O Outro Lado do Livro escrita por Mirela


Capítulo 18
Já chega!


Notas iniciais do capítulo

Hoje é véspera de Natal! E escrevo este penúltimo capitulo deste ano com muito amor.
Queria dizer a todos vocês que leem a minha história: Obrigada.
Obrigada por insinuarem que eu não sou uma escritora de merda, e que eu valho alguma coisa :)

Hed, pensei em agradecer a sua recomendação da minha história por uma mensagem privada, mas, o que você fez não foi privado, então por que eu deveria faze-lo?
E também acho muito mais legal dizer para todos o que você merece.

Hed, quando vejo os seus comentários fico muito feliz, pois sei que só vão vir palavras que vão me fortalecer para continuar essa jornada de escritora amadora.
Obrigada Hed, por você ser tão legal e querida comigo.
Saiba, que é muito importante receber elogios de uma escritora tão boa como você



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Estava lendo uma revista sobre moda.

A unica coisa que eu pude fazer depois que meu notebook acabou a bateria, e o meu iPhone esgotou as energias.

Estava com raiva, raiva de tudo. Eu não quero me casar com Dimitri, tivemos ótimos momentos juntos, como quando conversamos no jardim. Mas sei que ele não quer isto, sei.

Coloquei a revista na cama e fui para o corredor, queria simplesmente falar com Agnes, queria dizer que não precisaria me casar com ele, que eu iria me esforçar para achar outro noivo, não quero mais estragar a vida desta família.

Fui para o corredor do quarto dos donos da casa.

Quando cheguei a porta da tia Agnes, levantei a mão para dar duas batidas, mas ouvi ela conversando com alguém.

– ... paciência, filho. - disse ela calmamente.

Já ia saindo, mas ouvi a voz de Dimitri, então não pude deixar de colar o ouvido na porta.

– Eu sei mãe.

– Faça isso por mim querido. E pela nossa familia, sabe que eu já não tenho uma boa reputação, pois, sou viuva. Imagina se saibam que eu tenho uma menina aqui em casa que já tem 16 anos e não é casada, imagina meu amor.

– Eu sei mãe, penso nisto em todo momento.

– Imagina, imagina as suas irmãs, ficariam sem se casar. Faça isso por elas meu amor.

– Tudo bem mãe, faço isso por elas, e para você ficar mais tranquila.

Ouvi passos vindo para perto da porta, então corri para traz de uma grande planta que havia no corredor.

Quando já estava bem agachada, vi Dimitri saindo do quarto da tia Agnes e indo para o seu quarto.

Me senti horrivel, estou destruindo mais esta familia do que pensava, tinha que tomar uma atitude.

Corri para o escritório da casa. Peguei papel caneta e tinta. E então escrevi uma carta.

Sei que a minha letra não é tão bonita como a das pessoas desta época, e também não sei escrever em inglês muito bem, aprendi esta língua vendo filmes, mas acho que isso não vem ao caso.

Acho que antes de tudo eu tenho que pedir DESCULPA para a sua família.

Desculpa por eu ter entrado na vida da sua família.

Desculpa por todos os dias vocês estarem se preocupando comigo.

Desculpa por eu ser tão rebelde.

Desculpe Agnes, não queria destruir a vida de vocês.

Vou tentar achar um meio para voltar para casa, sozinha.

Na verdade, sempre estive sozinha...Sempre.

Sinto que vocês me ajudaram tanto, e eu estou escondendo uma parte de mim para vocês... Direi tudo nesta carta TUDO! Acho que assim ficarei com a consciência mais limpa.

Bom, meu nome é Emily, tenho 16 anos.

Tenho um irmão chamo Matt, e uma mãe chamada Jenna, amo todos da minha família. Mas, alguns meses atras eles não eram da minha família.

Eu fui adotada no Brasil, por eu saber muito bem inglês, eles me adotaram. Primeiramente fiquei com medo disto, mas no fundo sabia que eles seriam ótimos para mim.

Recentemente descobri que tenho uma doença chamada Câncer, no meu tempo essa doença pode matar, mas também pode ser curada, mas a minha doença é muito fatal, tenho câncer nos pulmões...

Também descobri a pouco tempo que nesta época eu ainda não adquiri esta doença, mas se eu voltar para a minha era eu vou ter câncer. E sei que se eu estivesse na minha era agora eu estaria quase morrendo.

Desculpe por esconder algo tão importante para vocês.

Recentemente perdi o meu namorado, Miguel. Ele me traiu com a namorada do meu irmão. Foi um grande choque para mim. Agora tenho o mesmo medo que tinha antes, tenho medo de me envolver de mais com as pessoas e elas me eixarem como ele fez.

Acho que sou egoísta e uma pesíma pessoa, pois um dos motivos de eu estar indo embora é por eu ter medo de magoar vocês, ou até mesmo de vocês me magoarem.

Espero que um dia eu poça recompensar tudo o que vocês fizeram para mim.

Queria dizer um feliz Natal...

Beijos.

Emily

Pegue outro papel e fiz como envelope, coloquei a carta dentro do envelope.

Sei que a carta está um tanto borrada, pois eu não sei mexer com uma caneta que não tenha tinta dentro dela.

Levei a carta junto comigo para o meu quarto, iria fazer uma mala. Peguei tudo o que foi possível.

Ao sair, deixei a carta encima do sofá, no local onde Agnes era acostumada a sentar.

– Desculpe gente. - falei ao sair da casa.

Sorte que era de manhã, então eu podia achar um lugar para passar a noite.

– Onde a senhorita vai? - perguntou o motorista.

– Vou embora. - falei ao chegar perto dele, que estava limpando o carro.

– Por que senhorita?

– Aqui não é onde eu deveria estar.

– Por que não? - perguntou ele parando de limpar o carro.

– Eu...Eu...Eu sei que é dificil acreditar, mas... mas... eu os amo de mais. Eu peguei um amor por eles. - deixei cair duas lagrimas.

– Eles? Ou pelo filho deles?

– Não estou intendendo. - limpei as lagrimas.

– O senhor Dimitri, um belo rapaz, não?

– Como eu posso ter amor por alguém que conheci ontem? - olhei para os sapatos.

– Quem sabe você ja o conhecia?

– Que?

– Bom, que que eu a leve para algum lugar? Eu tenho uns parentes que vivem nas redondezas pobres da cidade, quer que eu a leve? - insistiu ele mudando de assunto.

– Se não lhe incomodar.

– Venha por favor. - ele abriu a porta do carro e eu entrei.

1ª hora depois

– Chegamos senhorita. - avisou ele abrindo a porta do carro para mim.

Quando saí me assustei. O local era muito pobre, pobre mesmo. Tinha lixo para todo lugar, fedia, e tinha muitos negros caminhando, levando aguá na cabeça, dançando.

– Vamos senhorita, vou te apresentar aos meus familiares.

– Sim.

Seguimos em direção á uma pequena casa de madeira, não era muito diferente das outras.

Quando entras, o local era organizado, mas fedia.

– Rebeca. - chamou o motorista, não sei o nome dele O.o

– Vô? - uma menininha que deveria ter uns 8 anos de idade correu para abraçar o motorista.

– Ooi, meu bem. - disse ele - Onde está a sua mãe?

– Está preparando a janta.

–Huum.

– Quem é essa moça bonita? - perguntou a pequena menininha apontando para mim.

– Me chamo Emily.

– A senhorita é branquinha. - comentou ela se agarrando no vô.

Eu apenas ri sem graça.

– Quem era na porta, filha. - falou uma mulher chegando com um pano nas mãos.

– Oi filha, trouxe uma visita para você. Está é Emily, ela está sem um lugar para ficar, será que ela poderia ficar aqui?

– Claro pai. Mas, até quando? - perguntou ela chegando mais perto.

– Até ela quiser.

– Desculpe senhora, eu irei ajuda-la no que for preciso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Até depois :*