Marte Me Espera escrita por ChatterBox


Capítulo 1
Capítulo 1 - A mensagem que veio do céu


Notas iniciais do capítulo

Oláááá
Que bom que escolheu minha fic, esse primeiro capítulo é só uma introdução, mas prometo que vai ficando bem melhor com o passar dos capítulos, hein?
Boa leitura.
Beijocas, Anonympus girl writer s2.



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PEGUEI O ÚLTIMO COPO DE PLÁSTICO E JOGUEI NO LIXO. Eram seis da noite e a entrada do museu astronômico estava completamente vazia, sem visitantes, ou funcionários. Um silêncio pairava no ar, devia ser a única que ainda estava ali, exceto pelo zelador e o segurança, que deviam estar em algum lugar, rondando por aí; e claro, o Prof. Crambell. O dono e diretor do museu e também um dos homens mais brilhantes que já conheci.

Ele era meu ídolo. Hoje era apenas o diretor daquele planetário, mas um dia, já foi um dos maiores astrônomos do mundo, ajudou em pesquisas de todos os tipos, em vários lugares do mundo. Só estava ali por estar cansado de trabalhar tanto, chega um hora que o corpo pede um pouco mais de tranquilidade e ele precisou arranjar um cargo que lhe oferecesse algo mais pacato que noites acordado, observando radares e satélites e movimentações de planetas.

Tinha sorte de tê-lo ali, era uma das poucas jovens interessadas em astronomia que tinha a oportunidade de ainda conseguir alguns minutos de conversas altamente construtivas, vez ou outra, quando o encontrava no corredor, ou na saída do trabalho, um pouco antes do museu fechar suas portas.

Eu nem deveria estar ali. Não precisava tirar nenhum copo de plástico do chão, o zelador poderia fazer isso, mas não me importava em ajudar e queria criar desculpas para poder fica um pouco mais, quem sabe assim conseguiria pegar o Prof. Crambell saindo do trabalho mais uma vez e trocar algumas palavras esclarecedoras sobre a ufologia.

Foi então que às seis e meia não vi qualquer sinal dele e me preparei para ir embora. Era realmente desagradável pensar de que iria para o orfanato mais uma vez, sair do trabalho após ouvir algo inteligente do Professor ao menos me deixava mais alegre e disposta para encarar a realidade de que faziam dois anos desde a morte dos meus pais num acidente de carro.

Deveria ter me acostumado com a realidade em que vivo, mas, não adianta, continuo me sentindo altamente solitária e insegura, e por isso tinha de ter consultas com um terapeuta chamado George Parnell todas as quartas. Era um horror ter de falar do meu passado.

Ainda ter de contar tudo para ele, que tinha muitas caspas e dentes tortos, me assustava com aqueles olhos esbugalhados por detrás dos óculos de grau. Sempre com aquela gravata borboleta vermelha, mas que estilo era aquele a final que ele seguia?

Já tinha minha bolsa nos ombros e meu guarda-chuva quando ouvi passos vindo do corredor que dava acesso à diretoria, um grande alívio me invadiu.

 - Ah, Olá Amelia.

Sorria, simpático como sempre, enrugando o rosto envelhecido e sábio.

 - Professor! – sorri de volta. – como vão as coisas?

 - Ah, vão bem. – riu. – Ainda bem, mas e você? Continua observando no seu telescópio?

 - Com certeza.

Afirmei.

 - Ah, isso é ótimo. Continue assim, com a inteligência que você tem e todo o conhecimento, pode se tornar uma grande astrônoma um dia.

 - Ah, eu espero, Professor Crambell, obrigada. – como sempre, muito incentivador. – Eu estava pensando... – sempre ficava meio confusa de como pedir a ele que me tirasse uma dúvida, ele já era tão atarefado e eu sempre estava pensando que estava incomodando de mais com as minhas perguntas, principalmente na saída do trabalho, quando já devia estar cansado. Mas não conseguia me segurar. – Eu queria saber se o senhor tem alguma opinião sobre ele.

Apontei para um retrato gigantesco do planeta Marte na parede da direita, ele ficava perto de onde eu ficava e por isso podia olhar para ele o dia todo, era extraordinário.

Ele seguiu a direção que indiquei e ainda ficou calado um pouco disperso antes de lhe virem as palavras:

 - Ah, mas é claro...!

Caminhou na direção da foto, e começou a admirá-lo de perto, inspirado. E eu fui ao seu encontro, para ouvir tudo que tinha a dizer.

 - Marte; planeta vermelho. Fascinante este, com certeza. – soltou uma risada leve, como se lhe despertassem lembranças, e voltou a encarar a imagem no alto. – Eu diria que, falta pouco para conseguir chegarmos lá. Um dia, vamos poder resolver todas as dúvidas sobre ele, e com certeza acho que ele irá nos surpreender ainda mais.

 - Mas o que eu realmente queria saber é se... – suspirei. – O senhor acredita. Sabe, naquelas histórias sobre vida em outros planetas, inclusive neste. Acha que há possibilidade? Acha que já sabem na nossa existência, ou que são pacíficos? Tenho tanto para pensar sobre isso.

Falei um pouco depressa de mais, levada pelo meu entusiasmo, então pausei para respirar no fim das perguntas.

Ele fitou mais uma vez o retrato e tinha um ar misterioso quando começou a falar:

 - Isso ninguém sabe... Alguns dizem que se eles existem, podem ser mais avançados do que nós, ou mais atrasados. Portanto, podem ou não saber da nossa existência. Mas uma coisa lhe digo, se forem mais evoluídos e souberem de nossa vida, com certeza não devem nos querer fazer mal, diferente do que todos aqueles filmes de ficção científica dizem.

Disse, e voltou a ficar calado, desta vez um pouco mau-humorado, parecia não ser do tipo que apreciava o cinema de ficção científica.

 - Mas... – pensei. – Como o senhor pode ter tanta certeza que não querem nos machucar?

 - Porque se quisessem nos machucar, por que não fizeram ainda?

Piscou, esperto. Me deixou pensativa e me deu um tapinha amigável no ombro, pegando suas coisas no balcão da recepção e se despedindo. Com um amigável:

 - Até mais Amy. – colocou um chapéu de lona por cima dos cabelos brancos, esbanjando bom humor. – Boa sorte.

Assisti-o sair pela porta, em passos lentos e cuidadosos para fora do museu, descendo a escadaria, enquanto ainda fiquei parada, um pouco distraída.

Fiquei presa num devaneio durante o caminho pra casa, ficara horas encarando aquele retrato e pensando no que falou. É tão brilhante que eu nunca tenha pensado daquela maneira antes.

Sempre quis que seres de outros planetas fossem amigos, na verdade nunca acreditei muito naquela balela dos filmes sobre alienígenas. Sempre os faziam verdes, estranhos e maus. Talvez sejam como nós, um pouco diferentes, claro.

Eram muitas possibilidades.

Tive de pegar o metrô cheio até chegar em casa. Rua das Orquídeas, 317. Orfanato Municipal Madre Teresa, meu lar fazia dois anos. “Bem vinda”, pronunciei na minha mente, com ironia, soltando o ar preso.

Irmã Claire abriu a porta, uma freira idosa e rabugenta que sempre pegava no nosso pé, especialmente no meu pé.

 - Onde esteve? – indagou ela ríspida, me seguindo enquanto eu subia a escada. – Não pode ficar chegando tarde todos os dias, sabe que temos um horário aqui no orfanato.

 - Tudo bem, Irmã Claire, - revirei os olhos ao falar, desanimada com essa mesma ladainha. – Me desculpe, mas o meu emprego liberou mais tarde outra vez.

Mentia sempre, não ia deixar que ela ficasse controlando a minha vida, tinha dezesseis anos, por que ela não ia se preocupar com os mais novos? Eu era o menor dos seus problemas, com certeza.

 - De novo? – aumentou o tom de voz, pasma. – Mas é a quinta vez essa semana, você não pode ficar sendo explorada desse jeito.

 Eu estava fazendo o máximo para que ela percebesse o quanto eu não estava nem um pouco a fim de falar com ela, mas ela estava ignorando, ou não estava notando.

Andei pelo primeiro andar, o chão de madeira rangeu onde eu pisava, até a porta do “meu” quarto. Que na verdade era um quarto com oito beliches que dividia com mais órfãos como eu.

 - Não posso perder o emprego, Irmã Claire.

Respondi, com desgosto.

 - Mas não pode continuar chegando atrasada Boson, estou avisando, ou terá de sair do seu emprego. Agora vá dormir.

E saiu, séria, indo atormentar mais alguém, provavelmente.

Fechei a porta, bufando. Não aguentava mais aquilo. Não tinha sequer a minha liberdade de passar o tempo que quisesse no trabalho. Aposto como meus pais permitiriam que ficasse até mais tarde para aprender com o Prof. Crambell.

Agora tinha de ainda por cima, ficar em silêncio, pois os meus colegas de quarto estavam todos dormindo. Tudo que podia fazer era ligar um abajur velho que tinha ao lado da cama para me trocar.

Arrastei os pés até o banheiro, ele tinha quatro cabines de sanitários e quatro de chuveiros, geralmente encontrava alguém lá, mas dessa vez estava vazio.

Fui até a pia e me apoiei nela, me encarando no espelho um pouco zangada.

 “Vamos, Amy, precisa aceitar”, pensei, tentando me consolar ao máximo. Sabia que estava fazendo muito mais confusão do que precisava. Me sentia no mínimo infantil às vezes, mas não tinha coragem o suficiente para encarar a vida como estava sendo.

Tudo que eu queria era mudá-la. Sair daquele orfanato com cheiro de mofo e poder ir à algum lugar, onde tivesse oportunidades, possibilidades. Deixar aquela vidinha medíocre.

Mesmo que não pudesse voltar a ter minha vida perfeita ao lado dos meus pais, ao menos queria ter a chance de viver algo novo. Algo que me desse esperanças de uma coisa nova.

Fiquei um tempo me encarando no espelho sem falar nada, apenas pensando sobre tudo.

E algo me chamou atenção. A janelinha de vidro minúscula que tinha no banheiro, com saída para a rua, de repente refletiu algo que parecia com um minúsculo ponto de luz, se aproximando da janela, sobrevoando, vindo do céu.

Pisquei, procurando ter certeza se vi direito. Mas ainda estava lá, e ficava maior à medida que chegava perto.

Poderia ser uma estrela, ou... Quem sabe outra coisa?

Naquele momento meu coração disparou, seria o dia em que presenciaria a caída de um meteoro? Mas era muito estranho... Meteoros não caíam tão devagar, eram rápidos, quase imperceptíveis a maioria das vezes. E como poderia estar voando na direção da janela. Um vagalume talvez.

Andei até a janela e tentei enxergar melhor, mas era um ponto de luz numa noite escura e cheia de estrelas, e ainda estava longe, porém, continuava chegando mais perto da janela.

Me afastei um pouco, quando percebi que estava se aproximando de mais e aos poucos fui conseguindo ver melhor o seu formato.

E para a minha surpresa, vi que era um objeto metálico, com uma luz verde minúscula na ponta, e era esférico, do tamanho de uma bola de baseball.

Fiquei perplexa, qual seria a explicação para aquilo? Achei que estivesse delirando, mas ele pairou no ar, do lado de fora na frente da janela e pude ver claramente que era uma esfera prateada, não estava enganada.

Ele pairou ali e de repente, lançou um raio fino de laser na vidraça da janela. Abri a boca, quase produzindo um grito, mas ele se perdeu na minha garganta.

Ao invés disso eu dei vários passos para trás, tentando me proteger ao máximo da coisa. Mas ainda assim, estava curiosa para entender o que ela seria.

Então me escondi atrás de uma das cabines e fiquei espiando o que ela fazia.

Devagar o raio laser fino que lançou na janela, fez um círculo perfeito do tamanho da esfera, cortando o vidro, sem fazer barulho. E em seguida, um fio metálico saiu de dentro do objeto e empurrou o círculo, para que ele caísse do lado de dentro e ele pudesse atravessar.

Fiquei de olhos arregalados, engolindo o seco e implorando para que não fosse o dia da minha morte.

O círculo de vidro produziu um som ao atingir o chão, mas foi baixíssimo e quase inaudível. Levemente a bola de metal voou para dentro do banheiro, passando pelo buraco no vidro e continuou voando até a passar do corredor das cabines a onde eu estava.

Me encolhi ao vê-lo na minha frente. Sua luz verde estava virada para o outro lado, então esperava que não tivesse me detectado ali, seja lá o que fosse.

Fiquei o encarando, enquanto prendia a respiração com o coração palpitando, quando ele parou na minha frente. E após dois minutos, virou a luz verde na minha direção.

Caí para trás, entre a cabine e uma pia, e tentei me levantar do chão para correr, mas fiquei paralisada quando notei que a luz verde emanou um feixe de luz da mesma cor no meu rosto.

Fiquei sem fôlego e imóvel, com medo de fazer qualquer movimento enquanto ela movimentava o raio de luz verde até o meus pés e voltava para o meu rosto.

Engoli o seco quando parou. E a luz desligou. Achei que fosse o momento da explosão e quis fechar os olhos, mas antes disso, uma voz robotizada soou no banheiro: “Identidade confirmada. Ser humano terráqueo de sexo feminino, Amelia Boson.”.

E era difícil crer que a voz viera da coisa. Ela sabia meu nome. O que queria dizer com “Identidade confirmada”? e “Ser humano terráqueo”?.

Pensei em fugir, mas àquela altura meus músculos já estavam todos retraídos e não conseguiam atender ao meu comando.

Meus olhos observaram arregalados, a esfera recuar alguns centímetros e parar no meio do banheiro. E movimentando a luz para o alto, ela produziu outro feixe em direção ao teto e este ficou retangular, como um holograma.

E inesperadamente, um vídeo se iniciou em forma de holograma, me deixando boquiaberta.

 - Olá Amelia Boson, essa é uma mensagem inofensiva e altamente sigilosa, direcionada só para você.– um homem de cabelo grisalho e óculos de grau, bem vestido, apareceu, falando num tom formal. Eu prestei atenção, muito aliviada por saber que era uma mensagem inofensiva, mas ainda estava desconfiada. E se fosse mentira? E por que alguém me mandaria uma mensagem sigilosa daquele gênero? – Se qualquer informação sobre essa mensagem for passada para qualquer pessoa, ela se autodestruirá, assim como, se ela for mostrada pra alguém exceto você; numa velocidade de um milésimo de segundo. – engoli a saliva. – Agora vamos a mensagem. O meu nome é Jake Marion, sou o diretor e coordenador da Academia de Ciência e Astronomia Harvey. Aqui em Marte, - hesitei. Era pegadinha. Não era possível. Muita coincidência que no dia que mencionei vida em outros planetas ao Prof. Crambell eu recebo um objeto estranho em casa falando sobre escolas de Marte e etcetera. Onde estavam as câmeras? Naquela coisa flutuante mesmo? Era ainda mais impressionante, pois o suposto marciano era um homem comum, que tipo de pegadinha não colocaria um homem verde para contar a mensagem? Curioso. - onde há mais de seis anos, temos um projeto de trazer órfãos terráqueos para estudar na nossa escola, e morar no nosso planeta durante o ano letivo, em casas de família marcianas que foram avaliadas especialmente para cada aluno.

“Durante o período você aprenderá tudo sobre nosso planeta e nossos seres vivos, para depois trabalhar para nós na terra, em segredo, no nosso centro de pesquisa sobre a vida terráquea. Mas isso é claro, se você aceitar. Não terá nenhum custo para isso, tudo por conta do governo marciano. Porém, se concordar, não poderá voltar ao seu planeta por nenhum motivo até o final dos três anos. Por essa razão só observamos e avaliamos jovens órfãos, pois eles não teriam família ou qualquer empecilho que pudesse fazê-los ter de voltar.”

“Terá até o final desta semana para selecionar uma das duas opções nessa esfera mensageira, elas são: Aceito, e não aceito. Ao nos dar a resposta a esfera voltará ao nosso planeta para nos informar da sua decisão, e no caso de aceitação, você assistirá a uma outra mensagem ensinando quais serão os seus próximos passos até o embarque. Esperamos que se junte à nós, será um prazer ter uma jovem como você, que tem conhecimentos em astronomia e ufologia, conosco. Tenha uma boa semana”.

E o holograma parou, a esfera caiu no chão, quicando levemente até parar, após alguns rodopios.

Pisquei e fiquei ali parada ainda por alguns instantes, atordoada. Aos poucos me levantei, inexata, e peguei o globo do chão, ainda desconfiada.

Olhei ao redor, ainda esperando que algum apresentador e as câmeras saíssem de alguma cabine, me dizendo que tinha participado uma pegadinha. Mas não.

Então seria verdade? As minhas suspeitas sobre a vida em outros planetas estariam confirmadas? E justamente naquele dia, em que estava com isso na minha cabeça, e esperando um milagre que pudesse me tirar daquele inferno, aquela coisa chegou? Muito suspeito, com certeza.

Mas tinha chances de ser verdade, o que era uma loucura, mas no momento, encheu meus olhos de esperança. Ainda havia uma voz dentro de mim que me dizia para pensar melhor, ou recusar, a final, estaria arriscando minha vida. De participar de um golpe, ou ficar presa em outro mundo, servindo de rato de laboratório.

Mas outra voz queria acreditar, e mergulhar de cabeça naquela oportunidade. A final, minha vontade mais enlouquecida de ter a chance de viajar pelo espaço, gritava naquele momento, me tentando.

E ainda me dava motivos para acreditar. A voz de Prof. Crambell ecoava, suas palavras que pareciam funcionar perfeitamente para me aconselhar naquela situação: “Porque se quisessem nos machucar, por que não fizeram ainda?” era realmente algo para se refletir. Se quisessem me usar como rato de laboratório, por que apenas não me abduziram num dia qualquer em que estivesse desprevenida?

Talvez fosse sonho, tinha medo de piscar ou me dar um beliscão, e acordar na minha cama, num dia normal, no meu alojamento úmido, na realidade de que tanto fugia.

 Teria de decidir se queria mesmo embarcar naquela loucura. E era difícil, era como ter de resolver todo meu destino dali para frente, e teria só uma semana para fazê-lo. Me deixava nervosa e insegura.

Saí do banheiro, ainda encarando aquele objeto na minha mão. Deitei na cama, ainda com pensamentos voando, como se não visse o tempo passar. Nem mesmo troquei minha roupa ou escovei os dentes.

Apenas fiquei a noite toda observando aquela esfera e pensando em tudo que poderia viver a partir dali. Um futuro cheio de emoções e aventuras. Seria meu destino aceitar aquele convite?


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Notas finais do capítulo

Merece reviews?????
Obrigada por terem lido. Até o próximo.^^
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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