A Bela E Eu- O Amor Outra Vez escrita por Louizianabeth


Capítulo 3
Fuga Frustrada


Notas iniciais do capítulo

GENTE Mil perdões por ter passado estes milhares de anos sem postar. Sou grata a todos que leram ou acompanharam. Quero dizer que agora voltei e vou postar regularmente. Espero que gostem deste capítulo. Estou meio enferrujada, mas vamos lá! Boa Leitura!



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...”- Bem vinda, Lady Afrodite! Esta é a ilha da Fera!”

Sim, de fato eu conheço muito bem aquela garota, mas não consigo entender o que ela está fazendo ali.

A menina usava um vestido branco no estilo grego, com um sinto dourado e sandálias simples, de amarrar. Seu cabelo cor de chocolate estava belamente trançado, caindo em volta do pescoço e descendo pelos ombros. Seu rosto era pálido como leite, mas seus olhos escuros e amendoados revelavam uma expressão de compaixão ao me fitar. Ela estava com um visual um tanto démodé, mas ainda adorável. Contudo, eu ainda estava furiosa, então a fitei firmemente e perguntei:

– Calipso, o que está acontecendo?! Que história é essa de “Ilha da Fera”? O que você está fazendo aqui? ALIÁS, O QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI?!- Gritei furiosa, erguendo as mãos para o alto, em sinal de frustração.

Ela demorou um tempo para responder. Apenas ficou me fitando com uma cara que dizia: “Coitada, mal sabe o que te espera...” E depois de um tempo, que pra mim pareceu anos, ela enfim falou:

– Acalme-se Milady, vou lhe explicar o que puder, no tempo certo. Agora, por favor, entre e sente-se. Pedirei para Jeff lhe preparar uma boa xícara de chá. – Disse ela, solícita.

Enquanto eu entrava no suntuoso palacete, não pude deixar de notar o quanto o lugar era bonito. Era simples, mas ao mesmo tempo romântico e delicado. Com janelas amplas, mobília antiquada e enormes escadarias, poderia se pensar facilmente que ali era a morada de uma princesa. Não notei nada moderno ou tecnológico, o que achei muito estranho. Como poderia me comunicar com alguém se não tinha nem poderes ou tecnologia?

Calipso seguia a minha frente, alheia a tudo aquilo. Ela cantarolava e se movia como se dançasse. Com certeza ela parecia apaixonada, mas no momento, estava assustada demais para me interessar por isso.

Sentamo-nos defronte a uma mesinha delicada, com um elaborado conjunto de chá. Depois de me servir e observar a lentidão terrível com que Calipso também se servia, eu rompi o silêncio falando:

–Então? Dá pra ser ou ta difícil? Você tem de me explicar o que está acontecendo! Não tenho o dia todo e preciso voltar urgente para o Olimpo! Tenho mil coisas pra fazer! Ande logo, responda-me!- Ordenei.

– Bem, por onde devo começar?- Resmungou Calipso, pensativa.

– Do começo oras- Rosnei.

– Está bem, está bem. – Falou a menina, tentando me acalmar.

– Como a senhora deve saber, esta é minha ilha, Ogígia. Mas durante algum tempo, poderemos dizer que esta será... Uma ilha particular para você e para o “Mestre” –

– Mestre? Que mestre? Sou uma deusa, não tenho mestre nenhum!- Respondi mais irritada que nunca.

– Senhora acalme-se. Vou explicar tudo, mas gostaria que guardasse as perguntas (e revoltas) para o final. –

– Enfim, este Mestre fez um contrato comigo e eu permiti que ele e a senhora permanecessem aqui, até que os planos feitos por ele se cumpram. Portanto, esta agora será sua casa e a senhora só poderá sair se o mestre autorizar.

Não estou permitida a revelar a identidade do mestre, mas cuidarei de tudo para que a senhora se sinta a vontade e que todas as suas necessidades sejam satisfeitas. Ele virá vê-la todas as noites, sem falta, na hora do jantar. E irá embora todas as manhãs, ao nascer do sol.

Seu quarto e tudo de que a senhora poderá precisar fica no segundo andar, no fim do corredor. Mais tarde, Jeff irá buscá-la para um Tour pela casa. Alguma pergunta? –

– Se eu tenho alguma pergunta? TENHO MILHARES! Como assim? Eu estou Presa aqui? E dependo de uma pessoa da qual nunca ouvi falar para sair? Como podem fazer uma coisa dessas?! E que raio de contrato é esse?! Sou uma deusa, por Zeus, ninguém pode me prender! E o meu trabalho no Olimpo? Como todos vão ficar sem mim? Logo agora, que falta tão pouco pro Dia dos Namorados! O que vou fazer? – Perguntei revoltada.

Comecei a chorar desesperada. Não acredito que isto esteja acontecendo comigo! O que eu fiz pra merecer isso? E Ares? Como ficará meu querido Ares? Não! Tenho que sair daqui! E farei isso AGORA!

Enquanto eu chorava, notei que Calipso havia saído discretamente, para me dar um tempinho a sós. Ou talvez tenha ficado com pena demais, não sei. Só sei que, já que ela não está aqui, eu vou dar o fora!

Saí correndo como uma louca pela sala de estar. Nem reparei nos móveis, saí atropelando tudo e todos, inclusive uma Calipso aturdida que voltava com um copo cheio d´água na mão. Ela gritou meu nome quando me viu passar, mas eu não estava nem ligando. Ia sair dali custe o que custar!

Saí a toda do palácio e já estava alcançando a praia. Nem me importava com os espinhos e plantas que me cortavam. O importante era sair daquela loucura.

Quando cheguei á beira do mar, já estava pronta pra sair nadando. Porém, um rosnado me deteve. “Os lobos”. Pensei.

Então, quando me virei para enfrentar os lobos (ou morrer tentando, mesmo sendo imortal) notei que eles eram... Cachorros? Agora estava mais confusa ainda.

E ali estava eu, suja, desgrenhada, revoltada, com um pé já dentro do mar, olhando para três cachorros enormes que rosnavam pra mim, sendo segurados por um homem de terno, com uma aparência séria, com Calipso vindo atrás dele, ofegante.

– Milady – Disse Calipso, tentando respirar- Este é Jeff, nosso... Mordomo. Ele foi buscá-la na praia quando a senhora chegou. E estes são Wolf, Storm e Ghost, nossos Pastores Alemães. Eles não se separam de Jeff. E eles não vão deixá-la sair daqui. Se a senhora der mais um paço, os animais avançarão e será um pouco doloroso. Então, saia da água com calma. – Disse ela, apontando para os cachorros que me encaravam como se eu fosse algo delicioso.

– E também – Continuou a menina – A senhora sabe bem dos encantos de Ogígia, então não adianta fugir. Agora venha comigo. Temos que arrumá-la e cuidar desses cortes. Está quase na hora de seu jantar com o Mestre. – Dizendo isso, ela se virou e saiu na direção do palácio. Porém, eu notei seus olhos... Ela estava triste por me ver daquele jeito. Suspirei, lamentando muito mais que ela.

Enquanto voltávamos para o meu Palácio-Prisão, pude observar que esse tal mordomo andava de uma forma muito esquisita. E os cachorros também. Eles pareciam... Travados. Como se fossem robôs.

Seriam eles algum dos autômatos de Hefesto? Não... Não poderia ser. Por mais que eu o maltratasse, acho que ele jamais concordaria com alguém que me quisesse fazer de prisioneira. Deve ser a exaustão que está me fazendo pensar essas coisas, só isso.

Ao chegarmos no Palácio, Calipso pediu que eu fosse para o quarto, afim de descansar e me preparar para o jantar. Subi as escadas, triste e frustrada... Não queria saber de mestre, jantar ou o que fosse. Só queria dormir pra acordar logo desse pesadelo. Mas para mim, aquele dia terrível estava longe de terminar...


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Notas finais do capítulo

Aí está! E então? Ficaram com pena de Afrodite? hihi. Logo tudo vai se resolver. Perdoem se ficou meio longo. Agora vamos a algumas observações:
—Esta história é atemporal. Ou seja, é independente dos fatos que ocorrem nos livros. Vocês podem escolher se será antes ou depois de Gaia.
—Alguns semideuses serão citados só para dar um toque a mais na história.
—Este contrato de Calipso e seus detalhes serão revelados ao longo da trama.
Obrigada por lerem pessoal! Até mais!



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