Loucuras em Cinco Estrelas escrita por James Fernando


Capítulo 3
Capítulo 3: Paranoia em Cinco Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Não se esqueçam de comentar e dizer o que acharam. E se tiver erros, me avisem.



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Esqueçam o que eu disse. Onde estou com a cabeça pra dizer que vou perder meu pote de ouro essa noite. Se for pra perder ele, primeiro eu quero saber quem é o ladrão. Afinal, esse é um assunto muito delicado. Uma vez que se lê Sylvia Day e E. L James, você sabe que fazer aquilo pode ser uma coisa de outro mundo. Então, na minha primeira vez, o felizardo tem que me fazer chegar no êxtase pelo menos três vezes. Alguma coisa de boa tem que acontecer na minha vida, então, por que não múltiplos orgasmos que me façam perder o folego no final?

Começamos a conversar, ele é O Cara, ele tem 32 anos. Ele é muito rico, mas não disse no que trabalha. E eu estou começando a suspeitar que essa confusão das mesas pode não ter sido um acidente. Era só o que me faltava, um perseguidor que você não quer de jeito nenhum chamar a policia, na verdade, você quer é que ele te pegue. Meu Deus. A bebida deve estar começando a fazer efeito. Melhor parar agora, antes que eu pule em cima dele. Por que estou começando a pensar que valeria a pena ir pro xilindró só pra ter uma noite com esse deus grego.

Estou ferrada.

Droga. Nem vou te contar o que se passou pela minha cabeça agora. Eu tenho que cortar o mau pela raiz. Chamei o garçom e pedi a conta.

- Eu pago. – disse ele.

O que diabos ele pensa que esta fazendo?

- De jeito nenhum. – eu disse seriamente. – Isso não é um encontro, foi só uma feliz coincidência que acabamos jantando na mesma mesa. – disse retirando um cartão de credito da minha bolsa.

Mas o bastardo já tinha entregado o cartão de credito dele para o garçom que já estava se retirando. Ah, mas não vai mesmo.

- O que você pensa que esta fazendo? – eu perguntei bruscamente.

- Pagando a conta. – ele respondeu em um tom de que a conversa estava encerrada.

Mas não esta mesmo. Eu posso quase estar entrando em combustão toda vez que ele sorri, mas de jeito nenhum vou deixa-lo pagar a conta. Porque se ele pagar a conta agora, isso vai contar como um encontro, e de jeito nenhum eu vou perder o meu pote de ouro hoje.

Me levantei bruscamente e lhe dei um olhar de Isso não é um maldito encontro! E lancei um olhar assassino para a nuca do garçom que já estava próximo ao caixa. Funcionou. Pois eu vi ele se estremecer todo. Ele parou e provavelmente engoliu seco, pois sabia que sua vida estava por um fio, e se virou para olhar pra mim. Ele ficou em branco, se fosse outra situação, eu teria caído no chão de tanto rir. Eu já estava diante dele com meu olhar assassino em seus olhos.

- Nem ouse cobrar o meu jantar nesse maldito cartão. – eu disse com uma voz contendo uma ameaça clara de que ele sentiria a pior dor do mundo. – Meu jantar. Eu pago. Somente o meu. Você entendeu? – eu disse lhe entregando meu cartão de credito.

- S-sim... – ele disse suando frio.

- Obrigada. – eu disse com um sorriso genuíno de alegria que também pode ser interpretado como: “Ela pode estar rindo, mas não se engane, ela é uma psicopata.

Então me virei, encarei Alec Maxfield que me olhava intrigado. Então lhe dei um sorriso de:

Sophie: 1

Alec: 0

Grande erro que eu cometi, seus olhos brilharam. Seus olhos diziam claramente: “Eu aceito o desafio”. Estou ferrada.

Respirei fundo, e caminhei ate a mesa. Ele se levantou. Estendi a mão.

- Foi um prazer em lhe conhecer, Sr. Maxfield. – disse com a mão lá parada no ar que nem uma idiota.

Ele pegou minha mão, e o maldito choque elétrico que acontece nos livros de romance, aconteceu comigo. Segurei a respiração. Ele levou minha mão ate sua boca e a beijo. E o meu coração parou.

- Por favor, Alec. – ele disse suavemente fazendo meu corpo todo anseiar por ele. Corpo traira. Ele soltou minha mão suavemente enquanto dizia. – Foi um prazer te conhecer também, Sophie. – Quem lhe deu esse direito de me chamar pelo nome? Ele continuou. – Na próxima vez, será um encontro. Então eu pagarei. – convencido...

Lhe dei um sorriso que dizia claramente: “Só em seus pesadelos.

- Desculpe, mas eu tenho que ir. – eu disse o mais cordialmente. O garçom já estava de volta com o meu cartão e o recibo (que eu fiz questão de checar na frente dos dois).

- Boa noite. – eu disse e me virei e sai com a cabeça erguida.

Fui direto para o elevador e ao invés de subir, eu desci (não me perguntem, por que eu também não faço ideia do que diabos eu estava fazendo). Ao chegar no Hall do Hotel, avistei uma poltrona vazia e corri antes que alguém se sentasse nela.

Me afundei na poltrona e repassei todo o jantar em minha cabeça. Definitivamente tinha rolado um clima entre Alec e eu, mas o problema era que é muito cedo pra me envolver com alguém, ainda mais alguém que estava claramente interessado em ter só uma noite de puro pecado. Alec é bonito, tá legal, é a tentação em pessoa. Mas também foi um completo cavalheiro. Agora você esta se perguntando o que diabos então eu estou fazendo que não me lançando nos braços daquele mistura de príncipe encantado  e deus grego? A resposta é simples, depois de anos vivendo sob o mesmo teto que meu pai, eu aprendi a reconhecer pessoas com um complexo de mandão, em outras palavras, um complexo de Christian Gray. Sim. Eu sei que você sabe de quem estou falando, não se envergonhe, eu também escondo os livros sobre capas de outros livros. Agora, voltando ao assunto, não estou a fim de lhe dar com mais um mandão em minha vida, já basta o infeliz do meu pai.

Você acredita que há três anos atrás, meu pai tentou me forçar a se casar com o filho de um possível sócio só para concretizar a parceria? Pois é. Agora você sabe que tipo de pai eu tenho. Não me levem a mau, eu o amo, mas o mais distante o possível.

Senti meu celular vibrar em minha minúscula bolsa (nem sei como ele coube naquela coisa). O peguei e vi quem era.

Droga!

Eu acho que esqueci de dizer que tenho uma melhor amiga, não é mesmo? Pois é, seu nome é Mariana Gwendevel, para os mais chegados, somente Mary. Ela tem a minha idade, a conheci no ultimo ano da faculdade. A coitada estava passando por uma barra, seu pai tinha acabado de falecer. Se não fosse por mim, ela não teria se formado. Ela aproveitou a herança que seu pai havia lhe deixado e abriu uma loja de decoração. Deu tanto certo que em menos de dois anos, ela já tinha filiais em três estados.

Ela ainda tinha a esperança de achar o amor verdadeiro (o que eu duvido que iria acontecer), não porque ela era feia, pelo contrario, ela foi ate modelo para uma linha lingeries, com seus olhos azuis, seus cabelos pretos e seu corpo de modelo, ela era de parar o transito, mas ao contrario de mim, ela teve muito mais decepções que eu. Mas ela ainda acreditava que tinha alguém ali fora feito pra ela.

A personalidade dela é algo bem confuso, é uma mistura de criança, com patricinha, com intelectual entre outras, tudo em uma única personalidade. Quando ela botava algo na cabeça, nem macumba tirava.

Teve uma vez que ela cismou que estava apaixonada por um tal de Carlos, e que ele era a sua alma gêmea. Foi um desastre total. A garota virou uma perseguidora total (fiquei ate preocupada se devia chamar a policia ou não). O coitado do homem teve que pedir uma ordem de restrição para ela, e tem mais, depois de ser intimada pelo tribunal, ela descobriu e teve que encarar a família do cara, isso mesmo, ele era casado e tinha três filhos, e por sinal, uma mulher muito bonita. Eu sei que a situação era séria, mas eu tive que usar um super controle para não cair na gargalhada diante do juiz (também não estava afim de ir parar no hospício por pensarem que eu era maluca). Ela me fez prometer que iria levar essa história dela para o tumulo.

Agora eu estava me sentindo culpada, eu simplesmente sumi sem lhe dar uma explicação. Abri a mensagem e li.

Onde diabos você se meteu? O que esta acontecendo?

Droga. Respirei fundo e liguei para ela. depois de dois toque ela atendeu.

- Oi. – eu disse meio hesitante.

- Sophie, onde você esta? O que esta acontecendo?

- O que você acha de uma semana de férias? – perguntei rapidamente (nem morta eu iria explicar o que estava acontecendo pelo telefone).

- O quê!? – a infeliz gritou no outro lado quase me deixando surda.

- Pegue seu cartão de credito, e venha para o Hotel Mason Yin em frente ao Central Park. Vamos ficar aqui por sete dias e eu te explico tudo quando você chegar aqui. Mais uma coisa, não conte pra ninguém onde eu estou. – disse e desliguei rapidamente antes que ela argumentasse.

Vou ser sincera, o real motivo de eu ter chamado ela para passar os sete dias aqui comigo foi pra ela me manter longe do caminho do pecado que aqueles olhos azuis e sorriso sexy prometiam.

Me levantei e fui ate a recepção e fiz uma reserva de um quarto para Mary no mesmo andar que o meu. Ao que parece, eu tive sorte, pois aquele era o ultimo quarto vazio do hotel.

Enquanto andava novamente em direção a poltrona novamente ouvi algo muito intrigante. Um homem vestindo terno preto e usando óculos escuros passou ao meu lado em direção aos elevadores falando ao celular.

- Ele está neste hotel. O serviço estará feito no domingo no horário desejado, às oito da noite. Não se preocupe, por essa quantia, não haverá rastros que o liguem a...

E eu não ouvi mais nada. Com certeza não é nada disso que minha cabeça idiota esta pensando. É claro que isso não era o que eu estava pensando. Eu só estou sendo paranoica. É isso, depois de quase entrar em combustão espontânea por causa daquele bastardo ridiculamente gostoso, meus neurônios devem estar pifando. Depois de um longo e relaxante banho e uma boa noite de sono, eu devo estar em meu normal novamente.

Me sentei na poltrona e esperei a infeliz da minha melhor amiga chegar, o que foi uma hora depois.


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Notas finais do capítulo

E então? Já ate podem ver, com a chegada de Mary, as coisas vão ficar feias pra esse Hotel de luxo... Espero seus comentarios!!!



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