Inuyasha levou Kagome imediatamente daquele restaurante, pois estava com receio do poderia fazer caso Kykio estragasse, ou pior arruinasse, o pouco avanço que conseguiu fazer aquela noite... Mulher maldita! Como ousava aparecer sem ter sido chamada? Entretanto Inuyasha sabia que algo mudara na relação deles, e só pode perceber agora essa mudança. Quando a viu  entrar no restaurante e se aproximando dele o e seu sangue ferveu, mas desta vez não era de excitação de vê-la, mas de pura raiva, ódio... Como ela ousava aparecer e estragar a noite dele? Não... Essa não era a pior coisa que poderia ocorrer ali, pior seria se ela fizesse um escândalo e humilhasse Kagome.

 Na verdade, quando viu as duas se encarando, achou que elas iriam começar uma briga feia ali mesmo no restaurante, mas o que lhe surpreendeu foi à calma de Kagome perante aquela situação, parecia que nem ligava se Kykio estava ali ou não com eles. Nenhum dano, escândalo e nem pratos de comida voando... Kagome apenas olhou para a outra sem demonstrar qualquer ressentimento. Parecia tão diferente da mulher com quem se casara, agora estava tão madura e elegante, não respondeu ou se rebaixou ao ponto de Kykio e revidar...

Kagome havia mudado muito desde que fora embora, estava mais decidida, forte... mas ao mesmo tempo parecia um delicada, vulnerável. Era estranho, mas o sangue yokai por duas vezes mandava protege-la sobre qualquer circunstância, coisa que jamais tinha acontecido antes quando o assunto envolvia o confronto entra as duas, e pelo que percebeu Kykio não veio ali apenas para importuná-los...

 Não, definitivamente ela estava tramando algo em retaliação a eles, provavelmente queria se vingar dele, afinal não se encontravam a mais de um mês, devia estar sentindo muito a sua falta... Bom, de certa forma não a culpava, afinal nenhuma mulher poderia esquecê-lo depois de passar uma noite na cama em seus braços... Bom, todas... exceto Kagome. Não queria acreditar, mas algo lhe dizia no olhar dela que já o havia esquecido com todas as formas possíveis... Sabia que tinha sido substituído. Mas como ou com quem foi? Uma vez Kagome havia lhe dito que apenas um novo amor curaria as magoas de um anterior, teria ela se curado sozinha ou...

- Inuyasha? - chamou Kagome, o tirando de seu devaneio

- Sim Kagome? - falou Inuyasha parecendo voltar repentinamente para o mundo real - Perdão, o que dizia?

- O motorista perguntou se iremos a mais algum lugar ou já pode me levar pra casa? - indagou Kagome mais uma vez.

- Casa?! Sim! Vamos pra minha casa... - falou Inuyasha firme - Vamos para nossa casa!

- Eu não quis dizer...

- Ela não vai. - respondeu o motorista, intrometendo na conversa deles, abrindo o vidro divisor que havia entre o motorista e seus passageiros. - Ordens de Sesshoumaru-sama, ela não ira por os pés lá. Se insistir com essa ideia absurda, levarei-a agora mesmo de volta para a mansão de Sesshoumaru.

- Como é? - indagou Inuyasha se irritando com a audácia do motorista

- Tenho ordens especificas de levar a Sra. Kagome de volta a mansão de Sesshoumaru-sama assim que o jantar de vocês terminar. - respondeu o motorista, olhando pelo espelho para Inuyasha - E farei exatamente o que me mandou.

- Eu ordeno que você...

- Ordenar? Que você acha que é meio-yokai, algum príncipe? - indagou o motorista mostrando os caninos paras Inuyasha, num ar de hostilidade e desafio - Você pode pensar que é quem quiser, mas eu sou subordinado de Sesshoumaru-sama, só obedecerei às ordens dele e os pedidos da Sra. Kagome, sendo a dele a prioritária.

- Seu maldito... - falou Inuyasha fechando os punhos com raiva. Kagome pode sentir as energias sinistras se chocando de Inuyasha com motorista, que era um yokai. Nesse momento sentiu uma pontada na barriga, todas aquelas emoções e aquele conflito de energia sinistra devia estar assustando ou afetando de alguma forma seu bebê.

- Chega Inuyasha, acalme-se. - falou Kagome colocando a mão por cima da dele, o acalmando por imediato. Percebeu que o olhar do motorista se estreitou quando a viu fazer tal gesto, mas não se manifestou mais que isso... Estava ficando cansativa aquela noite, queria acabar logo tudo aquilo e voltar para casa. Preferia mil vezes brigar com Jaken ou passar uma noite tranquila com Sesshoumaru do que ficar mais tempo com Inuyasha e o outro no carro. Mas antes de voltar pra casa, tinham que se acalmat. – Motorista, poderia nos levar a algum jardim ou parque? Queria dar uma volta e relaxar antes de ir para casa...

- É o que realmente deseja Sra Kagome? - indagou o motorista, e ela concordou acenando a cabeça. Sem contestar, ele os levou até um jardim magnífico feito pela empresa Taisho, num lugar que antes era havia entulho de um antigo complexo de prédios que havia desabado devido a um incêndio.

Chegando lá, Kagome saiu do carro com Inuyasha e começaram a andar pelos jardins, ao mesmo tempo em que o motorista estacionava. Isso lhes dava um pouco de privacidade para observar o lugar... E era tão lindo o jardim, o que fazia os jardins encantados das fadas dos desenhos da Disney parecer apenas um bosque pré-escolar. As árvores, as flores, a iluminação... Tudo era mais do que perfeito naquele lugar. Pensando bem, quase perfeito... Realmente desejava que a sua companhia não fosse Inuyasha, e sim... bem, contando que não fosse o seu ex-marido, estaria tudo bem. E pelo que ela podia sentir, seu bebê tinha a mesma opinião que ela naquele momento.

Kagome andou até um lago de carpas, e ficou olhando para os peixes que se aproximavam da margem atrás de alguma comida que talvez lhe fosse jogada. Eram de todos os tamanhos e cores... Ao olhar novamente ao redor percebeu que a paisagem era muito parecido com o lugar que ela sonhara a algum tempo atrás, naquele motel onde se encontrava com Sesshoumaru, antes de se decidir sobre o divorcio... mas seria possível sonhar com um lugar que nunca estivera antes? Ela tivera uma premunitivo? ... como fazia algum tempo que tivera aquele sonho, não se lembrava de todos os detalhes, mas mesmo assim tinha quase a certeza que a paisagem do seu sonho e a do jardim eram praticamente iguais.

- Kagome, eu queria pedir desculpas por... – começou a falar Inuyasha

- É lindo lugar, não é? - falou Kagome, o interrompendo de imediato, tentando mudar de assunto. Afinal não queria ter aquele tipo de conversa com ele... não mais. - Quem que arquitetou esse lugar tão lindo?

- Foi eu... - respondeu Inuyasha,e Kagome o olhou com um ar incrédulo - Ok, não foi eu exatamente. Eu só dei a ideia de usamos o terreno e o transformar em um jardim... Foi outro que arquitetou e coordenou todo o planejamento do lugar.

- Foi o Sesshoumaru? - indagou Kagome, e percebeu o olhar de Inuyasha se escurecer de raiva ou talvez inveja. ele era bastante previsível nesse ponto.

- Ele fez um esboço e dividiu o lugar em pequenos lotes e deixou com outros arquitetos e paisagista fizessem cada um uma parte. Mas antes eles tinham que desenhar o esboço do planejamento detalhado e mostrar para ele, para avaliar e escolher o projeto vencedor. Resumindo, ele não fez nada além de escolher! - respondeu Inuyasha contragosto. No entanto Kagome já não estava mais prestando atenção no que falava, e sim estava imaginando se a avaliação dos possíveis projetos de paisagens do jardim foi parecida com as avaliações dele sobre os vestidos que Jakotsu a fizera vestir aquela tarde... Isso a fez rir um pouco. - O que foi Kagome? Do que rindo?

- Nada, me lembrei de algo engraçado que houve mais cedo. - respondeu Kagome voltando a andar pelo caminho de tijolos do jardim. Se sentia meio como Alice e a menina do “Mágico de Oz”, andando sem exatamente saber onde iria chegar.  Inuyasha e ela ficaram caminhando em silencio por uns 5 minutos, até acabaram encontrando um pequeno lago artificial.  Kagome acabou indo se sentar num dos bancos de pedra que haviam por perto...  - Foi um jantar meio “interessante”, não acha?

- Sinto muito pelo que houve, mas nossa noite não precisa terminar assim... – falou Inuyasha – Nós dois podemos ir ao...

- Acho melhor acabarmos aqui por hoje antes mais surpresas aconteçam. – cortou Kagome

- Está cansada ou... ? - indagou ele se sentando ao lado dela – Não está se sentindo bem ou...?

- Um pouco cansada, hoje foi um dia muito estafante no trabalho e, pra fechar com chave-de-ouro o dia, a presença DELA durante o jantar... - respondeu Kagome olhando para o céu - Acho melhor voltar pra casa antes que mais alguma coisa inusitada e ruim possa acontecer.

- Desculpe pelo jantar arruinado Kagome. - falou Inuyasha pegando na mão dela - Eu juro que não sabia que Kykio iria lá, meu único planejamento para esta noite foi jantar com você. de passar essa noite ao seu lado e...

- É um pouco difícil de acreditar que não sabia de nada, pois ela estava vestida exatamente do jeito que você tanto gosta. - comentou Kagome sem demonstrar nenhuma emoção, apenas usando a fria lógica que sempre usava em situações como aquelas. Houve várias situações parecidas durante o casamento dela, na qual Kykio aparecia repentinamente na sua frente... Principalmente em eventos com mídia, na qual era apenas "coincidência" sua aparição e questão de "educação" Inuyasha lhe fazia companhia e lhe deixava sozinha... Mas desta vez parecia um pouco diferente daquelas situações. - Mas acho que você é inocente dessa vez...

- Só dessa vez? - indagou ele confuso

- É, só desta vez... Ou você seria uma grande promessa para um Oscar de melhor ator para representar o Japão... Ou simplesmente um grande idiota em fazer aquilo com sua atual amante na frente de sua “ex”-rival... Mulheres não costumam perdoar tais atitudes. - falou Kagome dando um leve riso imaginando a cena que houve depois que foram - Acha que ela já sabre o que fez?

- Acho que nesse exato momento ela deve estar lavando pratos. - respondeu Inuyasha olhando o relógio, e isso arrancou uma doce gargalhada de Kagome.

- Não sei porque mas sinto um pouco de compaixão por ela. - falou Kagome tentando se controlar para não ter um ataque de riso - Imagina ela vestida daquele jeito, usando avental e lavando a louça do restaurante todo... Realmente aquela propaganda de cartão de crédito tem razão... Algumas coisas da vida não tem preço!

- Não sinta pena dela, não merece nem que pense nela. - respondeu Inuyasha beijando a mão de Kagome - Eu queria ter feito algo muito pior, por ter estragado nosso momentos, mas não fiz em respeito a você.

- A mim?! O que eu tenho a ver com isso? - indagou ela puxando a mão para se libertar dele, mas Inuyasha insistiu e a manteve entre as suas mãos, enquanto a olhava nos olhos

- Eu não queria que ficasse mais exposta aquela víbora. - respondeu Inuyasha - Eu sei o que ela pode fazer e eu não iria admitir que ela fizesse algo que lhe machucasse mais do que eu já lhe fiz sofrer...

- Admitir seu erro é algo muito raro...  mas devo dizer que é meio tarde pra “me respeitar ou proteger”, pois o estrago já foi feito. - falou Kagome meio cética - Precisava me perder para me dar valor, não é?

- Sempre lhe dei valor Kagome! - respondeu Inuyasha de imediato, mas depois se calou por uns instantes e refletiu - Tem razão, eu nunca lhe dei o devido valor naquela época. Mas eu mudei... De verdade Kagome, eu mudei muito por você. Só preciso de uma chance para demonstrar...

- Eu já percebi o quanto mudou Inuyasha... - respondeu Kagome o fazendo soltar sua mão, estava se sentindo nauseada com toda aquela conversa barata sobre ele mesmo. Ela sabia que o mais importante que devia ter mudado, ele não o fizera... Seu ego ainda era maior que qualquer outro sentimento que ele tinha por qualquer um, incluindo ela. Que ironia, a balança de valores de Inuyasha agora estava inclinada para ela, lhe dando importância maior que para Kykio... Mas isso não duraria muito tempo. Se voltasse para ele agora, tudo voltaria a ser como antes em poucas semanas... como acontecera várias vezes durante aquele casamento... ... Não, nada seria como antes. O jogo e os seus participantes tinham mudado radicalmente há muito tempo, e desta vez Inuyasha não participava mais dessa competição. Era inútil insistir... Algumas coisas uma vez perdidas jamais se recuperavam. - Acho melhor eu ir agora, tenho trabalho amanhã.

- Kagome, podemos almoçar amanhã? - indagou Inuyasha quase entrando em pânico com a despedida dela. - Nosso jantar foi meio que interrompido. Podemos almoçar onde quiser, até na empresa se desejar, mas, por favor, vamos nos rever amanhã.

- Não sei se é uma boa ideia. – respondeu Kagome

- Por favor. – pediu Inuyasha

- Eu te ligo quando decidir... - respondeu Kagome saindo do banco, mas antes que conseguisse se afastar, Inuyasha a segurou pelo braço - O que foi?

- Se vamos nos despedir de nosso encontro, que tal nos o fizéssemos da maneira devida? - indagou Inuyasha, se inclinando para lhe beijar nos lábios, mas ela o impediu colocando a mão sobre a boca dele, o afastando delicadamente - Ainda não é o momento, não é? Posso te beijar no rosto então?

- Não... - respondeu Kagome, tentando soltar o braço, mas ele continuava a segurar. Mas antes que Inuyasha falasse algo mais, o motorista se aproximou deles, e segurando o braço de Inuyasha.

- Solte-a. – falou o motorista, olhando sério para Inuyasha - Está na hora de voltarmos, Sra. Kagome.

- E o Inuyasha? - indagou Kagome, tentando ainda ser cortes  - Vamos leva-lo primeiro?

- Minhas ordens são especificar de levar a Sra. – respondeu o motorista

- Eu vou andando pra casa Kagome, não se preocupe. - respondeu Inuyasha sorrindo, aparentando calma, mas estava mais que irritado por tudo que havia acontecido àquela noite. Realmente nada havia dado certo...

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Depois que Kagome foi embora para casa de Sesshoumaru, levada pelo motorista, Inuyasha deu vazão a toda raiva e frustração que estava sentindo. Tudo dera errado naquela noite... Tudo mesmo. Pra começar por Kykio ter aparecido e arruinado o jantar, quando Kagome e ele estavam conversando de uma forma quase normal. Tivera de sair pra evitar escândalos ou um briga física, e sinceramente ele sabia que mataria Kykio se ele ousasse tocar num fio de cabelo de Kagome, e provavelmente isso iria acabar virando notícias de primeira página nos jornais. Quando estavam no jardim, conversando, ele teve quase certeza que estava conseguindo convencer Kagome a dar mais uma chance pra ele... mas depois aquele motorista idiota apareceu e arruinou o clima e seus planos para aquela noite. Teria de ligar para o hotel e cancelar a reservas do quarto de luxo e das rosas e das garrafas de champanhe, na qual planejava levar Kagome e passar o resto da noite com ela... ...

Seu plano original era jantar com ela, conversar casualmente e depois falar e depois dramatizar como a vida dele estava sento triste e solitária sem ela, de uma forma digna de causar pena, e depois iriam beber vinho no restaurante. Depois que ela estivesse sobre efeito do álcool, a seduziria e, se tudo desse certo, a levaria para o hotel, onde passariam o resto da noite “acordados”... No dia seguinte bastaria ligar para Sesshoumaru mandar as coisas de Kagome de volta para casa, pois a essa altura teriam se reconciliado. ... Droga, teria que planejar novamente e mais devagar ainda os seus avanços. Bom, se essa era a única maneira de tê-la devolta, ele acataria.

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- Obrigada. - falou Kagome ao motorista, enquanto ele dirigia, a levando pra casa

- Não precisa agradecer, É meu trabalho. - respondeu ele, despreocupado

- Mesmo assim lhe agradeço por intervir. - respondeu ela – Sabe... Não queria ficar mais ali e não estava me sentindo bem, sozinha com o...

- Percebi. - respondeu ele, olhando pra ela pelo reflexo do espelho - Sesshoumaru-sama mandou que, caso algo acontecesse ou caso eu percebesse que estava se incomodando, eu devia leva-la de volta para casa imediatamente. Se quer agradecer a alguém, tem que ser a ele primeiramente.

- Irei fazer isso... - respondeu Kagome olhando para fora da janela, mas sem prestar a atenção no que via – você é um yokai canino, não é?

- Sou. - respondeu ele sério

- Então quer dizer que tem um bom ouvido... – comentou ela

- o que deseja saber exatamente senhora? – indagou ele

- Poderia me dizer se Inuyasha estava mentindo pra mim ou era aquela mulher que...

- A mulher mentiu, a tonalidade da voz a traiu. - respondeu ele - Inuyasha realmente não sabia que ela estaria ali, o comportamento dele era genuíno, mas...

- Mas o que?

- Mas ele também não falava a verdade quando conversava agora pouco sobre si mesmo e suas emoções. - respondeu ele, mas quando viu a tristeza de Kagome tentou remendar - Posso estar enganado, afinal a distancia eu estava não poderia ouvir direito e devido às circunstâncias anteriores talvez eu esteja pré-disposto a o desacreditar e... Eu sinto muito, eu não devia ter falado isso, e nem devia me meter e ter escutado a conversa.

- Está tudo bem, você apenas confirmou minhas suspeitas. - respondeu Kagome - Eu devia sair mais vezes com você para me proteger... O que acha?

- Sesshoumaru-sama iria ficar irritado se eu usurpasse seu lugar. - respondeu o motorista, as portas da mansão de Sesshoumaru. Kagome queria conversar mais com ele, mas o motorista ficou em silencio no momento que atravessou o portão da mansão.

Kagome saiu do carro e subiu a escadaria da entrada, mas a porta se abriu antes mesmo dela chegar perto dela, foi Jaken que a recepcionou em seguida. Ele não falou absolutamente nada, apenas a observou. Era estranho, mas desejava que fosse Sesshoumaru que houvesse abrindo a porta, mas não quis perguntar onde Sesshoumaru estava. Apenas subiu as escadas e foi direto para seu quarto... Desejava mais que tudo tomar um bom banho. Por alguma razão se sentia estranhamente suja...

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O motorista, após guardar o carro, entrou na mansão fora conduzido por Jaken ao escritório de Sesshoumaru, que já o aguardava.  Ele estava sentado perto da janela com um copo de uísque na mão e os viu quando chegaram. Entretanto, o clima era muito tenso dentro do escritório...

- Como foi? - indagou Sesshoumaru sem desviar o olhar da janela – Seja objetivo.

- Inuyasha não conseguia a persuadir, por mais que investisse em seus argumentos, ela estava defensiva essa noite. - respondeu o motorista - Mas quando Kykio apareceu...

- Ela realmente ousou aparecer? - indagou Sesshoumaru irritado olhando para ele, e seus olhos dourados brilharam de ira

- Acalme-se meu senhor, não foi minha culpa. - respondeu o motorista dando um passo para trás - Kykio apareceu e tentou fazer uma cena ao vê-los juntos, mas Inuyasha preferiu sair do restaurante e deixa-La lá sozinha, enquanto ia com Kagome para outro lugar. Entretanto deixou para Kykio pagar a conta do que ele e sua adorável acompanhante comeram...

- Isso é bom, pelo menos dessa vez ele a protegeu... - respondeu Sesshoumaru pensativo, saindo de perto da janela, se sentando por trás de sua escrivaninha - Mas acho que teremos mais problemas, uma mulher magoada e pior que qualquer fera selvagem... Teremos que ficar atentos em relação a isso. Então, levou eles para mais algum lugar depois disso?

- A um jardim que o senhor arquitetou não muito longe daqui. Pelo que vi, ela gostou do jardim, mas não creio que a companhia a agradou. - respondeu ele - Inuyasha insistiu muito com ela, e creio que estava prestes a acreditar em suas mentiras sentimentais por um minuto... Se o senhor não tivesse me ligado e avisado, creio que ela não teria voltado para vossa mansão por vontade própria...

- Conheço muito bem meu meio-irmão para não prever seus planos. Sei que ele usaria a persuasão ou até mesmo a pressionaria para ficar com ele. - respondeu Sesshoumaru olhando para a ondulação do liquido em seu copo - Ele foi idiota o suficiente de reservar um quarto de luxo num hotel com o nome dele e da esposa... patético, não? O que mais aconteceu essa noite? Algo mais a acrescentar no seu relatório?

- Sim senhor, aquela mulher chamada Kykio tem algo a ver com aquelas abelhas yokais que estavam atrás da Sra. Kagome. - respondeu o motorista, ficando sério - Houve um yokai vestido com uma pele de babuíno branco que passou perto do restaurante e olhou para Inuyasha, depois saiu para um beco próximo e alguns minutos depois Kykio chegou. Pude perceber que ambos esalavam o mesmo cheiro e vi quando kykio conversou com uma daquelas abelhas antes de entrar no restaurante. Mas depois disso,  as abelhas voaram em direção ao beco... creio que aquele com a pele branca é o manipulador delas.

- Infelizmente não podemos a acusar de nada, já que não há exatamente um crime ainda. - respondeu Sesshoumaru, se levantando e andando pela sala - Mas não tenho que esperar algo ruim acontecer para me precaver, proteja Kagome de agora em diante. Você se tornará na sombra dela, mas não quero que ela saiba do que acontece, entendeu?

- Sim Sesshoumaru-sama! - respondeu o motorista - Mas, não acha melhor falar com a Sra. Kagome sobre o que está acontecendo? Creio que ela pode não entender ao certo porque essas atitudes, e pode acabar interpretando da forma errada esse cuidado todo.

- Falarei com ela depois... -respondeu Sesshoumaru um pouco pensativo

- Porque não agora? Ela está sozinha. - comentou ele, com um sorriso malicioso.  Ambos podiam ouvir que Kagome estava tomando banho naquele exato momento. A insinuação foi o bastante para Sesshoumaru reagir, jogando o copo na parede, que se estilhaçou em inúmeros pedacinhos de vidro, e milésimos de segundos depois havia agarrado o motorista pelo pescoço e o levantou do chão, deixando bem claro quanto lhe irritou sua declaração. Ele odiava quando se metiam em seus assuntos...

- Se quer continuar com sua cabeça ainda sobre seus ombros, sugiro que guarde suas idéias e opiniões para si mesmo. Se ousar falar algo desse gênero mais uma vez, dentro ou fora daqui, irei lhe dar uma morte muito lenta e dolorosa, fui claro? - indagou Sesshoumaru o soltando repentinamente no chão, o mandando sair. De imediato foi obedecido, ficando sozinho no escritório...

Ficou olhando todos os outros 3 relatórios dos outros agentes que contratou, que estavam a paisana ali, incluindo o garçom que os atendeu aquela noite era um de seus subordinados. Pelo que entendeu kykio era uma mulher extremamente perigosa para Kagome, e estava envolvida em algo realmente muito obscuro e perigoso agora, e tinha que redobrar seus cuidados com Kagome, pois não tinha duvidas que ela era seu alvo.

-x-

Kagome tinha acabado de sair do banho, se enrolou com a toalha e saiu do banheiro. Demorara muito naquele banho, sua pele já estava ficando murcha, mas agora se sentia verdadeiramente limpa. Parecia que seu bebê tinha a mesma opinião a respeito, pois após o banho, ele parou de se agitar.

Quando entrara em seu quarto, tirara toda a roupa ali mesmo e entrou no banheiro... mas agora tinha de as juntar e mandar para lavar. Mas sinceramente desejava queimar aquele vestido, mas ao mesmo tempo não o queria pois fora um presente de Sesshoumaru... dizem que a indecisão é comum entre mulheres grávidas, mas por hora era melhor mandar a lavanderia.

Ao entrar no quarto, não encontrou a roupa espalhada pelo chão, ela já havia desaparecido de seu quarto. Provavelmente Jaken teria ido até ali e a recolhido. Iria o agradecer mais tarde, pois a poupou do trabalho. Ela se dirigiu ao armário, para pegar sua roupa, abriu a porta do armário e pendurou a toalha nele. Quando estava escolhendo sua roupa pra dormir, escutou uma voz...

- Gostei da paisagem.

- Sesshoumaru?! – indagou Kagome, assustada. Ela estava nua e ele poderia ver a barriga dela, caso se virasse. De imediato pegou um roupão do armário tapando a parte da frente de seu corpo, antes de se virar e o encarar. Graças a Kami-sama, a sua barriga não estava muito grande, e poderia ocultar perfeitamente por trás do roupão... – O que faz aqui?

- Vim ver se estava tudo bem. – respondeu Sesshoumaru, sentado na poltrona que havia perto da porta da varanda. – Já mandei sua roupa para lavar, não precisa se preocupar. Quer me falar o que aconteceu?

- O-Obrigado por cuidar da roupa. – respondeu Kagome meio nervosa, tinha que tirar ele do quarto o mais rápido possível! – Mas Sesshoumaru, eu estou cansada com tudo que aconteceu hoje, quero ir dormir agora. Poderíamos adiar a conversa amanhã de manhã?

- Certo... – respondeu ele, se levantando da poltrona, olhando para Kagome – Adiaremos a conversa.

- Obrigada e boa noite. – respondeu Kagome um pouco mais aliviada por ver ele se dirigir a porta do quarto.

- Só uma pergunta Kagome... – falou Sesshoumaru, ao abrir a porta – Você está engordando?

- E-eu não... sim... um pouco. – responde ela, muito nervosa – Mas não é culpa minha, vocês me forçam a comer por causa da minha quase anemia.

- Entendo... boa noite e até amanhã. – comentou Sesshoumaru, saindo do quarto. Kagome estava com o coração disparado, tinha impressão que ele explodiria. Por muito pouco ele não descobriu... sabia que tinha decidido contar pra ele a verdade, mas quando ele a surpreendeu no quarto, ela quase teve um ataque cardíaco e se acovardou em sua decisão... tinha que contar, mas sempre acabava se acovardando. Não! ela iria contar, definitivamente iria contar amanhã de manhã, jurava a si mesma... definitivamente amanhã!  

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Kagome acordou no dia seguinte mais tarde que o normal, mas ainda não se podia dizer que estava tão atrasada assim para o trabalho. Apressou-se em colocar seu uniforme, maquiar e descer para tomar um rápido café e ir para o trabalho, no entanto ao chegar a sala de jantar, viu que a mesa não estava mais arrumada para o café da manhã. Isso a fez ir para cozinha, e viu Jaken em cima de um banquinho lavando a os pratos e xícaras usadas mais cedo.

- jaken, onde estão todos? - indagou Kagome se aproximando dele, o assustando a ponto de jogar o que estava lavando no ár, fazendo quase um malabarismo pra conseguir pegar, antes de cair no chão.

- Mulher, não me assuste assim! - gritou Jaken que por pouco não quebrou um prato - Eles foram mais cedo, Sesshoumaru-sama tinha uma reunião de emergência e Rin queria ir para a escola com ele, então a levou mais cedo.

- Porque não me acordou? - indagou Kagome pegando uma caneca e colocou suco

- Não é minha obrigação! - respondeu Jaken carrancudo - Além disso, o senhor Sesshoumaru achou que você devia descansar e lhe liberou do turno da manhã. Disse que devia estar cansada, por causa de ontem a noite. Mas a tarde você...

- Bobagem, estou perfeitamente bem. - interrompeu Kagome - Tem ainda algo pra comer do café da manhã?

- Sou sempre prevenido menina. - respondeu Jaken dando um pulo do banquinho que estava, indo até um balcão e tirou o pano que estava o cobrindo - Hoje o café foi típico americano, pois saíram cedo e não tive muito tempo para o preparar o habitual. Sente-se e coma suas torradas enquanto faço ovos estrelados com bacon e...

- Obrigada, mas torradas é o suficiente para mim. - respondeu Kagome ficando enjoada só de imaginar o cheiro de ovo e o bacon.

- Menos trabalho pra mim... - respondeu Jaken sem dar muita importância, voltando para subir no banquinho para lavar os talheres, ao mesmo tempo em que Kagome terminava seu desjejum em silencio. Após terminar de comer, ela colocou o que sujara na pia, par o ajudar.

- Bom, eu vou ir para o trabalho agora, tenha um bom dia Jaken! - falou Kagome indo pegar a chave do carro, mas ele segurou pelo braço, impedindo-a de pegar a chave. - Não se preocupe, posso ir de carro, sozinha. Ninguém vai saber...

- Você foi proibida de ir sozinha para o trabalho ou qualquer lugar, muito menos poderá dirigir. - falou Jaken - Vou chamar seu motorista.

- Eu tenho motorista? - indagou Kagome – O cara de ontem é o meu motorista?

- Sim, sou seu motorista particular. - respondeu o recém-chegado a cozinha, era o mesmo yokai que dirigira para ela na noite anterior – Contratado exclusivamente aos seus serviços.

- Você? - falou Kagome surpresa

- Algum problema de ser eu Sra. Kagome? - indagou o motorista com um leve sorriso

- Não, sem problema. - respondeu Kagome - Só um pouco surpresa... Eu não esperava o ver de novo tão cedo, muito menos em ser novamente meu motorista. Quer dizer, eu sempre vou ao trabalho com o Sesshoumaru, então eu...

- Entendo o que quer dizer, no entanto Sesshoumaru-sama me contratou para ser seu motorista particular, caso ele não possa lhe levar ao trabalho. - respondeu ele - E para qualquer emergência que tiver de ir, eu irei lhe levar de agora em diante. Mas também irei exercer os cargos de carregador de compras, guarda-costas ou qualquer outro serviço que queria me atribuir. Ordens do chefe!

- É muito bom da parte de Sesshoumaru se preocupar-se comigo... Obrigada, mas não precisava... - falou Kagome desconfiada, afinal o que estava realmente acontecendo aquela manhã? Escondiam-lhe algo...

- Estou aqui para ser seu motorista Sra.Kagome, apenas obedeço ordens. - respondeu ele - Se quer agradecer ou reclamar, faça exclusivamente a Sesshoumaru-sama.

- Certo, então farei agora mesmo. - respondeu Kagome inquieta - Me espere lá fora, vou pegar minha bolsa e você me levará para o trabalho agora mesmo.

- Sim senhora! - respondeu o motorista saindo da cozinha, indo diretamente para o carro e o colocando na entrada principal da mansão, aguardando-a.

Minutos depois Kagome estava saindo da mansão, quando percebeu algo estranho nos portões, na entrada da mansão havia inúmeros jornalistas. Não que isso não tivesse acontecido antes, mas desta vez havia um numero maior do que antes. Bom, esse devia ter sido o motivo para Sesshoumaru sair mais cedo àquela manhã, talvez algo ruim tivesse acontecido na empresa ou... Bom, só iria se inteirar dos acontecimentos quando chegasse no seu escritório. Seu motorista fora cuidadoso, mas não parou quando os portões se abriram... alguns jornalistas quase se atiraram na frente do carro, gritando perguntas e a chamando, mas ela não teve a oportunidade de as responder, seu motorista ligara o som e saíra rapidamente, evitando a situação.

Kagome ficou olhando para fora da janela, enquanto estavam esperando abrir o sinal de transito, quando uma propaganda no ônibus chamou-lhe a atenção, nela havia escrito "Escândalo da Família Taisho". De imediato Kagome começou a ficar nervosa e com falta de ar... Praticamente gritou para o seu motorista ir para a banca de jornal mais próxima. Ele a obedeceu, e antes mesmo de estacionar devidamente o carro, ela saiu do carro e procurou pelo jornal com a notícia... E não achou apenas um com essa manchete, e sim dezenas. Em todos eles falavam praticamente a mesma coisa... Kagome pegou um a um e começou a ler imediatamente as manchetes, neles diziam:

Família Taisho, do conto de fadas a podridão.

O conto de Fadas que aparentava ser o casamento de Inuyasha Taisho e sua esposa Kagome, agora mais do que nunca foi desmascarado. Segundo nossa fonte, um dos yokais mais cobiçados do Japão está se divorciando da esposa... Motivos, infidelidade! Nossa fonte garante que a Kagome Higurashi Taisho estava tendo um caso há anos com nada mais nada menos que Kouga, amigo mais que intimo da mesma. Eis as fotos tiradas deles[...]

Pelo que nossa fonte contou, Kagome Higurashi Taisho não apenas tinha caso amoroso com ele, como também engravidou dele 2 vezes, mas ambas resultaram em aborto. Sendo o segundo aborto foi descoberto por Inuyasha, que exigiu o divorcio [...]

Mas se você pensa que pode se candidatar a ser a futura esposa dele, pode ir tirando o cavalinho da chuva, pois nosso garanhão está comprometido com uma das mais finas damas de nossa sociedade, Kykio... Seu noivado será oficialmente formalizado assim que Kagome assinar os papéis de divorcio, na qual se nega a fazê-lo, para não perder seu titulo. No entanto Kykio já tem o anel de noivado no dedo e tudo indica que ela sucederá a Kagome e curará as feridas do coração partido de Inuyasha Taisho.

Kagome jogou o jornal do chão e pegou outro, que tinha o seguinte destaque...

Dupla Personalidade

Se você achava o casal Inuyasha e Kagome Taisho eram perfeitos, eis uma noticia bombástica. Kagome Higurashi, a esposa atenciosa e amável e perdidamente apaixonada pelo marido, fora do foco das câmeras, mostrava sua verdadeira personalidade que é de uma mulher muito superficial, egocêntrica e adultera. Segundo uma fonte que não deseja se identificar, Kagome tinha vários casos amorosos que iam desde amigos do colegial até empregados de sua residência. Ela foi flagrada saindo de um motel com Kouga, depois de mais uma noite de orgias. Pelas datas que foram tiradas as fotos da mesma, eram as mesmas épocas que haviam bailes beneficentes. Na qual ela dava uma escapada dessas festas sempre, acompanhada por alguém do sexo masculino, e mostrava o quanto sua alma era "bondosa". [...]

E no outro jornal...

Diaba!

O mais novo escândalo no mundo dos famosos deste ano, e provavelmente do século, é encenado por Inuyasha Taisho e sua esposa Kagome Taisho. [...]

E outro...

Nova senhora Taisho

Se você acredita em amor verdadeiro que resiste ao tempo, vai se emocionar com a história de Kykio e Inuyasha Taisho, que finalmente irão ficar juntos. Nossa repórter teve acesso a vida do jovem casal, que está planejando se casar em breve, após ele conseguir o divorcio de Kagome Higurashi. [...]

O amor deles resistiu todos esses anos, mesmo com as interferências de Kagome, na qual separou o casal e fez com que Inuyasha se casasse com ela, devido a uma gravidez que nunca deu resultado. A inocência e paixão que ela demonstrava era apenas uma fachada para despistar a mulher invejosa e sem escrúpulos que tinha. Pelo que consta, Kagome estava envolvida em um triângulo amoroso, mas ao engravidar, escolhera o mais rico para ser o pai de seu bebê, mas ela provocou o aborto ao descobrir quem era o verdadeiro pai, um humano e colega de colegial, que na época era calouro na faculdade de medicina [...]

Outro jornal falava...

Adultério

O ditado "quem vê cara, não vê coração" nunca antes fez tanto sentido para os Taisho do que hoje, principalmente para Inuyasha que pegou sua paciente e amável esposa transando com um amigo Kouga no quarto que pertencia o casal quando voltava de uma viagem de negócios que [...]

Kagome olhou cada jornal, haviam fotos dela com Kouga... Todas elas foram adulteradas. Ela se reconheceu na foto, que na qual ela saia com Kouga do hospital depois dos exames de pré-natal... Mas agora a foto havia mudado completamente, mostrando ela e Kouga saindo de um motel. Também haviam montagem do rosto dela em situações constrangedoras e outras tantas... Mas uma foto lhe chamou a atenção foi de Kykio e Inuyasha juntos, tinha umas do tempo do colegial, mas outras que eram de agora dos eventos que se "encontravam por coincidência" e dançavam. No entanto a foto de Kykio de agora, ela usava o anel que Inuyasha havia lhe devolvido no jantar da noite anterior... como fora parar da mão da outra?! O que raios estava acontecendo???

Depois de ver tudo isso, não conseguia ler mais nada, a única coisa que queria fazer era gritar e provavelmente vomitar. Estava enojada com aquelas noticias, e em todas elas falavam mentiras mais que absurdas de si. Kykio havia manipulado toda a mídia contra ela... Fazendo com Inuyasha e elas fossem vitimas. Queria ir embora imediatamente, fugir para qualquer lugar, pais ou... Estava ficando tonta e sua visão escurecia, mas antes que desmaiasse, seu motorista evitou que caísse e a sustentou nos braços. Ela tremia, mas não se sabia se era de raiva ou medo do que iria acontecer a partir de agora... Tudo havia se complicado cada vez mais.

Era essencial tentar se acalmar naquele momento, ou acabaria matando seu bebê por causa de seu nervosismo ou até mesmo manifestações de seus poderes espirituais, na que herdara esse poder da família Higurashi. Sempre que tinham um forte choque de emoções, os poderes se manifestavam involuntariamente... E isso se manifestasse nela agora, iria colocar a vida de seu filho em perigo, já que ele era um meio-yokai e não teria como se defender.

Ela não soube como, nem quando, mas mandou que o motorista comprasse todas as revistas que haviam estampada aquela noticia e que em seguida a levasse para o trabalho. Quando chegou lá, pegou um exemplar de cada jornal e subiu imediatamente para o escritório de Inuyasha, na qual ele se encontrava tranquilo lendo alguns papeis, como se nada tivesse acontecido. Pareceu surpreso em vê-la invadindo seu escritório tão cedo...

- Bom dia Kagome, o que devo a sua maravilhosa visita? - indagou Inuyasha, sem parecer perceber o que estava acontecendo - Acho que é um pouco cedo para irmos almoçar, mas se...

- Coma isso, seu bastardo! - gritou Kagome, jogando os jornais no rosto de Inuyasha. Sem entender o que estava acontecendo, ele começou a ler e a medida que lia ficava cada vez mais branco. Ele viu as fotos dele com Kykio, uma em especial ela estava usando o anel de noivado que ele deu pra Kagome na noite anterior... Não se lembrava se havia o deixado no restaurante. Quando ligara para lá, perguntando sobre se havia deixado algo na mesa, disseram que não havia nada, mas então o que houve?  

Haviam tanta coisa absurda naquelas noticias que Inuyasha ficou meio perdido, petrificado... Sem saber o que fazer, Inuyasha olhou para Kagome, que estava chorando desesperadamente. Isso o fez se levantar e se aproximar dela, para tentar lhe consolar, mas antes que conseguisse a abraçar, ela lhe deu um enorme tapa no rosto, o repelindo. - NUNCA MAIS TENTE ME TOCAR! NUNCA MAIS APAREÇA NA MINHA FRENTE! PRA MIM VOCÊ MORREU!