Sixteen Moons, Sixteen Years escrita por Ann Duchannes


Capítulo 2
2 de Setembro - Sonhos e Realidade


Notas iniciais do capítulo

Voltei!! (por favor, não me matem) Depois de tanto falar que o capítulo dois estava quase pronto, finalmente postei!!
Gente, é sério, mil desculpas! Mas vou explicar o que aconteceu:
Além do bloqueio criativo e da semana de provas, tive que rescrever o capítulo INTEIRO, porque minha mãe resolveu me proibir de usar o iPad (que eu uso pra escrever tudo e depois passo para o computador), ou seja, estava quase tudo pronto, eu estava cheia de ideias, mas não deu pra terminar de escrever e eu tive que fazer um novo capítulo (obrigada, mami =p)...
Enfim, acho que o cap no geral ficou bom. Não tem muita coisa nesse, porque se eu fosse juntar com o cap 3 (que também é sobre o primeiro dia da Lena na Jackson High), iria ficar muito grande e confuso, então eu dividi!
A FIC TEM CAPA NOVA!! o/ Mais uma vez, muito obrigada a minha amiga ZabellaStoll que fez a capa pra mim (ficou linda, amg *-*)!! Ah, e se vocês gostarem de PJO, THG ou Adventure Time, liam as fics dela!!
8 comentários e 8 leitores ♥ Obrigada a quem comentou no capítulo passado, e é isso aí! Essa nota já ficou grande demais! Vou calar a boca e deixar vocês lerem!! (revisei o capítulo, mas qualquer erro, por favor, avisem ^^)
Boa leitura =^.^=



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Caindo.

Estava na escuridão completa, sem chão, em queda livre. Estava com medo. O que iria acontecer comigo? Senti as lágrimas de desespero escorrendo por meu rosto, mas eu não estava sozinha. Ele estava lá. Conseguia sentir sua presença, e isso bastou para que eu tivesse um pouco de esperança.

– Ethan! - gritei, em desespero.

Eu não sabia se Ethan conseguia me ouvir, mas eu o estava vendo. Mesmo sem conseguir ver seu rosto com clareza, eu sabia que era ele.

– Me ajude! - supliquei, as lágrimas ainda correndo livremente por meu rosto.

Eu me debatia, tentando segurar-me nele, ou em qualquer outra coisa, mas só agarrava o ar, e ocasionalmente, lama.

Pude vê-lo me procurando, e estendi a mão, para que ele me salvasse.

Por um momento sua mão encontrou a minha - pequenas fagulhas verdes iluminaram a escuridão com esse simples toque -, e no segundo seguinte, escapei de suas mãos e caí.

A expressão de Ethan era de pura dor, como se não conseguisse conviver com o fato de que me perdera.

Senti um buraco se abrindo em meu peito enquanto continuava caindo, e não consegui sufocar um grito.

Acordei sobressaltada, enquanto meu grito chegava ao fim. Podia ouvir Boo se agitando atrás da porta. Respirava com dificuldade enquanto olhava para o meu pijama. Estava rasgado, e sujo de lama. Não era a primeira vez que isso acontecia, e eu duvidava de que seria a última. Não podia deixar que Tio M. visse meu estado.

Ainda era cedo, e se quisesse poderia voltar a dormir. Mas eu não queria, não queria voltar a ter aqueles sonhos. Levantei, peguei a primeira roupa que vi, e andei até a porta, a abrindo com cuidado. Boo rapidamente se levantou e ficou me encarando.

Fui silenciosamente até o banheiro e assim que a porta estava fechada, tirei o pijama sujo e entrei debaixo do chuveiro, deixando que a água quente levasse minhas preocupações embora. Infelizmente, não era tão simples.

Havia se passado um mês desde que cheguei em Gatlin. Nunca saía da Mansão Ravenwood, embora tivesse administrado meu tempo livre tocando viola (N/A: Nesse caso, é como um violino, só que maior ;) ), lendo, ocasionalmente conversando com Tio M. e passeando por Greenbrier, quase sempre escrevendo embaixo de um dos limoeiros.

Essa era a parte boa. A única parte boa. Os dias estavam contados, literalmente, e meus sonhos estavam cada vez mais fortes e frequentes.

Ethan... Eu pensava nele constantemente. Era insano de minha parte me apaixonar pelo garoto de meus sonhos, mas ao mesmo tempo, me parecia inevitável.

Balancei a cabeça, fechando os olhos e tentando não pensar em mais nada, e cantarolei uma melodia desconhecida por mim, mas não me importei.

Desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha. Quando estava completamente seca, penteei meus cabelos, coloquei a roupa e saí do banheiro.

Parei um pouco antes de descer as escadas, para ir ao salão de refeições que eu mesma havia “criado”, e observei a pintura que ficava sobre a escadaria. Era um enorme retrato de uma mulher. Seus cabelos eram ruivos e os olhos dourados faiscavam; era quase como se ela estivesse me encarando. Uma Conjuradora das Trevas.

Eu não sabia quem ela era, mas sabia que era da família, mesmo não a conhecendo pelo nome. Desviei meus olhos da pintura e segui meu caminho.

Vi Macon já sentado na cabeceira da mesa e parei no último degrau da escadaria.

– Tio M... – disse, surpresa por ele já estar acordado a essa hora. Desde o dia em que cheguei, apenas o via ao entardecer.

– Bom dia, Lena – Macon me interrompeu educadamente, o sotaque sulista mais forte hoje, e esboçou um sorriso. – Sente-se comigo.

Concordei com a cabeça e andei até a mesa, sentando-me ao seu lado.

Havia tudo o que se podia imaginar ali: bolos, tortinhas, panquecas, pães, sucos...

Peguei um prato com panquecas e sorri.

– A Cozinha está de bom humor hoje... – comentei, já comendo as panquecas. Cozinha era como Tio M gostava de chamar os funcionários da Mansão Ravenwood que trabalhavam na cozinha. Mesmo não concordando com isso, acabei me acostumando, e tecnicamente, era um bom nome, pois raramente víamos a equipe.

– Eles queriam fazer um bom café da manhã para você – respondeu. – Desejaram boa sorte na escola.

Suspirei, fazendo uma careta.

– Sorte é tudo o que eu preciso.

– Não ligue para aquela gente – disse, sorrindo de leve. – Aliás, tenho uma coisa para você.

Macon fez um gesto para que me levantasse e o seguisse. Boo levantou-se para ir atrás de mim, e logo estávamos no quintal. Chovia pouco, mas sabia que era eu quem estava fazendo isso.

Um carro estava estacionado logo à frente; era longo e preto, muito parecido com um rabecão. Na verdade, era mesmo um.

– Era meu carro – explicou tio Macon, timidamente. – Não preciso mais usa-lo, então achei que seria um bom presente de boas vindas. Além disso, você precisa ir para a escola de algum jeito...

Era verdade. A Mansão Ravenwood era muito afastada de todo o condado de Gatlin, e ir andando não parecia uma boa opção. Olhei para o rabecão, e mesmo me assustando um pouco, senti que finalmente alguma coisa poderia melhorar.

– Tio M... – o abracei, sorrindo. – Muito obrigada!

Eu sabia que ele havia ficado surpreso com meu abraço, mas Macon apenas sorriu.

– Ah, não ligue se Boo te seguir – comentou. – Ele realmente gosta de você.

Concordei com a cabeça e voltei para a casa para pegar minha bolsa.

Depois de me despedir de tio Macon, dei partida em meu novo carro e dirigi pelas ruas. Podia ver Boo me seguindo pelo espelho retrovisor, e também via as pessoas pararem para me observar. Algumas olhavam assustadas, outras cochichavam, e até mesmo apontavam.

Suspirei, fazendo com que a chuva aumentasse. Aquela sensação de que tudo ficaria bem sumiu assim que deixei Ravenwood.

Observei algumas casas, todas com o mesmo estilo vitoriano, e constatei que Gatlin não era uma cidade feia, mas mesmo assim, eu nunca me encaixaria aqui.

Peguei a autoestrada 9, enquanto ligava o rádio, a procura de alguma música boa o bastante para me distrair, e foi aí que eu ouvi. Era a mesma melodia que havia cantarolado mais cedo. Deprimente e assustadora...

Dezesseis luas, dezesseis anos

Dezesseis dos seus mais profundos medos

Dezesseis vezes você sonhou com minhas lágrimas

Caindo, caindo ao longo dos anos...

Era hipnótica. E do mesmo jeito que veio, se fora, fazendo com que o rádio desse chiados estranhos.

Saí de meu transe e passei em frente a um carro velho e extremamente desgastado. Mais uma vez a sensação estranha de que algo estava prestes a acontecer...

Tudo pareceu ficar em câmera lenta. Eu não conseguia desgrudar meus olhos daquele carro, tentando enxergar quem estava lá dentro. Sentia que conhecia a pessoa, mas nunca havia visto aquele carro em toda a minha vida.

Segui pela direção contrária ao velho carro e acelerei um pouco mais, ainda com a estranha música em minha mente, e com a sensação de que alguma coisa aconteceria.

Eu só não sabia dizer se era algo bom ou ruim.


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Notas finais do capítulo

Então?? O que acharam?? Quero opiniões!!! E como eu disse lá em cima, qualquer erro, me avisem!! (; Prometo tentar postar o próximo rápido, sei que é muito chato ter que esperar tanto tempo por um capítulo novo!!
COMENTEM, FAVORITEM, DIVULGUEM... Qualquer coisa!! Hahah
Beijoooos e até o próximo cap! ;***
— Ann ♥