A Caçadora escrita por jduarte


Capítulo 15
Preparativos - £


Notas iniciais do capítulo

Oii! Feliz dia do amigo para todas as minhas leitoras/ os meus leitores lindos (as)!
Como vocês já devem ter percebido, eu AMO enrolar, então esse capítulo ainda não é o baile de fato... O baile saí ainda hj a noite, acho... Então não se preocupem!
Mandem reviews, recomendações e etc kkkk Isso faz com que os capítulos saiam mais rápidos! Leitores fantasmas, mandem vocês também!



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Depois te toda a agitação das pessoas que iriam participar da missão – maior pela parte feminina – por saberem que estaríamos agindo dentro de uma festa, tivemos que ir para a sala de armas, deixar nossas armas fixas para a manutenção, e pegar outras, que serviriam somente para uma ajuda, já que não chegaríamos a usá-las, realmente.

Se não fosse necessário, óbvio.

– Helena, cadê a bolsa de armas? – meu supervisor perguntou com um olhar surpreso.

Bati a mão na cabeça.

– Esqueci no carro, já volto! – e com isso saí correndo mais uma vez em direção ao estacionamento.

Quando avistei meu carro, não pude deixar de me amaldiçoar por ainda andar com tal caixa de metal caindo aos pedaços.

Pelo menos ele anda, Helena, deixe de ser ranzinza, pensei comigo mesma.

O abri e tirei a mala lá de dentro com certo esforço, quando parei abruptamente. Uma caixa retangular e grande chamara minha atenção no banco da frente.

– Mas que mer... – sufoquei o palavrão no topo da garganta, sentindo os lábios secos.

Havia um cartão apoiado cuidadosamente em cima da caixa. O cartão tinha um cheiro de perfume masculino, e uma caligrafia garranchada, mas que não deixava de ser bonita e elegante.

“Vista esse vestido à noite. Quero ver o quão bonita você ficará nele.”

Meu sorriso cresceu e somente um nome passou por minha mente. Fitch.

Será que ele já tinha isso planejado?

Abri a caixa cuidadosamente, e meus olhos se arregalaram. Peguei o vestido nas mãos como se ele fosse uma preciosidade e o desdobrei à minha frente. Eu não tinha palavras para expressar o quão feliz eu estava naquele momento.

O vestido ombre preto e rosa era curto, tendo todo o busto em preto, e um decote favorável na região dos seios. O vestido tinha detalhes brilhantes, que brilhavam quando a luz os tocava. A saia parecia ser de um tecido como tule, e era cheio de camadas, além dele ser sem alças.

Apertei-o no peito, e o dobrei, colocando-o de volta na caixa. O que me faltava agora era só a máscara.

Depois de guardar o vestido cuidadosamente, peguei a bolsa novamente e saí correndo antes que meu supervisor me matasse. Quando cheguei à sala, todos me encararam com confusão.

– Que cara é essa, Jameson? Anda apaixonada? – uma pessoa fez questão de gritar de algum lugar da sala.

Dei um sorriso amarelo, colocando a bolsa de armas no chão, bem no meio da sala, abrindo-a com cuidado.

– Ok, quem é o primeiro? – perguntei.

Já que ninguém se prontificou, peguei a minha preferida, uma .44, enfiando-a no suporte onde ficava a minha antiga, indo para o fundo da sala.

Vi Edward pegar uma arma de calibre .22 e assim que ele chegou perto de mim, a peguei de suas mãos.

– Hey! – ele disse tentando alcançar a arma de minhas mãos.

– Pegue essa. – apontei para a que repousava em meu cinto.

– Não! Eu vi essa primeiro!

Revirei os olhos.

– Sério? Você está ficando na minha casa, como pagamento eu quero essa arma!

– Não, Helena!

Nós dois fomos interrompidos bruscamente pelo meu supervisor, que gritou mandando-nos parar.

Congelamos no lugar.

– Jameson, passe a arma para o sr. Holt!

– M-Mas...

– Agora! – ele gritou.

Sem hesitar entreguei a arma à Edward, de mal gosto, enquanto este praticamente se dobrava de rir.

– Eu quero trocar a minha. – choraminguei.

– Não pode. Já foi a sua vez. – Jake vociferou olhando para frente, prestando atenção em todos que pegavam suas armas.

Não resisti e revirei mais uma vez os olhos.

– Que criancice, Jake!

Quando lhe chamei de criança, ele me lançou um olhar de “você fala de mim?”.

– Então pelo menos me dê a sua! – tentei mais uma vez.

Ele cruzou os braços no peito e me encarou, ignorando as demais caçadoras que pegavam armas extremamente grandes. Elas a iriam esconder onde no vestido?

– Me dê uma boa desculpa para eu querer lhe entregar a minha arma.

Fiz cara de cachorro sem dono, e juntei as mãos.

– A de Edward é melhor do que a minha.

Jake pegou a arma de minhas mãos, e a analisou por um instante.

– A de calibre .44 é tão boa quanto a .22. – ele disse. – E para esconder em um vestido, a .44 é muito melhor.

Me aproximei de Jake e toquei seus ombros.

– Você prefere que eu fiquei bonita à segura, Jake? Fitch não iria gostar nada, nada. – tentei partir para o psicológico.

Ele arrancou sua própria arma do cinto e esticou-a para mim, enquanto Edward nos encarava embasbacado. Mas antes que ela pudesse ao menos tocar em meus dedos, ele afastou-a de mim rapidamente.

– O quê? – perguntei.

– Promete ficar quieta até todas pegarem as armas?

– Não prometo nada. – sussurrei bem baixo.

– Helena... – ele avisou.

– Tudo bem, tudo bem, eu prometo! – peguei arma de suas mãos.

Olhei todas as caçadoras com as armas nas mãos e sorri vendo que elas teriam que escolher novamente.

– Claire, essa arma tem quase o tamanho de sua perna! – eu disse sem me importar com o olhar ameaçador de Jake me deu.

Ela olhou para a arma duas vezes antes de resolver trocar por uma menor. Bem menor pelo visto.

– Estão todos armados? – Jake perguntou, pegando uma arma que era praticamente do meu tamanho, com várias partes que se abriam, colocando lanças finas o suficiente para desaparecerem ao longe, amarrando um fio longo de eletricidade nelas.

Todos assentiram.

– Ótimo. Nos vemos na empresa daqui duas horas para repassarmos todos os dados da missão e coisas desse tipo. Não se esqueçam, não é uma festa, e sim uma missão!

Ouvimos risadas, e uma das caçadoras perguntou:

– É para todos nós estarmos aqui prontos?

Jake revirou os olhos.

– Obviamente.

E o caos tomou conta.

Várias mulheres em um mesmo recinto, ainda suadas pelo treinamento, todas descabeladas, sem estarem com as “belas unhas feitas”, surtando por terem “somente duas horas”.

Para mim duas horas dava sem problema algum. E como eu não tinha praticamente movido um dedo, elas não fariam diferença.

– Então se apressem. – Jake caçoou depois de ter até que acalmar uma das mulheres que chorava desolada.

Edward só faltava se jogar no chão de tanto rir ao meu lado. Dei-lhe uma cutucada com o cotovelo nas costelas, fazendo-o parou imediatamente.

– Estamos numa sala cheia de mulheres perto de um colapso nervoso, e o pior, elas estão armadas. – lembrei-lhe. – Quer morrer?

– Não. – ele respondeu muxoxo.

– Então mantenha o bico calado. Quando chegarmos em casa pode rir à vontade.

Ele assentiu e ficou quieto.

Fomos dispensados não muito tempo depois, por um Jake tão assustando quanto nós. Todas as caçadoras estavam deixando seus parceiros malucos e por isso o Edward confessou, quase aliviado quando alcançamos o carro:

– Obrigado por não ser igual à elas.

Ele colocou a mala grande que carregava no porta-malas e veio se sentar no banco da frente, jogando a caixa com meu vestido novo para trás.

– Ei! Cuidado com isso! – rosnei.

Ele levantou as mãos se rendendo.

– Desculpe.

Edward colocou o cinto e fechou a porta. Sem me importar com qualquer sinal vermelho, quase inexistentes, pisei fundo no acelerador querendo chegar em casa o mais rápido possível.

Parei o carro de qualquer jeito, peguei a caixa com o vestido, e abri a porta de casa subindo as escadas correndo, sabendo que ele estava atrás de mim.

– Onde eu deixo a mala? – ele gritou lá de baixo.

– Aqui em cima no segundo quarto à esquerda! – respondi no mesmo tom, me enfiando embaixo do chuveiro rápido.

Depois de um banho de gato, me enfiei em um roupão cinza felpudo e sequei os cabelos lentamente. Ouvi um barulho alto, e desliguei o secador, prestando mais atenção.

– Edward? – perguntei segurando o secador ameaçadoramente.

– Oi? – ele gritou do quarto.

– Que barulho foi esse?

Ouvi sua risada calma.

– Estava procurando o terno, desculpe.

Sorri aliviada, e voltei para dentro do banheiro, deixando os cabelos ondulados com um difusor. Quando estava pronto, sorri com o resultado. Olhei para o relógio em cima de minha cabeceira, e tremi vendo que já estava mais atrasada do que tinha planejado.

A porta de meu quarto abriu gentilmente, e vi a expressão singela no rosto de meu parceiro.

– Qual das duas? – perguntou Edward segurando duas gravatas exatamente iguais.

Balancei a cabeça.

– A da direita.

Ele riu.

– Valeu. – já estava saindo quando entrou novamente. – Vai demorar muito?

– Não. Só mais alguns minutos.

Edward assentiu, fechando a porta.

Ok, isso era uma completa mentira. Eu não iria demorar alguns minutos, mas sim pelo menos meia hora, isso se tivesse sorte.


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Notas finais do capítulo

Continua??