Always escrita por CKS


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá minna-sama!

Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem!



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Kagome e Sesshoumaru haviam acabado de chegar no hospital, na ala da maternidade. Foram diretamente para a recepção, para conseguir algumas informações. No entanto a enfermeira não soube dizer ao certo que quarto Sango estaria, já que aquela era uma noite de lua cheia e que isso influencia grávidas... Resultado que haviam em torno de 10 grávidas entrando em trabalho de parto, a ainda estava chegando mais gente, fora os familiares e amigos das gestantes que começavam a lotar a recepção daquela ala.

- Não sabem onde ela está... - comentou Kagome preocupada, voltando do balcão da recepção para perto de Sesshoumaru, que estava encostado na parede

 - Vamos esperar aqui até que alguém apareça com uma informação precisa ou...

- Não posso, eu prometi a Sango que estaria lá quando ela estivesse dando a luz. - comentou Kagome, o interrompendo – Eu tenho que estar lá.

- Que eu saiba é o marido que tem que ficar com ela na sala de parto. - comentou Sesshoumaru – Ou um familiar, não você.

- Eu sei, mas Miroku disse que não o faria... - comentou Kagome – Que não aguentaria ver.

- Porque não?

- Ele disse que se visse o quanto Sango sofre para dar a luz, ele nunca mais a tocaria! Ele nunca mais iriam... - comentou Kagome alarmada, fazendo Sesshoumaru dar um leve sorriso - Não ria! Isso é algo muito sério... Não tem como um casamento durar sem que eles façam...

- Eu já entendi o que quer dizer. - comentou Sesshoumaru, impedindo que ela continuasse a explicação - Não estou rindo do que pode acontecer a eles. E sim de sua ingenuidade.

- Hã?!

- Existe outras formas de se fazer sexo ou dar prazer ao seu parceiro sem ter o risco de engravidar. - comentou Sesshoumaru - E eu não estou falando de metidos anticoncepcionais...

- Sesshoumaru?!!! – gritou Kagome, acalorada pelo comentário

- Shiissss! - repreendeu a enfermeira que passava - Aqui é um hospital Senhora, fale baixo!

- Gomenasai! - se desculpou Kagome se curvando, no entanto Sesshoumaru apenas ficou olhando para ela constrangido e voltou a sorrir, a irritando. - Seu... - se voltou Kagome irritada pra Sesshoumaru, quando começaram a escutar gritos e som de coisas batendo nas paredes e espatifando no chão. Em seguida, a porta de um quarto se abriu e um vulto saiu correndo dela, se protegendo nas paredes do corredor.

- Aquele ali não é seu amigo pervertido? - indagou Sesshoumaru
 

- Não pode ser... - comentou Kagome indo até ele, que usava a parede como escudo, e ficava olhando para dentro do quarto. Aquele homem não podia ser Miroku, estava com a roupa toda bagunçada, os cabelos totalmente desalinhados e em cada pé estava um sapato de cor diferente.- Miroku, é você?

- Kagome, graças a kami-sama! - respondeu Miroku a abraçando, aliviado - Sango está lá dentro.
 

- É seguro ela entrar ai? - indagou Sesshoumaru, segurando o braço de Kagome, impedindo-a de entrar no quarto.
 

- Olá Sesshoumaru, não sabia que vinha também. - falou Miroku lhe cumprimentando, aparentando só ter percebido sua presença naquele momento - Não tem problema Kagome entrar no quarto, o único que corre perigo sou eu se ousar por os pés ali novamente.

- Eu vou falar com ela, não se preocupe... - respondeu Kagome, mas Miroku a impediu

- Deixe lhe anunciar primeiro, ok?! - falou Miroku colocando o rosto na entrada do quarto - Sangozinha, amor, tem alguém aqui que quer lhe ver.

- Se for novamente a “dupla dinâmica” daquele medico retardado e o enfermeiro idiota eu juro que atiro eles dessa janela! - esbravejou Sango, meio sentada na cama – E aí deles se sobreviverem a queda!!!
 

- Não, sou eu sango. - falou Kagome aparecendo na porta
 

- Kagome!!! - falou Sango feliz - Estou tão feliz que tenha vindo! Entre, entre!


- Miroku pode entrar também? - indagou Kagome
 

- Só se ele quiser ficar internado no hospital por tempo indeterminado! - respondeu Sango, voltando a ficar irritada
 

- Eu vou conversar com ela, qualquer coisa eu ligo pra vocês. - comentou Kagome entrando no quarto, fechando a porta atrás de si. Deixando Miroku e Sesshoumaru do lado de fora....

---x---

No lado de fora, Miroku foi se sentar perto da recepção com Sesshoumaru o seguindo. Não podiam ficar parados no corredor, pois havia um grande movimento neles, e podiam atrapalhar. Fora que era preferível deixar que elas conversassem sem eles por perto.

- Obrigado por ter a trazido até aqui. - falou Miroku com a cabeça baixa – Ajudou bastante, obrigado!

- Não seria sensato a deixar dirigir até aqui, estava nervosa demais. - comentou Sesshoumaru e ficaram em silencio.

- Acho que todos estão... – comentou Miroku passando a mão pelos cabelos. – Sinto muito.

- Pelo que?

- Por ter de vir aqui no meio da noite... – comentou Miroku – Eu sei quanto o seu trabalho é importante e... Se quiser pode voltar, eu chamo um taxi ou levo a Kagome depois pra casa. Não precisa se sentir obrigado a ficar e...

- Concentre-se apenas nos seus problemas, e eu cuido dos meus. –respondeu Sesshoumaru – Eu trouxe Kagome, e só eu a levarei pra casa. Recomendo que se recomponha, antes que Kagome lhe chame. Sua mulher precisa do marido, não de um patético espantalho.

- Tem razão... – falou Miroku rindo, e começou a ajeitar a camisa e arrumou os cabelos. A conversa morreu ali, pois estava claro que o ‘futuro papai’ estava meditando e tomando coragem pra o que estaria por vir na sala de parto.

Ficaram olhando o movimento do lugar, o acender e apagar de luzes de chamada dos quartos, enfermeiras correndo de um lado para outro, médicos, pais de primeira viagem, avós... Aquilo estava um verdadeiro aglomerado de gente. Na opinião de sesshoumaru, uma prévia do que era o inferno, pela zoada que estava acontecendo, que lhe causava uma dor de cabeça. Mas não iria embora sem a Kagome, então teria aguentar...

---x---

Enquanto isso, dentro do quarto, Kagome tentava acalmar e confortar Sango a medida que as contrações iam e vinham, com intervalos cada vez menores.
 

- Porque não deixa Miroku aqui? - indagou Kagome, após acabar outra contração da amiga – O que ele fez pra lhe irritar tanto?


- Aquele idiota fez a brilhante pergunta "está doendo muito?" - comentou Sango quase soltando fogo boca - E ainda teve a audácia de ter a ideia absurda de dizer que é melhor termos só um filho.
 

- Ele deve estar muito preocupado com você ou talvez com medo. - comentou Kagome, tentando ser diplomática - Acho que ele não quer lhe ver sofrer novamente na hora de dar a luz, se tiverem mais filhos.


- Eu que estou sofrendo a dor aqui e garanto que aguento passar por isso mais umas 4 vezes no mínimo. - respondeu Sango e depois se calou, era mais uma contração. Desta vez ela não gritou pela dor, apenas começou a fazer exercícios de respiração...  Entretanto o intervalo de uma contração para a outra estava ficando cada vez mais curtos e intensos. - Além disso, porque discutir o futuro quando nosso primeiro filho ainda está nascendo...


- Sango... O que realmente aconteceu? - indagou Kagome enquanto secava o suor da testa da amiga - Seu bebê devia nascer daqui a duas semanas, no máximo... O que andou aprontando pra ele nascer agora? Vocês brigaram?


- Tivemos uma pequena ‘divergência de opinião’ em casa... Sobre filhos, eu quero ter uns 5 e ele acha que 1 é suficiente. - comentou Sango, inventando uma desculpa na hora. Não falaria a verdadeira causa para Kagome, isso nunca. - Nas aulas do pré-natal recomendam não deixar o marido assistir o parto, porque ele pode desmaiar e acabar atrapalhando. Mas o Miroku insistiu em ir comigo, estar junto e eu não quero isso...


- Não acho que ele vá desmaiar... - comentou Kagome - Se ele quer estar na sala de parto contigo, é pra te dar apoio nessa hora. Em relação aos outros filhos que você querem ter, você pode usar persuasão para convencê-lo a ter outros. Preocupe-se apenas com o que está a caminho agora... e você pode segurar a mão dele na hora, se ele ousar desmaiar ou fugir, pode quebrar a mão dele.


- Nisso você tem razão... - comentou Sango sorrindo, quando teve mais uma contração, desta vez foi muito forte e ela gritou. Kagome contatou a enfermaria imediatamente, em poucos segundos apareceram uma medica e outra enfermeira, para o alivio de Sango.


- Esta prestes a nascer... já está ancorando.  - comentou a medica, após averiguar a dilatação de Sango - Vamos pra sala de parto imediatamente.


- Kagome, chame Miroku! Rápido!- pediu Sango em quanto Sango era colocada na cadeira de rodas, sendo levada para fora do quarto, para sala de parto.

----x----

Já fazia 30 minutos que Kagome estava esperando alguma resposta sentada em uma das cadeiras do corredor, perto da sala de parto. Miroku estava com Sango lá dentro... Fora sorte ter conseguido convencer a amiga a o deixar ficar com ela na sala de parto.  Entretanto não deixava de ficar preocupada com eles...


- Pare de bater esse salto. - falou Sesshoumaru, que estava sentado ao lado de Kagome, com os olhos fechados


- Desculpa... Estou nervosa. - respondeu Kagome parando de bater o pé


- Vai dar tudo certo, ela está com o marido e com uma boa equipe medica. - respondeu Sesshoumaru. E voltaram a ficar em silencio, tecnicamente, pois agora kagome estava a bater as unhas nos braços da cadeira, irritando-o.


- Acho melhor eu dar uma volta... Pra tentar me acalmar. - comentou Kagome se levantando do banco - Vou comprar alguma coisa e...


- Quer que vá junto? - indagou Sesshoumaru, ainda sentado


- Não precisa, eu volto logo. - respondeu Kagome


- Tem dinheiro? - indagou Sesshoumaru


- Tenho cartões de crédito. - respondeu Kagome mostrando a carteira e a guardando novamente na bolsa. Em seguida saiu, meio que sem rumo, chegando até o mural onde tinha um mapa dos andares do prédio do hospital, identificando as alas. Acabou descobrindo que havia 2 lanchonetes que se localizavam em extremidades opostas dos prédios, 1 caixa eletrônica, além de três farmácias...  isso devia ajudar os visitantes que tinham que ficar no hospital não serem obrigados a sair do local. Essa informação era muito útil pra ela, pois seria um bom momento de fazer aquele teste de gravidez sem levantar suspeitas de ninguém. É pelo mapa, ficava próximo ao refeitório e dos banheiros... com essa base, podia inventar uma desculpa, caso alguém fosse atrás dela.


Sem muita escolha, Kagome teve de ir ao caixa eletrônico sacar dinheiro para poder comprar o teste de gravidez e mais algumas balas, um saco de salgadinhos e 2 garrafas de chá. Seria muita idiota se comprasse tudo no cartão de crédito, pois na fatura poderia aparecer o que exatamente ela comprou e era muito provável que caísse nas mãos de Inuyasha, ou pior, de Sesshoumaru. Kagome não estava preparada pra enfrentar tal situação... se bem que era provável que nunca chegasse a se sentir pronta, mas isso era apenas detalhes, possibilidades, afinal não tinham certeza de nada... devia ser um erro o palpite do médico... Sim, era um erro! Ela devia estar com alguma virose ou coisa do gênero!


Depois de comprar tudo que planejara na farmácia, Kagome foi diretamente para o banheiro feminino para fazer o teste. Em 5 minutos depois veio à confirmação, estava realmente grávida. Ela de certa forma já sabia disso, sempre soube, lá no fundo ela sabia que era verdade... Kagome ficou passando a mão sobre o ventre, ela carregava dentro de si um bebê, seu bebê. Aquele sonho que ela tinha um menininho nos braços fora real, em breve teria seu filho...

 Mas o encantamento de Kagome congelou quando relembrou a outra parte do sonho, quem realmente seria o pai de seu bebê?! Sesshoumaru? Inuyasha? Realmente não sabia responder essa pergunta... teria que fazer exames pra saber quanto tempo de gestação, pra fazer uma média da cada da concepção e com quem... mas se bem que a gestação de filhos de yokais com humanos eram um pouco diferentes, então o calculo tinha que ser... droga! Porque ela tinha que ser tão ruim em matemática! Estava ficando confusa só de pensar na matemática desenvolvida pra esses casos.  Bem, era melhor não se importar com isso agora!  O bebê era dela, e isso era a única coisa que ela importava no momento. Mais tarde ela planejaria o que fazer...


Quando Kagome estava saindo do banheiro viu Sesshoumaru encostado na parede, do lado de fora, de frente aos banheiros, a esperando. Percebeu que em volta havia muitas outras mulheres e yokais o observando e se insinuando para ele, no entanto a única reação dele era as ignorar com completo. Isso fez Kagome feliz, realmente desejava que o pai de seu bebê fosse ele...


- Você estava demorando... - falou Sesshoumaru ao se aproximar de Kagome, pegando seu braço - Está bem?


- Estou, eu só tinha que ir ao banheiro. Acho que toda essa ansiedade não me fez muito bem. - respondeu Kagome sorridente.

- Quer que um médico lhe examine? – indagou Sesshoumaru, sério

- Não, eu não preciso. – respondeu Kagome – Essa é a reação natural dos seres humanos a novidades ou ansiedade. Você nunca teve dor de barriga quando iam começar as aulas na escola ou nas provas?

- Nunca. – respondeu Sesshoumaru sério, olhando para as mulheres que insistiam em cercá-los, e cichichando umas com as outras sobre eles... isso já era demais pra ele. – Desapareçam.

Kagome teve vontade de rir ao ver a cara aterrorizada das mulheres, que saíram quase correndo pelo corredor, mediante ao olhar ameaçador que Sesshoumaru deu. Não era a toa que ele estava irritado...

- Vamos voltar? – indagou Kagome, chamando sua atenção. Eles estavam andando, juntos, de volta pra ala da maternidade.  Mas quando Kagome tentou ir para o corredor da sala de parto, Sesshoumaru a segurou. - O que foi?


- Eles não estão mais lá, sua amiga está no quarto e o bebê está fazendo exames, depois vai ir para o quarto da mãe. - respondeu Sesshoumaru a levando com ele para o quarto de Sango, que já os aguardando.

---x---

Ao entrar no quarto, Kagome viu a cena mais linda que presenciara na vida. Sango estava com o seu filho recém-nascido nos braços, com Miroku em pé ao lado da cama, bem próximo a ela olhando o bebê. Era o retrato perfeito de uma família feliz...  O casal estava tão concentrado em seu filho que nem os percebeu entrar... Ver aquela cena fez com que Kagome começa-se a chorar, muito emocionada...


- Porque está chorando? - indagou Sesshoumaru, ao lado dela


- Porque é lindo... - respondeu Kagome secando as lágrimas. - Eu acho melhor a gente ir embora, pra não atrapalhar...

- Concordo. – falou Sesshoumaru, mas quando estavam fechando a porta, o Miroku olhou de relance para a porta, percebendo-os.


- Kagome! - falou Miroku, percebendo a presença deles ali - Entre, venha conhecê-lo.


- Eu não...


- Vamos... deixa de timidez, você é a madrinha dele afinal! - falou Miroku se aproximando dela, puxando-a pela mão para ir perto da cama, onde Sango estava sentada com o bebê nos braços, sorrindo pra eles - Dê um olá para o mais novo membro da família. Ele não é lindo?


Kagome ficou ao lado da cama, olhando para o nenezinho... Ele era perfeito, estava envolto de uma manta azul onde apenas estava a mostra as mãos e o rostinho. Ela ficou admirada a vê-lo, tinha mãozinhas tão pequenas, o rosto estava ainda meio avermelhado. Mas Kagome ficou prestando atenção nos outros detalhes, olhou para as orelhinhas dele, os poucos fios de cabelo que ele tinha de cor preta, a boquinha e narizinho... Os olhos ainda estava fechados, devia estar dormindo. Parecia estar tão feliz e seguro nos braços de sua mãe...


- Parece um macaquinho, não é? - indagou Sango sorrindo para a amiga, inclinando um pouco o corpo para mostrar melhor o seu filho


- Ele é lindo. - respondeu Kagome tentando secar as lagrimas que insistiam em cair de seu rosto - Parabéns aos dois... fizeram um ótimo trabalho!


- Sango merece todo o credito. - respondeu Miroku - Se é bonito é por causa dela.


- Desde que ele não puxe seu gene mulherengo. - comentou Sango dando um leve riso - Quer segurá-lo, Kagome?


- Não... Eu não... - ficou falando Kagome, mas antes que conseguisse perceber, o bebezinho estava em seus braços. Ele se mexeu um pouco, mas se aninhou perfeitamente aos braços de Kagome, depois voltou a adormecer e colocou o dedo na boca, deixando-a encantada. Irônico, aquele bebezinho não tinha completado nem uma hora de vida e já tinha conquistado seu coração... pelo jeito ele daria um pouco de trabalho para Sango quando ficasse mais velho.

Kagome ainda ficou com ele nos braços por alguns minutos antes de o devolver para Sango, e continuaram a conversar por mais alguns tempo. Sesshoumaru percebeu que eles pareciam ter esquecido por completo da presença dele, mas não se importou com isso. Mas o que realmente deixou intrigado foi Kagome, ao vê-La segurando aquele neném com tanto carinho ele percebeu que realmente ela nasceu para ter filhos... Que seria uma ótima mãe, uma que cantaria canções de ninar ou contaria histórias... Seria interessante a ver com seu filho sendo embalado nos braços tão carinhosos e... Que diabo estava a pensar?! Um filho dele com Kagome?! Onde estava com a cabeça de pensar tamanho absurdo?! Nunca cometeria o mesmo erro de seu pai... Jamais teria um filho com uma humana... mesmo se essa humana fosse Kagome. mas mesmo assim, a imagem dela com seu bebê nos braços não lhe saia da cabeça.

Ver aquela cena daquele casal “familiar” devia estar afetando sua cabeça... certamente não teria pensado em tamanha aberração sozinho. Devia ser o cheiro daquele quarto, junto com o recém-nascido que devia estar o afetando. Era melhor sair dali antes que pensasse em mais alguma besteira daquele gênero...

---x---

Kagome e Sesshoumaru estavam voltando para casa, afinal só familiares podiam ficar até tarde e também porque Sango estava cansada do parto e precisava dormir. Miroku ficaria no hospital com a esposa, então não havia necessidade de continuarem ali e atrapalharem. Entretanto Kagome fez Miroku prometer que ligaria se precisasse de sua ajuda... mas algo dizia a ela que ele não o faria, pelo simples fato de querer curtir aquele momento tão familiar com a esposa e seu bebê. E sinceramente ela entendia aquele sentimento protetor e ate meio egoísta dele, pois certamente faria o mesmo que ele. Kagome ficou em silencio, sozinha com seus pensamentos durante todo o trajeto de volta.


No entanto algo ainda cheirava errada para Sesshoumaru, algo havia acontecido naquele hospital, pois Kagome estava diferente desde que haviam ido embora. Havia um brilho diferente nos olhos, parecia feliz, sonhadora, era como se ela tivesse... Bom, não sabia definir ao certo aquela situação, entretanto sua intuição lhe alertava que algo definitivamente estava acontecendo com Kagome. e aquela mudança não lhe agradava nem um pouco...


- Você parece estar muito feliz Kagome. - comentou Sesshoumaru enquanto dirigia


- É o bebê... - respondeu Kagome sorrindo com a mão na barriga, quando percebeu a burrada que estava fazendo e freou a língua a tempo. Por pouco ela não falou a verdade para ele... Começou a disfarças a mão na barriga, fingindo estar ajeitando o cinto de segurança. Graças a Kami-sama que Sesshoumaru estava olhando para a estrada e não percebeu o gesto que ela fizera. - Eu adorei ter ele nos braços, mesmo que por pouco tempo...


- Percebi. - respondeu Sesshoumaru calmamente - É por isso que defendo a ideia que você deve ter e cuidar de seu próprio filho. Só tem que arranjar o cara certo para ser o pai dele...

- E-Eu sei... – respondeu Kagome, meio insegura.

- Não se preocupe, eu vou fazer agilizarem o processo do seu divorcio e em breve você poderá iniciar a sua busca por esse homem certo e iniciar a sua família... se tudo correr bem, terá seu bebê nos braços em breve. – comentou Sesshoumaru, mas por alguma razão aquilo o irritou


- É... Tenho que achar esse homem logo. - respondeu Kagome, meio melancólica. Algo no tom de voz dela irritou Sesshoumaru ainda mais. Ela parecia estar decepcionada com algo... Mas com o que? Com o divorcio ou Com que ele disse? Kagome sabia que o que eles tinham iria acabar, certo? Que era tudo passageiro... O que havia entre eles era só sexo ‘casual’, certo? Que em breve ela iria procurar o próprio destino de sua vida quando estivesse livre... Casar novamente e ter seus filhos com um cara responsável e que amasse mais que a própria vida, a protegesse, que jamais a faria chorar, ou deixaria sozinha... Mas ao pensar nela com outro, foi inevitável também de imaginar as mãos de um estranho sem rosto tocando o corpo de Kagome, lhe beijando seus lábios, acariciando suas curvas, a possuindo... De repente teve uma vontade louca de matar o desgraçado que tentasse a tocar assim! Mas não tinha direito de fazer algo do tipo... ela merecia recomeçar a sua vida com o homem ou yokai que escolhesse. Sua imaginação voltou a divagar numa cena na qual Kagome embalava nos braços o filho de outro... Isso o irritou ainda mais. Mas por quê? Não havia sentido lógico aquela irritação. Tudo entre eles era só sexo e um dia teria fim, certo?! Mas porque a possibilidade dela ter outro o irritava tanto? Dela ira pra longe dele... Devia ser por causa do que viu hoje... Sim, devia ser isso, ver todo aquele sentimentalismo o afetou de certa forma. Na manhã seguinte tudo voltaria ao normal...


- Sesshoumaru? - chamou Kagome, o fazendo despertar para a realidade


- O que foi Kagome? - indagou Sesshoumaru virando o rosto para ela
- Já chegamos, não vai sair do carro? - indagou Kagome
 

- Sim... - respondeu Sesshoumaru calmamente, percebendo só agora que haviam chegado na sua mansão, e que suas mãos estava a ponto de quebrar o volante, devido a tensão - Eu vou estacionar o carro, pode ir na frente e ir descansar no seu quarto. Eu entro depois...


- Ok, e obrigado por hoje. - respondeu Kagome lhe dando um beijo no rosto e depois saiu do carro e entrou em casa. Aquilo fez Sesshoumaru ficar meio que confuso, pois sua intuição lhe dizia que sua vida nunca mais seria mesma depois daquela noite, e que  tudo tinha relação com Kagome... E ao seu futuro.


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