Quero te ter junto a mim escrita por Giih Santiago


Capítulo 25
Casados por uma noite


Notas iniciais do capítulo

galera vou ser rapida pq ta tarde já pra mim (quando se estuda o dia inteiro 21:30 é sim tarde pra ir dormir)
SEGUINTE minhas aulas voltaram e agora eu estudo das 7:30 da manhã às 18h da tarde aí tá um pouquinho complicado escrever e postar aqui e tal, não liguem se eu demorar a postar. Leiam leiam leiam logo adeus



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382813/chapter/25

Angie sorriu vendo o carro de German parar na porta do Studio, e então foi em passos rápidos até ele, entrando e lhe dando um selinho.

– Obrigada por me buscar, estou exausta - Angie suspirou e colocou o cinto. German deu partida no carro e foi dirigindo até a mansão.

– Que tal uma noite pra relaxar? - ele olhou-a e lançou a ela aquele sorriso que ele sabia que a fazia bem. - Sou um namorado eficiente, posso te fazer uma massagem - ele riu.

– Acho uma ótima ideia - Angeles sorriu - Com você qualquer coisa me faria relaxar, estou com a cabeça turbulenta demais, preciso me distrair.

A verdade é que Angeles não havia parado de pensar nem um segundo em na proposta da França. Havia se passado uma semana. Ela já tinha ligado para o número do cartão que Antônio lhe havia entregue e conversou com a gravadora, dizendo que não iria aceitar. Mas mesmo assim, algo ainda a incomodava. Suas experiências de vida em relação à tomada de decisões difíceis nunca foram muito positivas, então, no fundo Angie tinha medo de se arrepender do que escolhera.

Angie era feliz com sua vocação para a música, mas ela sabia que havia algo que a podia fazer mais feliz do que isso. Nenhum verso de qualquer música podia descrever a sensação de amar e ser amado. Ia além de gestos, de palavras, de atitudes. Amor é algo que só os que sentem sabem o que é. Angie incrivelmente encontrou esse amor em seu chefe, que também é seu cunhado. Ambos lutaram obstáculo por obstáculo, desaprovação por desaprovação, e mentira por mentira para conseguirem finalmente ficarem juntos. A loira não ia jogar todo o esforço no lixo por um simples emprego. Ela sabia que aquele emprego não a faria tão feliz como a família que agora tinha. Angeles também sabia que sua vida com German também não ia ser como um mar de rosas, eles eram muito diferentes e isso poderia causar vários desentendimentos. Mas ela sempre buscava ver o melhor lado das coisas, então pensava nas brigas com German em uma fonte de amadurecimento, crescimento e fortalecimento da relação. E também haveriam os bons momentos, aqueles que superariam os maus e os fariam esquecer das dificuldades. Angie estava disposta a ter essa vida.

Afinal, do que adiantaria se mudar e ser feliz com a carreira, se não haveria com quem compartilhar a felicidade?

– Você não parece bem - German olhou-a quando estacionou o carro na garagem da mansão. Ambos desceram.

– Eu já disse, estou cansada - entraram em casa.

A mulher não havia contado a German sobre a proposta, e nem pretendia.

– Cadê a Vilu? - Angie disse e se jogou no sofá da sala. German se jogou ao lado dela e a puxou pela mão para seus abraços. Angeles sorriu, se aninhando no abraço do namorado.

– Saiu com as amigas - ele afagou a cabeça dela e viu que ela piscava os olhos pesadamente. - Quer dormir um pouco, meu amor?

– Não - ela sorriu sem mostrar os dentes, se afastando - Eu quero passar um tempo com você. Passamos os últimos dois dias brigando.

Nos dois dias anteriores Angie se sentia ainda mais nervosa por causa da proposta, e não conseguia esconder que estava aflita com algo. Quando não quis contar a German, ambos acabaram discutindo e ficando emburrados um com o outro como duas crianças.

Angie e Violetta estavam no quarto, conversando e rindo sobre algo que a menina havia contado à tia, quando de repente German abriu a porta do quarto. Ele se surpreendeu, não sabia que Angeles estava na casa. Ambas olharam e a loira olhou para a sobrinha quando viu que era ele, evitando encará-lo.

– Er.. eu vim dar boa noite. - German passou a mão pelos cabelos, angustiado. Violetta olhava seguidamente para seu pai e sua tia, bufando em seguida.

– Vocês ainda estão nessa frescurinha toda? Credo, são piores que duas crianças mimadas - Violetta cruzou os braços.

– Meu amor, eu já estou indo embora - Angie ignorou por completo a fala de Violetta e beijou o rosto da menina, se levantando. - Até amanhã - a mulher então passou por German sem olhá-lo e desceu as escadas quase que correndo. German olhou para Violetta, confuso.

– Não sei o que você está esperando para ir atrás dela - Violetta disse ao pai, ainda de braços cruzados.

– Ta, eu vou - ele suspirou - Me deseje sorte, sua tia é bem teimosa quando quer - e então saiu do quarto, descendo logo atrás da mulher - Angie - ele chamou-a. Ela estava quase saindo da casa, e virou-se para olhá-lo.

– Quê? - disse indiferente, com uma ponta de frieza, e começou a procurar as chaves da casa em sua bolsa bagunçada.

– Vamos conversar, por favor - German se aproximou e tentou segurar a mão dela, ao que ela puxou de volta pra si.

– Pra quê? Pra você falar que eu não confio em você? Pra você falar que escondendo coisas não dá pra se construir um relacionamento? Pra você brigar comigo de novo? - ela o encarou - Não, obrigada. - virou-se para a porta com a chave e destrancou-a.

– Espera, não vou te deixar ir sozinha a essa hora. Continuo sendo seu namorado e vou te levar até sua casa - German tomou frente e abriu a porta, saindo antes dela e rumando até seu carro. Angie sabia que seria inútil discutir, então foi com ele.

O trajeto até a casa de Angie não era muito longo, German não tinha muito tempo para criar coragem e tomar iniciativa para quebrar o silêncio incômodo no carro. E Angeles não estava disposta a fazê-lo. Assim, eles chegaram em frente a casa da mulher. German parou o carro e observou-a soltar o cinto. Ele respirou fundo, contou até três mentalmente e então segurou a mão da loira antes que ela pudesse se retirar do carro sem ao menos dizer um obrigado.

– Me desculpa, ok? Eu sou um idiota - ele disse quando Angie olhou em seus olhos. - Eu sei que você confia em mim, falei aquilo apenas por impulso - German encolheu os ombros. - Era só isso, pode ir - ele suspirou. Angie o olhou e quis abraçá-lo. Assim, então, o fez. Se aproximou rapidamente para dar um selinho no homem, como uma aceitação ao pedido de desculpas, e então saiu do carro sem dizer nada.

Quando entrou em sua casa, Angie não pensou duas vezes antes de pegar o celular e enviar a seguinte mensagem a German:

“Ta tudo bem, ok? Desculpa não dizer nada no carro, eu também não sou lá muito corajosa. Obrigada por ser tão lindo. Eu amo você, dorme bem e sonha comigo.”

– Não foi uma boa primeira semana de namoro, né? - German suspirou, acariciando a mão da mulher.

– Ei, não fala assim. Foi perfeito. A melhor semana da minha vida - Angie riu baixo.

– Sabe? Eu até gosto de brigar com você, porque tenho a certeza de que nós sempre vamos fazer as pazes. Quando isso acontece tenho certeza de que nunca vamos desistir um do outro, não importa o quão teimosos somos.

– Acordou inspirada - German sorriu - Mas pensando por esse lado, você está certa. Eu sempre vou voltar pra você, seja qual for a circustância.


XX

– GOOOOOOOOL! - O homem jogou a pipoca pra cima, em comemoração. Angie revirou os olhos pelo grito, e pelo fato de sua cabeça ter sido levemente lançada pra cima por conta do pulo de German. Havia potes de salgadinhos, amendoins e de batatas espalhados pela mesinha de centro da sala de estar, além duas garrafas pequenas de coca-cola, sendo uma para cada. Resolveram passar a noite fazendo absolutamente nada, afinal, era isso o que Angie estava precisando. Apenas se divertir sem muito esforço e se esquecer de todas as preocupações.

– Sério, qual a graça nisso? - a loira olhou para cima para observá-lo. Ele estava sentado no canto do sofá enquanto ela estava com a cabeça deitada em sua perna. Se divertia em apenas vê-lo comemorar. Assistiam a um jogo de futebol amistoso, Argentina contra Alemanha. Primeiramente, tinham decidido assistir a um filme, mas logo no começo o acharam entediante e German resolveu mudar de canal, acabando por assistir ao jogo. - São um bando de retardados correndo atrás de uma bola. É que nem quando você brinca com aquela luz de laser com um gato. Ele vai atrás do pontinho vermelho como se fosse a coisa mais extraordinária do mundo - Angie estava falando rapidamente, sem perceber que os olhos de German estavam focados na televisão.

– Shhh, espera - Ele murmurou para a namorada, o que a fez parar de tagarelar e abrir a boca, indignada. - Vai, Messi! Vai! MAIS RÁPIDO! VAMOS! ISSO! VAI VAI VAI VAI E FOI E ahhh, foi quase - conforme a bola chegava mais perto do gol, German ia se inclinando pra frente levemente, o que incomodava a mulher que estava deitada em suas pernas. German respirou fundo e tomou o último gole de sua coca.

– Você falou "SHHH" pra mim? Por causa de um jogo??? - ela exclamou ainda indignada e se levantou da perna dele. - Certo, fica aí então vendo um bando de homem suar enquanto você poderia estar me beijando ou sei lá - Angie cruzou os braços e se afastou dele no sofá. German olhou-a rapidamente e riu.

– Ô, que dó - ele fez bico, falando com uma voz afetada - Mozão magoou, foi?

– Eca, não me chama assim! - a mulher prendeu a risada e ele se arrastou pelo sofá até ficar perto dela de novo.

– Tá bom, vou te chamar de amor - ele sorriu e mordeu a bochecha dela.

– Por que não chama o Messi de amor? - Angeles bufou, fazendo o homem soltar uma gargalhada alta.

– Porque eu amo você!!! - ele falou sorrindo e apertou a mulher contra seus braços.

– Tô vendo.

– Era brincadeira, gatinha - German encheu o rosto da mulher de beijinhos carinhosos, e ela finalmente sorriu. - Você é linda.

– É a terceira vez que você diz isso desde que estamos aqui - Angie soltou uma risada, enquanto tentava se desvencilhar do aperto de German.

– É porque toda vez que eu te olho eu penso comigo: "cara, que mulher maravilhosa" - ele sorriu - E então eu falo isso pra você. - beijou-a brevemente.

– Hum - Angie segurou o rosto dele delicadamente e sorriu boba - Eu não mereço você. Você é perfeito demais pra mim.
– Não sou, eu roubo suas coisas, sabia? - German falou com um sorriso sacana no rosto. Estavam próximos.

– Como assim você rouba? - Angie olhou-o confusa, e então German tirou de trás dele uma garrafa de coca pela metade.

– Roubei sua coca - ele riu alto e tomou um gole. A loira entreabriu os lábios e estapeou o braço do namorado um tanto forte.

– Devolve! É minha! - ela pulou em cima dele, tomando a garrafa de coca de suas mãos. E então ambos caíram na risada.

– Sua boba! - se ajeitaram - Ei, você tava de batom? - ele olhou-a.

– Não, por quê? - ela bebeu na sua própria garrafa e esperou que ele respondesse.

– Senti gosto de batom enquanto bebia - ele riu e limpou os lábios.

– Ah, vai ver você beijou alguém quando eu não tava aqui e aí ficou o gosto - a loira falou de forma natural, mas é lógico que ela estava brincando.

– Ahhh, verdade - German entrou na brincadeira, afirmando o que ela havia acabado de dizer, o que a fez abrir a boca em indignação mais uma vez e voltar a estapeá-lo. German começou a rir e não parou mais. - CALMA, sua doida! - ele ria enquanto a mulher praticamente ficava por cima dele para dar tapas. Ele acabou deitado no sofá e ela sentada em sua barriga.

– Não gostei da brincadeira! - ela exclamou, parando um pouco para tomar ar. Agora, como estava por cima do homem, ele abraçou-a com as pernas e a fez cair completamente por cima dele.

– Foi você quem começou - ele riu divertido e colocou o cabelos loiros que caíam sobre seu rosto para trás da orelha dela.

– Te amo. - ela apoiou o queixo no peito dele, arrancando-lhe um sorriso.

– Eu amo mais - puxou-a um pouco mais para cima, conseguindo beijá-la carinhosamente. Depois, ela apoiou a cabeça no ombro do homem, e então pode se escutar apenas suas respirações e o narrador do futebol que falava na televisão, anunciando o fim da partida.

German sorriu porque a Argentina ganhou, e apertou Angie em seu abraço. Ela beijou o rosto do homem e assim ficaram por algum tempo.

– Ei, vamos arrumar essa bagunça? - a mulher falou baixo, observando todas as comidas espalhadas pela mesinha e pelo chão - Olga vai ter um treco se ver isto.

– Vai mesmo - German riu - Mas dane-se, fica aqui comigo!

– Eu queria muuuuito - ela o olhou - Mas vou arrumar essa bagunça primeiro - se soltou dos braços dele e se levantou rapidamente, mas antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, o homem segurou sua perna.

– Não vaaaai - ele falou dramático, fazendo-a rir.

– Você tem sérios problemas! Anda, me solta - ela sorria enquanto puxava sua perna fina dos braços dele, que a seguravam com força e sem machucar.

– Não!!! - ele mordeu os lábios e segurou ainda mais firme.

– Sério, tinha álcool na sua coca ou o quê? Me solta! - Angie ria, dando soquinhos no braços dele que a seguravam, na intenção de fazê-lo soltá-la.

– Você está muito agressiva hoje, não acha? - German questionou vendo-a dar os socos.

– Vou ser carinhosa então, atenção: German, eu te amo. Agora pode me soltar? - ela cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas, encarando-o.

– Não - ele sorriu divertido e Angie bufou. Ela se abaixou e mordeu os braços dele, fazendo-o soltá-la finalmente. - AI CARAMBA! Mordida não vale! - gritou de dor e recolheu o braço para si. Foi a vez da loira rir.

– Auto defesa feminina - ela sorriu recolhendo as sujeiras e potes sobre a mesa, levando diretamente para a cozinha. German sorriu olhando-a e se ajeitou sentado no sofá. O celular de Angie vibrou no sofá e German o pegou apenas por curiosidade, sem intenção de querer bisbilhotar. - Ei! - a loira exclamou vendo-o com seu celular em mãos.

– Ah! Desculpa! É que ele vibrou e.. bem, é a Violetta. Disse que quer falar com você quando chegar e tal. - German falou nervoso e Angie riu, sentando-se novamente no sofá.

– Fica tranquilo, pode pegar meu celular, eu não ligo - ela beijou o rosto dele - Não tenho nada demais aí. - ela leu a mensagem de Violetta e a respondeu, não se importando se German estava olhando ou não. Ele a abraçava de um modo em que ela ficava de costas pra ele.

– Por que a Vilu só conta as coisas pra você agora? - German bufou. Angie riu e inclinou a cabeça para trás levemente para olhá-lo.

– Assuntos de garotas - a mulher sorria.

– O que garotas tanto têm de especial pra falar que nenhum garoto sabe? - German a puxou mais pra si. Ela mordeu os lábios e se virou um pouco para vê-lo melhor.

– Segredo nosso - ela riu e mordeu a boca do namorado, e ele iniciou um beijo profundo. Angeles já estava praticamente no colo do homem, por isso se ajeitou ainda mais pra cima e continuou beijando-o sem se preocupar com nada.

– Gente - ambos foram interrompidos quando a voz mais fina os assustou. O calor que havia subido de repente no corpo dos dois cessou bruscamente. Aquilo foi como jogar água no fogo. - Quarto existe pra alguma coisa sabe - ela falou meio receosa. Angie sentiu as bochechas queimarem de vergonha, mas ela não saiu do colo dele.

– Foi o calor do momento - German falou segurando um sorriso, o que fez a filha rir e a namorada dar-lhe um tapa. - ANGIE, CHEGA DE ME BATER! - ele segurou-a. Suas mãos davam uma volta completa em nos pulsos finos da mulher.

– Ah, mas é tão divertido - ela fez bico, sem fazer força pra se soltar.

– Não pra mim - German falou rindo e largou seus braços, abraçando-a seguidamente. - Me apaixonei por uma louca.

– Nossa! Se não gostou desapaixona então - ela bufou e cruzou os braços, causando risadas da sobrinha.

– Eu vou tomar um banho, viu - Violetta balançou a cabeça rindo e saiu para o seu quarto. German e Angie a olharam se retirar e depois voltaram a se olhar.

– Boba! - ele a deu um selinho.

– Chato. - Angie mostrou a língua pra ele.


XX

– Ai, me dá uma! - a loira arregalou os olhos brilhantes quando viu German tirar do bolso um pacotinho de sua bala favorita de infância. Já passava da meia-noite, eles não tinham nem noção do horário. Haviam decidido jogar um jogo, e lá estavam, sentados no tapete um de cada lado da mesinha, jogando Combate. Um jogo de tabuleiro que German costumava jogar com Violetta quando ela era menor.

– Mas só tem mais uma - ele falou fazendo bico.

– E daí? Não pedi duas! - a mulher falou divertida e German juntou as sobrancelhas, achando péssima a piada.

– Engraçadinha - ele disse e moveu uma peça de seu jogo.

– Ei, estamos em um relacionamento sério, tudo o que é seu é meu também, me dá essa bala?! - Angie esticou a mão para que ele colocasse a bala em sua mão. German riu.

– Mas isso é quando é casado! - ele levantou as sobrancelhas sorrindo divertido.

– Shhh, finge que somos! - ela mordeu os lábios rindo, e mexeu uma peça com sua outra mão que não estava levantada.

– Fingir que somos, é? - German olhou-a sorrindo e voltou a olhar para o tabuleiro, mexendo outra peça.

– Sim - ela sorriu. German colocou a bala nas mãos da mulher e ela rapidamente colocou-a na boca. Em seguida mexeu outra peça.

– Casados dormem juntos - o homem continuou, sem tirar o sorriso esperto do rosto, e então mexeu outra peça sem pensar direito no que estava fazendo. Sua estratégia no jogo já havia ido por água à baixo com a conversa.

– Hum, e o que isso tem a ver? - Angie sorriu de canto, se fingindo de boba. Ela, por sua vez, estava super atenta no jogo, assim mexeu mais uma peça, atacando a peça de German.

– É uma bomba! - ele falou o que era sua peça, depois gargalhando. No jogo, eles não viam o que eram as peças do adversário, por isso era sempre uma surpresa quando o atacavam. - Você explodiu, queridinha.

– Errado - ela sorriu divertida. - Estou com o Cabo. Cabo desativa bombas, queridinho.

– QUÊ? - ele se desesperou e analisou seu jogo. Estava encurralado. Angie riu alto. Quis sorrir por sua jogada estar dando certo, mas se conteve.

– Vamos ver se você consegue sair dessa. - ela encarou-o como se o desafiasse, e ele sorriu então, atacando o Cabo da mulher com o General, que tinha maior força.

– Prontinho. Adeus, Cabo - German sorriu vitorioso, tirando a peça de Angie do jogo. A mulher já sabia que ele ia fazer isso, fazia parte do plano. Mas, para não dar suspeitas, fingiu um suspiro derrotado. - Então, voltando ao assunto, se estamos fingindo ser casados por uma noite, acho que devemos dormir juntos. - ele olhou-a sorrindo safado. Angie mordeu os lábios e mexeu mais uma peça.

– Hum, acho uma ótima ideia - ela sorriu, olhando para German e depois para o jogo. - Mas antes, olhe para o jogo. Acho que alguém acabou de perder a partida.

– Como é? - ele olhou para o jogo e se surpreendeu quando viu que outra peça de Angie estava por perto e tinha chegado até o seu prisioneiro, objetivo do jogo. Quando se encontrava o prisioneiro do adversário, você ganhava. - NÃO ACREDITO! - German exclamou boquiaberto e Angeles soltou uma gargalhada um tanto alta.

– EU GANHEI DE VOCÊ, AHHH EU SOU DEMAIS! - a loira se levantou saltitando e comemorando.

– Angie, eu ganhei três vezes, você uma - o homem bufou e cruzou os braços.

– TA, MAS PELO MENOS EU CONSEGUI TE DERROTAR! - ela dava saltinhos no lugar, rindo alto, até que Olga apareceu já de pijama e sonolenta na sala.

– Escutem aqui - a mulher morena murmurou, foi aqui que ambos notaram a presença dela. - Tem gente tentando dormir nessa casa! - Olga bufou.

– Jura? Que horas são? - Angie olhou o relógio de pulso e se assustou ao ver o ponteiro marcando uma da manhã. - Nossa! Desculpa, Olguinha - a loira sorriu sem graça como uma criança que havia acabado de aprontar.

– Meu Deus, está muito tarde. - German se levantou. - Vamos dormir, amor?

– Sim, está. Vamos - Angie se agachou para juntar as peças do jogo e jogá-las na caixa. Olga tinha tanto sono que nem notou que eles insinuaram que dormiriam juntos. Ela apenas agradeceu e se retirou.

Angie e German arrumaram a bagunça e subiram para o quarto do homem. Ele emprestou uma camisa dele para ela dormir, e Violetta a emprestou um short de pijama. Angie se jogou na cama e a achou extremamente confortável e macia. Ainda mais quando German se deitou ao seu lado.

Ficaram um tempo encarando o teto.

– Casados por uma noite - Angie riu e balançou a cabeça.

– Um dia vai ser "casados para sempre" - ele virou-se de lado, olhando-a. Angie sorriu bobamente, e não sabia o que responder. - Olha, pra tornar a brincadeira mais real, veja o que eu fiz - German mostrou sua mão esquerda para Angie, onde tinha o anel de compromisso que ambos usavam. Na mão esquerda só se usa aliança quem é casado. A loira gargalhou alto.

– Adorei, espera! - ela trocou seu anel da mão direita pra esquerda, rindo novamente. - Pronto. Casados. - olhou-o rindo.

– Eu te amo, bobona - ele riu e a abraçou, fazendo-a se aconchegar nele.

– Eu mais, bobão - Angie roubou-lhe um beijo e então fechou os olhos, para finalmente dormir.

Minutos passaram. German pareceu adormecer rápido com a presença dela, mas ela continuou bem acordada. Agora, no silêncio, seus pensamentos retomaram o controle.

Mas dessa vez não eram pensamentos que a atormentavam e a faziam ficar em dúvida. Dessa vez, ela finalmente pensou direito.

Podia ter sido apenas um fim de dia. Apenas algumas pequenas horas com ele. Mas, em apenas algumas horas, German a fez se esquecer do tal emprego na França. E Angie tinha certeza de que o emprego na França não a faria se esquecer de German.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem ta tchau



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quero te ter junto a mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.