Say You'll Stay escrita por The Girl Who Rocks


Capítulo 22
Coração Destruído, Mudanças a Caminho


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii, leitores s2 tudo bom? Aqui vai mais um capítulo para vocês... Espero que gostem!!!! Ah, não tive comentários no ultimo capítulo, quero muito saber o que vocês estão achando, então só vou postar o próximo se houver comentários nesse... Por favor, comentem! Obrigada :D obs: amanhã é meu aniversário!!! Então só postarei depois do final de semana, beijos! ;*



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...Já lhe disse, a Nanda é apenas uma amiga, apenas isso, a veria no máximo como uma irmã.”



Aquelas tinham sido palavras difíceis de se ouvir, principalmente da pessoa em que você gostava... Não seria a primeira vez em que as minhas esperanças eram fragmentadas em minúsculos pedacinhos e jogada no lixo, como a poeira achada em baixo do sofá em um domingo de limpeza. Mas ainda sim era difícil, muito difícil e não ajudava nada o fato da pessoa que mexia, insanamente, com meus sentimentos estar a poucos passos de mim, com seu sorriso encantador. Ai, que ódio. Abaixei minha cabeça e direcionei minha atenção para minhas unhas, enquanto Rydel, ao meu lado, continuava a falar assuntos aleatórios para me fazer “esquecer” a tristeza, se é que isso era possível.



– … Acho que vou usar com aquela saia azul, que eu te mostrei no meu armário, lembra? Mas estou... Nanda, você está me ouvindo? Está tudo bem? - perguntou Rydel deixando o iPhone de lado, na mesa.



– Oi? Estou legal, relaxa. - falei me forçando a dar um sorriso.



– Não parece muito, e eu entendo o porquê. Sabia que você ficaria assim... Mas ao mesmo tempo eu sabia que eu deveria te contar. - falou ela rapidamente com um pesar em sua você.



– Acredite, eu estou bem! Não é a primeira vez que passo por isso... E será bom para mim, aprenderei a parar de criar esperanças estúpidas... - disse isso soando mais rude do que eu planejava.



– Não diga isso... Sei como é também, já passei várias vezes por isso, e digo uma coisa: nunca perdemos a esperança, mesmo que haja apenas 1% dela. Mas no fundo, isso é bom. - eu sabia que ela estava certa.



– É, eu sei... Estou triste agora, mas não posso permitir que esse sentimento tome conta de mim... Estou no meu intercâmbio, e eu quero que ele seja perfeito, ou quase isso. - exclamei dando um riso com a última parte.



– Isso ai, e vai ser! - afirmou Rydel.



– O que vai ser? - disse Ross comendo algo e colocando um prato com algumas carnes na mesa. Ele vestia uma bermuda rosa pink, que pelas várias vezes que a usou, deveria ser sua bermuda favorita, mas uma regata branca colada ao corpo, valorizando seus braços definidos.



– Estava dizendo para Nanda que a próxima turnê vai ser muito legal, você sabe, viajar para vários lugares do mundo... - comentou Rydel com indiferença, disfarçando o assunto anterior.



– Ah, sim! Mal posso esperar! Viajar pelo mundo, tocando... - disse ele pensativo até ser interrompido por uma voz grave vinda de não muito longe.



– Olhem quem chegou! - dizia a voz. Era Mark com o braço em volta de uma menina com um belo cabelo longo preto, pela morena e um sorriso enorme no rosto. Pelas várias fotos que eu já havia visto na internet, a reconheci logo de primeira. Lori, prima deles.



– Lori!! - disse todos em uníssono. Rydel, que estava sentada ao meu lado, se levantou para ir cumprimentá-la, Ross que estava em pé, fez o mesmo. Na verdade, todos fizeram a mesma coisa, menos Rocky, pois estava cuidando da grelha. Já eu, não sabia ao certo o que fazer, apenas levantei, contornando a mesa e parei, ficando a uma certa distancia deles, afinal, aquele era um momento em família. Assim que todos acabaram de cumprimentá-la, Rydel a guiou em minha direção, dizendo:



– Quero que conheça alguém! - quando chegou a minha frente, concluiu – Lori, essa é Nanda, a minha mais nova colega de quarto. Nanda, essa é Lori, nossa prima.



– Oi!! - dissemos juntos em um rápido abraço.



– Finalmente a conheci! Rydel falou sobre você. Você é do Brasil, certo? - perguntou Lori com um sorriso amigável em seu rosto.



– Isso mesmo! Mais precisamente do Rio de Janeiro. - falei.



– Legal!! Já ouvi falar sobre lá, parece ser bem legal! - comentou Lori.



– E é! Mas a Califórnia também é...



– Você ainda não viu nada, Nanda. Temos que te levar em mil lugares ainda. - disse Rydel.



– Está aqui há pouco tempo? - perguntou Lori.



– Sim, em torno de uma semana, por ai. - respondi tentando me lembrar ao certo, mas dei de ombros.



– Tem muito tempo ainda! - exclamou Rydel e em seguida acrescentou – Vamos nos sentar! Lori, está com fome? - perguntou ela enquanto sentávamos ao redor da mesa.



– Na verdade, sim! - disse ela fazendo uma careta, tirando risos meu e da Rydel.



– Tome. Acabou de sair. - ofereceu Rydel empurrando o prato de carne em direção a prima.





As próximas horas foram bem agradáveis, comemos e conversamos bastante. Assim como os Lynch, Lori tinha muitas novidades para contar, até mesmo o Brasil foi o ponto alto na conversa em um dos assuntos abordados. Foi bom me lembrar do Brasil, da minha família, dos meus amigos... Me deixou com saudades, mas a noite eu ligaria para lá e então mataria um pouco desse sentimento. Distraída conversando com Ellington, que havia chegado não fazia muito tempo, senti meu celular tremer algumas vezes no bolso do meu short, mas não dei muita atenção, já que a conversa estava legal, e eu poderia ver o que, ou quem, era depois. Mas as notificações não pararam de aparecer, eram bem insistentes e aquilo já estava me incomodando, então peguei meu celular no bolso e olhei para a tela.



Você tem 5 novas mensagens.



Cliquei rapidamente em abrir, pois poderia ser do Brasil, mas o que seria? Para minha surpresa, eu estava completamente errada, o remetente era desconhecido.



– Estranho. - sussurrei para mim mesma.



– O que foi? Algum problema? - questionou Rydel ao meu lado com um olhar curioso, mas um tanto aflito.



– Não, eu acho. Só recebi umas mensagens de alguém que não conheço... - respondi, notando que a todos sentados a mesa, isto é, Rydel, Ratliff, Lori e Rocky – que havia passado para o pai a responsabilidade de cuidar da grelha – estavam prestando atenção na conversa. As mensagens eram realmente bem estranhas.



Desconhecido: Oi, e ai?

Espero que não se importe de eu ter arranjado seu número.

Estava querendo apenas te conhecer.

Você já deve ter me visto, no colégio...



– Ah, deve ser engano. - falou Ell participando da conversa - Isso já aconteceu comigo algumas vezes.



– Eu acho que não, a pessoa falou que devo conhece-lá de vista pelo colégio... - disse relendo as mensagens.



– Responda perguntando quem é, pode ser alguém que você conheça. - sugeriu Lori.



– Ok. - falei digitando "Oi, quem é você?" - pronto!



Passaram-se cinco segundos e meu celular vibrou em cima da mesa.



– Nossa, a pessoa é rápida! - comentou Rydel. Peguei meu celular e cliquei para abrir a nova mensagem. E lá estava.



Desconhecido: Josh.



Comecei a revirar minhas memórias, "Josh, Josh, Josh..." Falei repetidas vezes mentalmente tentando lembrar de alguém com esse nome, alguém da minha turma, talvez, ainda não tinha decorado o nome de todos. Até que, lembrei.



– Josh?!? - sussurrei para mim mesma, pois estava perplexa.



– Então é esse o nome do desconhecido?! Sabe quem é? - perguntou Delly olhando no visor do celular.



– Acho que sim. Se for quem estou pensando, ele esbarrou em mim uma vez, e apenas isso. - falei olhando ao redor, fazendo com que meu olhar encontrasse com o de Rocky, que me encarava, poderia jurar, que seu olhar era tenso, como se algo o incomodasse, mas não deu para saber direito, pois ele desviou rápido.



– Hum, e pelo visto ele quer te conhecer. - concluiu Lori.



Sorri em retorno, mas, mesmo assim, continuava estranho, como ele havia conseguido meu telefone? Decidi me fazer de esquecida, dizendo que não me lembrava de ninguém com esse nome, afinal, se eu falasse que sei quem é, ele saberia que perguntei para alguém – Lucy - sobre ele. Sua resposta conseguiu me fazer dar um pequeno riso.



Desconhecido: Você não deve se lembrar de mim, mas deve se lembrar do esbarrão que eu te dei no primeiro dia de aula. Aliás, foi mal por isso.



Eu: Ah, acho que sei quem é... Eu me lembro do esbarrão, e tudo bem. Uma pergunta: onde conseguiu meu telefone?



Josh: Peguei com a Grace, ela é namorada de um amigo meu, e eu vi vocês conversando outro dia...



Grace? Verdade. Ela era uma das poucas pessoas que tinham meu celular naquele colégio, apenas ela, Lucy, e outras colegas de turma. Honestamente, não achei legal a Grace dar meu número para alguém desconhecido, mesmo que ela o conhecesse, mas tudo bem. "Melhor mandar uma mensagem para ela conferindo", pensei.

Saindo da conversa com Josh, fui procurar as minhas últimas mensagens com Grace, e surpreendentemente, havia uma mensagem não lida dela. Deve ter sido ofuscada pelas 4 do Josh.



Grace: E ai, Nanda? Estou mandando essa mensagem para avisar que passei seu número para o Josh, do terceiro ano. Ele me pediu na sexta, dizendo que queria conversar com você, e como ele é amigo do meu namorado (e bonitinho), achei não haveria problema. Beijos, até segunda!



Eu: Ah, tudo bem! Sem problemas. Beijos!



– Descobriu mais alguma coisa? - perguntou Rydel quando sua conversa com Lori havia dado uma pausa.



– Oi? Ah, sim... Uma colega deu meu número para ele. - falei dando de ombros.



Rydel assentiu em resposta e eu apenas dei um sorrisinho, voltando minha atenção para o celular.



Eu: Ah, entendi. Ok então, rs.



Josh: E ai, como está sendo seu final de semana?



Eu: Está bem legal. E o seu?



Josh: Meio chato, nada demais, rs.



Eu: Saquei, rs.



Respondi sem vontade de puxar mais assunto, pois uma lembrança veio em minha cabeça, depois do esbarrão, Josh e Lucy se encararam por um bom tempo com um olhar de desprezo, e de quando eu perguntei o porquê daquilo, Lucy me falou de ele não tratá-la bem, por ela ser tímida e não falar com todos, apenas por isso. Caras legais não fazem isso... Não mesmo. Melhor não me aproximar muito dele.



Josh: E ai, o que está fazendo?



Eu: Por enquanto, nada... Olha, Josh, preciso ajudar aqui. Depois a gente se fala, até!! x



Josh: Ok, beijos!



Logo após sua resposta, que veio tão rápida quanto as outras, eu me levantei e fui pegar um hambúrguer, pois aquilo tudo me deixou com fome.



Algumas horas se passaram e permanecemos do lado de fora, conversando e comendo, comendo e conversando... Um final de domingo ótimo, certo? Ah, e a companhia... Sem comentários. Só resolvemos, ou melhor, fomos obrigados a entrar quando começou a chover, e nem toda a área do jardim era coberta. Não demorou muito para a Lori teve que ir embora, pois já estava ficando tarde, e ela estava sozinha de carro. A despedida foi calorosa, bem típica de família, você diz um tchau e um assunto surge, diz outro tchau, e mais um assunto surge, e quando vê, já está a 30 minutos dando tchau e nem saiu do lugar... Tenho que confessar, foi triste dizer adeus, pois eu sabia que provavelmente não a veria de novo. Calma, isso não é um presságio. É só o fato de que irei embora em alguns meses e eles ficavam sem se ver por meses. Mas não queria ver dessa forma, foi ótimo conhecê-la, conversamos bastante, demos várias risadas... me senti parte daquela família, como se ela fosse minha prima distante. Me senti bem. Me fez esquecer certos pensamentos, lembranças ruins.



Sentada no sofá de dois lugares com Rydel, assistíamos os meninos jogando videogame, dando boas risadas de suas competitividades, ficando tensas quando um recorde estava prestes a ser quebrado e dizendo que seríamos as próximas. Depois de uma hora de jogo, sinto meu celular tremer, meu primeiro pensamento, pela hora, que deveria ser Gio, chamando para conversar pelo Skype, mas me enganei. A mensagem era de Josh.



Josh: Nanda, está ai? Estou no tédio há horas...



Aquela mensagem me arrancou um sorriso. Coloquei meu celular na cara da Rydel e ela riu.



– Awn. Vai responder? - perguntou Rydel entretida.



– Não sei... Eu quero, mas não sei se devo. - respondi pensativa.



– Como assim?



– Ah, Lucy me contou que ele não é muito legal, como pessoa... - indaguei não sabendo ao certo como explicar.



– Entendi, e como você vai saber se isso é verdade? Você tem que descobrir.



– É um bom argumento, mas vou pensar... Enquanto isso,... - falei sendo interrompida por alguém.



– É a vez de vocês, meninas! - gritou Rocky. E assim, Rydel e eu nos levantamos animadamente. Bonzinho ou não, eu veria isso amanhã, no colégio.



Utilizando tudo o que os Lynch me ensinaram sobre Guitar Hero, consegui até passar de fase. A única coisa que eu não conseguia, era deixar Rydel para trás... É claro, ela toca, enquanto eu apenas sei algumas notas. Porém, estava determinada na próxima fase, e pelo olhar concentrado de Delly, ela também.



– Nanda! Seu celular está tocando! - gritou Ryland.



– Vê quem é, por favor! - gritei de volta, sem olhar para ele. Estava concentrada no jogo.



– Ok, espera – disse ele e depois acrescentou – é a Ju!



– Você pode atender e dizer que já ligo? - perguntei.



– Claro... Hey, Ju! É Ryland. Tudo bem?Mais ou menos? Por quê? Ela está jogando, me fala o que houve... Ahan... Ahan, putz, que droga! E o que planeja fazer? … De jeito nenhum! Espera um pouco. Não desliga. - Ryland tinha ido até os pais, e agora estavam cochichando. Eu já havia perdido no jogo a muito tempo, estava mas interessada em saber o que estava ocorrendo com Ju. Ryland levantou, particularmente, animado – Ju, continua ai? Já arranjei um lugar para você ficar... Aqui, com a gente. Sim, tenho certeza. Sim! Eles tem certeza!– disse Ryland com exaustão – Pegue um táxi e venha logo... Está ficando tarde – com essa última frase, olhares se encontraram na sala. Que fofo. - Ok. Até logo!



– O que aconteceu, Ryland? - perguntei enquanto ele devolvia meu celular.



– O colégio da Ju foi evacuado. Parece que a encanação do prédio cedeu, inundando todos os dormitórios e salas de lá. E quando a perguntei o que ela faria, ela respondeu dizendo que estava em busca de um hotel que entrasse no orçamento dela, pois não havia com quem dividir, as colegas estavam indo para a casa de familiares. Então, depois de falar com o papai e a mamãe, eles deixaram ela ficar aqui por uma semana. Que é o tempo da evacuação.



Quando notei, estava com a mão na boca, pensando em como a Ju deve ter surtado algumas horas atrás... Em lugar diferente, sem lugar para ficar, tudo em LA era caro.



– Nossa... graças a Deus! Muito obrigada, Stormie e Mark, sério.



– Nada!! A Ju é uma ótima menina, não a deixaríamos sozinha sem lugar para ficar. - exclamou Stormie como se tivesse imaginando tudo.



– Exatamente. - concordou Mark.



Ju chegou logo depois de Stormie preparar um lanche para todos, com minha ajuda e a de Rydel. Minha amiga foi bem acolhida, os Lynch sabiam exatamente como fazer alguém se sentir em casa. E tenho certeza que ela já estava sentindo essa sensação. Não demorou muito para que fossemos dormir, todos estavam exaustos, e para completar, eu tinha colégio.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por lerem!!!! LEMBREM-SE: comentem para que o próximo capítulo seja postado! Ah, cliquem aqui embaixo e acompanhem a história. Beijos s2