"Mas ele vai me entender, eu tenho que salvar o meu amor. Eu tenho que salvar o meu Fred"

Depois de todo mundo sai do meu quarto eu realmente pude pegar e testar o feitiço, Harry tinha ficado super preocupado comigo, mas eu sentia que no fundo ele me apoiava por ver o sofrimento de todos. O feitiço não era tão simples, eu tinha que ter a mente focada em um momento, não poderia pensar mais em nada, além disse eu deveria rever uma cena que tinha acontecido e pensar antes ou depois dela, e falar as palavras: pisosto chrono.

Me concentrei no momento em que abracei o Fred e quando olhei pra trás e vi ele sozinho. Falei comigo mesma apontando a varinha para o nada, pisosto chrono. Quando abri os olhos estava aonde tinha abraçado ele, e ele olhou pra trás e sorriu, eu sai correndo e grudei em seu pescoço.

– Então deu certo? Eu estava certo que aconteceria algo?

– Sim... Fred... Não vá lá! Por favor...

– Relaxa meu amor, mas não vá junto, poderá ser pior. - Nos soltamos e eu o beijei, chorando descontroladamente, olhei em seus olhos e ele começou a enxugar minhas lágrimas.

– Fred... Disseram que se eu alterar o passado... Eu... posso sumir!

– Sim, mas não se preocupe, se você sumir, eu usarei esse feitiço e voltarei aqui pra te buscar.

– Mas... Isso se tornaria um ciclo vicioso! Não se pode mexer no tempo muitas vezes.

– Sim, e é esse o objetivo. Ou é melhor nós dois morrermos juntos, mas já pensou a dor dos nossos familiares?

– Tem que ter algum jeito, além de morrer os dois. Tem que ter!

– Faça o seguinte, volte para o presente, e procure naquele livro, vê se encontra alguma coisa. Dependendo nós poderemos ser felizes, vivos. - ele começou a rir.

– Fred, e-eu... eu te amo mais que tudo, não posso ficar sem você!

– E não vai meu amor. Confia em mim.

Nessa hora George apareceu, e ficou olhando por que quando tivera visto eu tinha ido embora.

– Ele sabe. Vai lá, estarei te esperando meu anjo. E não irei mudar o passado, se alguma coisa acontecer, nós... Bom, você sabe. Eu te amo.

Eu sai correndo e voltei, falei as palavras de novo e fui para dentro do quarto. Sai correndo para contar ao George.

– Realmente, deve ter algum jeito, mas só a uma maneira de achar, pelo menos é o que eu acho... Aliás, mudando um pouco de assunto - ele disse em um tom mais sério e mais elegante - me diga você como sua opinião feminina, eu estava bonito na guerra como estou agora?

– GEORGE, NÃO É HORA PRA BRINCADEIRAS!

Ele fez um sinal para eu falar mais baixo e olhei em volta. Não tinha ninguém ali além da gente.

– Desculpa, mas Fred não iria querer todos chorando desse jeito. - ele engoliu a seco, sei que queria chorar, mas fazer brincadeiras era bem melhor.

Abracei ele e ele ficamos ali por um tempo.

– Consigo entender por que meu irmão gostava tanto de você, além de ser sabe-tudo e bonita, ainda tem um bom coração. Mas antes de tomar alguma decisão Mione, não pense só em você, pense nos outros. Pense nele! E se todas as vezes que sentir falta dele voltar para aquele momento e matar a saudade?

– Não será a mesma coisa, eu quero ele comigo, como você está aqui, agora. Quero ele do meu lado me dizendo que vai ficar tudo bem, ele me irritando, me fazendo ir a loucura, quase subir as paredes mas me acalmando com o seu jeito fofo e idiota de ser.

– Só tem um jeito pra trazer ele de volta, Minerva ainda tem alguns livros de Dumbledore, lá deve ter algum feitiço

– Então devemos ir atrás dela, arrume suas coisas George, precisarei de você, do Rony e do Harry. Vou falar com eles, depois eu volto aqui.

Sai correndo pela Toca, precisava achar Harry e Rony, eram minhas esperanças. Encontrei eles dentro do meu quarto e o da Gina, assim como todo mundo estava lá em volta da cama da Gina, pasmos, tentando fazer algo mas todos sem reação, cheguei perto e vi Gina desacordada. E isso sim, me desesperou.

Harry olhava assustado, como se o que tivesse falado pra mim tivesse voltado contra ele. Mas eu percebi que ainda respirava, assim como o Gui. George entrou no quarto, e viu aquilo e ficou desesperado, pedi licença e me aproximei dela.

– Está apenas desacordada, ela desmaiou. Está pasma, deve ter entrado em desespero sem ninguém aqui. Deve ter sonhado algo ou visto algo. E ela está com febre, pegue um pano com água fria e coloque em cima da cabeça dela, alguém por favor.

Molly não conseguia se mexer. Assim como o Sr Weasley, George e o Harry.

– PRESTEM ATENÇÃO, QUEREM SALVAR ELA OU NÃO? ALGUÉM PEGA UM PANO COM ÁGUA FRIA RÁPIDO!

Aquilo acordou e Molly saiu correndo. Enquanto eu ainda tentava sentir a pulsação de Gina, sua respiração estava bem fraca. Será, que voltar no passado... Teria mudado algo? Será que a consequência de voltar seria esta? Fazer alguém ficar mal aqui no presente... Ou alguém morrer no passado. Era isso! Estava escrito no livro e eu não dei atenção. Sensação de culpa tomou conta de mim quando Molly chegou ao meu lado.

– Toma querida, faça o que tiver que fazer.

Peguei e coloquei em sua cabeça, depois de 2 minutos ela acordou, a febre tinha passado.

– m-m-mi-mione... f-fre-fred...e-ele... - Gina foi falando pausadamente enquanto abria os olhos.

– Calma amor, está tudo bem. Eu to aqui viu? Não precisa se preocupar. - Falei dando um beijo em sua mão e com os olhos cheios de lágrimas - Não faça muito esforço, precisa descançar, quando estiver melhor, eu vou ter viajado, mas prometo que eu voltarei, ok?

Olhei em minha volta, todos olharam assustados.

– Preciso de Harry, Rony e o George. Irei viajar atrás da professora Minerva, preciso de um livro e só ela pode me ajudar. É para o bem de todos. Eu sei que irão entender, ou nem irão se lembrar. - Olhei para George, ele sorriu para mim e abaixou a cabeça

Molly olhou para mim, e me abraçou chorando.

– Faça o que tem que fazer querida, mas se cuide e cuide das minhas preciosidades. Você e o Harry são como filhos para mim, minha confiança está toda em você.