You Belong With Me escrita por SeriesFanatic


Capítulo 14
Destinos




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Clarisse e Piper estavam caminhando quanto o leucrota sobrevivente as atacou. Clarisse empurrou Piper para que ela corresse e quando, finalmente, se livrou do monstro, havia uma bifurcação, não tinha como saber por qual caminho Piper tinha ido. Mas a menina era inteligente, ela deixou um pedaço de pano da sua camisa no chão da entrada, Clarisse a seguiu, mas o leucrota havia cortado caminho e atacara Piper, que sangrava muito. Clarisse deveria ter prendido o choro, mas não aguentou, não estava nem aí se seu pai ia ficar com raiva ou irritado por ela ter sido sentimental, era como se estivesse perdendo Silena outra vez.

– Saia. – disse Piper fraca.

– Não vou te abandonar aqui. – respondeu Clarisse.

– Não quero que me veja morrer. Apenas diga aos demais do meu chalé que eu lutei. – ela disse forçando um sorriso.

Piper nem havia chegado ao Acampamento Meio-Sangue e não conhecia nenhum de seus irmãos (sorte dela, porque Drew é muito chata) e ainda assim, parecia saber como eles eram.

– Silena... – Clarisse deixou escapar, assim como as lágrimas.

– Vá. Você não merece ver mais uma amiga morrer. Já teve sua cota nessa vida. – Piper disse ignorando a troca de nomes.

Clarisse correu. Piper, mesmo em seu leito de morte, conseguiu utilizar o charme que tanto tentava esconder. Ali, em seus últimos suspiros, fez uma prece silenciosa para sua mãe, pedindo ajuda ou ao menos que fosse mandada para o Elísios. Pensou em seu pai e no vovô Tom e sem que ela soubesse por que, também pensou em Jason e seus lindos olhos azuis. Ela não ligava se Reyna era a namorada dele, Jason era lindo e era o que bastava. Quando seus olhos estavam quase se fechando e ela sentiu o fio de sua vida ser pego pelas Parcas... ouviu paços. Não reconheceu o garoto, mas ele lhe deu néctar, que Clarisse não tinha. Era um rapaz lindo e ele tinha um sorriso bonito também, se não fosse mais velho e se ela não estivesse à beira da morte...

Piper não lembrava muito bem do que aconteceu, mas sabia que sua prece foi atendida e Afrodite lhe mandou um anjo, não tão gato quanto Jason, mas ainda assim alguém com bom coração. O garoto a carregou como um verdadeiro cavaleiro, a consciência de Piper ficou meio apagada; ela voltou a si ouvindo Thalia dizer o nome do menino extremamente assustada, Piper não conseguiu ouvir direito o nome dele, mas sentiu estar sendo colocada no chão e sendo cuidada carinhosamente por Jason. Apesar da vista embaçada, ela viu o lindo sorriso com aquela cicatriz fofa dele. Ao longe, Piper ouviu Thalia brigando com o rapaz, ele não podia ser mal, tinha salvado sua vida! Como alguém com tanta compaixão poderia ser mal? E ainda tinha Jason cuidando dela com aquele sorriso... era o verdadeiro Elísios!

Enquanto Hazel e Reyna também tentavam matar o leucrota, Frank estava “defendendo” Octavian que tentava ver o futuro. O monstro estava faminto e fraco, o que deu para deixar a batalha equilibrada considerando a pouca experiência de luta dos meninos. Mas não foi algo bom, se é o que você está pensando, o leucrota fugiu, mas não sem antes atacar Hazel com vontade e ela ficar sangrando. A pouca ambrósia que eles tinham não adiantou e ela estava certa de que ia morrer. Sem ao menos se despedir de sua mãe ou de Sammy e ainda confusa sobre o que sentia por Frank... Percy e Annabeth corriam pelo labirinto, Nico ficou com Leo e Clarisse. Eles não sabiam onde estavam os demais e não tinham como se comunicar, as mensagens de Íris não estavam funcionando. Correram tanto que Percy quase se chocou com Frank.

– Ainda bem que eu achei vocês! Hazel... ela... – Frank disse segurando as lágrimas.

Percy estava meio zonzo com o quase choque, Frank era corpulento. Eles foram aonde Frank achava que Hazel, Reyna e Octavian estavam, mas ao invés de encontrarem os três, encontraram um lago de águas negras.

– Pelos deuses... isso não estava aqui há cinco minutos. – Frank disse se desesperando.

Annabeth puxou Percy pela camisa.

– Isso parece familiar? – ela perguntou.

– Na verdade não, nunca vi aquele lago. – respondeu Percy.

Annabeth o fuzilou com o olhar e Percy entendeu o que ela quis dizer.

– Ah sim! Os túneis que multam... – ele sorriu sem graça.

– Percy, é O labirinto. – Annabeth respondeu, tentando esconder o medo.

– Dédalo destruiu o labirinto, você viu com seus próprios olhos assim como eu e o restante dos sobreviventes! É impossível! – respondeu ele.

– Ah é? Então me explica como é que estamos tão perdidos quanto das vezes que estávamos no Labirinto de Dédalo hein Cabeça de Alga? – questionou Annabeth.

Percy coçou a cabeça tentando achar uma resposta.

– Tem algo errado aqui. – disse Frank.

– Como assim? – perguntou Annabeth.

– Eu não sei... mas sei que tem. Pode parecer idiota... – Frank disse.

– Frank, vivemos num mundo onde deuses mitológicos são nossos pais, idiota é uma definição bastante aceita. – disse Percy sem saber o quão estranho aquilo soou.

– Acho que esse tal semideus está tentando nos separar. – disse Frank. – Nos deixar sozinhos.

– Pode até ser, mas estávamos em duplas, seria mais fácil separar a gente no início e não agora que estamos em pequenos grupos de quatro. – disse Percy.

Frank achou estranho, mas Percy tinha razão. Porém Annabeth tinha aquele olhar de pensativa no rosto.

– Gente... o que nos confunde na maior parte do tempo? – perguntou Annabeth.

– Geometria? – disse Frank.

– As suas estratégias no Caça a Bandeira? – disse Percy ganhando um olhar de reprovação.

– Não. Magia. Há magia aqui. – respondeu ela.

– Achei que já havíamos chegado a essa conclusão. – disse Percy.

– Não é magia dos deuses e ao mesmo tempo é. É uma magia muito concentrada para conseguir enganar os túneis e fazê-los multar. – respondeu Annabeth.

– Me perdi. Como é que não é magia dos deuses e é magia dos deuses ao mesmo tempo? – disse Percy.

– Hécate, Percy. – disse Annabeth.

– Quem é Hécate? – perguntou Frank.

– Deusa da magia. – respondeu Percy. – Acha que ela é quem está por trás de tudo isso?

– Você ao menos prestou atenção no que eu disse? É e ao mesmo tempo não é magia dos deuses. – respondeu Annabeth.

– O meio-sangue é filho de Hécate. – respondeu Frank.

– Exatamente. Por isso que os túneis nos confundem. Por isso que os leucrotas atacaram semideuses crianças e não os maiores de dez anos... o filho ou filha de Hécate está controlando os monstros por magia. Provavelmente prometendo que Thalia será a recompensa, já que ela e Luke já tentaram matar os leucrotas no passado. – respondeu Annabeth.

– Um semideus filho de Hécate com um autômato... posso ser o oposto de gênio, mas isso não parece uma boa mistura. – respondeu Percy.

– FRANK! – gritou Hazel em algum lugar, com medo na voz.

Frank correu na direção da voz, com Percy e Annabeth atrás dele, quando viraram depois de uma esquina Frank havia sumido e só havia uma parede de concreto.

– Di Immortales! – exclamou Annabeth.

– Isso tá pior do que eu pensei! – respondeu Percy.

– Quais eram os últimos versos da profecia? – perguntou Annabeth.

Percy forçou a se lembrar, não conseguiu muita coisa. Mas Annabeth precisava saber...

– Uma nova aventura sem rumo irá surgir, pelas mãos do filho do ladrão um irá partir. – disse Percy.

– Está começando a fazer sentido. – disse Annabeth.

– Ou eu sou MUITO burro ou você está mais inteligente do que o normal, porque eu não faço a mínima ideia do que você está falando. – disse Percy.

– Percy, alguma coisa nessa missão parece ter sentido?

– Não! Nem mesmo a cara do Octavian tem sentido. – brincou.

– Exatamente!

– A cara do Octavian?

– Não Cabeça de Alga. Todo o resto! Não há sentido, não há rumo! Pela primeira vez em anos não há nem prazo!

– Tá legal... explica melhor, Sherlock.

– Isso é um caso isolado. É só um filho de Hécate que está sendo influenciado por uma alma que fugiu do Mundo Inferior e virou um autômato, não são os Titãs ou os gigantes... não é nem Hera! É nada! – ela disse com um sorriso no rosto.

– Sua autoconfiança está me assustando. – disse Percy.

– Percy, isso será fácil! É só um de nós que está sendo influenciado por uma alma! Por isso que Hades disse que Nico e eu temos que trabalhar juntos! Eu conheço os autômatos, estudei os projetos de Dédalo pelo computador. Nico sabe tudo de fantasma!

– Tá, da próxima vez que houver um poltergeist, eu vou chamar o Nico ao invés de chamar os irmãos Winchester. – brincou Percy.

– Dá pra levar a sério?

– Eu estou! – exclamou. – Milagrosamente eu entendi a história e tudo que está acontecendo! Só não sei o que fazer!

– É simples, chegamos até o autômato que está fingindo ser Hera e o destruímos. Aí é só levar o meio-sangue até o acampamento. Sr. D e Quíron provavelmente saberão o que fazer.

– Até que não é um plano tão ruim. Mas o último verso da profecia fala que um irá partir pelas mãos do filho do ladrão. Da última vez que eu chequei, não há nenhum filho de Hermes entre nós. – respondeu Percy.

– Frank?

– Não, ele é certinho demais para ser irmão de Connor e Travis. Tá mais para filho de Apolo.

– E Octavian nem parece filho de Apolo.

– Ei, Dylan não parece filho de Poseidon e ainda assim é meu irmão!

– Tem razão... ao contrário de você e Tyson, Dylan raciocina de vez em quando.

– EI! – zombou Percy.

– Vem, temos que achar os demais e contar isso.

Eles caminharam por uns minutos até que chegaram à beira de um precipício, Annabeth jogou uma pedra, que só veio soltar um eco depois de um minuto.

– O quão profundo é isso aì? – perguntou Percy.

– MUITO. – ela deu ênfase.

– Tá legal, é melhor darmos meia volta. – sugeriu.

– É, vamos.

Eles deram as mãos e quando se viraram, lá estava o leucrota.

– Meu santo Poseidon, só pode ser brincadeira! – disse Percy.

O monstro atacou, ele conseguiu ferir a perna de Annabeth fatalmente com a boca enquanto Percy tentava se livrar das patas pesadas em cima de seu tórax. Enquanto Annabeth gritava de dor, o monstro a empurrou precipício abaixo, Percy conseguiu se soltar em tempo de segurá-la pela mão.

– Me solta. – ela ordenou.

– Nunca. Já te vi cair de muitos precipícios e penhascos e esse não será mais um deles! – disse Percy ferido.

– Salve-se! Vá ajuda os demais! – ordenou.

O monstro mordeu a mão de Percy que os segurava ao topo do penhasco.

– AI! – gritou.

– Percy vá! – gritou ela.

– Não vou te deixar! Já te deixei ir uma vez e não deixarei ir de novo! Contanto que fiquemos juntos, tudo estará bem! – respondeu ele, já não aguentando os dentes em sua mão direita.

– Contanto que fiquemos juntos! – ela respondeu com lágrimas nos olhos.

Percy soltou e eles caíram no abismo. Perto dali, Jason ajudava Piper a andar enquanto Thalia ia na frente ao lado do “salvador de Piper”.

– Se Clarisse souber que você está aqui, ela vai surtar. – disse Thalia.

– Não ligo. Não vou deixar minha noiva e meus amigos sozinhos numa missão maluca como essa. – respondeu Chris.

– Você sabe que o último verso provavelmente se refere a você, certo? – disse Thalia.

– Eu sei. – Chris disse cabisbaixo.

– Ei, eu sei que não é legal matar os outros, mas...

– Mas nada. Sei o que tenho que fazer, Thalia. – Chris respondeu sério.


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