Herdeiras Do Trono escrita por Sabrina


Capítulo 2
O que isso quer dizer?


Notas iniciais do capítulo

Olá! Relou!
Tudo bom? Enfim, fiquei feliz com todos que me falaram o que acharam da fic ( sério, to me sentindo u.u) kk'
E digo obrigada de verdade ♥ boa leitura!!!



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No intervalo, Emma pensou que iria se sentar sozinha. Tudo bem que por alguma sorte maluca, Liz e ela tiveram todas as aulas juntas, mas Emma sabendo como ela era sabia que a essa altura Liz deveria odiá-la. Então ela pensou que Liz fosse se sentar com os populares. Ela pegou seu café – um pão integral, um copo de suco de manga, uma maçã, e uma gelatina de uva. – e procurou uma mesa. Havia uma, perto de uma janela grande. Por alguma razão, Emma não queria se sentar ali, desde a aula de Física, que viu uma sombra pela janela, ela tentava evitar janelas. Mas todas as outras mesas estavam ocupadas...

Ela foi em direção à mesa e se sentou. Começou comer o seu lanche, quando percebeu que Liz havia se sentado na sua frente.
-    Você vai amar os lanches daqui da escola – comentou Liz, animada. – Todos são uma delícia.
Emma sorriu.
-    Acho que sim. Liz... me desculpa mas, você não vai se sentar com a sua turma?
-    Que turma?
-    Quero dizer... Olha pra você, toda arrumada, suas roupas bonitas, você é bonita, pensei que você era uma...
-    Patricinha?
Emma ficou sem graça.
-    É... pensei.
Liz riu.
-    Tudo bem. É, eu até sou uma patricinha, mas as meninas daqui mesmo não me aceitam. Porque eu não sou igual a elas. Digamos que eu sou legal.
-    Mas você é. – Emma sorriu. – Mas então, fale um pouco sobre você.
Liz respirou fundo.
-    Bom, eu moro com o meu pai e minha madrasta, minha mãe eu nunca conheci. Quando era mais nova, nunca parava em uma escola e também não tinha tantos amigos, porque sempre estava me mudando, por causa do emprego do meu pai. Ano passado ele comprou uma casa aqui na cidade, e então eu vim estudar aqui. – ela sorriu. – Fim.
-    Sinto muito por você nunca ter conhecido sua mãe.
-    Obrigada, mas tudo bem. Eu já aprendi a viver com isso... mas e você? Fale sobre você.
Emma deu um gole em seu suco, e começou:
-    Sou uma menina que gosta mais de livros do que de pessoas. Não tenho facilidade para fazer amigos, sou sempre a segunda opção da minha família, e não que eu odeie meu irmão... eu apenas não gosto dele – Liz riu. –Como te disse mais cedo, vim estudar aqui por causa de Cody. Tentei falar com os meus pais, que eu não queria estudar aqui e ficar na minha antiga escola, mas eles como sempre, não me ouviram – Emma sorriu. – Mas pelo menos tive a sorte de te conhecer.
-    E eu tive a sorte de te conhecer – disse Liz. – Mas garanto que com o tempo você vai se acostumar com essas mudanças. Acredite, sou a pessoa certa para te falar isso.

E assim elas terminaram o lanche delas. Antes de o sinal tocar, Emma viu Cody sentado em uma mesa. Parecia que toda a atenção estava voltada para ele, e ele, sorria para todo mundo. Como ele conseguia? Ela se perguntava. Como que tudo para Cody, era mais fácil, mais legal, e na opinião dos pais dela era prioridade? Ela queria entender.
-    Não ligue para ele – disse Liz, que deveria ter percebido para onde Emma olhava. – As pessoas podem não ver, mas você tem mais qualidades que ele.
Emma olhou Liz, surpresa.
-    Como... pode dizer isso? Também tenho defeitos.
-    Não tanto como Cody tem. – Liz respondeu, séria.
-    Liz, com o tempo você vai ver que Cody faz tudo melhor que eu. E mesmo quando faço algo legal, as pessoas não reparam ou é ele que recebe os créditos.
-    Mas tudo pode mudar.
-    Liz,  essa conversa está estranha.
Liz que estivera olhando Cody, fixamente, olhou para Emma e como se tivesse se lembrado de que Emma não estava entendendo nada, Liz sorriu.
-    Ignore esses meus momentos malucos. – nesse momento o sinal tocou. – Vamos para aula?

O resto das aulas foi normal. Só a aula de inglês que Emma teve que nesse mesmo horário, Liz tinha aula de História. Durante essa aula, Emma escutou em um momento algumas meninas atrás dela falando sobre Cody. O quanto ele era bonito, o quanto ele era legal, e o quanto elas estavam apaixonadas por ele. Emma queria vomitar.

Quando as aulas acabaram, Emma procurou Liz para se despedir, mas não achou a garota. Pelo contrário, Emma encontrou Cody. Ele estava na mesma calçada onde o pai deles havia deixado os dois.
-    E ai maninha? – gritou ele. Em volta dele, estavam uns quatro caras. Emma não conhecia nenhum deles.
Ela foi até o irmão.
-    Tudo bem. – ela respondeu.
-    Cadê a maluca da sua nova amiga?
-    Você quer dizer a Liz?
-    É tanto faz.
-    Como você conhece a... – Emma ia perguntar como Cody conhecia Liz, mas ela se lembrou que a própria Liz havia dito mais cedo de como tinha conhecido Cody. E pelo o que Emma entendeu, os dois se odiavam. -  Esquece, ela me falou. Bom, era o que eu queria saber. Ela sumiu.
-    Emma posso te dar um conselho de irmão?
-    Fala.
-    Se afaste dela. Ela não é boa companhia pra você.
-    Olha quem fala. – Emma murmurou.
-    O que disse? – Cody perguntou, rindo. – Repete, por favor.
-    Olha quem fala – Emma disse mais alto. – Me poupe desses seus conselhos de irmão. Sua opinião não me interessa!

Emma não era de brigar com Cody, na verdade, ela quase sempre tolerava o que ele fazia e falava. Quase.
-    Uau – Cody e seus amigos riram, ou melhor, gargalhavam. – Está com ravinha é? Pois bem, se você quiser andar com aquela maluca o problema é seu.

Nesse momento, o carro do pai dos dois, parou na frente deles. O pai deles, Oliver Turner, sorria para os filhos. Emma foi a primeira entrar no carro, e depois de se despedir dos amigos, Cody também entrou.
-    E ai filhão? Como foi o primeiro dia na escola nova?
-    Foi massa pai. Eu realmente amei esse colégio.
-    Que bom Cody. Sua mãe tinha ficado preocupada com você, ela pensou que você não iria se dar bem.
Emma fez uma careta. Ainda bem que Cody nem seu pai viram. Como assim a mãe dela tinha ficado preocupada com Cody? E Emma? Era Emma que estava a semanas falando para a mãe que estava com medo de ir pro colégio Wild, e, além disso, a mãe dela sempre soubera como era o jeito de Emma. Como ela poderia se preocupar apenas com Cody?
-    Não tem motivo pra mãe ficar assim – disse Cody. – Ela sabe que eu tenho facilidade para me enturmar.
-    Foi o que eu disse – respondeu Oliver. – Mas eu tenho certeza que você vai se dar bem filhão. No final do ano nós vamos nos orgulhar de você.
-    Vocês vão pai, eu garanto.

Eles ficaram em silêncio uns dez minutos. Emma ainda estava nervosa por Cody e seus amigos terem dado risada dela e agora ainda mais por causa de sua mãe e , ela começara a ficar com raiva até de Liz, por ter sumido.
-    E você Emma? – perguntou seu pai, como se só naquele momento percebesse que Emma estava naquele carro. – Como foi pra você?
-    Foi bom pai. – Emma respondeu.
-    Pai – Cody falou. – Emma está andando com uma menina problemática da escola.
-    O que? – perguntou Oliver. – Como assim problemática?
-    Ela não é problemática, pai – disse Emma, irritada. – Cody que teve uma pequena briguinha com ela. O nome dela é Elizabeth Baker, mas todos chamam ela de Liz. Ela é muito legal pai, e Cody está inventando isso porque não gostou da menina, porque ela não é igual às outras meninas que ele sai e...
-    Emma – disse Cody, e agora ele parecia irritado. – O que você quer dizer com isso?
-    Eu quero dizer que...
-    Vocês dois! Fiquem quietos! – mandou Oliver.  Os dois ficaram em silêncio. – Emma... qual o nome dessa menina mesmo?
-    Elizabeth Baker. Por quê?
-    P-por nada. – gaguejou Oliver. Emma percebeu que o pai começara a suar.
-    Pai, você conhece Liz?
-    Claro que não Emma, agora fique em silêncio, por favor – ele se virou para Cody. – E você também.
-    Mas o que...
-    Silêncio!

E assim Emma e Cody ficaram, até chegarem em casa. Cody foi o primeiro a sair do carro e bateu a porta com força. Quando Emma também saiu do carro, seu pai lhe disse:
-    Não ligue quando Cody falar da sua amiga Liz. Não tente irritar ele.
-    Mas é ele que começa e eu tenho que aguentar? Desculpa pai, mas eu já estou cansada de ter que aguentar Cody e ficar calada.
-    Emma...
-    Eu sei que ele é seu filho preferido, seu e da minha mãe. Mas eu cansei. – e ela entrou para dentro de casa.

Ela subiu as escadas correndo, sua mãe deve ter falado algo para ela, mas Emma nem ligou. Ela entrou em seu quarto e trancou a porta, jogou a bolsa em cima da cama e se sentou ao lado dela. O primeiro dia na escola foi horrível, tudo bem que ela conheceu Liz, mas a garota sumiu na saída e ainda Cody e seus amigos gargalharam da cara dela. Emma respirou fundo, igual havia feito de manhã tentando se acalmar.


No jantar, ninguém tocou no assuntou “colégio” , o que deixou Emma um pouco melhor. Ela e Cody ficaram quietos durante a refeição, somente Oliver e a Sra. Turner – Katherine. – conversaram. Oliver e o irmão eram donos de uma empresa de Aparelhos Tecnológicos, enquanto Katherine era dona de uma floricultura. Os dois amavam seus empregos porém, como quase sempre, reclamavam de algo.

Assim que terminou sua refeição, Cody subiu para seu quarto e em seguida Emma fez o mesmo. Quando estava subindo as escadas sua mãe disse:
-    Emma, como você está? Mal falou comigo hoje, ficou trancada no seu quarto.
-    Estou bem sim mãe... só um pouco cansada. Boa noite – e ela subiu.


Já em seu quarto, Emma começou a reler um velho livro, do qual ela gostava muito. Escutou alguém batendo em sua porta. Emma odiava alguém que a atrapalhava quando ela estava lendo.
-    Quem é? – ela disse.

Ninguém respondeu, mas bateu na porta novamente. Emma fechou o seu livro e abriu a porta. Era Cody.
-    O que você quer?
-    Acho que a mãe e o pai estão brigando.
-    E?
-    E que são nossos pais. Acho que estão brigando!
-    Onde eles estão?
-    Na sala.
-    E o que você quer que eu faça?
-    Vamos descer e ter certeza. Quero saber o porquê também.
Emma realmente escutava as vozes de seus pais vindo da sala. Pareciam que estavam discutindo.
-    Vá você sozinho.
-    Não né, se eles me pegaram vou ficar de castigo sozinho. – Cody sorriu.
-    Idiota. – Emma ia fechar a porta, mas Cody a segurou.
-    Vai Emma, por favor. Aposto que você ficou curiosa!
Ela abriu a porta e encarou o irmão.
-    Odeio você – ela disse, saindo do quarto.
-    Eu também maninha. – Cody disse atrás dela.
Eles foram até a escada. Emma foi descendo bem devagar os degraus e Cody atrás dela. E então eles escutaram melhor o que os pais estavam falando:
-    Oliver – disse Katherine. – Se ele chegou ao ponto de vir aqui pessoalmente, é porque a coisa está séria e chegou o momento dela ir!
-    Katherine, eu não aceito isso! Eles nos falaram que Emma nunca mais iria precisar voltar para esse lugar e agora aparecem do nada e querem tirar ela da gente! Não, não, não... Não podemos entregar ela assim, sem mais nem menos!
-    Isso não é coisa pra gente brincar Oliver – insistiu Katherine. – Temos que fazer o que estão pedindo! Faz parte do passado de Emma, e claro, já chegou a hora dela saber de tudo.
-    Por mim ela nunca iria saber...
-    Mas ela tem! – Katherine se sentou no sofá. – Odeio o fato de ela fazer parte disso... uma garota tão brilhante, bonita, esperta, ter um passado triste e enfrentar coisas horríveis.
-    Se eu pudesse fazer alguma coisa...
-    Mas não podemos Oliver. O que podemos fazer agora é esperar por amanhã, quando eles quiserem aparecer e leva-la...  
-    Não quero pensar nisso Katherine.
-    Muito menos eu! – ela se levantou. – Vamos dormir!

Emma e Cody tentam rapidamente subirem os degraus, mas sem fazer barulho. Emma vai até a porta do quarto dela e se vira para Cody.
-    O que você...
-    Amanhã! – ele diz. – Agora eles vão nos ver! Amanhã falamos sobre isso. – e assim ele entra no quarto dele, que é praticamente na frente do de Emma.

Ela também fecha a porta. Mas ela não estava mais com sono, só queria saber o que foi aquela conversa. Quem queria leva-la? E para onde? Por que os pais nunca a contaram nada disso? Emma se deitou em sua cama e ficou olhando para o teto. Depois de um tempo, sua cabeça começou a doer, e então ela se virou e como se estivesse muito cansada – o que não estava há minutos antes. –  e caiu no sono.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? o.O



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