Revenge Of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 4
Capítulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Ok! Não me matem! Eu tenho bons motivos!
Na verdade, podem me matar eu não tenho bons motivos só preguiça e vício em Doctor Who. Mas, eu não abandonei porque aqui está mais uma capítulo com a adorável Nove e Scott, seu fiel companheiro (soou ridículo, eu sei).



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Já faz uma semana que Scott está vivendo no meu closet e fica cada vez mais difícil de esconder aquela peste, mas eu sempre dou um jeito, embora ele tente mais e mais se mostrar para Malcolm, segundo o diabo no corpo daquela criança, tudo seria mais fácil se Malcolm soubesse.

O problema é que sei o que Malcolm faria: me mandaria jogar Scott pela janela e diria que ele poderia ser Setrakus disfarçado, o que eu duvido muito. 

Hoje especialmente, resolvi levar Scott para dar uma voltinha no Central Park, já que a peste não parava de reclamar sobre não ter visto a luz do Sol há dias.

Estamos deitados em uma toalha de piquenique observando as nuvens, uma típica atividade ao ar livre. Nós rimos alto de nossas piadas, mas ninguém parece ligar para nossas risadas, talvez estejam muito ocupados ou é normal que as pessoas riam alto no dia a dia. 

– Por que você não me apresenta para o seu pai? – Scott pergunta pela milésima vez, se sentando.

Eu paro de rir e me sento séria pensando em uma desculpa, não posso contar o motivo real: ele não pode saber. Mas também não consigo pensar em mais nada.

Começo a ficar nervosa, quando finalmente ouço um grito que distrai Scott, ele se levanta em um salto e sai correndo em direção ao grito. Não tenho outra opção se não seguí-lo. 

Meu coração acelera ao chegar no local, um Mog está segurando um canhão e o corpo de uma mulher está jogado no chão, aparentemente morto. A primeira coisa que faço e me colocar a frente de Scott a medida que o mogadoriano se vira para nós. 

Ele se aproxima de nós dois e consigo sentir seu cheiro desagradável enquanto sua mão corre por meu pescoço e ele enfia a mão dento da minha blusa tirando de lá o amuleto. 

– Lórica. – ele sorri. 

Não! Não com Scott aqui. 

Recuo tentando proteger Scott ao máximo, mas o Mog está mais interessado em mim. Ele aponta o canhão para minha cabeça, estou vulnerável aqui, não posso fazer muita coisa e isso me irrita. 

Ele carrega a arma enquanto sinto uma energia passar por todo o meu corpo, não tenho ideia do que é até que ele atira. O feixe de energia passa direto por minha cabeça atingindo uma árvore atrás de mim. Sorrio, isso só pode significar uma coisa: eu consegui um novo legado e, mesmo não sabendo sobre ele, eu salvei minha vida. 

O mog parece perturbado por ter sido derrotado, por isso, ele agarra Scott pela camisa e aponta o canhão para ele.

– Você vem conosco ou o garoto morre. – diz com a voz fria.

Droga! Por que alguns Mogs tem que nascer com a habilidade de chantagem? Ele não vai matar Scott, eu tenho certeza, ele não pode. 

Eu dou um passo para frente não conseguindo acreditar que estou fazendo isso, o Mog sorri e solta Scott andando em minha direção. Há! Te peguei. 

Com um movimento rápido eu faço a coisa mais madura que uma pessoa poderia fazer: pisei no pé dele e logo depois um soco. Enquanto ele está distraído eu corro até Scott ajudando-o a se levantar e nós dois corremos juntos, deixando a cesta de piquenique e tudo que havíamos trazido no parque, pelo menos não daríamos falta. 

Nós corremos até chegar no edifício que moro com Malcolm, o segurança nos deixa entrar, me reconhecendo e nós subimos de elevador até meu apartamento, para minha sorte meu Cepan não está em nenhum lugar visível, portanto eu arrasto Scott até o meu quarto e para minha surpresa e infelicidade lá está Malcolm, sentado na minha cama mexendo nas minhas coisas. 

– Eu esperava mais de você Harley. – ele suspira. – Achou mesmo que pudesse esconder esse garotinho no seu armário durante uma semana toda que eu não perceberia. 

Eu coloco o braço no ombro de Scott puxando-o para perto de mim como uma irmã mais velha. 

– Eu... – começo.

– Não, não precisa se explicar, mas só que saber uma coisa: você tem ideia do tamanho do risco que tomou? Você mal o conhece direito! Harley, você precisa ser mais racional que isso, eu esperava que você fosse. – gritou ele frustado.

Abaixo a cabeça, estou decepcionado comigo mesma, é claro que estou errada, mas o que posso fazer? Eu sou uma idiota, mas não posso desfazer isso agora.

– Scott, espere ali fora. – peço.

Ele assente hesitante e sai de meu quarto fechando a porta atrás de suas costas.

– Ele não é um mog. – suspiro – Só me dê uma chance de provar que ele é bom, por favor! Converse com ele, vou deixar vocês dois a sós, que tal?

– Harley...

– Por favor? – faço a minha expressão mais fofa que, segundo Malcolm, era engraçada.

Ele sorri. 

– Ok. – desiste e me abraça – Só não abrigue mais ninguém aqui.

Ele beija minha testa e sorri novamente para mim.

Saio do meu quarto sorrindo, Scott está apoiado na parede mexendo em seu casaco. 

– Ele quer falar com você – digo. 

O menino sorri para mim enquanto dou um tapinha amigável em seu ombro.

– Só não estrague tudo. – peço. 

Enquanto ele entra eu vou até a cozinha e pego uma maçã na cesta de frutas, mordo-a calmamente, tentando me distrair e não ouvir a conversa entre os dois.

Depois de alguns minutos, minha maçã acaba e estou sem nada para comer ou fazer, por isso resolvo ouvir a conversa, embora estivesse tentando não fazê-lo.

Chego perto de minha porta, perdi grande parte da conversa, mas consigo ouvir uma parte.

– Vai contar para ela? – pergunta Malcolm.

– Não, não há necessidade. – a voz de Scott é fria de modo que nunca vi.

– Ótimo.

Ouço seus passos e a primeira coisa que faço é correr para o primeiro quarto que vejo, não tendo tempo de abrir a porta apenas me jogo na parede e, por sorte, o legado que havia usado antes com o Mog, funciona. Lindo, fui parar no banheiro. 

– Harley! – chama Malcolm – Hora do treino. 

Fingido dar descarga eu abro a porta e saio sorrindo. 

– Tudo bem. – dou de ombros e me aproximo de Scott.

Desde que chegou aqui, eu e ele temos uma relação como irmãos, eu me sinto no dever de ajudá-lo e ele dê caçoar de mim.

– Então, quer dizer que você é uma alienígena. – ele pergunta – E que tem poderes, e que aquilo que encontramos no parque era a raça de destruiu seu planeta? 

Eu o encaro, Scott havia falado de mais e a esse ponto Malcolm olha para mim. 

– Encontrou um Mog no parque hoje? Você saiu de casa hoje? – sua voz é dura e me faz recuar mais uma vez.

– Eu posso explicar. – tento com a voz trêmula. 

– Vamos treinar. – ele comanda. 

Não saio do lugar, paralisada de medo. 

– Harley... – chama Scott receoso. 

Malcolm se aproxima bruscamente e pega meu pulso, por um segundo ele se levanta, mas o meu legado mais novo é automaticamente ativado e meu pulso passa direto por sua mão caindo novamente. 

– Você ganhou um novo legado. – ele diz, olhando surpreso. 

Eu assinto. 

– Por que não me disse? – essa é sua única pergunta.

– Não sabia o que significava. 

Mentirosa, penso para mim mesma.

– É o tipo de coisa que precisamos treinar, por isso...Vamos! - ele diz caminhando em direção ao centro de treinamentos. 

Vai ser um dia e tanto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Kisses Sammy



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