O Último De Nós escrita por Joel


Capítulo 6
Capítulo 5 - Não pode ser.


Notas iniciais do capítulo

Depois de algum tempo sem postar, está aí mais um capítulo a vocês. Independente de ter muitos comentários ou não, continuarei a fic.

LEGENDA:

J= Joel;
T= Tess;
E= Ellie;



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Visão Tess:

Ouvi clicks, mas não um click qualquer. Eram estaladores. Antes de chegarem a mim e a Ellie, entrei e fechei uma porta, subi para o último andar do museu e fechei a porta. De repente, ouvi um barulho batendo na porta, mas uma batida muito forte. Não poderia ser Joel, pois ou ele gritaria, ou arrombaria a porta de vez. Era um corredor. Então Ellie sussurrou a mim:

E:-E agora, o que faremos?

T:-Só fica em silêncio. Joel deve chegar aqui daqui a pouco.

E:-Tudo bem, mas, estou aflita.

T:-Se acalme e procure não fazer barulho. Vem, levanta.

Então nos levantamos e saímos daquele corredor. Chegamos ao Hall principal do museu, com peças que poderiam valer muita grana, se grana fosse a moeda de hoje em dia. Mas então vi três corredores. No chão, uma barra de ferro e um taco. Corri e eles me ouviram peguei a barra e arranquei a cabeça de um em uma só porrada. Quem diria, hein Tess? Ellie pegou o outro e foi para o outro lado do Hall. Eu voltei para o corredor. Mas percebi que havia um corredor do lado de fora e outro atrás de mim. Estava encurralada por um deles, já que a porta estava trancada e o outro tão cedo não iria entrar. Só que em um golpe muito rápido este corredor que estava atrás de mim arrancou e jogou no chão a minha barra de ferro e... Aquele filho da puta me mordeu!

Visão Joel:

Merda! Tess e Ellie sumiram e haviam três estaladores neste andar. Eu estava protegido aqui, pois eles não se abaixam. Mas eu não posso ficar. Tenho que ir atrás das duas. O primeiro fazia uma ronda regular. Passava pelo corredor principal, e entrava na Sala Valiosa, onde posso dizer que os itens que se encontravam aqui valiam muito, mas não tanto quanto os do Hall principal, que estava lá em cima. Passei com cuidado para não esbarrar em nada, mas quando estava quase lá, um vaso caiu. Ouvi aquele grunhido medonho dos estaladores quando percebem um barulho. Vinham estalando e correndo como alguém que não come há dias e vê qualquer porção de comida. Me escondi debaixo de uma mesa enorme com vários artefatos em cima. Agora eu tenho que tomar cuidado, já que eles estão mais espertos. Verifiquei outra sala e vi que Tess e Ellie não estavam ali. Só podem estar no andar de cima. Então, com cuidado, passei por eles, abri e fechei a porta das escadas e subi. Chegando no corredor do terceiro andar, vi um corredor espancando a porta. O esfaqueei e arrombei a porta sem falar nada. Então vi um corredor sendo morto por Tess.

J:-Está tudo bem?

T:-Na medida do possível, sim.

Mas de repente, ouço um grito ao longe:

E:-Socorro!

J:-A menina.

Quando cheguei, havia uma dezena de corredores. 

Dez minutos depois.

Enfim, conseguimos.

J:-Está todo mundo bem?

E:-Sim.

T:-É, sim.

Me pareceu estranho a confirmação de Tess. Parecia que algo havia acontecido durante a falta da minha presença. Mas acho que não. Pode ter sido só o susto mesmo. Ela foi até a janela e ficou observando. Eu fui ao outro lado e encontrei álcool, fita, um taco, um coquetel molotov, um kit de primeiros socorros, açúcar, pregos e uma tesoura. Logo após isso fui para perto de Tess, que ainda estava na janela.

J:-Tudo bem?

T:-Tudo. Veja, ali é o nosso destino. E então tudo vai acabar.

J:-Tudo bem, vamos.

Então passamos ao lado de fora da janela e subimos por uma escada externa ao teto do museu. Peguei uma tábua e a derrubei sobre o corrimão da escada e que nos deu acesso a outro prédio. Chegando lá, os olhos de Ellie brilharam.

J:-E aí? Era o que você esperava?

E:-Talvez. Já não tenho muita expectativa.

T:-Vamos! Tem uma escada que dá acesso até a rua. E é a rua do congresso.

Quando tive aquele contato com Ellie, senti algo estranho. É como se eu fosse perder alguma coisa em pouco tempo. E Tess estava muito apressada, como se houvesse algo ruim para acontecer. Eu estou confuso em relação à mim mesmo. Já não sei de mais nada. Então descemos e estávamos na rua do congresso. Estava alagada.

E:-Há um problema.

J:-O que foi desta vez?

E:-Eu não sei nadar.

T:-O lado direito é raso. Vamos por ali.

Então seguimos por esta rua e subimos as escadas do congresso. Tudo estava calmo. Cheguei em frente à porta.

J:-Estão prontas?

T:-Anda logo Joel.

Então abri a porta e uma cena horrível apareceu em minha frente. Todo o grupo Vagalume que pegaria Ellie estava morto.

T:-Não, não, não. Não pode ser!

J:-Pronto, nossa jornada chegou ao fim.

Tess revistou algum deles.

J:-O que você está fazendo, Tess?

T:-Talvez eles tenham deixado um mapa ou qualquer coisa que nos leve até o esconderijo deles.

J:-Nós já viemos até aqui e encontramos isso. Vamos voltar.

T:-Não! Não podemos voltar!

J:-Nós não somos assim.

T:-O que sabe sobre nós? O que sabe sobre mim?!

J:-Sei que você é mais inteligente que isso, Tess.

T:-Não! Não sou. Esta é a minha última parada.

J:-O quê?! Do que você está falando.

Cheguei mais perto dela.

T:-Não! Não encosta em mim.

E:-Minha nossa! Ela está infectada.

O quê?! Não pode ser. Tess infectada? Olhei para ela e seu rosto denunciou tudo.

J:-Deixa eu ver.

T:-Não!

J:-Me mostra Tess!

Então ela puxou a borda da blusa e revelou seu pescoço. Estava pálido em volta da marca dos dentes e avermelhado ao redor. Ela correu até Ellie.

T:-Mostra o seu braço.

Ela puxou a manga da blusa de Ellie para cima e apontou para a mordida.

T:-Está vendo isso aqui, Joel? Faz três semanas e está como se fosse na hora.

Depois ela puxou a blusa e apontou para o pescoço.

T:-Isso tem duas horas e está muito pior.

Ela apontou novamente para o braço de Ellie.

T:-Isso aqui é real Joel!

De repente, vozes de militares ao longe junto com barulhos de carros.

Comandante:-Vi eles entrando ali. Vamos logo!

T:-Eles estão vindo. Eu posso te dar tempo, mas você vai ter que correr.

E:-Você quer que a gente te deixe aqui?

J:-Não vamos fazer isso!

Me aproximei dela e ela me empurrou para trás.

J:-Não! Vá embora! Leva ela para o Tommy e ele vai saber o que fazer.

Comandante:-Rápido, arrombem esta porta.

Então eu deixei Tess ali. Eu não acredito que estou fazendo isso. Somos parceiros a mais de 20 anos. Fechei a porta dos fundos e coloquei uma barra de ferro para impedir a saída deles. Subi para o segundo andar, passei por um corredor e tive acesso a uma sala que permitia ver o andar de baixo. E Tess estava lá, caída com dois tiros.

E:-Tess...

J:-Tudo bem, vamos continuar.

Eu disse isso para não passar o clima para Ellie. Mas não estava nada bem. Eu havia perdido minha parceira de mais de 20 anos. Mas agora tenho que ter foco para continuar esta jornada.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente Tess morre. Quando comecei a me apegar ao jeito dela, ela vai e morre. E então é isso.