Always escrita por CKS


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna-sama! o/

Voltando a postar no sábado... pra nossa alegria! (Ou não! ¬¬)
Esse cap não exatamente longo como os outros, mas espero que gostem e comentem ok?
Até o próximo cap!



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Com muito esforço Kagome conseguiu finalizar a ordem de Sesshoumaru, ligou para todos os compromissos dele naquele dia e os cancelou, pedindo desculpas e as remarcando para a próxima semana, mas sem uma data especifica, pois Sesshoumaru iria se encarregar dessa parte mais tarde. Depois de 30 minutos e terminado a tarefa, Kagome desligou o computador, pegou sua bolsa e foi embora, em total silencio. Não iria avisar que já estava saindo, pois não queria encarar aquela situação novamente, e duvidava que aquele tipo de emoções negativas fizesse algum bem a ela ou ao bebê. Ela não era masoquista... queria chorar toda a sua raiva e frustração, mas já a muito tempo tinha aprendido que chorar era algo em vão, principalmente se for por um dos irmãos Taisho. Isso era um sinal que no fundo, os dois eram parecidos... e tinha que se livrar deles.

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Dentro de sua sala, Sesshoumaru estava prestando atenção em todo o barulho que Kagome fazia, principalmente nos suspiros pesados dela, junto com a tonalidade quase embargada da voz quando efetuava as ligações, e o cheiro único de lagrimas... Sabia que ela estava chateada da forma que a tratara, e ele lhe deu motivos pra isso, mas não podia fazer nada para evitar aquilo. Se a tratasse bem na frente dos outros funcionários, em especial na frente de Kagura, poderia acarretar algumas consequências, na qual ninguém estava preparado para enfrentar...

- Ela parecia nervosa... - comentou Kagura

- Quem? - indagou Sesshoumaru olhando para os papeis a sua frente, no entanto não conseguia os ler... Pareciam estar em branco.

- Aquela sua secretária de cabelo esquisito. - respondeu Kagura - Estava tremendo quando entrou aqui. Achei que iria chorar, do jeito que falou com ela.

- Você a deve ter a assustado. - respondeu Sesshoumaru, evasivamente - Talvez achasse que iria perder o emprego por sua causa...

- E deveria mesmo perder o emprego, onde já se viu uma mulher usar um cabelo tão preso que lembra uma avó? - falou Kagura sorrindo - Ela deve ser uma solteirona e ainda virgem.

- Isso não de minha conta, muito menos da sua. - respondeu Sesshoumaru firmemente - A contratei pela competência, não pela sua aparência ou estado civil.

- Eu também sou competente e ainda trabalharia de graça pra você. - respondeu Kagura se inclinando para ele

- Mesmo? - indagou Sesshoumaru a olhando nos olhos

- Claro, é só dizer que eu faço. - respondeu Kagura animada - Qualquer coisa...

- Ótimo, então comece saindo de cima da minha mesa. - respondeu ele voltando a atenção para sua folhas - Já inventaram a tecnologia da cadeira, é melhor que aprenda a usa-la.

- Porque não me dá uma chance de ser sua secretária? - indagou Kagura se levantando, indo se sentar na cadeira frente à escrivaninha dele - Qualquer uma poderia trabalhar aqui... tenho certeza que faria um trabalho muito melhor do que a sua ‘solteirona virgem’.

- Você não duraria uma semana nesse trabalho. - respondeu ele - Iria negligenciar o serviço para apenas ficar olhando para mim, como todas as outras fizeram, fantasiando o impossível.

- E essa sua nova secretária não faz o mesmo? - indagou Kagura fingindo não se atingir com as palavras dele

- Não. - respondeu Sesshoumaru simplesmente

- Como tem tanta certeza? - indagou ela se mostrando ofendida - Ela quase chorou por me ver aqui tão perto de você. No fundo ela igual a todas as outras, fantasiando uma relação e...

- Kagura, não é de sua conta à maneira que escolho quem vai trabalhar para mim, nem a relação que tenho com meus empregados, muito menos a vida pessoal deles. - respondeu Sesshoumaru visivelmente irritado – A competência e profissionalismo dela me deixam satisfeito. Se você não tem nada pra fazer ou falar de útil, sugiro que vá embora imediatamente. Não tenho tempo pra perder com suas conversas fúteis...

- Você é sempre tão amável... - comentou Kagura se levantando da cadeira, irritada com sua resposta - Se importa se eu investigar a vida dessa sua nova secretária? Tenho certeza que esta escondendo algo...

- Kagura, se você voltar aqui para importunar tanto a mim quanto a minha secretária, eu juro que farei você se arrepender amargamente por tê-lo feito. Fui claro? - respondeu Sesshoumaru com o olhar ameaçador

- Ok, já entendi. - respondeu Kagura rispidamente - Não chegar perto de sua favorita...

- Não me interessa sua opinião sobre esse assunto. A proposito, o que veio fazer aqui? - indagou ele diretamente – Fazer perder meu tempo?

- Tenho os dados que você me pediu sobre o terreno do mais novo projeto. - respondeu Kagura – Mas alguns cálculos não estão batendo...

- Sente-se e me passe às informações, iremos trabalhar com elas o resto do dia. - respondeu Sesshoumaru se focando novamente ao trabalho. No entanto estava sentindo quase um remorso pelo jeito que tratou Kagome, apesar de ter de fazê-lo para proteger tanto a ela como a si mesmo de eventuais problemas. Era meio irracional, mas sua vontade era de encerrar o trabalho por hoje e ir atrás dela, mas isso seria um erro. Talvez fosse melhor assim, dar um tempo pra ela... Talvez se as coisas entre eles esfriassem ele pararia de ser tão possessivo em relação a ela... Sim, o que fizera fora a escolha certa, para ambos. No entanto não entendia o porquê a expressão do rosto de Kagome fez ao entrar na sua sala não saia de sua cabeça...

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Kagome estava andando pela rua, não tinha condições emocionais para dirigir. Seria melhor que pegasse um ônibus ou um taxi e quando chegasse a casa iria pedir para Jaken pegar o carro. Já era quase meio-dia, uma boa hora para comer algo e se refrescar um pouco... Não que estivesse com fome, mas não seria saudável para ela ou ao bebê passassem tanto tempo sem comer. Poderia aproveitar esse tempo sozinha para planejar seu futuro, em especial começar a fazer o pré-natal da forma mais discreta possível.

Depois de andar por mais uns 10 minutos, ela encontrou um restaurante estilo italiano e o cheiro lhe atrai-a quase como um imã. Pediu uma lasanha bolonhesa e suco de uva, pois vinho não podia beber. A música do lugar era bastante agradável, o local tinha ar condicionado e a temperatura era muito mais agradável do que lá fora... Quem lhe dera pudesse ficar ali mais tempo, relaxar... De repente ela percebeu que aquela independência não era tão ruim assim, afinal ela não precisava de nenhum homem ou yokai pra ser feliz! Seu foco devia ser a sua própria felicidade e a do bebê. Sim, essas eram as únicas coisas mais importantes para ela agora... Não devia se importar com o que diabos deviam estar fazendo os irmãos taisho, e nem lhe interessava! Era capaz de se cuidar sozinha, sem ajuda de ninguém..

 Bom, tecnicamente não poderia fazer tudo sozinha, mas teria que contar com a ajuda de sua família... Mas isso não seria um problema. Iria conversar com Souta, afinal era o único que sabia por completo sua atual situação. Ficou imaginando qual seria a cara dele ao descobrir que iria virar titio... Nesse momento Kagome voltou a sorrir e passou a mão sobre a barriga, de agora em diante nunca mais estaria sozinha.

Depois de pagar pelo almoço, Kagome saiu e decidiu ir passear pelo centro comercial, olhar as roupas nos manequins das lojas, mas em especial iria procurar roupas de bebê.  Viu roupinhas de tricô em uma loja, brinquedos em outra, um berço feito de madeira de cerejeiras lindo... Quanto mais artigos de bebê ela via, mas contente ficava. Era engraçado, mas parecia que seu bebê estava se tornando mais real a medida que passeava pelas lojas infantis.

Em ultimo Kagome entrou numa livraria, olhando os livros relacionados à gravidez. Se iria ser mãe solteira e de primeira viagem, era de fundamental importância que ela estivesse preparada, ou o bebê iria sofrer. Ela nem sabia como trocar uma frauda! E se o bebê ficasse doente, com febre... Só de pensar nisso, ficava desesperada.  De imediato Kagome procurou pelos títulos relacionados, e depois de folhear alguns encontrou alguns que lhe interessavam; "como ser mãe solteira", "você e o bebê", "estou grávida, e agora?" e “Mães de primeira viagem” lhe chamaram mais atenção. Sentou-se numa das poltronas disponíveis na loja e levou esses livros consigo para ler... Desligou o celular e ficou quase duas horas lendo os livros e decidiu que os compraria. Provavelmente não poderia esconder sua barriga 4 mês de gestação e nos seguintes... Mas era melhor ficar bem informada do assunto do que arriscar a vida do bebê e sua saúde. Quando ia para o caixa, pagar pelos livros, viu um kit revista de tricotar e um livro de significados de nomes e não resistiu, e comprou todos sem pestanejar. Quando saiu da livraria, ela começou a folhear a livro de tricô e pensou nas roupinhas que poderia fazer, nos goros, sapatinhos...

De repente Kagome sentiu um arrepio gelado na coluna, alguém estava a seguindo... E tinha certeza que era um yokai. Ficou com receio de ser um bandido, sequestrador, ou pior ainda, Inuyasha. Começou a andar apressadamente, quase correndo... A calçada começou a se encher de gente, saindo de restaurantes e lanchonetes e isso poderia ajudar a despistar quem quer que fosse que a perseguia. Começou a rezar que, quem quer que fosse seu perseguidor, que não lhe fizesse dano. Com o esforço da corrida, mais o peso da bolsa e dos livros fizeram com que Kagome começasse a passar mal, se sentia enjoada e com vertigem... estava começando a ter falta de ar! Escorou-se numa parede, num beco que havia entre duas lojas, e fechou os olhos e tentou respirar fundo para ver se melhorava um pouco. Mas os sintomas só pioraram, tendo vontade quase incontrolável de vomitar... Tentou andar novamente, mas sua visão ficou turva e ela desequilibrou antes de conseguir dar dois passos. Alguém a segurou antes que caísse, e chamou pelo nome... Mas a voz parecia cada vez mais distante, depois tudo ficou escuro. Havia desmaiado...

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Kagome voltou a si sem se lembrar direito o que havia ocorrido. Quando abriu os olhos viu um teto branco, paredes brancas... Começou a olhar em volta, havia outra cama ao lado de onde ela estava com cortina, que seriam como divisórias. Olhou em direção a porta e viu pessoas vestidas de branco andando de um lado para outro, isso a fez pensar em duas alternativas de onde estava... Ou estava num hospital ou num necrotério e... Hospital?! Kagome se sentou rapidamente e colocou a mão sobre a barriga, havia acontecido algo com seu bebê? Tivera um aborto espontâneo? O que havia acontecido?!

- Que bom que acordou. – Falou uma voz masculina que lhe era um pouco familiar - Se sente melhor agora Kagome?

- Sim... - respondeu Kagome olhando para todos os lados, tentando adivinhar de onde vinha aquela voz. Percebe que havia alguém no batente da porta do banheiro, cabelos longos, pretos, e olhos lindamente azuis... - Kouga?! O que faz aqui?

- Eu especioso banheiros de hospitais...  É uma espécie de hobby. - comentou sarcasticamente ele, depois começou a rir e se aproximou da cama - Você desmaiou na rua e eu a trouxe aqui. Fiquei até agora aqui esperando que acordasse. Como está?

- Estou bem... Que horas são? - indagou ela olhando para os pulsos, quando que percebeu que estava vestida somente com a bata de hospital. - Onde estão minhas roupas?

- A enfermeira as tirou. - respondeu Kouga, se sentando na cadeira ao lado da cama - Eu preferia ter feito isso, mas me expulsaram do quarto na hora que propus ajudar. Fizeram-lhe alguns exames preliminares, mas ainda não saiu o resultado. O medico disse que é um conhecido seu.

- Conhecido meu? - indagou Kagome duvidosa. Não se lembrava de ninguém que tivesse feito o curso de medicina.

- Sim, conversei com ele. Disse que vocês estudaram na mesma escola, mas em turmas diferentes. - respondeu Kouga - Eu vou informar a ele que você acordou. Seja obediente e fique deitada, ok? Volto logo!

- Como se eu pudesse ir para algum lugar, vestida desse jeito. - comentou Kagome sorrindo

- Eu não reclamaria da paisagem que teria. – comentou Kouga, antes de sair do quarto. Nesse tempo que ficou sozinha, Kagome colocou ambas as mãos sobre a barriga, numa tentativa de ver se conseguir sentir seu bebê... Estaria ele ainda ali dentro?

- Olá, como se sente Higurashi? - indagou o medico, entrando no quarto com uma prancheta, seguido por Kouga

- Houjo? - indagou Kagome desconcertada, afinal não o via desde que terminaram o colegial!

- Fico feliz que ainda lembre-se de meu nome. - comentou Houjo sorridente

- Como não lembraria você vivia cuidando de mim e da minha saúde. - comentou Kagome sorrindo - Desconfiava que um dia se tornasse um médico... Mas nunca pensei que seria sua paciente.

- Normalmente se espera encontrar os amigos em situações melhores ao invés de um hospital. Mas você nunca foi uma garota do estilo convencional, não é?! - comentou Houjo sorrindo - Tenho os resultados de seus exames comigo, quer saber o resultado agora?

- Sim.... - respondeu Kagome rapidamente, mas olhou pra Kouga e ficou meio indecisa.

- Por favor, espere lá fora. - pediu Houjo a Kouga, que saiu do quarto dando privacidade a eles. Houjo se aproximou da cama, se sentando na cadeira onde Kouga havia sentado antes e ficou olhando atentamente para Kagome. - Quero conversar com você antes de lhe informar o resultado... É verdade que está se divorciando de Inuyasha?

- Como soube disso? - indagou ela

- Você balbuciou algumas coisas enquanto eu a examinava. - respondeu Houjo - Pode falar comigo de tudo, sou médico... Não irei falar pra ninguém. Porque está se divorciando? Achei que seria feliz com ele...

- A poligamia não é bem vista na sociedade moderna. - respondeu Kagome evasivamente, no entanto Houjo entendeu de imediato o que ela se referia.

- Sinto muito... - respondeu Houjo - Eu não sei se a notícia que vou lhe dar a fará se sentir melhor ou...

- Estou grávida ainda? - indagou Kagome temerosa

- Está... - respondeu ele - Seu desmaio foi por causa do esforço com a corrida com pesos, talvez somada com estresse. O bebê está bem, mandei fazer todos os exames possíveis para uma grávida... Seu bebê é saudável e parece estar se desenvolvendo muito bem. A energia sinistra dele também está no padrão, então não tem que se preocupar.

- Quantos meses eu estou? - indagou Kagome sorrindo passando a mão sobre a barriga, feliz por saber que seu bebê estava bem

- Com quase 3 meses. - respondeu Houjo sorrindo - Bom, em relação a você, mamãe, está ficando com um pouco de anemia, mas nada que umas vitaminas e uma alimentação mais balanceada não resolvam. Irei lhe receitar alguma coisa e está liberada pra ir para casa e....

Desde o momento que Houjo falou quanto tempo estava grávida, Kagome não conseguiu mais o escutar e nem prestar atenção em mais nada a não ser em seu ventre. Estava muito feliz para se importar com o mundo a sua volta... tinha vontade de saltar da cama e dançar, de tanta alegria. Agora ela tinha certeza de quem era o pai de seu bebê, e isso a deixou mais do que feliz. Não podia nem lutar pelo amor dele, mas tinha um pedaço dele dentro de si... Todo seu afeto agora estava destinado a ele, seu bebê. Não se importava mais com que poderia acontecer no futuro, iria lutar com unhas e dentes para proteger seu bebê. Não deixaria mais ninguém interferir em sua vida, principalmente os irmãos Taisho. Seu coração só tinha espaço pra um... E esse era seu bebê o ocupava. Ficou imaginando que aparência teria... será que nasceria com cabelos brancos? Olhos dourados? Teria marcas yokais hereditárias da família Taisho?

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Enquanto Kagome divagava sobre as possibilidades de como seu bebê se pareceria, Houjo acabou de dar a explicação e saiu do quarto. Pra ele estava claro que ela não tinha prestado atenção alguma no que ele falará... mas só de ver a felicidade que aparecia no rosto dela o deixou aliviado.

- Você escutou tudo, não e? - indagou Houjo após sair do quarto

- Uma das vantagens de ser yokai é essa. - comentou Kouga, que estava encostado na parede, do lado de fora do quarto – Quem poderia imaginar... Ela está grávida! Isso explica o súbito interesse por livros de "futuras mamães" que caiu da sacola, quando desmaiou e...

- Olha, eu não lhe conheço... mas percebi que ela confia em você. - falou Houjo olhando Kouga nos olhos - Ela precisa de cuidados especiais, principalmente por estar gravida de um yokai. Eu posso fazer tudo que  for no intuito medico. Posso ajudar a marcar exames e tudo mais, mas ela vai precisar de alguém que ajude e confie. Uma gestação de yokai pode ser perigosa, se não fatal, se ela tiver cuidados e principalmente um equilíbrio emocional estável. Acha que pode fazer isso, ser um amigo e a ajudar?

- Por Kagome, eu sou capaz de ir ao inferno. - respondeu Kouga firmemente

- Muito bem, então fica sua responsabilidade ficar ao lado dela e ajudar em tudo que for necessário. - respondeu Houjo – Vou logo lhe avisar, mulheres grávidas ficam muito emotivas, seria bom ela ter alguém para ajudar sempre nessas horas. Existem outros fatores preocupantes, mas creio que o emocional dela é o que mais “descontrolado” no momento... Ela precisa de...

- Não se preocupe com isso doutor, estarei com ela a partir de agora, para o que der e vier! - respondeu Kouga, depois entrou no quarto.

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Já era quase 20:00h quando Kagome voltou para casa, Kouga havia insistido em lhe dar uma carona para casa com medo dela voltar a passar mal ou alguém a esbarrar na barriga dela no metro ou a porta de um taxi. Não queria deixar ela fazer qualquer esforço desse tipo, muito menos carregar as comprar “pesadas” que eram os livros. De certa forma, a preocupação dele deixou-a comovida. Ele fora extremamente cuidadoso, em alguns momentos até carinhoso. Não insistiu com perguntas inconiventes, mas manteve uma conversa boa e animada, fazendo se esquecer dos problemas e até se divertir.

- Obrigada por me trazer Kouga. - falou Kagome, quando ele estacionou o carro na frente da mansão de Sesshoumaru – Na verdade, obrigado por tudo hoje... por perder todo esse tempo comigo.

- Que isso Kagome, estar com você jamais seria uma perda de tempo! – respondeu Kouga, lhe tirando o cinto de segurança, ficando de lado pra falar olhando pra ela -  Desde quando mora aqui, com o cachorrão, Kagome?

- Desde que entrei com o pedido de divorcio. - respondeu Kagome, dando os ombros – O cachorrão, digo, o Sesshoumaru deixou morar com ele por um tempo. Depois eu vou procurar um lugar para morar sozinha e tentar organizar minha vida.

- Bom, meu apartamento é grande e pode morar comigo se quiser. Sempre tem espaço pra mais um na matinha! - comentou Kouga a provocando - Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, me liga que eu venho imediatamente. Não se incomode com o horário, ok?

- Obrigado Kouga. - respondeu Kagome com sinceridade, lhe beijando no rosto

- Faria qualquer coisa por outro desses. - respondeu Kouga

 Kagome havia recuperado o bom humor com a ajuda de Kouga. Realmente aquela tarde não fora tão ruim quando tinha imaginado que iria ser... Infelizmente não poderia prolongar mais aquela tarde com ele, tinha que voltar a sua realidade. Abriu a porta do carro e saiu, junto com uma enorme sacola que tinha os livros e a receita médica que Houjo lhe receitou, além dos remédios que havia comprado no caminho. Esperou Kouga ir embora antes de entrar...

Entrando na mansão, Kagome percebeu que tudo estava muito quieto... Parecia que tudo estava num clima meio sombrio, quase sinistro. Alguma coisa não estava certa. No entanto Kagome preferiu não se importar com isso e começou a subir a escada, indo para seu quarto, quando escutou a voz vibrante e um pouco irritada de Sesshoumaru.

- Você demorou. - falou Sesshoumaru encostado, na porta da sala, a olhando. Pelo brilho no olhar, estava irritado. Será que tinha visto o beijo amigável que deu em Kouga?!

- Boa Noite, Sesshoumaru. – o saldou Kagome

- Onde estava? - indagou ele de imediato - Devia ter voltado pra casa mais cedo.

- Meu chefe me liberou mais cedo e eu resolvi dar uma voltar por aí. - respondeu ela sem dar importância

- Até a essa hora... Não estava sozinha. – falou Sesshoumaru, deixando mais que claro que não era uma pergunta.

- Não estava, tinha alguém comigo me fazendo companhia até agora. - respondeu ela – Foi uma tarde muito agradável.

- Um yokai... - falou Sesshoumaru, sem dar importância ao que ela tinha dito

- Sim, ele é um yokai. - respondeu Kagome – Algum problema com isso?

- Porque desligou seu celular? - insistiu Sesshoumaru

- Porque eu não queria ser incomodada. Agora se me der licença, eu vou subir e trocar de roupa... - respondeu Kagome dando as costas para e voltou a subir

- Não faça isso novamente. – falou Sesshoumaru, quase num rosnado

- Isso o que?! Sair com meu amigo?! – indagou Kagome, se virando irritada – Lembre-se Sr. Taisho, que só pode mandar em mim no trabalho. Fora isso, eu decido o que vou fazer, e mais ninguém! Agora, com licença!

- Não me referi a isso, não me importo com que você faz. Mas se for se atrasar, avise Jaken. - falou Sesshoumaru entrando na sala novamente e fechou a porta, sem dar oportunidade de ela lhe responder.

--x--

Sesshoumaru estava irritado, na verdade estava com uma raiva quase assassina. Ao vê-la chegar toda feliz ao lado daquele yokai lobo, teve de se controlar pra não arrancar Kagome daquele carro... quando a viu se inclinar e o beijar, quase saltou da janela pra arrancar o coração daquele imbecil com as próprias mãos! Como aquele insolente ousava chegar perto dela?!

 Mas verdadeiramente, o que mais lhe impressionou foi o comportamento de Kagome. Aquela mulher que lhe respondera irritada sobre a escada, era diferente da que saiu do escritório, muito chateada pelo modo que a tratara.

O que mais lhe irritava era, enquanto ele se sentia incomodado e preocupado com o que fizera a kagome e seu atraso, ela estava na rua se divertindo com um amigo yokai... o corpo dela exalava o cheiro dele, e isso elevava sua irritação ainda mais! Agora teria que suportar aquele cheiro desagradável também. Não sabia se devia explicar a ela porque a tratou daquela maneira ou deixava as coisas como estavam... No entanto era bem claro que se afastasse dela estaria praticamente a empurrando para os braços desse "amigo". Na teoria, era isso que ele devia fazer, mas na pratica era algo impensável de se fazer. O que mais lhe intrigava era que sempre fora um yokai controlado, nunca manifestou muitas emoções, muito menos ciúme... mas aquela palavra era a única coisa que lhe via na mente, enquanto tentava controlar sua vontade de matar aquele desgraçado, ao mesmo tempo subir no quarto de Kagome, lhe arrancar a roupa e obrigar a tomar um banho até que saísse o cheiro daquele desgraçado dela. Quando é que as coisas começaram a ficar tão complicadas em sua vida... e como faria pra reverter a situação?

---x---

Inuyasha estava sentado na cama de casal, em sua casa, com a ultima garrafa de bebida alcoólica que tinha em casa ao mesmo tempo em que revia as fotos de seu casamento com Kagome sob a luz do abajur. Aquele fora o momento mais importante e feliz que tivera na vida, mas que atpe agora não havia valorizado. Ficou olhando para Kagome, que parecia muito feliz em se casar com ele... Podia ver o amor que ela tinha nos olhos. Como fora perdê-la? Porque nunca notou que estava a perdendo? Como fora imbrcil para jogar tamanha felicidade pela janela? Ele daria tudo para poder voltar no tempo onde poderia escutar Kagome e sentir seus beijos, o chamar carinhosamente com aquele olhar apaixonado que...

- Inuyasha? - chamou a voz feminina perto da porta do quarto. Nesse momento a esperança brotou no coração de Inuyasha... Aquela voz era de Kagome... Não era? Tinha voltado pra ele e iria recomeçar...

- Kagome...!? - falou Inuyasha olhando para a porta, vendo a silhueta da mulher que estava ali. Só podia ser Kagome!

- Não... Sou eu, Kykio. - respondeu a mulher, acendendo a luz do quarto. Os olhos dele doeram com a claridade repentina, e viu com maior nitidez a mulher se aproximar...

- O que faz aqui Kykio? - indagou Inuyasha decepcionado

- Vim ver se ainda estava vivo... - respondeu Kykio se sentando ao lado dele na cama – Você não veio me ver, nem ligou. Achei que tinha se matado, pois nunca se afastou de mim por tanto tempo... Porque está olhando essas fotos ridículas?

- Não são ridículas... - respondeu Inuyasha, colocando a mão sobre a figura de Kagome, vestida de noiva e estava sorrindo  lindamente - São as fotos do momento mais importante da minha vida...

- Eu não me lembro ver você feliz naquele casamento... - respondeu Kykio irritada, ao olhar a foto - Na verdade, eu me lembro que você disse que queria casar comigo e que só casava com ela para terem filhos e depois iria a deixar e...

- CALADA! - esbravejou Inuyasha a olhando com fúria - NÃO OUSE FALAR MAIS NADA SOBRE MEU CASAMENTO OU EU A JOGO PELA JANELA!

- Vai ficar ai como um cachorrinho lambendo suas feridas? - indagou Kykio se levantando, andando pelo quarto, sem se importar com a explosão dele

- Me deixe em paz Kykio... - respondeu ele voltando a olhar as fotos de casamento – Não tenho paciência pra seus joguinhos!

- Seu advogado foi me ver hoje... - comentou ela - Disse que a divorcio está quase pronto. Em menos de duas semanas estarão divorciados definitivamente, se ela aceitar os termos de sua proposta.

- Que besteira é essa... Eu não contratei nenhum advogado para esse processo. - respondeu Inuyasha

- Eu sei, fui eu que contratei. Não precisa me agradecer. - respondeu Kykio - Em breve estará livre para se casar comi...

- O que você fez?! - falou Inuyasha num rosnado, pegando Kykio pelos ombros e a agitou violentamente

- Eu... Eu falei com um advogado e...

- Sem minha autorização?! - gritou Inuyasha - O que pensa que estava fazendo... Eu não vou me divorciar de Kagome, isso nunca!

- Mas sem ela o prendendo, poderemos finalmente ficarmos juntos.... - respondeu Kykio assustada pela reação de Inuyasha – Era isso o que sempre quis...

- Sua idiota, acha mesmo que eu deixaria o amor da minha vida sair assim tão facilmente da minha vida?! - falou Inuyasha a empurrando, na qual ela se desequilibrou e caiu sentada no chão - Kagome foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida!

- Mas você dizia que eu era a mais amava e...

- E você foi idiota o suficiente pra acreditar?! - se voltou Inuyasha - Você não é nem metade do que Kagome significa para mim... A ameaça de perdê-La me fez ver como eu a amo e não vou desistir dela sem lutar! Ela tem um vazio no coração que somente eu posso preencher!

- Mesmo que isso fosse verdade, já é tarde demais... - respondeu kykio, começando a soltar o seu veneno - Ela já tem alguém pra isso...

- Eu a farei esquecer-se dele!

- Você não é oponente pra ele... - respondeu Kykio, sorrindo friamente ao ver a cara de espanto de Inuyasha – Sabe, ele esperou por muito tempo a ter, e pelo que vi você não tem chance alguma...

- De quem está falando?! - se enfureceu Inuyasha, chegando perto dela. Nesse momento Inuyasha estava quase se transformando num yokai completo. - Quem é ele?

- Eu a vi saindo do hospital com ele, hoje de tarde... - respondeu Kykio - Ela pertence a Kouga agora....

- Não.... Não... Isso é impossível. - respondeu Inuyasha irritado e confuso - Ela jamais me trocaria por aquele lobo fedido que... isso não pode estar acontecendo!

- Que eu saiba, ela trabalhou com Kouga numa ONG ambiental, ficavam muito tempo juntos... Ela pode estar com ele a mais tempo que imagina. - respondeu Kykio – Pelo que vi, ela estava muito a vontade quando saiu do hospital com ele, parecia verdadeiramente um casal feliz e apaixonado que acabava de...

Kykio não pode terminar de falar a frase, Inuyasha lhe deu um tapa e a fez se calar. Ela ficou tão assustada com aquela reação que a única coisa que conseguiu fazer foi colocar a mão no rosto, e o sentiu pegando fogo.

- Não ouse falar mentiras pra mim, Kagome jamais me trairia... - falou Inuyasha - Ela pode ter outro agora, mas eu sempre serei o amor da vida dela. Ela vai voltar pra mim... E você, saia daqui, imediatamente!

- Inuyasha eu...

- Eu mandei sair! - gritou Inuyasha - Nunca mais ouse colocar seus pés na minha casa... Se eu precisar de você, lhe chamo, mas não ouse vir aqui novamente, fui claro?

- Acha que sou um cachorro pra vir quando você manda? - indagou Kykio se levantando no chão nervosa

- Não... - respondeu Inuyasha colocando a mão no rosto dela - Você é muito pior do que isso... e eu jamais ofenderia um cachorro a esse ponto. Saia daqui.

Kykio ficou em choque com aquele comportamento dele, nunca imaginou ele reagir daquela maneira... Nunca com ela. Seria mais sensato ir embora ou aquela conversa poderia ter consequências muito piores, principalmente para ela. Sem fazer cerimônia, Kykio saiu correndo, indo embora dali. Deixando Inuyasha sozinho, lamentando sobre tudo e enfrentando seus fantasmas...

- Eu não vou te perder Kagome... - falou Inuyasha olhando novamente a foto do casamento deles – Por favor, não me deixe...

Longe dali, no carro voltando para casa, Kykio bracejava de raiva. Dirigindo a toda velocidade nas ruas, sem ter um destino ao certo. Entretanto Kykio começou a alimentar ainda mais o seu ódio por Kagome... sim, tudo era culpa daquela maldita mulher!

- Vocês nunca vão ficar juntos... NUNCA! - falava Kykio gritando, cheia de ódio - Você ainda me paga por isso Kagome...


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