Informações Sobre A Vitima escrita por Torai


Capítulo 9
Capitulo 8 - Suspenso




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Toguro Ani

Idade: 24 anos.

Preso duas vezes por porte de arma e suspeita de assassinato, suspeita de associação com a Yakuza.

Toguro Ototo

Idade: 22 anos.

Preso uma vez por crimes sexuais, liberado após esclarecimentos da namorada na época, detido por suspeita de sequestro, mas liberado em seguida, suspeita de associação com a Yakuza.

— Conhece eles Kurama? - Perguntou Kazuma, estava com ele, Yusuke, Genkai e mais dois detetives observando suas fichas.

— Bem até demais - Respondi com calma olhando suas fichas na mesa do departamento - Fui eu quem prendeu Ototo na época, tentei de todas as formas convencer a garota a testemunhar contra ele, mas ela não quis, fiquei quase um mês na cola dos dois depois disso, e não deu em nada.

— Eu me lembro dele - Comentou a delegada - Fui eu quem prendeu Ani por porte de arma em uma das ocasiões, quando eu ainda agia em campo, pelo que sei foi a única vez que ele cumpriu pena, três meses.

— Como ele saiu? - Perguntou Kazuma.

— Acho que ele conhecia as pessoas certas! - Comentei enquanto olhava sua ficha.

— Temos como ligar eles ao vídeo? - Questionou outro policial.

— Pelo que vimos ambos estavam mascarados, segundo Shura, eles nem mesmo repassam o vídeo, usam intermediários.

— E quem seriam esses?

— Karasu e Bui parecem ser os nomes - Comentou Yusuke.

— Ambos tem passagem pela policia, mas nada grave - Meu celular tocou nesse momento, puxei-o do bolso, era Botan - Só um minuto - Pedi me afastando e atendendo o celular - Botan eu não...

— Alô! É o detetive ruivo? - Fiquei quieto, ao reconhecer aquela voz, droga...

— S-senhor... Enma...

— Estou na ex-casa da minha ex-nora, e quero que você venha aqui, imediatamente, sozinho! - Ele frisou bem a ultima palavra antes de desligar o telefone, senti meu corpo estremecer, eu fiz besteira, retornei até o grupo e disse:

— Preciso sair... - Todos me encararam com certa descrença.

— Aconteceu alg...

— Depois eu explico! - Comentei pegando minhas coisas e me virando.

— MINAMINO! - Chamou a delegada com ar autoritário, parei e me virei - Você tem MUITO o que explicar! - Afirmou séria, balancei a cabeça positivamente e sai apressado pela porta.

...

Cheguei a casa de Botan, haviam três carros pretos parados na entrada, andei até a porta e ante que batesse na mesma, ela se abriu pra mim, alguns homens de terno estavam lá, eu adentrei a casa e cheguei até a sala, onde vi Botan sentada com ar de choro e Enma com uma expressão de raiva no rosto, ele se ergue e me olhou de cima até em baixo.

— Eu vou te perguntar uma única vez, e espero uma resposta sincera! - Disse com firmeza ainda me olhando - Vocês dois dormiram juntos?

— Não! - Disse firmemente olhando nos olhos, ele se aproximou de mim e ficou me encarando com raiva.

— Então porque dormiu aqui nas ultimas duas noites? - Perguntou ele, eu deveria ter imaginado que ele mandaria alguém vigiar a casa.

— Ela me pediu - Comentei com calma - Disse que estava com medo de ficar sozinha, medo que alguém aparecesse.

— Medo? - Perguntou com ar de descrença - Você com esse estilo de policial de filme Noir dos anos 30 acha que eu vou acreditar nisso? Vocês dois acham que eu vou acreditar nisso? - Ele encarou Botan com uma expressão de desgosto - Meu filho acabou de morrer, e você nem espera a cama dele esfriar pra trazer esse... Esse policial pra cá? - É claro, que pra ele isso deve ter soado como uma ofensa.

— Eu... E... - Ela não conseguia falar, tentava conter o choro - Nós não fizemos... - Ele lhe desferiu um tapa no rosto, avancei sobre ele, mas fui bloqueado por três de seus seguranças, coloquei a mão na cintura com intenção de pegar minha arma.

— Kurama não! - Pediu Botan com algumas lágrimas escorrendo pelo rosto, mas tentando se conter, ela encarou Enma com o rosto vermelho.

— Eu vou embora!

— Com certeza vai! - Disse ele com rancor na voz - E pode deixar suas coisas aqui, elas foram compradas com o dinheiro do meu filho!

— Não se preocupe - Comentou ela se levantando, limpando as lágrimas dos olhos - Eu não ia querer nada ligado ao seu maldito império bōryokudan¹.

Ele parou de se mover e a encarou com certo temor, como se tentasse adivinhar o quanto ela sabia, o quanto ela poderia falar.

— Eu vou te levar daqui! - Falei alto o suficiente para que todos ouvissem, ela balançou a cabeça positivamente - Me espera no carro - Ela passou por mim, quase sem me olhar e foi até o carro, me virei para Enma com calma e disse:

— Caso se interesse em saber, seu filho estava negociando Snuff Films - Virei-me de costas e o deixei ali, sem ideia de como ele reagiu a essa noticia, ficaria enojado? Ou orgulhoso? Não me importava, estava preocupado demais com Botan, quando me aproximei ela estava do lado de fora com os olhos fechados chorando baixo - Botan?

— Eu to bem! - Disse ela sem abrir os olhos.

— A porta está destrancada! - Ela tocou a maçaneta com calma e abriu a viatura entrando nela, suspirei, e a ajudei a fechar a porta, fui para o outro lado do carro e entrei, dei partida e sai sob olhares de diversos Yakuzas.

— Eu... Não tenho pra...

— Pode ficar na minha casa! - Ela me olhou como seu eu fosse maluco, e eu provavelmente era.

— Eu não posso fazer isso, você vai acabar...

— Não se preocupe com isso! - Retruquei, mesmo sabendo, que eu só estava piorando as coisas.

...

Após deixar Botan em minha casa, voltei para a delegacia, sob os olhares acusadores e irritados de diversos colegas.

— O que houve? - Perguntei, Kazuma me olhou com certa decepção.

— A velinha ta querendo falar com você! - Suspirei e segui até a sala da Delegada, bati na porta três vezes pensando em alguma louca maneira de me justificar e me desculpar.

— ENTRA! - Ouvi o grito, abri a porta, e entrei - Fecha! - Obedeci, ela me olhou de cima a baixo com certa raiva.

— Dele...

— Você é um idiota?

— Eu...

— Calado, foi uma pergunta retórica! - Fiquei em silêncio enquanto a vi se levantar e andar ao meu redor - Eu recebi uma ligação do prefeito, porque aparentemente você parece que dormiu com a viúva de Koenma nas ultimas duas noites!

— Se você me deixar ex...

— EU NÃO QUERO EXPLICAÇÕES KURAMA! - Calei-me novamente, como uma criança que toma uma bronca da mãe - Você e o detetive mais inteligente desse lugar, e ainda assim, consegue tomar as atitudes mais idiotas, mas você passou completamente do limite dessa vez, você entende isso?

— Eu...

— Você sabe quantos problemas para todas as nossas investigações a respeito das atividades de Emma? Você percebe que ele vai falar que um detetive dormiu com a nora dele no dia seguinte a morte de seu filho em toda audiência que ele tiver? E ele conhece pessoas poderosas Kurama, eles querem a sua cabeça.

— Delegada... - Ela fez um gesto com a mão para que eu me cala-se.

— Duas semanas! - Ela disse com calma - Afastado, sem salário e você sai do caso do Deputado morto.

— Mais...

— Nada! - Respondeu - Isso é uma ordem detetive, você entendeu? - Suspirei e balancei a cabeça positivamente, deixei a sala em silêncio, andei até a porta e sai da sala sem encara Genkai, fui até minha mesa, e comecei a pegar algumas coisas.

— Se desentendeu com a chefia? - Perguntou meu parceiro, não respondi, nem fiz nenhum gesto - Uma semana?

— Duas! - Respondi com calma.

— Certo! - Ele colocou uma ficha em cima da mesa.

— Só pra você saber, descobrimos onde os irmãos Toguro estão, mas não temos nada contra ele, alguns policiais tentaram falar com Shura, mas acontece que ele sumiu, segundo o enfermeiro que agora está cuidando de Yomi ele foi para fora do pais estudar - Não respondi, apenas olhei para ele com calma - Se tiver alguma ideia me avise Kurama! - Balancei a cabeça positivamente, peguei a caixa com minhas coisas e sai andando.

Seriam duas longas semanas.

Mas acho que com Botan, acharia uma forma de passar o tempo.

Ri de mim mesmo, da minha própria idiotice.

— Ei Kurama!

— Yusuke?

— Acho que devia dar uma olhada nisso! - Disse segurando alguns papéis.

— Eu estou afastado Yusuke!

— Puxa, é mesmo? Que pena - Ele soltou os papéis no chão - Olha só que coisa, perdi os papéis referentes a investigação, vou ter que voltar até minha sala e imprimir outra cópia - Disse me dando as costas com um leve sorriso no rosto, ri para mim mesmo, enquanto me abaixava, colocava a caixa no chão e pegava os papéis, e então vi, um contrato de aluguel de uma boate, no nome de Toguro Ani, a boate Koorime, acho que Hiei tinha muitas explicações pra dar!

Continua...


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