Always escrita por CKS


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá minna!

Novo cap! Espero que gostem... e comentem!
A escritora agradece! *-*

[Mais um "prazo" de postar até sábado foi comprido!!!! o/]



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-Você está bem? - indagou Sesshoumaru ao ver as mãos de Kagome tremendo, ficando com o rosto cada vez mais pálido

- Eu... Eu nunca achei que conseguiria enfrentar Inuyasha da forma que eu fiz... - respondeu Kagome dando um riso nervoso, segurando as mãos numa tentativa vã de fazê-las parar de tremer - Realmente eu fiz, não é? Eu dei um basta, certo? Isso realmente aconteceu, não foi?

- Foi, pode se orgulhar disso. – comentou Sesshoumaru – Todos nós estamos orgulhosos de você.

- A-A-Arigato-o! – respondeu Kagome. Aparentando estar com dificuldade pra respirar normalmente... estava ofegando tanto que parecia que tinha acabado de participar de um maratona.

- Acho melhor você se sentar, antes que acabe desmaiando. - respondeu Sesshoumaru a levando para o sofá, fazendo-a se sentar com as pernas sobre o sofá, apoiando a cabeça num braço do sofá - Está tão assustada com o que?

- Não é susto... E como se fosse adrenalina. - comentou Kagome - Nunca senti algo tão intenso como agora... me sinto tão viva! Eu nunca tratei ninguém daquela forma, é como se não fosse eu que tivesse feito aquilo... Nunca fui forte ou decidida assim. Por um minuto achei que estava sendo cruel demais com ele, e quase fraquejei...

- Não se culpe pelos erros dele, pois fez de tudo por merecer esse tratamento. Na verdade, ele merecia um tratamento bem pior, mas isso é questão de ponto de vista...  Nunca mais duvide de sua própria força, Kagome. Eu sei que você é capaz de enfrentar... - comentou Sesshoumaru, mas estava preocupado com o estado atual dela. Mas se ele demonstrasse, ela ficaria nervosa e provavelmente os olhos do jaken sairiam de orbita se ele a tocasse agora. Tinha que tirar Jaken dali... - Droga, aquele vira-lata sarnento deixou fedendo minha casa com seu maldito cheiro. Jaken abra todas as janelas para sair esse ar pesteado. Depois desinfete p colar que aquele bastardo sentou.

- Como desejar, Sesshoumaru-sama. - respondeu Jaken indo abrir todas as janelas da sala, se distanciando, e principalmente ficando de costas pra Sesshoumaru e Kagome.

- Acho melhor eu ir para meu quarto, assim ele pode limpar melhor... - comentou Kagome se levantando rapidamente do sofá - Não quero atrapalhar...

- Quer que chame um medico? - indagou Sesshoumaru ao ver que ela estava começando a suar

- Não, estou bem... É só estou ainda em estado de choque. Vai passar! - respondeu Kagome e começou a andar para porta, mas antes de conseguir chegar até ela, sua visão ficou completamente embaçada depois tudo ficou escuro, e perdeu os sentidos. Kagome havia desmaiado... Foi questão de um piscar de olhos, Sesshoumaru a viu fraquejar e foi para o lado dela a tempo de evitar que ela caísse no chão. De imediato ele a segurou nos braços e a levou para o quarto dela, mandando chamar um medico amigo da família.

-----------X----------

Enquanto isso, Inuyasha estava andando irritado, meio sem rumo, e acabo indo para a mansão de Kykio. Ele dera aquela moradia para ser confortável, segura e "discreta" para eles se encontrarem. Fora um “empreendimento” muito caro para ele, mas ele queria garantias que Kykio estava bem, e principalmente, que estaria sempre disposta para o receber... 

No entanto ao entrar pelos portões da residência, Inuyasha notou o jardineiro Horigumo olhando para dentro janela da sala... Especificamente para Kykio que estava vestida de uma camisola de seda preta, se é que poderia dizer que aquilo lhe vestia, já que era muito pequeno e transparente. Ele tinha escolhido aquele traje pra ela, pois acentuava seu corpo e sua pele clara, e o excitava... mas algo estava diferente agora.

 Se fosse como antes, Inuyasha gritaria e ameaçaria aquele homem pelo seu olhar desejoso por sua amante... Mas agora não podia, nem conseguia ter motivos para reagir assim. Estava muito confuso ainda, nunca vira aquela face de Kagome. Nunca achou que ela teria coragem de pedir divorcio, ou até mesmo o trair... nunca imaginou que um dia seu “castelo de cartas” desmoronaria. Como Kagome pode fazer isso com ele? Como poderia o trair? Desistir de tudo que viveram juntos... Ele a amava tanto! Não... ele ainda ama... ama as duas! Mas seria da mesma maneira que amava Kykio? Nunca pensou em comparar seus sentimentos que tinha por ambas, mas agora parecia crucial ele fazer isso. Quem era realmente que ele amava mais?

Ignorando o jardineiro, Inuyasha pegou a chave e entrou na mansão. Como sempre Kykio correu para o aguardar no começo das escadarias... Normalmente eles subiam rapidamente e iam diretamente para o quarto, onde passavam a maior parte do tempo. No entanto quando Inuyasha olhou Kykio se sentiu estranho, como se algo estivesse faltando... Parte de sua anatomia respondeu espontaneamente a sensualidade de Kykio, mas mesmo assim algo incomodava a mente ou talvez o peito de Inuyasha, não havia a mesma chama de antes. Ele olhou para ela por uns 5 segundos, depois foi para sala, onde se serviu de uísque no bar e bebeu. Pegou a garrafa e a levou consigo para perto do divã e se sentou lá, precisava pensar em tudo que estava acontecendo.

- O que foi Inuyasha? - indagou Kykio entrando na sala, estranhando o comportamento dele, pois até então nunca a ignorou

- Nada que seja da sua conta. - respondeu Inuyasha – Me deixa...

- Hum... Pelo que vejo sua esposinha está metida nesse mau humor todo. - respondeu Kykio andando sedutoramente até Inuyasha, se sentando no chão, ao lado do divã - Sabe muito bem que ela não existe quando estamos apenas nos dois aqui. Esqueça-a e vamos subir...

- Não me incomode kykio, tenho que pensar. - falou Inuyasha se servindo novamente de uísque e o bebendo de uma vez – Não estou afim hoje...

- Vai ficar bêbado se continuar a beber assim... - comentou ela

- Sou meio-yokai, não fico bêbado fácil como os humanos. - respondeu ele, tomando mais um gole – Mas seria muito bom se eu conseguisse...

- O que Mulherzinha da Kagome fez para deixá-lo assim? - indagou kykio séria – Começou a ter uma daquelas crises ridículas de choro e pediu pra ficar somente a ela e me abandonar?

- Antes fosse... – comentou Inuyasha sem dar importância ao que Kykio dizia

- Entendo... foi pior. – comentou Kykio pensativa. – Vou reformular a minha pergunta. Por acaso Kagome decidiu te trair com outro ou apenas te deixar?

- CALADA! - gritou Inuyasha jogando o copo do uísque na parede, estilhaçando em inúmeros caquinhos de vidro – Foi um erro vir aqui...

Kykio ficou parada, assustada com aquela reação dele. Realmente alguma coisa havia acontecido, e pelo que parecia ele tinha esquecido totalmente de sua existência e só pensava na “querida esposa”. Mas o que Kagome fez exatamente para converter a mente dele a ela tão rapidamente? Afinal o que estava acontecendo exatamente? E o mais importante, isso iria a afetar?

----X----

- Onde estou? - indagou Kagome abrindo os olhos, viu uma figura de branco ao lado dela... Mas como a visão estava meio desfocada, não conseguia dizer quem era – Você é um anjo... Eu morri?

- Nem todo ser de branco é um anjo ou carregador de almas, Sra. Taisho - comentou o medico sorrindo – Ou prefere que lhe chame de Kagome?

- Quem é você? - indagou Kagome tentando se levantar, mas o medico a impediu

- Não tem com que se preocupar, sou médico. Vim aqui a pedido de Sesshoumaru, você desmaiou de repente após uma briga com seu... Digamos "ex-marido". - respondeu o medico

- Você já sabe de tudo, não é? - indagou Kagome se sentando na cama

- Basicamente sim. - respondeu ele - Jaken não sabe guardar segredos que não estejam relacionados a ele ou Sesshoumaru. Além disso, conheço a família a anos... e por ser medico, sempre acabo sabendo de tudo.

- Onde estão os outros? - indagou Kagome

- Sesshoumaru saiu para buscar Rin e Jaken está preparando a comida para o  medicamento que lhe prescrevi. - respondeu o medico - Estamos a sós aqui, e eu coloquei quatro escritos espirituais ao redor do quarto. Tudo que conversarmos ira ficar apenas entre nós... pode comer.

- Não sei do que está falando. - respondeu Kagome rapidamente, se tapando com o lençol – Se Jaken já lhe contou tudo, não vejo necessidade disso!

- Acho que ainda não percebeu ainda... - comentou ele num suspiro pesado – Vamos tentar novamente. Responda-me algumas perguntas simples e eu te darei um diagnostico mais preciso, certo?

- Ok!

- Você anda meio cansada de manhã, como se por mais que dormisse ainda se sente não dormiu o suficiente?

- As vezes sim, mas deve ser estresse...

- Está se enjoando da comida tradicional e quer comer coisas exóticas ou ate mesmo estranhas?

- Bom, eu tive uma vontade estranha de comer ração pra cachorro esses dias mas...

- Vomitou alguma vez?

- Não, só enjôo e ânsia. Mas levando em conta que é Jaken que cozinha, creio que é normal. – comentou Kagome com ironia

- Se lembra da ultimas vez que menstruou ou tem ideia mais ou menos há quanto tempo?

- Não me lembro da data precisa, mas foi a uns 1 ou 2 meses eu acho. - respondeu Kagome - Mas nunca foi muito regular...

- Sente algumas partes do corpo cresceram ou ficaram sensíveis a toque, principalmente na hora do sexo? Alguma posição tem te incomodado?

- Que pergunta é essa?! - indagou Kagome perplexa – Minha vida sexual não tem nada a...

- Só responda sim ou não, detalhes são desnecessários pra mim. - respondeu o medico sério, enquanto anotava algumas coisas numa prancheta

- sim... - respondeu Kagome vermelha – Tenho sentido certo desconforto.

- Muito bem, com os exames preliminares que fiz, somado aos sintomas que apresenta... pode resultar dois tipos de diagnósticos. - comentou o medico

- O que? É grave?

- Depende de como você irá encarara-los. - respondeu ele calmamente - Você pode estar com uma gravidez psicológica, devido a tudo que aconteceu recentemente... ou realmente esta grávida. Meu palpite que é a segunda hipótese. Parabéns, adiantado!

- O QUE?! - indagou Kagome meio desconcertada, quase pulando da cama - Não pode ser, eu não... é impossível! Que dizer, em 5 anos de casada eu não engravidei, porque agora eu...

- Conheço mulheres que demoraram muito mais tempo, algumas são casos de doença, outras de mau funcionamento dos órgãos sexuais, há também o fator psicológico... As vezes as defesas do corpo agem e eliminam todo e qualquer corpo estranho que invade o corpo... Existem inúmeros fatores. - respondeu o medico - Algumas vezes o problema nem é na mulher, é sim no parceiro que não sabe fazer direito ou...

- Chega! Já entendi aonde quer chegar. - respondeu Kagome vermelha

- Bom, eu recomendo que faça um teste de farmácia. Se o pai do bebê é um yokai, tem que comprar específico. Caso o teste de positivo, vá algum ginecologista ou obstetra para confirmar se é alarme falso ou não. - comentou ele – Alguma vezes o teste pode falhar...

- Ok... - respondeu Kagome se sentindo acuada, mas sem perceber começou a massagear a própria barriga - Doutor, isso poderá ficar só entre nós... não quero que ninguém saiba disso, por enquanto.

- Claro, vou falar apenas que você estava sofrendo de estresse e com principio de anemia, o que não é mentira, pelo que soube Kagome, não anda se alimentando direito. Enquanto ao desmaio, que se levantou de repente do sofá e não deu tempo para seu sangue circular até a cabeça, somado ao estresse que teve na hora. - respondeu o doutor, sorrindo, guardando suas ferramentas na maleta. Logo em seguida tirou um cartão e o entregou para Kagome - Mas trate de fazer o que eu lhe disse. Qualquer coisa pode me contatar imediatamente.

- Certo, e obrigado. -respondeu Kagome

- Cuide-se bem... - respondeu ele pegando a maleta, antes de sair do quarto removeu todos os escritos espirituais.

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Já era noite, não havia muito movimento nas ruas... Bom, pelo menos não na área onde Miroku e Sango moravam. Viver em bairros ricos às vezes apresenta algumas vantagens, como a tranquilidade e segurança que reinavam ali. Enquanto Sango  preparava um chá para dormir e Miroku se encontrava na sala, lendo um livro de "como ser pai" quando a campainha começou a soar incessantemente. Miroku sabia que os portões estavam trancados e que o muro da casa era de quase 5 metros, dificilmente poderia ser trote de alguma criança ou adolesceste. Aquele que batia só podia ser uma pessoa... Sango saiu da cozinha pra atender, mas Miroku apareceu antes e fez um sinal para ela voltar para a cozinha e deixasse tudo com ele.

- Olá Inuyasha. - falou Miroku ao abrir a porta - O que devemos a sua visita tão repentina?

- Queria conversar com alguém... - respondei Inuyasha, com cheiro forte de álcool

- Podia ter usado o telefone, mas entre. - falou Miroku o deixando passar – Espere na sala, eu vou pegar um café pra você e depois conversamos.

- Obrigado... – falou Inuyasha, fazendo o que pediu.

- Quem é? - indagou Sango, ainda na cozinha quando Miroku entrou

- Advinha?! - comentou ele, dando um leve sorriso

- O que ele veio fazer aqui e há essa hora?! - indagou Sango irritada

- Calma amor, não precisa se incomodar. Eu vou falar com ele, você tome seu chá e vá descansar. Subo daqui a pouco. - falou Miroku lhe beijando a testa, em seguida pegou a água quente que restara e preparou um café instantâneo extra forte para Inuyasha

- Café?! - indagou Sango – Que eu saiba, ele não toma café...

- Ele parece ter bebido muito essa noite. - comentou Miroku - Acho que se colocar um fósforo, quando Inuyasha assobiar, teremos um maçarico caseiro.

- Nossa, então ele deve ter recebido a noticia bombástica de Kagome hoje... - comentou Sango

- Por isso eu não quero que vá a sala, eu irei conversar com ele sozinho. - respondeu Miroku pegando a xícara de café pra Inuyasha, que o aguardava na sala. Após Miroku sair da cozinha, Sango se esgueirou para a sala do piano, abriu um pouco a porta que conectavam ambas as salas. Ela queria escutar aquela conversa.

- Tome seu café Inuyasha e depois me conte exatamente o que houve. - falou Miroku se sentando na poltrona

- Kagome pediu divorcio... Eu não entendo porque... - falou Inuyasha sem muitos rodeios, e depois bebericou o café, mas estava tão amargo que começou a tossir - Nossa, que café ruim! Quer me envenenar?!

- A ideia é boa... Realmente Inuyasha, “não entende o porquê”?! - indagou Miroku dando um leve sorriso, ignorando o comentário sobre o café - Acho que ela deve ter cansado de te esperar, Inuyasha.

- Cansou de me esperar?! - indagou Inuyasha, se irritando - Ela devia sempre me esperar, afinal é minha esposa! Eu casei foi com ela! Ela me pertence!

- Não é assim que as coisas funcionam... Tem que haver a reciprocidade também. - respondeu Miroku - Você nunca deu os motivos para ela te esperar, foi exatamente o contrário. Você tem Kykio para extravasar sexualmente e amorosamente, enquanto a Kagome era desprezada e desrespeitada, tornando-se apenas um mero enfeite de sua prateleira, um troféu de exibição. Nenhuma mulher pode aturar uma vida assim...

- Quem contou a ela sobre Kykio?! – indagou Inuyasha, colocando as mãos sobre a cabeça, demonstrando seu desespero – Ela nunca devia saber disso...

- Ela não precisava que contassem pra ela, Inuyasha, ela já sabia. - respondeu Miroku - Ela sempre soube e o que havia entre você e Kykio, mesmo depois de se casarem, mas ela fingia não saber.

- Droga, o que eu faço agora? Não quero a perder... - comentou Inuyasha passando a mão pelos cabelos, quase os arrancando - Eu amo a Kagome...

- Mais que Kykio? - indagou Miroku sério, mas Inuyasha ficou mudo - Me responda, a ama mais que Kykio?

- É diferente... - respondeu Inuyasha, tentando se justificar - Não posso comparar as duas... eu as amo, mas de formas diferentes...

- Você não consegue escolher entre as duas... Só fica contando a mesma desculpa esfarrapada, pra que os outros tenham pena de você.- comentou Miroku, sendo direto – Porque casou com Kagome? Para evitar que ela pertencesse a outro ou apenas para ela lhe dar filhos que a outra não pode lhe dar?

- Não! – respondeu Inuyasha aflito - Eu casei com ela porque me importo com ela...

- Só se importar não iria adiantar Inuyasha, você tinha que se decidir com qual iria ficar. - respondeu Miroku - E você não o fez, então Kagome foi forçada a escolher... Eu não a culpo.

- Em que lado você está afinal?! - gritou Inuyasha nervoso, saltando do sofá - Você é meu amigo, devia estar me ajudando, não me acusando pelo que aconteceu!

- Eu ainda não lhe acusei Inuyasha. - respondeu Miroku sem se alterar – E por ser seu amigo, eu tenho a obrigação de ser franco sobre isso tudo. Você gostaria que Kagome o traísse, que dizer, te tratasse da mesma maneira que você tem feito a anos ou...

- Ela já o fez. - respondei Inuyasha, entre os dentes – Ela me traiu...

- QUE?! - indagou Miroku sem acreditar no que ouvira. Sango, escutando tudo na outra sala, colocou a mão na boca para impedir-se de fazer barulho. Aquele fato era inédito até então...

- Kagome já tem alguém... - respondeu Inuyasha, tentando se controlar - Ela nunca teria me tratado daquela forma se não tivesse outro...

- Você a viu hoje? – indagou Miroku preocupado

- É... Acabamos brigando. - respondeu Inuyasha - Ela está morando na mansão de Sesshoumaru, é ele que está a protegendo até agora.

- SESSHOUMARU?! - indagou Miroku ainda mais confuso que antes - É melhor você se sentar e me explicar isso. Como descobriu que Kagome estava lá?

- Recebi um telefonema de Souta, meu cunhado, e ele me falou onde ela estava e queria conversar comigo. - respondeu Inuyasha, dando um sorriso triste - Quando cheguei lá, vi uma mulher fria em vez de minha carinhosa Kagome. Disse que queria o divorcio e que já tinha outro e não precisava mais de mim.

- Ela realmente disse isso? Com essas palavras?

- Não precisou falar que tinha... - comentou Inuyasha, voltando a se sentar no sofá - Pela frieza que me tratou, eu sei que ela não sente mais nada por mim a não ser ódio. E se ela não me ama mais, significa que alguém tomou meu lugar... E eu não percebi que a estava perdendo até definitivamente a perder.

- Nossa... É difícil de acreditar Kagome agindo assim. - comentou Miroku - O que você vai fazer agora, Inuyasha?

- Fazer?  - indagou Inuyasha confuso – O que há pra fazer?

- Você vai lutar por Kagome e deixar Kykio no passado? - indagou Miroku – Ou vai dar o divorcio e perdê-la para sempre?

- Eu não posso ficar com as duas? - indagou Inuyasha com as mãos do rosto, parecendo mais confuso e desesperado. – Eu não posso... não consigo escolher...

- Sabe, quando eu ia me casar com Sango, me fiz a mesma pergunta... "se eu devia realmente renunciar todas as outras mulheres que existem no mundo por ela" - comentou Miroku, tentando ajudar o amigo – Não vou mentir, tive as minhas duvidas também.

- E o que decidiu? - Indagou Inuyasha - Achou sua resposta?

- Não achei... - respondeu Miroku - Eu apenas....

Nesse momento Sango adentrou na sala, com um enorme boomerang nas mãos e com um olhar flamejantes de raiva, determinada a matar os dois.

- Seus desgraçados mulherengos!!! Safados!!! - gritou Sango mais irada que o normal - Vocês merecem morrer! Vou livrar o mundo pragas como vocês!

- Calma Sango... Pense no bebê! - falou Miroku tentando, em vão, a acalmar

- Eu vou me acalmar, assim que ver vocês no mínimo inconscientes! - gritou Sango, lançando o boomerang neles. Ambos se esquivaram, mas não conseguiram impedir que voltasse para Sango, que o pegou e o disparou de novo. Inuyasha e Miroku tentaram se proteger, indo cada um para um lado da sala, mas não adiantou, pois Sango não deu a mínima para a decoração, que seria atingida caso ela jogasse-o neles novamente. Queria se vingar por Kagome, e também por si mesma e aquele ultimo comentário de Miroku. No entanto Inuyasha deu um salto e foi em direção ao janelão da sala, abrindo-o...

- A conversa foi ótima, mas eu tenho que ir. - falou Inuyasha fugindo pela janela, deixando Miroku para trás

- Você não vai escapar! - gritou Sango disparando o boomerang na janela, na direção de Inuyasha. Pela força com que ela o disparou, arrebentou a janela e parte da parede por causa do vácuo. No entanto, não atingiu Inuyasha, que conseguiu se esquivar melhor por não estar mais dentro da mansão... - Droga, Volte aqui seu desgraçado! - gritou Sango indo até o que restou da janela, mas antes que conseguisse pular para ir atrás dele, Miroku conseguiu chegar perto dela e imobilizar seus braços - Não me segure! Depois deu matar aquele desgraçado, você será o próximo! Safado! Sem vergonha! Pervertido!

- Calma Sango, por favor. Essa agitação toda não fará bem a você, muito menos ao nosso bebê. - falou Miroku lutando para segurar os braços dela - Por favor...

- Vocês dois são iguais... - comentou Sango com raiva, mas parou de lutar para que ele a soltasse, abaixando o rosto para que não visse que estava lutando consigo para não chorar.

- Não somos não! - respondeu Miroku imediatamente, a fazendo se virar e olhar nos olhos dele - Eu nunca te trai e nem quero fazer isso. Não me arrependo de ter renunciado as outras mulheres do mundo por você, só lamento não ter feito isso muito antes! Minha vida não era nada sem você!

- Miroku... - falou Sango, se acalmando ao ouvir aquela declaração, mas antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Miroku rapidamente foi para o lado direito e a puxou consigo, em questão de milésimos de segundo o boomerang voltara, passando no mesmo lugar que eles estavam a poucos instantes. Sua velocidade foi tamanha que ao bater na parede de dentro da sala, fez um estrondo forte, mas acabou fincado nela.

- Essa foi por pouco... Querida, me lembre de nunca mais lhe irritar assim, ou não teremos mais uma casa. - comentou Miroku abraçado-a, rindo. Mas sango não lhe respondeu, entretanto começou a tremer em seus braços. - Sango? Você está bem? O que foi?

Sango não lhe respondeu, em vez disso apenas colocou a mão na barriga, como tentasse a segurar. Miroku se afastou um pouco e viu o pijama de Sango estava manchado... A bolsa havia estourado, Sango estava em trabalho de parto devido toda aquela agitação que acabou estimulando o bebê...

- Por Kami-sama... Não me diga que... - falou Miroku ficando branco, ainda pensando no que fazer – o que vamos fazer?!

- Rápido... Pro hospital... - falou sango concordando com a cabeça, tinham que ir para o hospital imediatamente, pois começava a sentir as contrações ficando mais fortes.

-----x-----

Kagome estava dormindo em sua cama, estava tendo novamente aquele mesmo sonho que teve naquele motel há semanas atrás. No entanto desta vez parecia ser mais real ainda, ela pode ver um pouco mais do bebê em seus braços. Os olhos era dourados, tinha fios de cabelo pretos e orelhinhas de meio-yokai na cabeça... Era um lindo menininho, que agitava os braços pra ela... Mas o que preocupou Kagome foi não viu nenhuma das marca yokai de Sesshoumaru naquele bebê, nem a meia lua roxa ou os outros traços vermelhos que tinha nos braços... Isso só significava que o bebê era filho de...

- Nããaao! - gritou Kagome acordando assustada, sentando rapidamente na cama

- Não o que? - indagou Sesshoumaru, que estava sentado na poltrona do quarto, ao lado de um abajur, lendo um livro. - Pesadelo?

- Foi... - respondeu Kagome passando a mão na testa, limpando o suor da testa - Um pesadelo horrível...

- O importante que ele não real. - respondeu Sesshoumaru fechando o livro, e indo em direção a Kagome - Como está?

- Fora o pesadelo, eu estou bem. - respondeu Kagome dando um leve sorriso - Obrigado por se preocupar.

- Você tem um dom de me deixar preocupado. - comentou Sesshoumaru - O médico me disse que foi estresse somado com um principio de anemia. Porque não anda comento direito?

- Estava nervosa com a situação que eu tinha que enfrentar, mas agora eu estou melhor. - respondeu Kagome, tentando se justificar o mais próximo da verdade possível - Prometo que daqui por diante eu vou comer e engordar bastante!

- Não engorde tanto, gosto de seu corpo do jeito que está. - comentou Sesshoumaru, sendo direto, fazendo Kagome ficar vermelha. Quando isso acontecia ele tinha vontade de rir dela, mas não o fez... - Está com fome? Quer que eu mande jaken prepara algo?

- Não precisa, não tenho fome. - respondeu Kagome - Enquanto você tinha ido buscar Rin, o médico me deu uns remédios e mandou Jaken fazer uma comida pra mim. Ele me fez repetir o prato e depois me mandou dormir... mas já estou me sentindo melhor.

- Eu queria ter ficado aqui, mas ele falou que podia lhe deixar nervosa. - comentou Sesshoumaru - Rin está preocupada com você, tentou invadir o quarto inúmeras vezes. Falou queria ser a sua enfermeira. Deu um cargo a cada um de nós...

- Mesmo? - indagou Kagome rindo

- É... Eu sou o segurança e Jaken virou cozinheiro. Nem queira saber o que passamos pra a manter afastada do quarto... - comentou Sesshoumaru, quando o telefone celular de Kagome, aquele que Sesshoumaru lhe dera, começou a tocar - Deu o seu numero para quem?

- Para Miroku, mas só em caso de... A meu Deus! - falou Kagome se sentando, agarrando o celular, que estava em cima do criado-mudo. - Alô? Miroku? O que houve?

- Kagome, Sango entrou em trabalho de parto. Desta vez não é alarme falso... - falou Miroku nervoso – Ela vai ter o bebê hoje!

- Calma Miroku! Eu estou indo, que hospital vocês estão? - indagou Kagome rapidamente. Após miroku respondeu, ela desligou o celular e saiu da cama, tirando a roupa no meio do caminho para o guarda roupa, começando a se trocar. Não havia necessidade de explicar a Sesshoumaru, pois sabia que ele escutara a conversa toda.

- Quer que te leve? - indagou Sesshoumaru enquanto a olhava se vestir

- Se não for incomodar... - comentou Kagome colocando o tênis

- Ok, vou avisa Jaken. Te encontro no carro... - falou Sesshoumaru saindo do quarto.


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