Visão Joel:

Depois de vistoriarmos uma sala, retirei um estalador, ou pelo menos os restos dele, de uma porta azul com bastante ferrugem. Depois Tess me ajudou a abri-la. Não sei como aquela merda não chamou outros infectados. Após entrarmos, um andar totalmente destruído, cheio de partes do chão caídas no andar de baixo, dificultava a nossa passagem.

E:–Mas que porra!

T:–Bom, não vejo um modo simples para passar.

J:–Ali.

Apontei para uma parte do chão que não havia caído. Então fomos com cuidado para não desabar aquilo. Depois disso, passamos por um local com água rasa que nos deu acesso a uma sala, que provavelmente era uma estação de metrô ou trem. Havia uma entranha, onde passamos agachados e que nos deu acesso a salas. Me levantei, quando de repente ouvi uns grunhidos e gritos, seguidos de estalos. Olhei e vi um estalador passeando. Ele havia sumido da minha visão. Andei um pouco a frente e um recém infectado estava devorando uma pessoa. O peguei de surpresa e o enforquei. Logo pulei uma janela à minha esquerda e me escondi, pois aquele mesmo estalador estava voltando. Quando passou, aproveitei e o esfaqueei em absoluto silêncio. Percebi que o número de infectados era bem maior do que eu pensava. Matei um estalador que estava no final da sala, levantei Tess e ela puxou uma escada com bastante cuidado para não alertar os outros. Subimos e derrubei a escada. A este momento já estávamos do lado de fora.

E:–Vocês são muito bons nisso!

J:–O nome disso é sorte e vai acabar.

T:–Não começa, Joel.

Havia um caminhão bloqueando a nossa passagem.

T:–Como passamos pelo caminhão?

J:–Vamos procurar alguma escada ou algo alto o suficiente para que possamos subir e alcançar o topo do caminhão.

T:–Tá.

E:–Tá.

Eu fui para a esquerda e Tess e Ellie para a direita. Dei uma volta pelo local e vi uma sala. Cheguei perto e achei uma barra de ferro na porta. Dei uma olhada na sala antes de entrar e percebi recém-infectados em estágio bem inicial. Estavam parados e gemendo tentando lutar contra o fungo. Dei um tiro e alertei eles. Matei os três com apenas dois tiros. Foi tenso, porém, aliviador. Peguei um latão de lixo que se encontrava dentro da sala e o arrastei para o caminhão. Subimos e corremos até uma porta que era aberta por uma corrente. Basicamente se puxava a corrente de um lado e a porta iria se abrindo.

Visão Tess:

Joel já havia aberto a porta pela metade, quando ouvi gritos medonhos.

T:–Ouviu isso?

J:–Não ouvi nada.

T:–Tá, anda, continua.

De repente, um bando de recém-infectados, corredores e estaladores corriam famintos em nossa direção.

E:–Estão vindo!

J:–Merda!

Ellie entrou e depois entrei. Segurei a porta e Joel pulou para dentro do galpão. Um estalador agarrou em seu pé. Larguei a porta em cima do braço daquele verme, que foi cortado.

J:–Estão bem?

T:–Na medida do possível.

Ellie ficou quieta. Fui até ela.

T:–Então menina, como você se infectou?

E:–Eu fugia da escola, sabe?

T:–Fugia?

E:–Sim. Sempre achei tudo chato. Aí um dia, fui na área do shopping.

T:–Mas está errado. Lá é uma das zonas mais perigosas.

E:–Eu não sabia. Mas como ia dizendo. Estava no shopping, quando uma dessas coisas que vocês chamam de corredor me atacou.

Visão Joel:

Estávamos quase lá. Precisávamos passar por este museu, atravessar a rua e logo depois deixaríamos esta menina para pegar nossas armas. Entramos no museu. De repente, Ellie derrubou um vaso.

E:–Desculpe.

J:–Tess!

T:–Olha...

E:–Desculpa, desculpa!

Subimos ao segundo andar através do teto desabado e entramos na única sala acessível, já que os corredores estavam bloqueados. O acesso à próxima sala era dificultado por um monte de entulho que poderia desabar a qualquer momento. Levantei o entulho para Tess e Ellie passarem. Mas quando fui passar, o entulho caiu.

T:–Joel!

J:–Puta que pariu! Eu estou bem.

Sons de click (estalo).

J:–Tess!

T:–Estão vindo!

E:–E agora?!

T:–Corre garota! Corre!