Revenge Of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 3
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

Ficou pequeno porque fiquei sem criatividade, mas espero que gostem



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Sammy é uma pessoa bem animada, definitivamente é a Garde mais divertida que eu já conheci, se considerarmos que é a primeira, no entanto eu sinto que ela esconde algo dentro de si, um grande segredo, como, por exemplo, o seu tsunami particular naquela estrada, claro era um legado, mas que tipo de legado? O que mais ela podia fazer? 

Essas são as perguntas que estão martelando minha cabeça agora, enquanto espero Sammy acabar o almoço. Pretendemos ir à feira após comermos, precisamos de mantimentos para nossa fuga, iremos atrás dos outros. 

Há poucos dias atrás, estávamos vendo TV quando vimos uma notícia de um garoto na Inglaterra que pode curar qualquer doença ou ferida e estamos determinadas a procurá-lo.

Finalmente Sammy entra com dois pratos com hambúrgueres e batatas fritas. 

– Não fique muito gorda. – alerta ela. 

Reviro os olhos.

– Mais do que você? Impossível. – retruco.

E por fim nós gargalhamos.

Há algo entre nós, do tipo que vejo naquelas garotas humanas que andam pela feira e isso se chama amizade, nunca pensei que aconteceria novamente. 

O almoço é rápido e, em poucos minutos, estamos na feira.

A feira é no centro do pequeno vilarejo italiano, há várias barracas de frutas, legumes e vegetais e algumas barracas de roupas e flores. As pessoas circulam por todos os lados e os turistas tiram fotos da igreja, é quase como parte de mim. Robertta não gostava de me trazer aqui, mas às vezes eu fugia e vinha sozinha, pois aqui era o lugar onde eu me sentia feliz, livre. 

As lembranças sobre minha Cepan me atingem como uma faca na barriga e eu me inclino segurando no ombro de Sammy, ela me olha preocupada e pega meu braço para me segurar.

– Carol? Caroline? – ela pergunta.

– Está tudo bem. – minto voltando a me esticar e sorrir, como se nada houvesse acontecido. – Eu vou comprar a comida, você pode comprar as roupas. 

Ela hesita no começo, mas logo se afasta para as barracas de roupa. Suspiro e me volto para a barraca de frutas, vegetais e legumes e rapidamente compro tudo o que vamos precisar para sair da cidade e começo a procurar Sammy na multidão.

Esbarro em alguém e quando me viro para saber quem é, prendo a respiração ao perceber que é um homem muito alto, com a pele pálida e o brilho vermelho por trás dos óculos escuros. UM MOG!

– Olhe por anda. – diz friamente.

– Me de-de-desculpe, estava distraída. – gaguejo nervosamente.

Fico na ponta dos pés tentando achar Sammy, mas é inútil. Talvez ela tenha entrado na igreja, o Mog acompanha meu olha e logo sorri de canto. 

Ele me pega pelo braço e me arrasta até a igreja, empurrando as pessoas que tiram fotos na porta e me joga em um dos bancos. 

– Eu esperava alguém mais inteligente, Número Um. – diz ele fechando a porta da igreja.

Me encolho chamando por Sammy, onde aquela ruiva idiota está quando se precisa dela? 

– Esperando sua amiguinha? – pergunta o mog.

Não respondo, mas ele sorri e estala os dedos. Dois mogs entram segurando o pingente de Sammy com manchas de sangue. 

– Parece que ela não poderá te ajudar dessa vez.

– É ridículo! Eu teria uma cicatriz se ela estivesse morta! – grito. 

– Ela pode estar sofrendo em agonia agora, morrendo lentamente.

Sei que ele está enganado, tem que estar enganado, Sammy não pode ter simplesmente ter sido morta! Me recuso a acreditar.

Como se lesse meus pensamentos o mog acrescenta:

– Espero que ela tenha sido despedaçada no sino, tudo por sua culpa.

Meu coração se quebra, se não tivéssemos nos separado nada disso estaria acontecendo. Calma Caroline, calma, respire fundo e conte até dez, a voz na minha mente é de Robertta e isso faz com que toda a situação piore.

Então me lembro, falei para nos separarmos. A culpa é TODA minha, ela está morrendo agora e a culpa é minha. 

O mog sorri cruelmente e passa a mão por meu rosto logo desferindo um tapa no mesmo. Não preciso me olhar em um espelho para saber que deixou marcas. 

– Ei! – uma voz familiar grita. – Seu mog feioso, olha para cá, eu estou aqui, porque não vem terminar o trabalho que começou, covarde? 

Viro para a direção da voz e uma onda de alívio percorre meu corpo ao ver a cabeleira ruiva de Sammy. 

A ruiva idiota estava toda ferrada, sua pele pálida e completamente lisa estava coberta por arranhões e uma fina camada de sujeira, os cabelos ruivos estavam emaranhados e com um pouco de poeira presas, o ponto é: ela estava toda ferrada e o que quer que aquele mog tenha feito conseguiu afetar Sammy e muito, pois seus olhos verdes faiscavam de raiva e ela segurava a sua pistolinha potente, tchau tchau mog. 

Ela não espera que o mog se vire para atirar nele  e transformá-lo em fumaça. Sorrio, Sammy sempre foi mais ágil do que eu, o que a faz uma máquina mortífera. Os outros dois mogs começam a atirar em Sammy, mas ela é mais rápida e desvia dos disparos, tenho que ajudá-la.

Me levanto em um salto e pulo sobre a cadeira da frente, pulando no mog a minha frente. Parece um movimento infantil, pareço uma criança nos ombros de um pai, mas eu tenho certeza(a não ser que seja uma criança assassina) que uma criança não faria o que diz depois: torcer o pescoço do pai, no meu caso o mog. 

Imediatamente ele explode em poeira e eu caio no chão. Sammy se aproxima de mim e me estende a mão, eu aceito e ela me levanta. 

– Você está um caco. – ela diz. 

Reviro os olhos e rio. 

– E você está linda. – digo com a voz cheia de sarcasmo.

Nós caímos na gargalhada até que percebemos uma coisa. 

– Acho que deveríamos sair daqui. 

– Inglaterra, lá vamos nós! – Sammy exclama. 

Sorrimos e saímos andando silenciosamente até o carro que deixei do lado da entrada da feira, dessa vez Sammy senta no banco do motorista e sorri para mim dizendo:

– Eu dirijo dessa vez. 

Reviro os olhos e entro no carro.

A partir do momento em que Sammy deu partida no carro a viagem foi um terror, mas como estou me cagando de medo vou direto ao ponto: Sammy não sabe dirigir e agora eu desejo com todas as minhas forças que o garoto na Inglaterra tenha carteira de motorista. 


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Notas finais do capítulo

Qual será o número do garoto na Inglaterra?



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