O Último De Nós escrita por Joel


Capítulo 4
Capítulo 3 - O desespero toma conta.


Notas iniciais do capítulo

A partir deste momento vocês vão ter melhor conhecimento do que é o lado de fora das áreas seguras. Bom, sem mais, let's bora para mais um capítulo galera.

LEGENDA:

J= Joel;
T= Tess;
E= Ellie.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/381741/chapter/4

Visão Joel:

Acordei repentinamente depois deste pesadelo que me persegue a anos. Não aguento mais isso. Como faço para isso parar? Merda!

E:–Você fala dormindo.

J:–É...

E:–Odeio pesadelos.

Levanto, coloco a mão e a esfrego no meu rosto. Levanto e vou na direção de Ellie.

J:–O que está fazendo?

E:–Olhando o mundo. Cara, isso é incrível. Nunca realmente cheguei a ver isso tão perto.

J:–Você nunca saiu?

E:–Na verdade não. E seu relógio está quebrado.

Quando ela disse isso, não pude controlar minha memória. Aquele maldito dia me veio. Por quê? Ela ainda poderia estar aqui, comigo. Mas aqueles filhos da puta não sabem o que é amor e só vivem de ordens. Bom, eu não poderia demonstrar isso. E Tess acabou de chegar.

T:–Eu vi a mercadoria. Joel, tem muita coisa.

J:–Tem certeza de que quer fazer isso?

T:–Tenho, vamos lá. Se não demorarmos, chegamos ao congresso antes do amanhecer. Marlene disse que um grupo de Vagalumes estará lá para pegar a garota. Vamos, vamos!

J:–Ok, vamos logo.

E então saímos daquele lugar. Havia uma estante que cobria uma saída pelos fundos. Eu e Tess a empurramos e saímos daquele local. Passamos por um estreito corredor, na verdade tão estreito que tínhamos que passar de lado. Após isso, uma pequena sala com apenas uma escada nos dava acesso à saída. Subi primeiro e verifiquei.

J:–Esperem um pouco, há algumas tropas aqui.

As tropas passavam em busca de recém-infectados, para matá-los logo antes que pudessem se transformar em corredores e mais tarde em estaladores. A partir deste momento, tudo nos esperava. Absolutamente tudo.

J:–Podem vir.

T:–Ok. Vem garota.

E:–Estou logo atrás de você.

O local não era muito seguro. Estávamos próximo ao centro da cidade. Ao nosso redor, carros abandonados. À nossa frente, prédios tombados pelo governo. São uns merdas, pois acham que bombardeando aquilo poderão conter os infectados. Fomos nos escondendo atrás dos carros, pois outras patrulhas passaram ali. Até que chegamos em um local onde uma patrulha fixa estava. Estavam de lanternas, o que dificultava muito. Passei correndo e entrei em uma tubulação de esgoto. Tess e Ellie fizeram o mesmo, só que por outro lado. E por dentro das tubulações, encontrei as duas.

J:–Está tudo bem?

T:–Sim.

E:–Sim.

J:–Então vamos continuar.

Andamos até um local onde voltamos à superfície. Ellie saiu primeiro e um soldado a atacou.

E:–Me solte seu filho da puta!

Soldado:–Pare de resistir. Anda, todos vocês, mãos na cabeça ou eu atiro.

J:–Ellie, pare com isso. Obedeça ele. Vai nos liberar quando descobrir que não estamos infectados. Pelo menos acho que vai...

Soldado:–Quietinhos que eu não demoro.

Ele passou um aparelho em nossas nucas e pareceu que se assustou quando o passou em Ellie. Não entendi muito bem, mas não parecia que ia nos liberar.

Soldado:–Estou pedindo reforços.

De repente, Ellie o esfaqueou na perna e Tess atirou nele. Peguei o aparelho que ele usou e me surpreendi.

J:–Tess, olha isso.

T:–O quê? A Marlene armou pra gente!

Ellie estava infectada. Que merda Marlene estava tentando fazer? Fuder com a nossa vida? Não quero me arriscar mais.

T:–Deixa eu ver garota!

E:–Aqui.

Ellie mostrou uma ferida no braço. O desespero tomou conta de mim, já que ela poderia se transformar em um corredor ou estalador.

E:–Já faz três semanas. Não aconteceu nada.

T:–Você está mentindo.

E:–Faz três semanas, eu juro.

J:–Tess, e agora? O que vamos fazer. Ela está mentindo. Pode virar um daqueles monstros a qualquer momento.

T:–Mas e se for verdade Joel?

E:–É verdade!

J:–Não é, Tess. Vamos morrer por causa dela.

E:–A cara, vá se fuder!

T:–Vamos continuar.

Eu não gostei nada da ideia. Agora teríamos que nos arriscar ainda mais. Estamos no centro da cidade, local com maior taxa de infectados. De repente, ouvi um estalo ao longe.

J:–Ouviu isso, Tess?

T:–Sim, mas foi longe, então, não tem problema.

Eu ainda acho que foi perto. Então caminhamos até uma cratera.

E:–Isso é o centro da cidade?

T:–É, ou melhor, era, antes do governo bombardear os prédios.

E:–Mas por que fizeram isso?

T:–Acharam que era uma forma de acabar com os infectados. Agora está tudo assim, em ruínas. Mas então Joel, não poderemos passar por esta cratera, está tudo fechado lá em baixo.

J:–Só espero que não tenhamos que passar por dentro dos prédios abandonados, para o nosso próprio bem.

Não me parecia ter outra escolha a não ser essa. Teria que ser isso? Passar por esses lugares, onde haviam seres que não eram nada humanos, que não pensavam, que só desejavam o ataque e a contaminação de outros? Merda! Não quero pensar nisso agora.

T:–Aquele prédio parece dar acesso a parte de baixo. Teremos que ir por ele.

É, o que eu não queria acabou acontecendo. Na época em que tudo era normal, este era o mais lindo prédio da cidade. Quando tudo começou, o governo o bombardeou, mas não caiu por completo. Tombou no prédio do lado e lá está. Então subimos. Não senti o chão firme. Parecia que tudo poderia acabar aqui com o desabamento disso. Andamos por algumas salas e recolhi kits de primeiros socorros, garrafas de álcool, tijolos e garrafas para distrair principalmente os estaladores, duas lâminas, duas barras de ferros normais, uma com espinhos na ponta e três tacos de madeira. Então entrei em um corredor e um estalador me atacou. Tess atirou nele.

J:–Obrigado.

Após isso, subimos um andar e encontramos nosso segundo obstáculo.

Sons de click.

J:–Merda, tem um estalador aqui.

E:–O que faremos?

J:–Ainda não sei. Só fica quieta e não pise em nada que possa fazer barulho. Eu vou analisar isso.

Estaladores não tinham olhos, então podíamos ficar em pé. O problema era sua audição aguçada. Qualquer barulho nos denunciaria. Olhei ao redor da sala e vi que a única saída era o quiosque que estava atrás dele. Teríamos de passar por trás do quiosque para ter acesso às escadas. Joguei um tijolo para o canto direito da sala. Ele deu aquele urro medonho e agudo e foi atrás de seu "alvo". Então passamos. Descemos e depois tivemos que pular escadas que estavam bloqueadas para conseguirmos descer. Passamos por andaimes velhos que se encontravam do lado de fora do prédio e descemos mais escadas. Chegando no segundo andar do prédio, achei uma pistola dentro de uma mochila abandonada. Fomos até uma sala na frente e ouvi passos e urros, além de dois clicks. Olhei pela janela e vi no primeiro andar uma sala com muitos infectados.

J:–Fiquem aqui que eu vou descer e verificar.

T:–Tem certeza?

J:–Já estamos aqui, não é?

T:–Ok, vá. Eu fico aqui com a garota.

Então desci. Estava em um corredor. Atrás de mim uma sala. Percebi que havia um recém infectado próximo a mim. Os recém-infectados não se movem até ouvirem algo. Então o enforquei. Após isso me deparei com um corredor. Sem querer pisei numa garrafa, Merda! Ele correu até o ponto em que eu estava. Fui cauteloso, dei a volta no móvel e o esfaqueei. Restavam dois corredores e um estalador. Mas eu estava ofegante, com bastante falta de ar. Merda Joel, força! Você chegou até aqui. Ok, vamos lá. Segui um corredor, mas ele não era o meu alvo. Eu quero pegar primeiro o estalador, pois ele é o maior problema. Quando o corredor passou por trás da parede, esfaqueei o estalador. Ele me viu pela janela, urrou e alertou ao outro. Peguei a barra de ferro com espinhos e a cravei em seu rosto, arrastando-a depois. Duas linhas de sangue se formaram em seu rosto e arranquei seus olhos, depois arrastando a barra em seu pescoço e arrancando a sua cabeça. O outro corredor veio muito rápido. Peguei o taco e com uma só porrada arranquei sua cabeça.

J:–Pode descer Tess!

Então fui até o corredor onde desci e ajudei Tess e Ellie a descer. Passamos pelas salas onde estavam os infectados.

E:–Uau!

T:–Belo trabalho, hein Joel?

Subimos para o segundo andar por outro acesso. Passamos a outra sala e encontrei três kits de primeiros socorros. Isso foi só o início. Não sei o que realmente nos espera após isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom galera, é isso. Espero que tenham gostado.