Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! gostaria de agradecer pelos comentários lindos de vocês, vou responde-los agora meeeesmo!!!

Preciso informar que pensei em várias coisas para dar continuidade á historia e quero que saibam que estou reservando algo muito especial nessa fic, espero que vocês tenham paciência em relação ao romance entre a Ally e o Austin. Sei que todo mundo quer ver o casal juntinho e logo, mas algumas coisas precisam acontecer daqui até lá , ok? espero que entendam. beijão e muitíssimo obg!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/383073/chapter/15

Ally

- Quero que me diga o que aconteceu, eu sei que estive com você na noite após o campeonato. – perguntei ansiosa por uma resposta, seus olhos não desviavam dos meus.

- Não sei do que está falando. – ele disse curto e grosso, mas eu não iria deixar por isso mesmo.

- Posso ser qualquer coisa, mas não ache que sou burra! Sei muito bem do que estou falando. – esbravejei ansiando por respostas do loiro, ele prosseguia imóvel à minha frente.

- Olha Ally é simples, não posso te contar algo que sei que não aconteceu. – ele insistia na mentira descabida, seu corpo estava tenso, eu podia notar.

- Se prefere mentir tudo bem, mas ao menos pare de tentar fingir que não quer ficar perto de mim tanto quanto eu quero ficar de você. – admitir isso deveria ser um momento tímido ou embaraçoso pra mim, mas eu não conseguia sentir vergonha.

- Não invente coisas, não temos nada em comum. – ele se pronunciou, sua voz era fraca como se não houvesse ar.

Estava nítida sua fraqueza diante de mim e eu resolvi me aproveitar dela, fui chegando cada vez mais perto enquanto o loiro me olhava sem desviar. Ele queria se mexer, mas permanecia parado e nem mesmo quando a chuva pesada começou a cair ele tirou sua atenção de mim, estávamos hipnotizados no nosso silencio.

Ele alto e eu baixa, mas isso não me impediria de tomar a atitude que viria a seguir. Levei meus dedos até seu cabelo molhado de chuva e o acariciei, Austin tinha uma respiração acelerada e meu coração bombeava fortemente, puxei com delicadeza seu rosto para mim e me coloquei na ponta dos pés e sem esperar nem mais um minuto capturei seus lábios avermelhados.

O loiro tentava recusar o gesto, mas eu persisti e enfim ele cedeu passando seus braços fortemente e com paixão ao meu redor, nosso beijo se intensificava a cada segundo que passava assim como os pingos de água que vinham do céu caiam mais rapidamente, sua língua pediu passagem em minha boca e eu concedi, ele acariciou minhas costas com as unhas e eu mordisquei seu lábio inferior.

 Não queríamos sair dali e isso era evidente, eu podia perceber o desejo do loiro sobre mim, mas nós fomos obrigados a parar até porque ainda estávamos na porta do colégio. Ele foi abrindo seus olhos devagar e nós encerramos o beijo com um selinho molhado.  Estávamos encharcados e seu cabelo molhado me fazia perder o fôlego, um charme.

- Não me procure mais. – foi o que ele disse, instantaneamente minhas lágrimas se misturaram com a chuva.

Eu não tinha forças pra fazer ou falar mais nada, aquilo estava doendo, nós havíamos nos beijado, mas mesmo assim ele não me queria. Austin me deu as costas e andou em meio a chuva até seu carro me deixando sozinha.

Austin

- Covarde!!! – ela gritou enquanto eu abria a porta do meu carro. Eu me senti destruído, o que eu estava fazendo era ridículo.

Eu dirigia sem destino, o que acabara de acontecer estava me matando por dentro e eu precisava dar um jeito naquilo. Eu tinha feito mal a garota dos olhos castanho quando tudo que eu mais queria era o contrário.

- IDIOTA – gritei pra mim mesmo.

As horas iam passando e eu resolvi ir pra casa, logo que cheguei encontrei minha tia se preparando para o jantar.

- Oi meu amor, não acredito que tirou mesmo aquele capuz horroroso! – ela disse sorridente, mas eu não conseguia fazer uma cara feliz, eu estava arrasado.

- O que houve Austin? Que carinha é essa? – ela veio até mim e segurou meu rosto.

- Não é nada demais tia, apenas estou cansado. – respondi tentando não dar muitos detalhes.

- Realmente, você chegou bem tarde hoje. – ela sorriu e me puxou para que eu senta-se à mesa.

- Faz tanto tempo que não conversamos, estou muito feliz por saber que você desistiu do capuz.- ela fez uma careta e eu sorri.

Nós jantávamos calmamente, tia Charlie tagarelava milhares de assuntos, mas minha cabeça rodava e voltava pra cena de Ally chorando. Não consigo mais suportar relembrar aquele momento, dói como se fossem mil agulhas me perfurando.

- Acho que vou dormir tia, estou precisando. – me levantei da cadeira e minha tia deu-me boa noite.

Meu quarto estava escuro e frio, o tempo lá fora era extremamente chuvoso então resolvi entrar nas cobertas para tentar me sentir melhor, mesmo sabendo que isso é pura ilusão porque nunca vou me sentir melhor depois do que aconteceu.

Ally se aproximava cada vez mais, seus passos eram delicados e sua pele levemente pálida chamava minha atenção. Ela possuía um sorriso em seus lábios e eu podia imaginar o momento em que ela chegaria mais perto e eu a seguraria em meus braços, eu esperava ansiosamente ela chegar. De repente seus olhos escureceram, eu senti o pânico tomar conta de suas expressões suaves, um abismo estava se abrindo entre nós e eu corri contra o tempo a fim de salva-la. Nossos dedos se tocaram e ela me olhou esperançosa, mas era tarde ela caia na minha frente.

Me acordei assustado como de costume, olhei para o relógio e me surpreendi por ainda não ter passado das 23:00 da noite, ainda havia toda a madrugada pela frente e eu não sabia como aguentaria tal martírio.  Me levantei e tentei passar o tempo com a TV, livros, música, internet, mas as horas pareciam não passar e eu não conseguia esquecer Ally de nenhuma maneira.

Eu precisava mais que tudo da garota, estava dependente, viciado como um usuário de crack. Me levantei da cadeira a qual estava sentado e me dirigi até a escada, peguei as chaves do carro e por um impulso louco da madrugada eu dirigi até a casa da garota. Estacionei uma casa antes da sua e observei, a janela mais alta ainda estava com as luzes acessas, ela certamente estava acordada assim como eu.

Ally

O dia havia sido extremamente difícil, eu não conseguia acreditar que Austin me rejeitou, depois de tudo que aconteceu, de todas as vezes em que ele me defendeu, o beijo e o teatro. Suspirei com todas as lembranças, meus olhos ardiam de tanto chorar, já não haviam mais lágrimas.

Ouvi um barulho de carro passar, não era muito comum carros por volta dessa hora. Me levantei e corri até a varanda por pura curiosidade, um carro preto já havia dado partida e corria a toda velocidade. Se não fosse tão improvável podia jurar que era o carro dele.

O dia amanheceu e eu estava exausta, não havia dormido praticamente nada e meus olhos estavam muito inchados. Desci até a cozinha para preparar um leito morno, era final de semana e eu não teria de ir à escola, à medida que descia as escadas escutava gritos e as vozes pareciam ser dos meus pais. Corri até o local e me deparei com uma briga e pelo que podia perceber era por causa do dinheiro que meu pai havia perdido nos jogos.

- Ally, minha filha! não venha pra cá, você não merece ouvir isso. – minha mãe chorava descontroladamente, eu me aproximei.

- O que você fez dessa vez pai? Você não vê que isso não adianta? – reagi vendo minha mãe chorar.

- Ally, eu não fiz por mal! Nós ainda podemos recuperar tudo se eu apostar de novo, dessa vez eu juro que ganho! – ele falava como se não raciocinasse, meus olhos arderam mais uma vez por conta das lágrimas.

Eu balancei negativamente minha cabeça para meu pai e levei minha mãe para meu quarto, a abracei forte para que se acalmasse e ela foi parando aos poucos de chorar.

- Nós perdemos tudo Ally, tudo. – ela enfim me disse, entrei em choque. Estávamos falidos?

- Mas, não se preocupe ainda temos economias suficientes para pagar esse ano letivo pra você meu amor. – ela sorriu tristemente pra mim e dessa vez eu fui abraçada por ela.

Aquilo não podia estar acontecendo, em um dia minha vida havia mudado da água pro vinho. O que estava acontecendo?

O final de semana se arrastou mais do que qualquer coisa, eu não havia saído dia nenhum mesmo Trish tendo ligado várias vezes, eu não tinha vontade de nada. Estava quase na hora de seguir para o colégio, o que eu não sabia era se eu aguentaria. Assim que cheguei não notei o carro do loiro no estacionamento, mas de que adiantaria se ele viesse? Nada iria mudar.

- Amiga, o que aconteceu com você? Sumiu o final de semana todo! – Trish correu até mim e eu me agarrei a ela como se fosse a última pessoa no mundo, eu estava acabada.

Ela sabia que havia algo errado, mas sendo a boa amiga que sei que ela é certamente  esperará que eu me sinta à vontade de contar os meus problemas. Ela me respeitava e isso era bom, eu tinha confiança nela. Trish me acompanhou até a minha sala, tentou me animar com assuntos paralelos, disse que havia saído com um garoto daqui do colégio e que estava animada, eu ri algumas vezes, mas nada curava minha tristeza. Sentei em minha carteira e tudo parecia estar normal, mas não estava, pois era matemática e Austin não apareceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem, preciso de vocês! :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dreams" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.