Always escrita por CKS


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-sama!


Mais um cap.... pena que não consegui postar no sábado. Mas só agora eu consegui acabar o cap e o corrigir (ou pelo menos tentei o corrigir).

Esse novo cap vai ser... meio que interessante! ^^
Espero que gostem e comentem.

Beijos e até próximo cap! o/



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Quando Kagome voltou a si, estava deitada na cama... mas não se lembrava como foi parar nela. Tirou o lençol que a cobria e percebeu que não estava de pijama, e sim com a roupa de trabalho, o que era estranho. Será que não se sentiu bem pra trabalhar e voltou pra cama? Desmaiou no desjejum? Porque não conseguia se lembrar de nada? ... dizem que um evento traumático ao extremo faz com que, por defesa, a mente, apague da memória. Se esse fosse o caso, tinha que se esforçar ao máximo para se lembrar. De imediato ela colocou a mão sobre a barriga, e pra seu alivio o bebê se mexeu... seja o que tivesse acontecido, seu filho estava bem.  Mas isso não explicava o que tinha acontecido e como parará ali... começou a se concentrar, o que havia acontecido aquela manhã mesmo?

Lembrou-se que acordou “tarde” para o desjejum, pois Sesshoumaru e Rin já tinham saído... lembro de Jaken e sua “dança exótica” pra evitar quebrar um prato na pia... também que tomou café e seu motorista a levou para o trabalho e... ... ... tinham para do em um sinal de transito... o que havia mesmo escrito na propaganda do ônibus?

De repente, kagome se sentou na cama, assustada... começaram a vir a sua cabeça, flash de memória. Se lembrou de tudo que ocorreu naquela manhã, e começou a a chorar.

Reviveu o momento que entrou na sala de Inuyasha, com os exemplares dos jornais que, o momento que jogou tudo na cara dele... e depois que gritou com Inuyasha, e que começaram a discutir.

Era estranho, mas parecia que estava vendo tudo como uma terceira pessoa, ou seja, como se seu espírito tivesse saído do seu corpo e ficasse olhando o que acontecia ao seu redor. Se viu brigando com Inuyasha e quando estava tentando sair da sala, ele a forçava a ficar e o escutar, lhe agarrando pelo braço... mas ao fazer isso, ela reagiu de uma maneira que jamais achou que poderia fazer com um ser humano... Ou a um yokai... Lhe deu um soco no rosto que o fez cair no chão. Não soube se fora pela força da pancada ou tivera manifestado seus poderes de sacerdotisa ou a energia sinistra...  A única coisa que percebeu foi Inuyasha no chão, com a mão na parte do rosto atingida, na qual tinha uma mancha vermelha no formato de seu punho.

Momentos depois Sesshoumaru chegou à sala, tirou o terno e o colocou em cima da cabeça de Kagome, cobrindo-a, ele falou algo para Inuyasha e depois saiu levando-a consigo nos braços. Quando ela finalmente deu em si, estava em casa, deitada na cama de Sesshoumaru. Provavelmente fora ele que tirara seu terno, tirado os seus sapatos e soltado seus cabelos, deixando-a sozinha para descansar... bem, era melhor tentar se levantar, pois não queria preocupar ninguém.

Entretanto a teoria era muito diferente da realidade... Tentou se levantar da cama, mas não tinha forças para isso. Parecia que todas as suas forças havia sido drenadas de seu corpo. Desejou que tudo tivesse sido um pesadelo terrível, que nada aquilo houvesse acontecido... Mas sabia que só estaria se iludindo. Não adiantava fugir, tinha que encarar a realidade, tudo aquilo realmente acontecera, seu nome havia sido jogado na lama e consequentemente de ambas as famílias Taisho e dos Higurashi. Como fora idiota em tentar um relacionamento amigável com Inuyasha... Inuyasha falara de uma forma quase subliminar que se vingaria dela, por ter arranjado outro. Como não percebeu que ele planejava algo para se vingar junto com Kykio? Porque simplesmente não se esqueciam dela e lhe deixavam ser feliz? Ela não era mais um empecilho pra eles... porque sempre que tinha boas intenções acaba de ferindo? Fora uma pessoa tão horrível na vida passada, que estava seus pegados agora? Estaria destinada a sempre sofrer?

Nesse momento começou a dar evasão a toda tristeza, raiva e humilhação que sentia... mas principalmente por desespero. Como poderia sair da casa de Sesshoumaru agora? Como conseguiria enfrentar o mundo lá fora? Como iria se defender dessas acusações?

Todas aquelas mentiras no jornal, sobre ela estivera grávida de Kouga ou seja lá quem mais inventasse e que teria abortara todos... O fato é que agora que estava grávida, e se tivesse seu filho, só iria sustentar as notícias e iria piorar por ainda mais a situação. Não teria como explicar sua gravidez... Não podia alegar “milagre divino”, pois não apareceu nenhum anjo falar com ela... Talvez uma inseminação artificial? Seria uma boa ideia, mas mesmo assim a mídia iria lhe perseguir para saber quem era o “doador/pai” da criança, e investigariam tudo, incluindo a clinica caso ela desse essa desculpa. E se descobrissem que era mentira, ou pior, descobrissem a verdade sobre seu bebê... Estaria condenada a viver o inferno na terra. Como se proteger de tamanha desgraça? Como evitar que aquela bomba estourasse em suas mãos? Não era boa em planejar coisas, e para achar uma solução para tudo isso era necessário muito mais de sua capacidade atual... Suas emoções iriam a atrapalhar. Como gostaria de ter mente fria e centrada como Sesshoumaru...

Em seu estado, desesperador, Só conseguia enxergar duas possibilidades... se não estivesse grávida ou talvez fosse melhor se o abortasse... Não! No que estava pensando? Estava perdendo o juízo?! Não sacrificaria a vida de um inocente por culpa daqueles... Daqueles... Droga, não sabia ao certo como os qualificar naquele momento, pois nem as mais chulas que conhecia os poderia definir. Se uma coisa que ela jamais abriria mão era de seu filho, não importava as circunstâncias. Mas a verdadeira questão era que não sabia o que fazer para proteger seu filho das línguas mordazes ou retaliações... Iriam sofrer caso permanecessem no Japão. Sua única alternativa era fugir do país, na qual nunca mais poderia voltar... mas só de imaginar isso a fez com que seu desespero aumentasse cada vez mais. Sua família provavelmente nunca poderia conhecer seu filho, já que o vovô não poderia viajar por longas distancias devido sua idade e sua mãe jamais iria deixá-lo sozinho para cuidar da casa e do templo por motivos de segurança dele... E de todos que visitassem o templo e habitantes de Tokio. Fora isso, caso fugisse do país, teria que se esconder da mídia, criar uma nova identidade e tentar recomeçar a vida em um lugar estranho e sem qualquer ente querido por perto... nunca mais poderia voltar.  O irônico era que ela parecia uma daquelas pessoas que entravam para o “serviço de proteção a testemunhas”, mas no seu caso, ela não tinha testemunhado algum crime ou era ameaçada por chefões da máfia ou coisa parecida. Não, o caso dela era um pouco pior, pois envolvia Kykio e seu ex-marido.

Porque era tão azarada a esse ponto? Será que não podia ser feliz na vida, sem que essa felicidade fosse ilusória, temporária, finita? Finalmente entendeu aquela expressão "Eu joguei pedras na cruz"... mas no caso dela, ela devia ter jogado paralelepípedo, e ainda ter colocado chiclete e o rodado em volta da cruz para ter tantas desgraças acontecendo consigo.

- Senti o cheiro de suas lágrimas... - falou Sesshoumaru entrando no quarto. Ele estava sem o blazer e a gravata, com as mangas da camisa dobrada até os cotovelos, e trazia na mão um chá para ela. Pelo que parecia, ele não voltará para o trabalho e permaneceu cuidando dela até agora. Isso a reconfortou um pouco... Pelo menos não estava totalmente sozinha. Ele se sentou ao lado dela, na beirada da cama, colocando o chá no mesinha ao lado da cama. Mas a expressão do rosto dele parecia um pouco diferente, aparentava estar preocupado com ela, e só de pensar nessa possibilidade recomeçou a lacrimejar. Sesshoumaru esticou sua mão e secou as lágrimas do rosto dela com delicadeza. - Não precisa chorar, estou aqui. Como se sente?

- Como se estivesse morrido, e ido ao inferno... - falou Kagome com certo tom de desespero na voz

- Se alguém merece morrer é Inuyasha e aquela outra vadia. - respondeu Sesshoumaru aparentando calma, mas o olhar dele deixava claro o quanto estava irritado. - Eu sinto por não estar ao seu lado quando soube o que estava acontecendo...

- Você sabia? - indagou Kagome confusa. Até então acreditava que ele só soubera quando fora no escritório de Inuyasha

- Sim, eu sabia... - respondeu ele segurando a mão dela, que agora começava a tremer. – Acalme-se... Fui mais cedo ao trabalho hoje por esse motivo, tentei tirar todos os jornais com essa matéria de circulação mas não consegui todos os exemplares. Alguém que os tinha começou aos revender para as bancas, quase ao mesmo tempo em que eu os recolhia... Quando telefonei para Jaken não a deixar sair de casa ou ir para o trabalho, já era tarde demais.

- Desculpe por fazer perder seu tempo comigo... -respondeu Kagome tentando controlar as emoções, o fazendo soltar sua mão - Não adianta fazer mais nada agora, minha vida acabou e não a nada que possa fazer para me ajudar. Será melhor que eu vá embora e...

- Jamais perderia meu tempo com algo que não valesse a pena e nunca iria permitiria que sua vida acabasse por algo tão insignificante como está acontecendo. Eu não vou deixar você fugir. - respondeu Sesshoumaru - Não se preocupe, dou minha palavra que irei lhe proteger. E eu sempre cumpro minhas promessas.

- Insignificante? Minha vida, minha família e a sua estão expostas aos 4 ventos e você... – começou a falar Kagome, desesperada

- Há alguma possibilidade do que aquilo que está escrito ali seja verdade? - indagou Sesshoumaru sério, o que a fez se calar imediatamente. No entanto conseguiu acenar a cabeça, negando fervorosamente - Eu já sabia que eram mentiras, você jamais faria aquilo que escreveram sobre você e mesmo que fizesse, eu saberia. Você não conseguiria mentir para mim, seu corpo exala o meu cheiro, jamais pertenceu outro além de mim durante todo esse tempo... Aquilo tudo nos jornais são apenas um grande numero de mentiras contada por uma caça-fortuna problemática, mas eu farei com que cada jornal que publicou as mentiras daquela mulher pagar caro, principalmente quem as inventou. Não vou deixar ninguém escapar impune disso Kagome. Mexeram com alguém que não deviam... E eu não sou misericordioso com esse tipo de gente.

- O que vai fazer? - indagou Kagome ao ver ele se levantar, e ficou meio assustada com o sorriso frio de Sesshoumaru

- Não quero que pense mais nisso Kagome, deixe tudo comigo. Ninguém toca em algo que me pertença e sai impune, muito menos se o fizerem com fêmea minha. Tome seu chá e descanse mais um pouco. Amanhã será como se nada tivesse acontecido.

-x-

Sesshoumaru voltou para a sala, indo para seu escritório, na qual estavam o aguardando todos seus advogados e subordinados. Ele havia mandado todos comparecessem imediatamente em sua casa, logo após colocar Kagome na cama. Em poucos minutos todos os que chamou estavam entrando em sua casa, mas ao sentir o cheiro das lágrimas de kagome, ele mandou que o esperassem na sala e foi ver como ela estava. Jaken estava subindo as escadas com o chá para ela, mas Sesshoumaru o dispensou daquele serviço, e foi ele mesmo levar o chá. Tinha que ver como ela estava, se certificar que estava bem... mas ao entrar no quarto,  Kagome deu a impressão que estava prestes a quebrar, de tão frágil ela lhe pareceu. Isso o enfureceu ainda mais... dessa vez, ele não teria misericórdia de ninguém.

A reunião durou apenas meia hora, mas foi mais que o suficiente.  Sua ordem fora simples, “destruam a todos”. Uma hora depois, os donos dos jornais que publicaram as matérias estavam ligando para sua casa, implorando misericórdia. Seus subordinados não estavam ameaçando a vida de ninguém, pelo menos ainda não, mas talvez fosse pior, ele estava quebrando todas as empresas envolvidas. Ele estava exigindo o pagamento de todas as dividas, tirando patrocínio, cancelando todos os contratos e ainda processando, tudo ao mesmo tempo... Praticamente estava impedindo as empresas de funcionar, pois agora não teriam nem mais a matéria-prima para fazer o jornal e seus advogados estavam garantindo no meio da lei que todos tivessem que pagar indenização para com Kagome em menos de 24 horas e ainda as ameaçava de fechar, cada jornal. A quantia que seus advogados exigiam era mais que astronômica... Tornando impossível de ser paga em tão pouco tempo.

Essas medidas foram calculadas por Sesshoumaru... Ele os faria se dobrar a sua vontade e rastejar pedindo perdão. A impressa podia ter o poder de "falar a verdade", mas nada tinha mais poder que ele no país. Fora burrice deles tentar o desafiar, e agora iriam pagar caro.

-x-

Na manhã seguinte Kagome acordou terrivelmente depressiva, no entanto acordou cedo para tomar café da manhã com os outros. Estava vestida com o roupão de seda por cima do pijama, pois não havia motivos para ela ir trabalhar ou sair da mansão de Sesshoumaru agora, afinal provavelmente os paparazzi iriam estar a sua cola. Ao entrar na sala encontrou tudo normal demais. Rin estava usando o pijama ainda, e estava tomando leite ou pelo menos era isso que aparentava de longe... Era mais provável que ela estivesse ainda muito sonolenta ou que pudesse estar dormindo sentada. Sesshoumaru estava à cabeceira da mesa, mas tinha o jornal ainda fechado ao seu lado. Kagome se aproximou da mesa e foi se sentar, muito calada e começou a se servir. Jaken via e voltava da cozinha, com o café da manhã que acabara de fazer e todos praticamente comeram em silencio, nem mesmo Rin ousara falar. No entanto todos os seus movimentos era observados por Sesshoumaru...

- Rin, nos de licença. -falou Sesshoumaru depois de notar a terríveis olheiras no rosto de Kagome - Jaken, ajude-a a se vestir para escola.

- Mas eu não quero ir hoje... - choramingou Rin, muito devagar

- Vamos menina, ou vai nos atrasar! - falou Jaken a fazendo sair da mesa, a levando para o quarto dela, deixando Sesshoumaru e Kagome sozinhos na sala.

- Como você está? - indagou Sesshoumaru

- Me sinto tão bem como alguém que foi atropelado por um trator. - respondeu Kagome

- Talvez isso anime você. - falou Sesshoumaru entregando o jornal para Kagome, e ela o abriu e folheou todas as paginas do jornal, sem prestar muita atenção no seu conteúdo.

- O que tem pra ver aqui? - indagou ela olhando a ultima pagina, sem ver absolutamente nada interessante.

- Não notou nada? talvez devesse tentar novamente. – comentou ele a olhando com uma espécie de humor, e ela voltou a analisar o jornal, desta vez com mais atenção... Mas não viu nada demais.

- Não encontrei nada. - respondeu ela após terminar mais uma análise do jornal – O que eu deveria notar?

- Exatamente isso que eu queria que notasse, o “nada”. - respondeu Sesshoumaru, mas Kagome ainda pareceu não entender o que exatamente queria dizer. – Vou lhe explicar. Normalmente quando os jornais colocam um noticia de fato verdadeira ou não, eles irão a fazer ficar na mídia por dias. Se envolver famosos ou pessoas com poder, duram meses ou anos esse assunto, que sempre aparece uma data para o rememorar... Ontem pode ter sido um pesadelo o que ocorreu, mas hoje não há sequer uma noticia do tipo vinculado a você ou a família Taisho ou Higurashi.

- Mas como isso...

- Eu disse que não devia se preocupar e deixar tudo comigo. - respondeu Sesshoumaru calmamente tomando um gole de café - Eles nunca mais irão publicar coisas do tipo novamente, tem minha palavra.

- Você os matou? - indagou Kagome assustada

- O teria feito isso se estivéssemos ainda na era feudal. Entretanto eu posso o fazer, se for isso que desejas, só precisaria fazer uma ligação. - respondeu ele, com certo humor - Não, eu não mandei matar ninguém, digamos que apenas fui bem persuasivo ao lhe vingar. Agora todas essas empresas de mídia estão sujeitas a mim, e eu dou a palavra final sobre o que devem ou não divulgar ao publico agora. E é estritamente proibido vincular qualquer noticia daquele tipo ou qualquer outra coisa que seja de caráter pessoal da família Taisho e Higurashi. A menos que você os autorize. Também contratei seguranças para impedir quaisquer paparazzi ou algo do gênero chegue perto de ambas às famílias.

- Mas isso não resolve todo o problema... - comentou Kagome – Ainda existiu aquele jornal com aquela matéria...

- Não resolveu por completo, mas é o começo. Sem a mídia influenciando, o assunto é esquecido facilmente com o tempo. - respondeu Sesshoumaru se levantando da mesa – Além disso, houve um recente escândalo internacional, com um astro de cinema americano, que virou o foco da mídia no momento. Você não é mais notícia, pode ficar sossegada. Não se preocupe em relação a Kikyo, em breve farei com que aquela mulher pague pelo que fez.

- Nossa... não precisava fazer tudo isso por mim. – comentou Kagome, meio surpresa e confusa pelo que ele disse

- Fiz o que estava há meu alcance fazer. Eu já lhe disse uma vez, eu vou lhe proteger. Enquanto estiver aqui... enquanto for minha, lhe protegerei.– respondeu Sesshoumaru - Agora, o que passa na minha mente nesse momento é o porque está ainda de pijama... Não vai trabalhar hoje?

- Trabalhar?

- Você não deve explicações a ninguém, e qualquer um que vier lhe incomodar, terá se me enfrentar... Que mal poderá lhe ocorrer? - indagou ele, percebendo a indecisão dela – Kagome, eu preciso de você lá, comigo. Temos muito trabalho a fazer... Vá se vestir, estarei lhe esperando.

- Mas... Mas...

- É uma ordem, vá se vestir. - respondeu ele indo em direção a porta - A não ser que queira trabalhar vestida como está, sinceramente não me importo de ter uma bela visão durante o trabalho, mas terá de tirar esse roupão e trancar a porta do escritório.

- Sesshoumaru?! - falou Kagome, envergonhada pela forma com que ele falará, afinal ele sempre era reservado.

- A cor voltou ao seu rosto, agora sei que está melhor. - respondeu ele - Ande logo, lhe espero no carro.

-x-

Para o espanto de Kagome, tudo estava acontecendo da forma que Sesshoumaru falará. Durante toda aquela semana, aquela "bomba" sobre ela foi assunto me mexericos e fofocas sussurradas nos intervalos do trabalho... Mas em pouco tempo tudo começou a desaparecer. Não sabia se era pelo fato que ninguém estava falando muito sobre isso no trabalho, com medo de represaria de Sesshoumaru ou porque não davam muita importância ao assunto.

Também notou que Inuyasha não foi mais trabalhar, e isso de certa forma era um certo alivio, não o queria ver novamente. Pelo que soubera, Inuyasha havia sido afastado do cargo e colocado em férias por ordem de Sesshoumaru, isso significava em férias permanentes. Bom, Inuyasha nunca precisou trabalhar para ter dinheiro, e nem sabia ao certo como trabalhar na empresa... Não fazia muita diferença ele ali ou não.

Por motivos de segurança, Kagome só podia almoçar na empresa agora, para não se expor mais... Mas isso não a afastou de Kouga, que vinha para conversar e almoçar com ela às vezes, principalmente quando sesshoumaru estava em reunião numa outra sala ou  não se encontrava na empresa. Agora parecia estar um pouco mais complicado para Kagome fazer os exames de pré-natal, já que não podia sair do trabalho... Apesar de estar preocupada com o bebê, pois aquele susto o poderia ter o afetado de certa forma. Telefonará para Houjo usando o celular de Kouga emprestado. Houjo alegou que sua preocupação era a toa, pois ela não estava grávida de um humano, então sua resistência era maior e nada do tipo o afetaria a ponto de ter um aborto natural. Ela contou o que aconteceu quando encontrou com Inuyasha, e que lhe agredira e o fez cair no chão, mas Houjo disse que o quer que tenha feito Inuyasha cair, não fora seus poderes espirituais ou certamente sentiria terríveis dores após o ocorrido. Pela explicação que ele lhe dera, ela podia ter usado de certo forma o poder de meio-yokai de seu filho, já que praticamente compartilhavam o mesmo corpo e sangue... Isso não era difícil de acontecer, mas era raro. Contou que houve casos em que as mães viraram praticamente meio-yokais durante a gestação, mas isso dependia do quão puro era o sangue do pai da criança. Dependendo do numero de filhos que ela tivesse, poderia virar uma meio-yokai... Mas houvera apenas 50 casos registrados na medicina atual.

Mais tranquila, Kagome voltou sua mente para o trabalho. Não queria pensar nada que ocorreu, para não dar azar. Suspeitava que quanto menos pensava nisso, mais rápido esqueceria. Tinha que focar sua mente nas coisas importantes, não nas irrelevantes. E isso a fazia pensar em Sesshoumaru, se ele não estivesse ao lado dela dando apoio e a protegendo, provavelmente teria feito alguma besteira... E de certa forma isso a fez se sentir feliz, mas ao mesmo tempo tinha medo. Ficava assustada ao pensar na reação dele quando soubesse que estava grávida, e sabia que teria de contar ainda aquele mês antes que sua barriga crescesse mais. Bom, ela já havia começado a crescer, mas conseguira enganar a todos usando a desculpa do “engordei” e o um truque ilusório com auxílio de alguns pergaminhos sagrados de Buda na barriga. Não afetavam seu filho, mas permitia criar a ilusão que continuava quase magra.

Entretanto na semana que se passou, e Kagome percebeu que seu motorista agora fazia parte da segurança do prédio que trabalhava. Só entendeu o porquê quando uma vez, ao descer para tomar um chá, passou perto da recepção do prédio e viu Inuyasha tentando entrar no prédio e os seguranças impedindo, entre eles estava o motorista. Quando os viu, apressou o passo e voltou para sua sala rapidamente. Sinceramente estava começando a ter medo de tudo que poderia ocorrer na próxima vez que se encontrasse com Inuyasha... Mas não sabia por quem ela mais temia se era a si, a segurança de seu bebê, do Inuyasha ou o que Sesshoumaru poderia fazer. Mas preferia ter medo a viver a cena...

Na semana seguinte, numa manhã de segunda-feira, um pouco antes do almoço, Kagome recebeu a visita de Jaken. Pelo que entendeu, ele tinha vindo por causa de um pequeno festival que a escola de Rin estava fazendo, na qual os pais ou responsáveis deviam ir e competir ao lado das crianças, e precisavam assinar o convite... E Rin se negou firmemente deixar Jaken participar dessa vez. Ela pediu para que Sesshoumaru ou que Kagome fossem até lá. Era apenas uma pequena cerimônia de abertura aquele dia, para jogos escolares, na qual qualquer um deles podia ir. Kagome se prontificou a ir, mas Jaken achou melhor falar com Sesshoumaru antes que deixasse o trabalho. Entretanto Sesshoumaru se encontrava numa reunião muito importante, numa outra sala do prédio e que só em caso de vida ou morte poderiam entrar naquela sala para interrompê-lo. Isso fez com que Jaken ficasse na sala de Kagome, o aguardando.

Alguns minutos mais tarde, Kagome, que não aguentava mais o olhar desconfiado de Jaken, pediu que fosse até a lanchonete e buscasse um chá para ela. Faltavam 15 minutos para o meio-dia e estava ficando com sede. Antes que Jaken pudesse sair da sala de Kagome, o vidro da janela se arrebentou num estrondo, causando um enorme susto. Kagome se protegeu como pode dos casos de vidro, que voaram, e felizmente não foi ferida. Quando olhou para a janela, viu que agora havia mais alguém na sala... Não pode reconhecer de imediato, pois estava mal vestido e os olhos vermelhos, como de um yokai completo... Mas pode ver o cabelo longo e prateado...

- Quem é... É você, Inuyasha? - indagou Kagome assustada, sentindo arrepios. Algo lhe mandava fugir imediatamente da sala, mas sabia que antes mesmo que pudesse sair ele a alcançaria.

- Fico feliz porque ainda se lembre do meu nome. - falou Inuyasha num tom muito estranho, parecia fora de si. Ele se aproximou da mesa de Kagome, mas jaken se colocou na frente tentando o impedir. - Saia da minha frente jaken, não estou de brincadeira desta vez! Desapareça!

- Eu não vou permitir que... - falava Jaken categoricamente, mas antes mesmo de concluir a frase, ele foi agarrado pelo colarinho de seu uniforme e fora lançado violentamente na parede, em direção aos cacos de vidro. - Seu bas...tardo. - falou Jaken tentando se levantar, apesar da dor que sentia pelo impacto, e de sangrar um pouco visto que o vidro o ferira.

- O deixe em paz Inuyasha! - gritou Kagome, chamando sua atenção antes que voltasse a atacar Jaken - O assunto é comigo, deixe-o em paz. O que veio fazer aqui?

- Vim lhe levar para casa... - respondeu Inuyasha se aproximando cada vez mais dela - Cansei dessas duas birras e infantilidades. Vamos voltar pra casa agora mesmo.

- Eu não vou, estou trabalhando agora. - respondeu Kagome tentando não o irritar, usando a lógica. – talvez quando acabar meu expediente eu...

- Não pode? Porque tudo que está relacionado comigo você não pode fazer? - indagou Inuyasha pegando no braço dela rudemente - Porque nunca pode sair? Conversar? Almoçar? Ou simplesmente me perdoar pelo que fiz? Porque sou o único que não merece misericórdia sua?

- Me solta, Inuyasha! - ordenou Kagome puxando o braço, mas não conseguiu se libertar. Ao mesmo tempo, Jaken fugia da sala... E Kagome pedia aos céus que fosse buscar Sesshoumaru.

- Eu não vou te soltar nunca mais Kagome. - respondeu Inuyasha - Você está casada comigo, e isso é até que a morte nos separe. Goste você ou não, vai voltar pra minha casa e iremos voltar a ser o mesmo casal de antes. Dessa vez vamos ser felizes! Nem que eu tenha que te amarrar na cama, você vai ficar comigo!

- Eu não vou fazer isso! - respondeu Kagome irritada - Prefiro morrer a ter de pertencer a você novamente!

- Eu não estou dando opção. - respondeu Inuyasha, e antes que Kagome pudesse perceber o que havia acontecido, Inuyasha a jogou por cima do ombro e se dirigiu novamente pela janela.

- Inuyasha, me solte agora! - gritou Kagome, ficando apavorada. Certamente aquela posição era desconfortável tanto pra ela, mas talvez pior ainda para o bebê. - Pelo amor de Kami-sama, me ponha no chão!

- Eu vou lhe por no chão, mas só quando chegarmos em casa. Até lá comporte-se, a viagem não vai ser tão longa. - falou Inuyasha, mas Kagome começou a se agitar tentando de todas as maneiras sair daquela posição. -Fique quieta ou eu vou te deixar cair lá embaixo!

- Me solta, por favor! – gritou Kagome, em pânico

- Eu já disse que não! – rosnou Inuyasha

- Inuyasha, ponha Kagome no chão agora! - falou o recém-chegado a sala

- É muita coragem sua vir aqui e tentar ordenar algo, lobo fedido. - respondeu Inuyasha, se virando para encarar Kouga. Kagome começou a se agitar, o que fez Inuyasha a apertar ainda mais ela ao seu ombro - Fique quieta!

- Inuyasha, por favor... - falou Kagome começando a passar mal – Por favor, me solta!

- Ser educada comigo não vai adiantar nada, nos vamos pra casa! - respondeu Inuyasha - E você não vai me impedir, Kouga.

- E não quero o impedir... - respondeu Kouga, tentando achar uma solução para o problema, pois estava preocupado com o bebê - Eu posso até os levarno meu carro pra onde você quiser ir, mas coloque Kagome no chão primeiro.

- Acha mesmo que eu vou cair nesse truque tão velho? - indagou Inuyasha rindo de uma forma sinistra, afetando cada vez mais Kagome. Realmente aquele não era o Inuyasha comum, mas uma transição para yokai completo. Toda aquela energia sinistra estava a afetando muito, e lhe causando uma dor estranha no ventre... Era como se estivesse sendo envenenada... e ela podia sentir algo se mexendo na sua barriga, como estivesse tentando se proteger daquela energia maligna e se afastar do perigo.

- Por favor, Inuyasha, você está me machucando! - pediu Kagome tentando mais uma vez

- Mandei ficar quieta! - rosnou Inuyasha, apertando mais a si, pressionando ainda mais a barriga dela

- Inuyasha, solte-a! – esbravejou Kouga – Não vê que está a machucando!

- Me dê um bom motivo para solta-la. - respondeu Inuyasha – Se não me der, eu vou pular da janela com ela agora mesmo.

- Kouga, Não! - falou Kagome, tentando gritar, mas não estava sem fôlego para isso, fazendo que sua voz não passasse de um leve sussurro.

- PORQUE VAI MACHUCAR O BEBÊ! - Falou Kouga, e de repente tudo pareceu se acalmar instantaneamente. Em questão de milésimos de segundo Inuyasha colocou Kagome no chão com todo cuidado do mundo, voltando a aparência meio-yokai normal, e ficou olhando para o rosto de Kagome, tentando assimilar a situação. Kagome não queria deixa que ele visse seu rosto, mas ele a fez olhar para ele... não precisou perguntar, pois a resposta estava na cara de Kagome. Mas o que mais espantou foi que Inuyasha a abraçou e começou a rodopiar no braço, rindo alegremente...

- Isso explica tudo! - falou Inuyasha mais feliz que nunca - Um filho! Meu filho! Porque não me contou antes Kagome? Podemos finalmente ser uma família agora que...

- Me coloca no chão Inuyasha. - pediu Kagome tentando aparentar ter calma, mas isso era nem de longe o que estava sentindo na hora

- Desculpa, não devia ter feito aquilo. -falou Inuyasha a obedecendo prontamente - Te machuquei? Está doendo algo? Quer que eu faça alguma coisa? Podemos ir agora mesmo ao hospital ver se nosso bebê está bem.

- Vai embora Inuyasha. - respondeu ela tentando se afastar dos braços dele - Me deixa...

- Porque isso? Porque continua a me tratar assim? - indagou ele segurando novamente nos braços dela - Vamos ter um bebê, é a coisa mais feliz que poderia acontecer nas nossas vidas e você quer me excluir de...

- Não Inuyasha, sou eu que vou ter o bebê, não você. - respondeu Kagome, o interrompendo, fazendo a soltar

- Ok, mas precisa de dois pra esse bebê existir. Você que carrega a criança, mas eu que...

- Não Inuyasha, o filho não é seu. - respondeu Kagome. Inuyasha pareceu ficar em estado de choque por alguns instantes, o que deu tempo para Kagome se afastar dele e ir ate perto de Kouga, que a colocou por trás dele, tentando a proteger de qualquer eventual reação negativa de Inuyasha. No entanto, a única coisa que fez foi olhar para Kagome, e depois fugiu pela janela. Kagome conhecia muito bem aquele olhar que lhe lançou... Viu a dor que causará nele, talvez até se sentisse mais do que traído.

Kagome começou a ter um ataque de choro, e Kouga ficou com ela na sala, abraçando-a, tentando em vão a acalmar. Sabia que não podia fazer mais nada agora... Mas ficaria ao lado dela, não importava o que acontecesse.

-x-

Do lado de fora da sala de Kagome, estava totalmente vazio. Todos o que trabalhavam naquele andar, foram mandados embora do local por segurança. Kouga não havia fechado a porta por completo, fazendo com que parte da conversa da sala se ecoasse pelos andar vazio. No entanto havia dois yokais ainda ali, do lado de fora do escritório, e escutaram toda a conversa...

Jaken estava em estado de choque, e perdeu sua cor ao olhar para Sesshoumaru, que estava encostado na parede escutando tudo que ocorria dentro da sala. Ele havia vindo imediatamente após Jaken entrar na sala de reuniões, apesar de alguns funcionários tentarem o impedir. Chegou um pouco depois de Kouga, após se livrar de dos funcionários do andar... Mas por alguma razão preferiu não interferir e entrar na sala, ficou escorado na parede escutando toda aquela conversa... Finalmente as coisas começavam a se encaixar... Todo aquele mistério de Kagome fazia no horário do almoço tivera um fim.

- Nenhuma palavra sobre esse assunto. - ordenou Sesshoumaru a Jaken, antes de voltar para a sala de reuniões. No entanto, o que mais assustara jaken fora a cara que Sesshoumaru fizera... Algo lhe dizia que a vida nunca mais seria a mesma a partir de agora.


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