curioso.

- Como pode saber de coisas assim? – perguntei ainda incrédulo.

- Já tive muitos sonhos jovenzinho e muitos deles enigmáticos como o seu, mas o que nos diferencia é que desde pequena eu conseguia fazer as interpretações e pra meu espanto tudo o que eu interpretava acontecia. Não só dos meus sonhos, como o dos outros também. – ela me contou e eu sorri.

- Como um dom?

- Acho que sim, podemos chamar de um dom. – ela sorriu de volta.

De repente ela se manteve calada e eu esperei que ela tomasse alguma atitude, ela fez algumas arrumações com o baralho que estava na mesa, jogou algumas pedra por cima e me pediu para tirar 3 cartas.

- Pelo visto a escolha que você fez não foi das melhores. – ela me disse enquanto analisava as cartas.

- O que significam? – perguntei ansioso.

- A primeira significa má sorte e fracasso, a segunda sacrifício, escolha errada, traição ou abandono. E a terceira loucura, indecisão e precipitação. – ela me respondeu e eu só conseguia pensar na atitude de me afastar da garota.

- Isso tem a ver com o fato de eu ter me distanciado da garota, não é? – ela me analisou.

- Rapaz, essa é uma resposta que você precisa encontrar sozinho. Eu apenas estou tentando te esclarecer algumas coisas, mas eu sou só uma humana. Deus é quem sabe o caminho e você precisa confiar nele para achar a sua resposta. – ela mais uma vez foi enigmática.

- Bom acho que encerramos por aqui. – ela me disse com um sorriso e eu assenti.

Eu paguei a senhora a agradecendo e em seguida fui embora de sua casa. Eu estava atordoado com tantas informações, o que eu deveria fazer? Tudo estava confuso na minha cabeça, pelo que eu podia ver o meu destino está mais entrelaçado no destino da garota do que eu imaginava.


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Notas finais do capítulo

Gente queria deixar claro que não entendo nada dessas coisas de cartas e tal, eu inventei a maioria das coisas só pra incrementar a história, ok? beijão e espero que comentem. :*