Say You'll Stay escrita por The Girl Who Rocks


Capítulo 21
Esperanças Perdidas


Notas iniciais do capítulo

Olá, melhores leitores do mundo!! Estou aqui com mais um capítulo novinho para vocês! :D Desculpe se eu demorei muito para postar... Haha bom, espero que gostem!! Acho que alguns podem se identificar com esse capítulo... Ele é um tanto reflexivo. Aproveitem!!! (obrigada pelos comentários!) :D



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A casa estava silenciosa. Rydel permanecia em sua cama, imóvel e com a respiração lenta, provavelmente estava em um sono tão profundo, que se uma banda metálica tocasse ao seu lado, ela apenas se contorceria. Ok, exagerei. Mas ela não acordaria tão cedo. O que me deixa tão intrigada em saber o porquê de eu já estar acordada e ela não.

Bipe.

De acordo com o meu relógio, ainda eram 9 horas da manhã, o que é super cedo se formos comparar ao o horário em que dormimos. Lembrando-me da ultima vez em que chequei a hora, faziam exatamente 45 minutos em que eu encarava o teto mal iluminado pela luz do dia. Nos últimos quinze minutos, eu tentei decifrar o porque dê minha insônia, e a conclusão foi: ou é o fuso horário ou o fato da Rydel querer conversar comigo. Eu voto na segunda. Lembrar da cara dela ao falar aquilo me fazia ficar muito curiosa em saber do que se tratava, pois sua expressão era séria, bom, parecia ser séria, mas ao menos tempo passava um ar de tristeza, como se tivesse pensado muito antes de tomar a decisão de querer falar comigo. Isso me deixava aflita.

– Ok, chega. - sussurrei para mim mesma. Desistindo de dormir e de tentar desvendar o assunto de Rydel, fui direto para a gaveta onde eu havia colocado minhas roupas e peguei um suéter de malha cinza claro, já que o tempo está friozinho, um short jeans e mais algumas coisas, e segui para o banheiro.

Algum tempo depois, voltei para o quarto que permanecia um completo silencio, a não ser pela respiração de Rydel, que era tão baixa, porém audível. Depois de ajeitar as coisas (incluindo meu cabelo molhado, que não era fácil) em seu devido lugar, olhei em volta pensando no que eu poderia fazer... Eu não estava com fome para ir comer, nem afim de ver TV (filmes bons geralmente não passavam nesse horário), bom, ler... Ah! Tem o livro do colégio, que não era lá dos melhores, mas era obrigatório sua leitura. Vai ser isso mesmo. Peguei-o dentro de minha bolsa e fui em direção a sala, o lugar mais iluminado da casa, depois do jardim, mas eu queria sentar em algo macio, como um sofá.

Como eu esperava a sala estava vazia, então sem delongas, posicionei as almofadas em uma pilha bagunçada encostada ao braço do sofá, para que me servisse de apoio e assim, que pareceu confortável, me deitei abrindo o livro na página.... 1, é, pelo visto foi uma ótima ideia começar a lê-lo logo.

" Capítulo 1: O Conflito Interno

Engraçado como nos machucamos fácil, e como nos curamos, na melhor das hipóteses, tão dificilmente... O amor, muitas vezes nos faz sonhar, imaginar, frequentar, um mundo que criamos com nosso amado(a), que parece perfeito, mas tão frágil pelas incertezas e duvidas que são impostas a cada singelo ato (de amor, talvez). A esperança é o que nos move, mesmo nos momentos mais sombrios, mas uma coisa é certa, sem acreditarmos, nada não passa, e nunca deixará de ser uma bela e triste ilusão. Como tantos amores por ai. É sim necessário abrir seu coração, mas nunca se esqueça de também manter seus olhos abertos... E digo por experiência, e é dessa experiência passada que vou lhes contar e de como o amor, as vezes, prega peças junto com a esperança... Ah, sou Sebastian, e esse é o meu conflito interno: o amor.".

– É, vai ser complicado ler esse livro... Tinha que ser literatura! - resmunguei para mim mesma.

– Falando sozinha, querida? - disse Stormie saindo da cozinha com uma caneca verde na mão direita. Vestia uma bermuda jeans até os joelhos, com uma blusa, que parecia uma bata de cor azul claro. Essa cor realça o cabelo loiro dela, que estava preso em um coque perfeito.

Com a repentina aparição dela, eu sentei tão rapidamente no sofá, que virei meu pescoço de mau jeito e fechei o meu livro sem marcar a página. Ainda bem que eu estava no primeiro capítulo, pensei.

– Ah, estava apenas pensando alto sobre o livro. - disse com um sorissinho no final para disfarçar o susto.

– Ah sim. - disse com um aceno de cabeça e depois deu de ombros - Achei que você fosse acordar tarde que nem os outros.

– É, eu também, mas acordei de manhã e não consegui mais pegar no sono. - expliquei demonstrando minha frustração.

– Sério? Estranho, deve ter sido o fuso horário, provavelmente... - disse ela caminhando em minha direção.

– Uhum, acho que foi isso mesmo. - concordei. Afinal, poderia ser isso, embora minha consciência me dissesse o oposto.

– Se você quiser, preparo algo para você! Tem suco, pão, bacon, ovos...

– Ah, não precisa! Não estou com fome... Acho que ainda estou satisfeita de ontem. - falei colocando a mão sobre a barriga simbolizando. - Mas obrigada!

– Então somos duas! Não comi nada essa manhã... - ela comentou e eu ri de sua expressão pensativa. Ela acrescentou: - Ah, Nanda, me faz um favor?

– Claro. - respondi.

– Você poderia levar isto para o Rocky? - disse ela me entregando a caneca.

– Para quem? - perguntei, embora soubesse a resposta.

– Rocky. É que eu tenho que ajudar o Mark com o jardim, já que faremos um churrasco a tarde... Tem muito coisa para fazer. - disse ela com um olhar exausto, porém não triste. Creio que era uma exaustão boa, já que eles só tinham o que comemorar.

– Tudo bem, sem problemas! - indaguei camuflando meu nervosismo.

– Ótimo. Muito obrigada! Ele está no estúdio, última porta a direita. - informou Stormie apontando com a mão. Assim que ela terminou de falar, me virei e segui em direção ao corredor, mas antes de adentrá-lo, virei novamente, só que dessa vez para Stormie.

– Stormie.

– Sim, querida.

– Eu quem a agradeço. Por tudo.

Stormie meu respondeu com um sorriso e um olhar de doçura, e acrescentou:

– O prazer é nosso.

Assim, ela foi em direção a porta que dava ao jardim da casa e eu fui para o estúdio.

Não entendia o motivo de eu estar nervosa em vê-lo, será porque da última vez em que nos falamos a situação foi um tanto "awkward" (estranha!) e depois nem trocas de olhares (e de palavras) nós tivemos? Ah, espera ae, lembrei. Não queria que ficasse esse clima estranho entre a gente, eu só não estava planejando que eu falaria com ele primeiro, eu iria até ele... Tá, vou apenas entregar um suco, que acho que é de laranja, mas mesmo assim... Espera! Esse é um bom álibi para que tudo volte ao "normal"... Ok. Estou mais confiante agora. E foi então que eu notei que eu estava esse tempo todo em frente a porta do estúdio conversando comigo mesma, mentalmente, mas vale. Balancei a cabeça, e quase derramei o liquido dentro do copo, afastando esses pensamentos da minha cabeça.

Bati na porta.

– Rocky? - falei a abrindo. E lá estava ele com sua touca azul claro, uma camisa cinza, uma bermuda toda amarrotada escura, provavelmente havia dormido com ela. Tinha um violão em seus braços e estava sentado em um banco alto de ferro preto. Assim que me viu, lançou-me um olhar surpreso e um sorriso simpático.

– Oi!

– Oi! - disse e olhei em volta - Esse lugar é muito legal. - comentei.

– Nunca tinha vindo aqui? - perguntou ele meio perplexo.

– Já, mas continua sendo muito legal. - disse voltando minha atenção para ele.

Ele riu.

– É... E ai, tudo bem? - disse ele colocando o violão ao lado do banco.

– Ah, sim! Sua mãe pediu para eu lhe trazer isso. - falei indo em sua direção e lhe entrando a caneca.

– Meu suco! Obrigado. - agradeceu ele dando um gole no suco.

– Tranquilo. - o respondi, me voltando para a porta de saída.

– Ah, espera! - pediu Rocky agarrando levemente o meu braço, sem a intenção de me machucar.

Não falei nada, então ele prosseguiu meio desconfortável.

– Gostaria de pedir desculpas a você, pelo que aconteceu no jogo... Eu a derrubei e depois - deu um pausa passando a mão na touca e fazendo careta - te fiz passar por um momento constrangedor. Digo, a Alison.

– Você não precisa se desculpar! Nada ali foi sua culpa... Ta, você me derrubou, e o que foi pura sorte sua, mas eu não vou entrar em detalhes agora, - falei arrancando um grande sorriso dele - e era o jogo! E eu entendo a Alison, não sou do tipo de escândalos, mas teria ficado magoada também se visse a cena que ela viu,- e acrescentei rapidamente - por mais que ela tivesse entendido errado. O que viu.

– Sim... Mas de qualquer forma, não foi legal e desculpa... - disse ele constrangido.

– Tudo bem. E vocês? Como estão? - perguntei, pois a curiosidade era enorme. E a oportunidade também.

– Estamos legal, sabe... Passamos uma borracha nisso... Ela pediu desculpas pra mim sobre como ela agiu, é claro, depois de eu explicar tudo. - disse ele voltando a se sentar. Gostaria de ter ouvido essa explicação, pensei.

– Entendi. Legal, legal! - e com o silencio, acrescentei - Bom, tenho ir, preciso terminar isso aqui, sabe como é, colégio... - falei balançando o livro em uma de minhas mãos.

– Sim, ainda bem que já passei por isso... - suspirou ele aliviado.

– Sorte a sua! - disse e segui para fora da sala, deixando Rocky Mark Lynch para trás. Talvez fosse melhor assim.

Era uma hora da tarde no meu relógio do iPod, o tempo continuava frio, porém não parecia que ia chover, o que para eles era ótimo, já que haveria um churrasco de comemoração em mais ou menos uma hora e até a prima deles vinha participar, fazendo um visita. Logo depois em que falei com o Rocky, fiquei umas duas horas lendo o livro no sofá, que surpreendentemente tinha se mostrado um ótimo livro, complexo, porém muito bom, mas assim que ficou chato, larguei-o de lado e fui oferecer ajuda aos Lynch com o churrasco, só Stormie, Mark, Rocky e Riker já tinham acordado. Primeiro ajudei na cozinha e depois, onde atualmente estou, fui ajudar lá fora, com a arrumação, isto é, tolhas, copos, pratos, poeira etc.

– Hey! Ai está você... - disse alguém vindo atrás de mim. A voz era tão familiar quanto o toque do seu celular. Era a Rydel.

– Oi, Bela Adormecida! - falei enquanto ajeitava os copos na mesa.

– Nem te vi levantando... Faz muito tempo? - falou ela pegando uns copos para me ajudar.

– Sim, acordei cedinho e depois não consegui mais dormir. - respondi.

– Sério? Que droga... - comentou ela, enquanto secava os copos passando para mim, em meio a um bocejo.

– Culpa sua. - exclamei.

–Minha? Por quê? - perguntou Rydel com uma expressão confusa.

– Você disse que queria falar algo comigo... O que posso fazer? Sou curiosa. E você falou como se fosse sério. - disse com o olhar fixo nela.

– Ah, e é um pouco, mas apenas se eu estiver certa. - disse ela pensativa.

– Continue... - falei sentando na cadeira que estava ao meu lado. Estava começando a ficar tensa.

– Ok, é o seguinte - disse olhando em volta e viu que seus irmãos estavam com o pai na grelha e depois se sentou ao meu lado - preciso saber o que você sente pelo Rocky. - disse ela um tanto constrangida, mas determinada.

– O que? - perguntei tão perplexa que fiquei sem reação.

– Quero lhe contar algo, mas antes, preciso que me diga o que sente por ele... Pode confiar em mim, não falarei nada.

Suspirei ainda perplexa. Eu confiava na Rydel, tanto que se ela está me perguntando isso, é melhor que eu diga a verdade.

– Ah, Rydel, o seu irmão sempre foi o meu "favorito" da banda, sempre tive uma quedinha por ele, mas eu não o conhecia, não sabia quem ele realmente era, então não dava atenção para isso... Mas ai, eu o conheci, e ele se mostrou um cara legal, gentil, divertido, interessante... - hesitei arquejando - Ah, acho que você já sacou.

– Sim... Sério, eu acho isso muito legal e fofo, mas eu ouvi uma parte da conversa do Rocky com a Alison... E eu acho que eu devo te contar. - disse ela mantendo o olhar fixo em mim, com um ponta de tristeza nele, mas dessa vez, eu é quem não conseguia encará-la.

– Fale. - enfim disse.

– Quando eu estava indo chamá-lo, no dia do clipe, eu já conseguia ouvi-los de uma certa distancia, eles não estavam longe e estavam atrás de uma árvore, então não notaram minha presença logo de primeira, mas o que eu ouvi foi rápido, pois não queria ficar lá ouvindo a conversa alheia - disse ela e suspirou colocando o cabelo atrás da orelha e se aproximando - e o que eu ouvi, foram as seguintes palavras: "Alison, para com isso! Já lhe disse, a Nanda é apenas uma amiga, apenas isso, a veria no máximo como uma irmã."- uma pausa foi dada - Sinto muito, Nanda. Sinto mesmo. - disse ela apertando a minha mão. Aquelas palavras rodopiavam na minha cabeça, no máximo como uma irmã, como um quebra-cabeça de quatro peças que eu fui burra demais para montar.

– Está tudo bem... - falei em um sussurro, a voz simplesmente não saiu - obrigada por ser honesta comigo. - agradeci apertando sua mão, que ainda estava repousada sobre a minha.

– Somos amigas. E eu já te conheço o suficiente para saber que você gosta da verdade, mesmo que doa, que nem eu... - disse ela em um tom suave, de consolo.

Assenti com a cabeça e apenas consegui dizer uma coisa:

– Sebastian estava certo.


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Notas finais do capítulo

E ai, já passaram por isso? Triste, né? Porém aprendemos muito com essas situações... Só resta saber como a Nanda superará isso! Quero comentários, se estão gostando, ideias, ou até mesmo se você quiser compartilhar algo semelhante ao que a Nanda está passando. Beijos!!! E obrigada. :)



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