Informações Sobre A Vitima escrita por Torai


Capítulo 10
Capitulo 9 - Escuro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382170/chapter/10

Cheguei até a boate Koorime, desci do carro apressado e adentrei o local rapidamente, vi Yukina parada na recepção na frente da sala de Hiei, fui em direção dela sem falar nada.

— Ele não est...

A ignorei e passei por ela, chutei a porta da sala de Hiei a abrindo, vi ele saltar de sua cadeira empunhando uma espada, coloquei a mão na cintura e me lembrei que estava desarmado, sem me alterar fingi que apenas não quis sacar a arma.

— Guarde isso!

Falei com frieza, ele colocou a espada de volta na bainha e me encarou com raiva.

— Feche a porta!

Ordenou para Yukina que estava atrás de mim, ela obedeceu e ficamos em silêncio nos encarando.

— Diga!

Kurama puxou alguns papéis do bolso.

— Eu queria que você me explicasse algumas coisas Hiei - Disse colocando uma das folhas na mesa, Hiei a pegou e as analisou - É uma lista de propriedades de Toguro Ototo! - Hiei pegou os papéis e começou a lê-los - E entre elas, está essa boate! - Ele abaixou o papel e me encarou.

— Sim, ele é o dono, e dai?

— Então você não é proprietário do imóvel?

— Nunca disse que era, você assumiu por alguma razão que eu desconheço.

— Ele te deixa administrar tudo aqui, fazer do jeito que você quiser não é? E em troca você não faz perguntas, não sabe de nada, não vê nada.

— Até onde eu sei nada disso é ilegal.

— Claro que não é, exceto que... Esse outro papel é uma cópia dos últimos telefonemas realizados por Koenma - Falei entregando a folha para que ele pudesse ver - O que será que aconteceria se eu ligasse pra esse número? - Perguntei enquanto pegava meu celular e digitava alguns números, após alguns momentos o telefone na mesa de Hiei começou a tocar, ele me encarou com frieza - Não vai atender? - Ele puxou o telefone do gancho e colocou no ouvido - Alô, aqui é o Detetive Minamino.

— Onde você quer chegar? - Perguntou desligando o telefone.

— A minha teoria, é que você está fora do esquema, os irmãos Toguro nunca iam deixar alguém com ficha, que não fosse um deles é claro, tratar diretamente com o deputado, então eu acho que você administra o local, mas quando eles precisam marcar algo, esse lugar aqui, é pouco visado pela policia, tudo legal, imposto em dia, boate conceituada, grandes empresários vem se divertir aqui, e você é o bode expiatório caso eles precisem de um, você é só o garoto de recados, ta acompanhando meu raciocínio?

— O que você quer?

— O que você falou com Koenma?

— Qual é Kurama, você sabe como funciona esse negócio, se eu falar, essa espada vai estar no meu pescoço amanhã.

— Olha Hiei, todo mundo sabe que eu estou investigando eles, e uma boa parte dos seus convidados me viu chutando a porta pra falar com vocês, imagine amanhã quando a policia for te chamar pra dar esclarecimentos sobre a sua ultima conversa com Koenma, eles vão ter certeza que você vendeu eles, mas se me ajudar, talvez eu consiga te ajudar! - Ele permaneceu em silencio por alguns momentos.

— Eu quero proteção a testemunha!

— Eu pareço um federal americano pra você?

— É o que eu quero, pra mim e pra minha irmã, senão, nada feito - Fiquei calado por alguns segundos, Genkai ia me matar quando descobrisse isso.

— Feito!

— Ele ligou aqui sim, ele me pediu que dissesse para o Toguro que o trato estava desfeito, que ele ia devolver parte do dinheiro, mas que não tinha o dinheiro todo, ele disse que queria um encontro.

— Onde?

— Não sei, ele não me disse, ia acertar isso com o Toguro - Ele pausou por alguns momentos - Ele devia saber, que ninguém corta um contrato com os irmãos Toguros e sai livre, não importa quem seja.

— Você sabe sobre os snuffs?

— Tudo o que eu sei, é que eles tem encontros mensais com um homem aqui, é a única vez que eles vem aqui, eles dizem que estão inspecionando o investimento, mas na verdade só estão aqui pra conversar com ele.

— E como é esse cara?

— Eu sei lá, ele é alto, cabelo curto, pele um pouco bronzeada, parece um médico ou coisa parecida.

— Ótimo, você não ajudou muito com essa descrição!

— E como você quer que eu descreva ele?

— Ele não tinha nada? Nenhuma marca o cicatriz?

— Ele era só um cara, nada diferente, nada especial - Ele parou para pensar um pouco - Ele tem uma pinta na testa.

— Bom, já é alguma coisa...

— E ai?

— Tem mais alguma coisa que você pode me dizer?

— E eu sei lá cara, como eu vou saber o que é relevante pra você?

— Tudo, qualquer coisa, qualquer coisa! - Hiei pausou por um momento.

— Uma das vezes eles vieram aqui com Koenma e mais um cara pra conversar com esse estranho.

— E como era esse outro cara?

— Alto, usava óculos escuros, e andava se segurando no Toguro mais velho, acho que era cego - Por um segundo senti-me surpreso, mas do que nunca havia me sentido.

— Droga... - Disse saindo correndo pra fora da sala.

— Hei, espera, e o trato como fica?

— Eu entro em contato! - Respondi da porta, corri até meu carro, já sabia quem poderia me dar as respostas que precisava, e iria arrancar de um jeito ou de outro.

...

Cheguei na casa de Yomi, andei até a porta com pressa e bati na mesma com força, nada, nenhum som, bati novamente e nada, mexi na maçaneta, a porta abriu, não estava trancada, entrei e fechei a porta, estava tudo escuro, não achei o interruptor a principio.

— Alguém aqui? - Perguntei, mas não obtive resposta, comecei a andar procurando algo, mas era difícil enxergar no escuro, ouvi o som de uma respiração ofegante, andei até a sala de onde acreditava vinha o som, nada, o som havia cessado, era difícil enxergar, ouvi o som de passos atrás de mim, me virei e vi Yomi empunhando uma espada, ele avançou em minha direção e tentou me cortar, saltei pra trás e fiquei o encarando assustado, levei a mão até a cintura, mas estava desarmado, olhei pra ele preocupado ele avançou novamente na minha direção, saltei pro lado e rolei no chão, voltei a olhar em sua direção, ele apontou a espada para mim, mas não precisamente, não conseguia me ver, mas conseguia me ouvir, levantei-me com cuidado para não fazer nenhum ruído, ele deu um passo cauteloso em minha direção, puxei do bolso as chaves do meu carro e lancei para o outro lado, ele as ouviu cair e pareceu ficar desnorteado, ele se virava de um lado para o outro movendo a espada, ele deve ter assumido que era um truque, ele girava rapidamente impedindo que eu o atacasse independente da direção, ele começou a andar na minha direção, quando estava de costas aproveitei e comecei a correr, tão rápido quanto pude fui para o corredor em direção da porta, tropecei e cai no chão, estava escuro demais, ele ouviu meus passos e vinha correndo em minha direção, me levantei com dificuldade e voltei a correr, senti a espada passando próxima de mim, corri até a cozinha e peguei a primeira cadeira que consegui alcançar, girei-a no ar e o atingi, ele cambaleou para o lado, mas se ajeitou rapidamente, ergueu a espada e tentou me golpear, a lamina atingiu a cadeira que ergui sobre mim para me defender, o segundo impacto veio mais forte e começou a cortar a madeira, o terceiro a enfraqueceu mais, e o quarto cortou a parte baixa do assento, a lamina ficou presa e eu aproveitei para empurrar a cadeira contra ele, a fazendo atingir seu corpo, a lamina fez um corte um pouco profundo em meu braço, continuei forçando a cadeira contra ele até que ele tropeçou e caiu de costas no chão, ele tentava puxar a espada e tirá-la da cadeira, eu a empurrei pro lado e acertei um soco em seu rosto, ele conseguiu arrancar a lamina com um pedaço da madeira segurei suas mãos com as minhas e as ergui para o alto impedindo que ele me cortasse, em meio a suspiros ele soltava grunhidos de raiva, eu estava sobre ele brigando pela espada, ele era forte, acertei seu rosto com o cotovelo, mas não consegui grande efeito, soltei minha mão direita da espada e soquei seu rosto uma, duas, três vezes, ele conseguiu encostar a espada em meu rosto, rapidamente a segurei no cabo e a afastei de mim com toda força que tinha continuamos brigando pela espada, o corte no meu braço estava doendo, ergui meu corpo tanto quanto consegui e cai de joelhos sobre sua barriga, ele perdeu o ar e suas mãos afrouxaram, puxei a espada e a lancei para longe perdendo-a em meio da escuridão, soquei seu rosto mais uma vez, duas vezes, três, ele parou de reagir, parou de se mover, acertei seu rosto de novo, e de novo e de novo, cansado cai deitado para o lado minha visão se acostumando com a escuridão, meu sangue escorrendo, meu corpo doendo.

— Droga...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Informações Sobre A Vitima" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.