Love Me escrita por mandiproost


Capítulo 11
Mistakes


Notas iniciais do capítulo

Leia as notas finais, por favor (:



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Jason estava sentado na beira da cama, coberto por uma cueca Box e por um fino lençol, enquanto olhava para os pés. A mulher da noite anterior estava deitada na cama e dormia profundamente. Ele sentia uma forte dor de cabeça devido à quantidade de álcool ingerida. Seu corpo doía devido à agitação da noite, coisa que ele não era mais acostumado. Levantou o pescoço olhando para frente e sentiu uma dor aguda na nuca, fazendo com que levasse uma das mãos até o local, massageando a dor muscular. Seu peito doía, mas ele desconfiava que não fosse resultado da noite anterior, e sim do dia anterior. Seu peito doía por causa de Hannah. Toda aquela tentativa de tentar esquecê-la havia sido em vão. A bebida e o sexo selvagem e sem compromisso não eram mais capaz de fazê-lo se sentir melhor. Naquele momento, somente Hannah tinha esse pode.

Levantou bruscamente sem se importar se acordaria a morena ao seu lado. Sentiu a cabeça girar e a visão escureceu por alguns segundos. Segurou-se na parede a fim de não deixar seu corpo bater no chão. Fechou os olhos e esperou que a náusea passasse juntamente com a tontura.

– Está tudo bem? – a mulher havia se levantado e demonstrava preocupação com ele.

– Estou ótimo. Volte a dormir. – ele respondeu secamente enquanto se endireitava e caminhava em direção ao banheiro. Não esperou ouvir a resposta da mulher.

Jason ligou o chuveiro e fechou a porta do banheiro. Esperou enquanto a alta temperatura da água fizesse com que se formasse uma leve camada de vapor ao seu redor. O espelho ficou embaçado e ele se debruçou na pia. Uma batalha interna começou a ser travada em sua mente. Uma parte de seu ser queria se divertir, em vista que Hannah não queria nada com ela. Outra parte sentia que não sobreviveria sem a amada.

Jason entrou embaixo da água e esperou que ela levasse consigo o suor e o perfume da noite, assim como os pensamentos. Estava ficando louco. Precisaria achar outro jeito para lidar com a decepção amorosa, que não fosse relacionado a bares e mulheres desconhecidas e nuas em sua cama.

*/*

Hannah não pôde reparar na paisagem que cercava a pousada na noite anterior, por causa da escuridão. No dia seguinte, quando levantou, as nove da manhã, olhou pela janela e percebeu que em frente a pousada havia um lago de águas escuras. Sentiu-se maravilhada por aquela visão. Um pequeno barco se encontrava amarrado na ponte que ligava o terreno da pousada até alguns metros da margem do lago. A ansiedade crescia em seu peito. Sempre quis andar de barco num lago, como no filme Diário de Uma Paixão.

Hannah se arrumou e desceu até a sala de jantar para apreciar o delicioso e fresco café da manhã preparado pela própria senhora Lopez. Enquanto comia, juntamente com os dois casais e o outro homem, reparava em cada pequeno detalhe que só poderia ser visto a luz do dia. A casa parecia mais feliz e em harmonia. Era como se ela estivesse novamente na casa da avó, que já era falecida há muitos anos. Paz. Era o que sentia. Era o que precisava.

– Senhora Lopez, pode-se andar de barco naquele lago? – perguntou, enquanto apontava para fora, para a mulher que havia acabado de trazer uma porção de frutas frescas.

– Claro, querida. Aquele barco é do meu marido, mas tenho certeza de que ele adoraria levá-la para um passeio. A paisagem é muito bonita por aqui. – respondeu com um sorriso no rosto. Seria possível aquela senhora ser tão simpática?

– Oh... Eu agradeceria muito! – respondeu animada com a proposta. Era algo totalmente fora da sua rotina, da sua vida e não via a hora de poder afundar seus pensamentos em emoções no passeio e não em certo conflito amoroso.

– Depois do almoço, vá até a ponte se encontrar com ele. Não esqueça o protetor solar. Branquinha desse jeito é capaz de ficar vermelha com o sol daqui.

Hannah passou a manhã lendo um livro no alpendre da pousada. Estava cercada por árvores cheias de flores, o que dava um ar romântico para o local. O livro, Orgulho e Preconceito, fazia com que ela se esquecesse dos problemas e se preocupasse apenas com o desenrolar da história. Antes que percebesse, já estava na hora do almoço. Fechou o livro e suspirou. Olhou para o lago e se lembrou de que faria um passeio. Animada, saiu do local e se dirigiu para a sala de jantar. O almoço já estava posto e após ter a tranquila refeição, Hannah foi até seu quarto e se preparou. Passou protetor solar e colocou um chapéu. Ela utilizava roupas leves, então não se trocou.

Andou pelo caminho de pedras que atravessava o grande jardim até chegar à ponte. Um senhor estava abaixado e parecia mexer em algumas coisas do barco. Quando Hannah se aproximou, percebeu que ele segurava um remo.

– Olha... A senhorita vai me desculpar, mas tenho algumas coisas para resolver numa cidade aqui perto, então não vou poder acompanhá-la no percurso. – disse o homem enquanto se levantava e olhava para a loira.

– M-mas... – ela começou demonstrando surpresa, mas foi interrompida pelo senhor de cabelos grisalhos.

– Não tem porque se preocupar. Olha... Esse lago aqui é muito tranquilo. Não tem correnteza nem nada. Lá pro meio, a profundidade atinge a altura do seu pescoço. Não é muito fundo. Não tem perigo nenhum. – terminou com um sorriso enquanto entregava o remo para a moça.

– Mas senhor... Eu nunca andei de barco! – ela exclamou ao segurar o pedaço de madeira e gesticular com as mãos tentando fazer com que ele entendesse que ela não saberia fazer nada sozinha.

– Ora, fia... Não tem segredo, não! Só remar de um lado e do outro. Aqui... – disse enquanto se abaixava e pegava um colete salva-vidas laranja e dava para ela. – Se faz se sentir segura, coloca isso aqui. Mas não tem perigo não.

O homem saiu e deixou Hannah estática com um remo na mão e um colete salva-vidas em outra. Pensou por um instante e decidiu que deixaria para andar de barco outro dia. Olhou para o lado de águas escuras e, por fim, decidiu que nada poderia acontecer a ela, afinal, era só um barco em um lago.

Hannah vestiu o colete laranja e desamarrou a corda que prendia o barco à ponte. Com um pouco de dificuldade conseguiu entrar, fazendo com que o veículo aquático balançasse de um lado para outro. O remo em suas mãos foi colocado na água e ela se sentou.

Aquilo deveria ser fácil. Ela pensava em todos os filmes que já havia visto com barcos como aquele. Era pequeno, de madeira e, na opinião dela, não muito seguro. A mulher engoliu o medo e colocou metade do remo para fora do barco e para dentro da água. Colocou força nos braços, empurrando o remo para trás, a fim de fazer com que o barco se movesse. Soltou um som de medo quando saiu do lugar em que se encontrava e percebeu que ia em direção ao meio do lago. Respirou fundo e tentou aproveitar o passeio.

O movimento do pequeno barco, oscilando de um lado para o outro, ao tentar se encaixar nas águas escuras do lago, fazia com que Hannah se acalmasse. Nunca pensou como seria bom estar ali, no meio do nada, sozinha. Sentia a natureza a sua volta e pensou em sua mãe. Ela iria gostar de estar ali. Sempre fora uma mulher da natureza, ao contrário de sua irmã que provavelmente odiaria estar ali. Hillary sempre fora da cidade, agitada, indo para festas e curtindo a vida badalada da cidade, até se casar e engravidar.

Quando Hannah percebeu, estava no meio do lago. Recolheu o remo e o guardou na parte interna e lateral do barco. Permitiu-se encostar a cabeça na parte de madeira mais alta e acabou deitando ali, deixando seu corpo relaxar com o suave movimento. Sentiu o colete salva-vidas incomodar as costas e resolveu tirá-lo. Estava tudo tão tranquilo e ela tinha certeza de que não precisaria utilizá-lo. Fechou os olhos e deixou sua mente se esvaziar.

Quando Hannah despertou, o sol já estava se pondo. Acordou assustada com tudo. Parecia que não sabia onde estava, que horas eram e como havia chegado ali. Levantou-se de supetão, olhando para os lados. O barco movimentou-se para o lado esquerdo mais do que o permitido. Ela se acalmou ao lembrar que tinha saído para o passeio sozinha e que, provavelmente, havia adormecido, mas se preocupou ao olhar para o céu e perceber que já deveria ter voltado a muito tempo. O barco estava agitado e ela se abaixou para pegar o remo e tentar voltar até a ponte. Cada vez que ela se mexia, desesperada com o horário e com um pouco de medo por falta de experiência, o barco virava mais violentamente para os lados.

Antes que Hannah pudesse perceber, seu corpo já havia batido na água gelada do lago. 


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Notas finais do capítulo

Infelizmente, essa fic está acabando ): Mesmo não sendo uma "badalada" eu vou terminar e dar o meu melhor até o final.
Peço que você deixe seu comentário/review, mesmo que seja criticando ou elogiando, haha.
Até a próxima quinta-feira!!
Xoxo



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