“Depois que Cartman introduziu seus lábios nos meus, ele ficou com uma cara desesperadamente constrangida e vermelha pelo fato de ter roubado um beijo daquele que tanto odiava. Logo, correu em direção ao carro que tínhamos alugado para passear em Las Vegas que estava um pouco distante do local que havia acontecido o beijo”.

“Tentei para-lo com alguns gritos de negação, de nada adiantou. Tentei alcança-lo, mas era impossível, pois o ex gordo já não era tão lento quanto antes e já estava perto do veiculo.”

“Ele pegou as chaves que infelizmente estava com o tal após estrarmos no bar, ligou o carro e partiu completamente bêbado e sem nenhuma noção do que estava fazendo”.

“Entrei desesperado no bar procurando por Stan e Kenny, mas os dois estavam ocupados demais com duas stripers e é claro, como era a grande noite de Stan, não queria deixa-lo tão preocupado com a situação e decidi agir por conta própria. Aliás, os dois pareciam tão bêbados quanto Cartman que podiam fazer loucuras ainda mais perigosas e logo em Las Vegas”.

“Sentei em uma das cadeiras do bar e ali fiquei pensando no que fazer por alguns minutos, até que Rebecca apareceu com um sorriso torto no rosto e com uma aparência de que estava preocupada com algo ou com alguém”.

– Ei, Kyle – “Ela pôs a mão no meu ombro esquerdo com um leve sorriso no rosto e uma voz tranquilamente calma e relaxante” – O que houve? Você saiu correndo em direção aquele seu belo amigo e me deixou no vácuo! – “Sua voz tinha se transformado no tranquilo para o raivoso, o que me deixou com pena e com medo ao mesmo tempo, pois o que eu mais aprendi com minha mãe e as vezes com as crises que Wendy tinha com Stan, foi que garotas são extremamente horripilantes quando estão de mau humor”.

– Me desculpe, Rebecca. É que eu... “Suspirei um pouco de leve e olhei diretamente nos olhos castanhos brilhantes daquela que havia amado” – Eu preciso ajudar meu belo amigo Cartman!

“Fiquei completamente vermelho com aquilo que havia dito se referindo ao Cartman como belo e logo na frente de alguém!”

– Ele saiu bêbado de carro? – Ela deu um leve sorriso que me deixou curioso em relação à “garota dos meus sonhos”. “Será que ela desejava algo de ruim para o meu amado Cartman?”, pensei.

– Sim, por isso estou nervoso! – Uma gota de suor escorreu pela minha testa – Do jeito que conheço Cartman, é capaz dele fazer alguma merda nessas circunstâncias.

– Entendo

“Ela tirou a mão do meu ombro e saiu em direção a uma espécie de porta vermelha de madeira com aspecto velho, pois logo quando Rebecca abriu-a, ela rangeu como aquelas portas velhas de porão dos filmes de terror”.

“Fiquei algum tempo ali sentado olhando para o show de sensual das stripers tentando me acalmar sabendo que Cartman corria perigo”.

“Depois de algum tempo, decidi ir a pé pelo menos até o hotel, mesmo sendo tão longe. Faria tudo para encontrar e saber como Eric Cartman estava”.

“Quando ia me levantando decidido para ir embora do local e dizer a Stan e Kenny que iria da um passeio pelos arredores, Rebecca apareceu com uma blusa menos vulgar, vestindo branco com uma saia preta extremamente curta e chamativa, junto com um salto da mesma cor de tal vestimenta. Ela pegou uma espécie de chave de sua bolça com o mesmo tom de jeans com algo escrito como: “JESUS ♥” no chaveiro, virou-se para mim e deu um sorriso grande”.

– Vamos atrás do seu amigo?

“Eu podia jurar que ela havia piscado para mim e isso me deixou estranhamente feliz, mas não tanto quanto quando Cartman me chamava de Kahl”.

– Como você pretende ir atrás dele? – “Tentei decifrar o máximo possível de como ela pretendia buscar meu amado numa hora dessas e sem transporte”.

– Você realmente acha que eu não tenho um carro, não é? – “Ela deu um riso como se aquilo sempre acontecesse com ela”

– Bem, eu... – “Fiquei completamente constrangido com aquela situação” – Desculpe, mas eu pensei que seu salário não fosse um dos melhores, então...

“Ela agarrou uma das minhas mãos e segurou firme na direção da saída pronunciando um “tudo bem” ou algo do tipo. Estava completamente fora de si e via o mundo girar lentamente e uma sensação horrível em meu coração “Será que estou voltando a gostar daquele que tirou meu primeiro beijo e depois tornou-se uma completa vadia?”, pensei”.

“Chegamos no carro e ele um dos piores carros que já tinha visto em toda a minha vida, sim, ele era um fusca completamente acabado de uma cor verde desbotado e uma de suas janelas estava quebrada”.

– Como você mesmo deduziu... – “Ela falou entrando no que parecia ser um carro e fazendo um gesto para que eu saísse da calçada ainda parado olhando para o pobre carro” – O meu salário não é muito bom, mas deu para comprar isto.

“Ela novamente deu um sorriso, ligou o carro depois de algumas tentativas e seguiu para sua casa depois de me perguntar se eu não me importava de buscar algo que não entendi direito”.

“Paramos em um apartamento de aparência verde com detalhes brancos no meio e que parecia tanto quanto o carro, velho”.

“Depois de subirmos alguns lances de escada, devido ao fato de que o apartamento de fato era muito velho e não tinha elevador. Ela parou em frente a uma porta novamente de madeira, mas dessa vez era branca. Ela abriu-a cuidadosamente, ligou a luz e vi pela primeira vez o apartamento pequeno e mais bagunçado que já havia visto”.

“Havia pratos de comida exageradamente sujos na cozinha, que ficava perto da sala que era absurdamente perto do banheiro e logo do quarto. O quarto tinha apenas uma cama de casal velha e uma TV dos anos 90, com um retrato um pouco empoeirado com uma foto dela quando criança sorrindo. Aquilo me deixou mal. Era como se estivesse voltado para a época onde tudo era mais fácil”.

“Ela me mandou esperar enquanto me sentava em sua cama e observando com calma aquele belo retrato, mas ao mesmo tempo fiquei furioso com ele. Queria quebra-lo ali mesmo. Minha cabeça mergulhava-se em pequenas e dolorosas lembranças o que me fazia querer ainda mais salvar Cartman, mas não podia, pois estava de carona e não havia como pegar um táxi com o dinheiro que tinha depois de ter gastado com bebidas para o amigo”.

“Quando me virei para a porta do quarto, buscando-se se Rebecca tinha pegado aquilo que tanto queria, a garota estava ali vestindo apenas uma chamativa camisola vermelha escarlate que mostrava aparentemente tudo e segurava um copo de água, ou pelos menos era o que parecia, pois só conseguia lembrar disso depois que acordei naquela cama dura daquela manhã”.