Revenge Of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 11
Capítulo Onze


Notas iniciais do capítulo

Hello o/ Postei rápido não? Vou avisando: o capítulo ficou um pouco confuso, mas eu adorei escrevê-lo. Duas semanas se passaram na história tanto de um lado quanto do outro.



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Eu acordo tremendo, estou com frio e a roupa nova não ajuda muito, desde que fui capturada minha aparência tem ficado pior. Eu tenho marcas debaixo de meus olhos, resultado das longas noites sem dormir, pensando em Sammy e no que passei durante o dia, minha pele está pálida pela falta de sol e diversas cicatrizes cobrem meu corpo. Minha mão direita não é mais tão firme como antes é sempre que faço algo preciso segurá-la.

A memória do dia de minha captura é um borrão, eu lembro de ouvir Sammy gritar meu nome e de tudo ficar escuro, depois me lembro de acordar em uma sala branca com diversos médicos a minha volta, anotando algo em suas pranchetas. Eu me lembro da dor que sentia na minha perna e me descobri imóvel. Primeiro achei que eles quisessem me ajudar, mas quando começaram a coletar amostras de DNA e conectar suas máquinas a mim e descobri que eles não iriam me ajudar.

Todos os dias foram mais ou menos assim, eles conectavam as máquinas, davam-me choques e testavam a minha capacidade de cura, que era tão avançada quanto a de qualquer humano.

Eles me deram uma muda de roupas brancas de tecido fino e não térmico o que deixa óbvio que todas as noites eu tremo de frio enquanto durmo e raramente eu ganho comida, tanto que emagreci muito. Por outro lado eu fiquei mais alta e, após duas semanas aqui, já estou me sentindo mais velha.

Me levanto da cama e caminho até a parede oposta batendo minha cabeça nela várias vezes. Penso em Robertta pela primeira vez em dias, lembro do seu jeito de ser, de falar e do jeito que ela me subestimava, me chamava de fraca toda a hora. Talvez Robertta estivesse certa, eu sou fraca e sei disso, mas preciso tentar sair daqui.

O que Sammy faria no meu lugar? Bem, ela provavelmente atacaria o lugar usando a pistola dela e mataria todo mundo com o seu jeito de Sra. Vou-salvar-o-dia. O que Robertta faria? Tentaria conversar com os cientistas para entender o que eles querem. O que eu faria? Eu não sei e isso me assusta, sei mais sobre os outros do que eu mesma, não tenho uma personalidade própria.

Vejo a porta se abrir e os cientistas entrarem como sempre, apressando-se para colocar algemas em mim. Eles me guiam pelos corredores frios e sem cor daquela prisão em direção à sala, o local onde fazem todos aqueles testes. Só de pensar nas últimas semanas eu não consigo avançar mais, eu paraliso no lugar. Um dos cientistas me empurra e, imediatamente, jogo a cabeça para trás acertando-o em cheio. Ele recua gritando e tirando a mascara para checar o nariz que sangra e muito. Vou resolver isso do jeito da Sammy, pelo menos como ela me ensinou.

Chuto o outro cientista, que julgo ser homem, em um lugar não muito agradável e começo a correr na direção que não há nenhum cientista. Os outros dois estão me perseguindo e gritando algo em uma língua que não reconheço.

Quando acho que está tudo bem eu me deparo com dois cientistas que parecem tão surpresos quanto eu. Sorrio para eles, tentando parecer normal.

– Olá. – começo recuando.

É a primeira vez que falo alguma e percebo como minha voz soa rouca.

– Eu estava... – tento achar uma desculpa enquanto começo a recuar. – Procurando pelo banheiro.

Estou em uma distância razoável quando viro para correr novamente, mas me deparo com os cientistas que me seguiam, um deles ergue uma seringa, enfiando-a em meu braço.

Me sinto tonta naquele momento, minha visão fica turva e eu caio no chão. Ouço a voz de um dos homens antes de tudo ficar preto.

***

Eu acordo em uma sala diferente, não é a minha cela e não não é a sala branca. Diferente das outras duas, essa sala tem pequenas luzes azuis que iluminam o resto preto. Me levanto do chão as pressas e olho a minha volta procurando por cientistas ou qualquer modo de sair dali, mas não há nenhuma porta visível.

– Deixem-me sair! – grito, pois sei que há uma câmera em algum lugar e talvez uma escuta.

As luzes a minha volta piscam e se apagam me deixando em total escuridão, rapidamente elas se acendem novamente lançando fachos de luz por toda parte até que se encontram na ponta da sala formando uma pessoa que corre em minha direção.

– Mas o que... – começo a perguntar virando a cabeça quando a figura joga uma lança em mim e sou obrigada a me jogar no chão para desviar. – SÉRIO ISSO?

Não há resposta, apenas mais dois hologramas que carregam armas e rapidamente começam a atirar.

Eu corro deles, nunca fui uma boa lutadora, afinal de contas não há muito para se fazer nessas circunstâncias, eu não posso tocá-los.

Então finalmente a ficha cai e eu paro de correr como uma idiota pela sala, eles também não podem me tocar, não podem me matar. Por isso eu me viro para eles esperando que atirem, mas a simulação é desligada e eles espirram gás no ambiente. O cheiro adocicado enche preenche minhas narinas e eu caio no chão, inconsciente.

***

Eu acordo novamente, mas dessa vez estou novamente na minha cama, minha cabeça lateja e minha mão direita treme como sempre. Olho para o duro travesseiro branco de minha cela que agora estava manchado de vermelho. Levo minha mão para a cabeça e sinto uma dor aguda ao pousá-la próxima a minha têmpora. Avalio a minha mão ao tirá-la da têmpora: eu obviamente feri a cabeça quando bati no chão, pois meus dedos estão sujos de sangue. E isso é a única coisa que confirma que tudo aquilo não era um sonho.

Ouço passos do lado de fora da cela e me levanto rapidamente para tentar escutar o que eles falam, se é que falaram algo. E para minha surpresa a língua que usam é inglês.

– A garota está pronta? – pergunta uma voz fria e tenho a sensação de que essa "garota" sou eu.

– Sim, acredito que já podemos começar a experiência, mas será necessário sedá-la.

Eu recuo um pouco, o que eles planejam fazer?

– Faça-o e lembre-se, se algo não for como o planejado, sua pequena instituição será a primeira coisa a ser destruída.

Os passos continuam e as vozes vão sumidos até que não escuto mais nada.

Sento-me na cama esperando que venham me buscar, agora eu sei que eles viram em alguns minutos e não erro, pois a porta se abre e eles entram algemando-me novamente.

Sou vendada pelos cientistas enquanto me guiam por um emaranhado de corredores, mas não sei aonde estou indo.

Eles me ajudam a entrar em uma sala provavelmente, tiram as algemas e me deitam em algo de metal prendendo minhas mãos e pés. Finalmente eles tiram a venda. Sei que estou em uma espécie de enfermaria, tudo é branco e muito clínico e há vários objetos pontudos presos em um carrinho ao meu lado. Tento me soltar enquanto um dos cientistas se aproxima, mas é impossível.

O cientista segura minha cabeça virando-a e deixando o pescoço exposto. Sem o que fazer começo a sentir as lágrimas escorrendo por meu rosto, estou desesperada. Ele coloca uma agulha em meu pescoço e a tonteira volta, mas eu me seguro dessa vez, não quero desmaiar, quero saber o que vai acontecer comigo.

Sinto meus olhos pesados e meu corpo relaxar, eu não quero dormir, mas parece que meu corpo quer. Minha respiração se torna pesada a medida que vou fechando meus olhos e, quando acho que tudo está perdido, a porta explode.


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Notas finais do capítulo

Eu fico muito feliz que estejam dispostos a me aguentar por mais temporadas e para os preocupados com a Sammy:
Ela vai ficar bem, relaxem.



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