Loucuras em Cinco Estrelas escrita por James Fernando


Capítulo 4
Capítulo 4: Vadia em Cinco Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu si. Me desculpem pela demora do capitulo. É só que, bem, sem reviews, fica meio dificil achar coragem para continuar com a história. Mas esta aí. É curto, eu sei. É que, é meio dificil entrar ne cabeça de uma mulher.



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Estava prestes a mandar uma mensagem para Mary quando vi uma figura nada tímida entrar no hotel. A mulher vestia um vestido de verão, óculos escuros, chapéu de sol, sandálias, e uma bolsa sobre o ombro da Prada. Ridículo, eu sei, mas a vadia esta linda. Seus cabelos pretos e soltos ao vento, seus olhos azuis, e seu corpo de modelo, junto com seu visual de verão, estavam fazendo todos os homens quase quebrarem os pescoços ao seguirem ela pelo olhar. Vagabundos.

Ao me ver, ela acenou. Ela não tem a menor vergonha na cara, onde já se viu usar aquilo no meio da noite? Mas aí eu me lembro de que estamos falando de Mary. É claro que ela iria fazer algo assim.

Me levanto e vou ate ela.

– Vadia... – ela diz com um largo sorriso.

– Aberração... – eu digo lhe dando um glorioso abraço. Sim, gostamos de viver nos chamando de varias coisas (bizarro, eu sei).

Depois de se hospedar na recepção, e deixarmos as coisas dela no quarto dela, fomos direto para o meu quarto. E eu despejei tudo o que aconteceu hoje.

– Pelo menos você o deixou aleijado... – ela tentou soar séria.

Mas foi inevitável, nós duas caímos na gargalhada. Isso levou alguns minutos.

– Então, qual é o plano? – ela perguntou secando uma lagrima.

– Ser feliz. – respondi simplesmente, mas depois respirei fundo. – Só tem um pequeno problema...

Então eu contei sobre o deus grego, e ate da minha suspeita sobre aquele jantar não ter sido nada acidental. É claro que deixei de fora o fato de ter sido violada por uma múmia (ela já teve sua cota de rir da cara de alguém hoje).

– Alguém desliga o ferro, porque eu estou passada. – ela disse. – Ele é tudo isso mesmo?

Acenei com a cabeça.

– É sério, deve ter algum problema com o meu corpo, porque quando eu o vejo, simplesmente me torno uma vadia louca que só fica pensando impurezas.

– Uau... – foi só o que ela disse.

– O pior é que, eu não sei se vou conseguir resistir por muito tempo. – eu disse deitando contra a cama, Mary continuou sentada.

– E qual é problema? – ela esta brincando com a minha cara, não é? Eu me sentei rapidamente e lhe mostrei minha carranca. – Se divirta, pense bem, provavelmente nunca mais você o verá de novo.

– O problema é que, se eu ceder aos desejos do meu corpo traidor, eu corro o risco de me apaixonar...

– Wow, sério? – ela perguntou realmente preocupada. Eu concordei com a cabeça. – Ok, temos um maldito de um fodido problema.

Ficamos conversando por mais um tempo, colocando as noticias em dia (eu sei, ridículo, eu só fiquei fora por algumas horas. Mas fazer o que? Muitas coisas acontecem em umas horas. Por exemplo, nunca imaginei que iria pegar meu namorado transando com minha irmã caçula não tão bonita como eu, no mesmo dia em que seria demitida por chegar atrasada, e que iria fugir para um hotel cinco estrelas pra ter os sete melhores dias em minha miserável vida, e que acabaria sendo encoxada por um velho pervertido de uns 150 anos, e que iria conhecer um maldito filho de uma puta de um deus grego que estava destinado a se tornar um ladrão se continuasse a me dar aqueles sorrisos sexy. E o que ele iria roubar? Ah, sim. Ele iria roubar o que eu tenho de mais valor. Meu pote de ouro. Ah, claro, não posso esquecer aquela outra coisa, meu coração). Fizemos alguns planos para o dia seguinte. Como já era tarde, Mary foi para o seu quarto e eu, como porca eu sou (e preguiçosa), apenas tranquei a porta do meu quarto, joguei minha bolsa no chão, tirei os saltos, e cai feito uma pedra na cama.

Mas ao invés de sonhar com unicórnios, ou coisa assim. Sonhei com um par de olhos azuis, um sorriso sexy com covinhas. Estou tão ferrada.

(***)

Acordei com alguém pedindo pra ser morto.

– Já vai... – nossa, nem mesmo eu quase ouvi minha voz.

Mas, esta tão bom debaixo desse cobertor. Meus olhos mau estão se abrindo. Eu ate poderia voltar a dormir...

Seja quem for, o infeliz voltou a bater na porta do meu quarto.

– Já vai filho da puta! – eu gritei.

Parou. Quem diria que ter a boca suja iria resolver. Ou não. Seja quem for, esta pedindo pra morrer, voltou a bater na porta.

Socorro... – acho que ouvi alguém pedindo ajuda.

Me levantei. Ainda estou usando o vestido de ontem. Seja quem for, vai ter que esperar. Eu não vou atender a porta vestida isso (mesmo que seja lindo), primeiro vou tomar um banho e tudo o que eu tenho direito.

Quase uma hora depois, estava usando uma roupa de exercícios normal. Calça moletom cinza, blusa moletom azul, tênis, cabelo preso em rabo de cavalo (não literalmente). Com os dentes escovados, e sem maquiagem alguma (qual é? Eu não preciso disso para ficar bonita. Eu sou linda naturalmente. Sou uma deusa). Sim eu sei, eu tenho um alter ego que precisa descer do pedestal.

Seja quem for o infeliz que me acordou as sete da manhã, deve ter desistido, pois parou de bater na porta. Será que foi a Mary? Tinha me esquecido dela. Tanto faz, agora vou queimar calorias na academia do hotel. Peguei uma bolsa de exercícios, peguei meu celular (tinha cinco ligações perdidas da minha irmã caçula e vadia, e oito ligações perdidas do meu ex-namorado o possivelmente estéril desde ontem). Peguei o cartão chave do meu quarto, guardei o celular na bolsa e fui para a porta. Um pouco mais cedo, enviei uma mensagem para Mary avisando que iria para a academia, ela respondeu dizendo que também iria.

Sai pela porta e tranquei meu quarto, e fui na porta de frente para o meu quarto bati na porta. Segundos depois, Mary saiu usando roupas de exercício.

– Quem é que estava acordando o andar todo agora pouco? – ela me perguntou enquanto trancava a porta.

– Não faço ideia.

Qual é? Não me olhe desse jeito, vai ver que era no quarto ao lado. Vai saber?

– Sabe o que é estranho? – ela me perguntou.

– Huh?

– Eu posso jurar que ouvi alguém gritando por ajuda...

Eu gelei. Já estávamos a meio caminho andado ate o elevador. Isso é serio? Alguém estava pedindo por ajuda?

– Achei que eu estava ainda meio sonhando... – eu disse.

– Wow... – disse Mary parada ao meu lado e me encarando. – Então, quer dizer que nós duas ouvimos alguém gritar por ajuda?

De repente, aquela conversa estranha que eu ouvi no Hall do Hotel ontem a noite me veio a cabeça.

– Ontem aconteceu uma coisa estranha... – eu contei sobre a conversa que eu ouvi no Hall do hotel.

Já estávamos no elevador descendo para o SPA, onde também se encontrava a academia do hotel do hotel.

– Você não acha que... – Mary foi interrompida com a porta do elevador se abrindo.

Quando nossos olhos se encontraram, eu simplesmente viajei na maionese. Isso não pode estar acontecendo. Dentre tantos elevadores e tantos horários, por que justo nesse?

Por que?

Não sei explicar, mas por alguma bizarra razão, eu meio que gostei de  me perder naqueles olhos azuis. Mas é claro, o que é bom, dura pouco.

Quem é a mocreia pendurada no braço do meu deus grego? Quero dizer, ele não é meu e nem nada... ainda... Ah, esquece.

A vadia só pode ser uma modelo com essas pernas enormes, seios siliconados que faltam rasgar seu vestido tomara que caia vermelho. Olhos castanhos claros e cabelos preto. Ou talvez seja só uma prostituta (que foi? Eu posso sonhar, não posso?).

Me recompus e dei um passo para trás para o canalha mais gostoso que eu já vi na vida entrasse com a sua... sua... acompanhante. Mary fez o mesmo que eu se juntando a mim lá trás no elevador.

Olhei para Mary, a idiota da minha melhor amiga estava com a boca aberta secando o meu... quer dizer, o Sr. Alec Maxfield (droga! Esse nome é muito lindo!), ela faltava babar nele.

Alec (já que jantamos junto noite passada, acho que posso chama-lo de Alec, não posso? Pelo menos na minha própria cabeça), se encostou na parede do elevador próximo a porta. Não que eu esteja olhando ele, é só que... bem, eu apenas reparei.

– Mary. – chamei a infeliz, ela deve ter viajado bem fundo na maionese, pois ela faltou ter um ataque cardíaco. – Como...

– Hã...? – ela disse se recompondo.

Eu estava de costas agora para Alec, não estava afim de ficar vendo ele e a vadia fazendo carinhos e essas coisas que no momento eu desprezo (e não, não é ciúmes). Mas, eu podia sentir seu olhar perfurar minha nuca. O engraçado é que eu sempre achei que essa porcaria de sentir o olhar dele, a presença dele, essas coisas, fosse coisa da cabeça de gente que não tem o que fazer, então decidiu escrever romances. Mas não, aqui estou eu, mesmo de costas pra ele, estou consciente dele me olhando.

– Então, como vai Colin? – perguntei. Colin era o mais novo caso dela. Acho que ele é cantor de uma banda de rock ou coisa assim.

Mas meu olhar penetrante nela dizia claramente: É ele!

O que ela entendeu perfeitamente e rapidamente entrou no modo teatral. Sabe, aquela coisa de fingir não estar nem aí para o gostoso ao lado.

– Já deu o que tinha que dar. – ela disse casualmente (eu amo essa garota, seu eu fosse lésbica, me casaria com ela). – Já ia me esquecendo. – ela disse com um sorriso. Aí tem coisa. – Trevor estava te procurando, parece que ele esta perdidamente apaixonado por você. – ela disse descaradamente (eu odeio essa garota, se não tivessem duas testemunhas logo atrás de mim, eu iria mata-la).

Por sorte, não precisei dizer nada, pois a porta do elevador se abriu no andar do SPA.

– Chegamos... – disse já saindo do elevador.

Pude sentir dois pares de olhos azuis perfurando minha nuca, e por alguma razão, senti um pingo de hostilidade nessa perfuração. O que diabos isso queria dizer?


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Notas finais do capítulo

É sério, eu espero reviews com criticas, ideias, se gostou ou odiou, tanto faz, mas eu quero reviews.
Vamos ver, se ter no minimo uns dez reviews, eu posto o proximo capitulo ainda essa semana.