Depois da festa, Carly foi para o quarto da Lola, dormir lá, disse que tinham coisas a fazerem juntas, James foi para seu quarto também, no dia seguinte, todos teríamos aula. Voltei para meu quarto, e nem escovei os dentes, apenas cai na cama e dormir. Dormir, dormir e dormir...Acordei, nem sabia que horas eram, peguei o relógio, e fiquei o encarando, até consegui enxergar, e quando vi..era 10:00 horas!!! 10:00 horas significa MUITO atrasado, peguei as primeiras roupas que vieram as minhas mãos, bermuda e uma camiseta verde, peguei o primeiro tênis, nem deu tempo de ver, me vesti, e fui até o banheiro, fiz a minha higiene da manhã, e peguei minha mochila, abri a porta com toda cautela, e desci as 04 escadas, e com cuidado, olhei para o corredor, e quem eu vi lá? A diretora, ela estava sem sorriso, ela sem sorriso era uma mulher bonita, mas era meio estranho vê-la sem sorriso, o vestiário, estava mais próximo, rapidamente atravessei o vestiário com cuidado, e entrei, fui para a primeira cabine que vi, e vi que a diretora havia entrado, por que ela entraria no banheiro masculino? Ah, deve ter me visto, fingi que estava vomitando, ela bateu na cabine, e disse "Quem está ai? Você está bem?", respondi com um "Sou eu..Charlie, e não, não estou bem", com uma voz de doente, ela disse para eu abrir a porta que me levaria até a enfermaria, saímos do banheiro, atravessamos o corredor, viramos a primeira esquerda e lá tinha a sala da diretora e a enfermaria, a diretora bateu na porta, uma voz masculina de trás da porta disse "entre", a diretora abriu a porta e me deu um leve empurrãozinho para dentro, depois ela entrou, explicou o que houve comigo, e se foi, me deixando com o enfermeiro (ou médico sei lá), disse para eu me sentar.

– Bem rapaz o que você tem? - Mexeu em uns trequinhos lá de médico que eu não sabia o que era, e voltou sua atenção para mim.

– Ah, eu tenho vomitado, dor de cabeça, no momento já passou, ah, e dor de garganta também. - Foi incrível, eu nunca conseguia fingir, mas dessa vez, eu fiz direitinho, até minha voz foi meio "ahn ahn", do tipo enjoado.

– Irei chamar a médica, vou fechar a porta, ok? -E se foi, sem ao menos me escutar.

Até parece que eu ia ficar aqui, fui até a porta, e girei a maçaneta, estava trancado, por que o médico iria fazer isso? Não sei, mas não vou ficar aqui, olhei ao meu redor, e vi uma caixinha de clips, andei em direção da mesma, e peguei um, não sabia arrombar uma porta, mas já vi em filmes, talvez eu consiga, procurei algo a mais ao meu redor, e não encontrei nada, vi um coelho preso em uma gaiola, como se isso fosse importante, voltei minha atenção para a porta, tentei, tentei e tentei e não consegui, mas continuei tentando, escutei um barulho de gaiola abrindo, e quando olhei para trás, vi que o coelho havia fugido, isso não era problema meu, o meu problema é ficar aqui trancando, fiz força na porta, mas ela não abria, eu definitivamente não sabia arrombar uma porta, vi uma sombra de uma garota, com orelhas de coelho, e quando olhei para trás, não tinha ninguém, apenas o coelho, é só fingir que está doente que você realmente fica doente, ninguém merece, por que esse médico demora tanto? Girei a maçaneta com tanto força, que eu me perguntei de onde eu havia tirado aquela força, vi a mesma sombra novamente, e quando olhei para trás...Eu realmente vi uma garota com orelhas de coelho! O susto foi tão grande, que eu tentei fugir (tentativa em vão claro), ela estava nua, me olhei atentamente, e disse.

– Você é idiota, não vê? Você não sabe arrombar uma porta - Ela revirou seus olhos.

– Q-q-quem é você!? - Minha voz saiu tão aguda, que eu acho que até corei.

– Sou uma campeã! - A garota, esboçou um sorriso gentil quando disse isso.

– Campeã? Do que? Fantasias? Se for de fantasias, tire-a porque está muito real!

– Isso não é uma fantasia seu idiota, eu sou assim de verdade.

– Como você pode ser assim? Eu estou louco? Quero sair daqui - Bati na porta, evitando olhar para ela.

– Eu sou campeã de Ponyup, deusa da natureza e dos animais, e você é... - Tentou me cheirar em uma certa distância. - Charlie, campeão de.. - Cheirou de novo. - Jyust, deus dos sonhos e da imaginação.

– Cara, você está louca, fumou o que? Existe apenas um único Deus.

– Você que está louco. - Ela assoprou sua franja para cima.

– Eu não estou gostando dessa brincadeira! Alguém me tire daqui, por favor.

– Pelo visto você não sabe de nada ,olha, o negócio aqui é sério, preste a atenção, os deuses, escolhem seus "campeões" para os representar em suas guerras, e você é um, esse é seu destino.

– Prove então. - Eu a encarei tão fixamente, que achei que estava dentro dela.

– Toque em minhas orelhas, e veja que são reais.

– M-m-mas você está nua. - Meu nariz estava escorrendo sangue... Estranho.

– Ai minha deusa!! Você está tendo um sangramento nasal. - A garota se virou para trás, e pegou um papel, entregou para que eu pudesse limpar meu nariz, peguei o papel de sua mão, limpei e o joguei no lixo. - Você precisa acreditar em mim, não temos muito tempo, você pode morrer, eles podem virar para cá, devemos formar uma aliança.

– Eu quero acreditar, mas algo me impede de acreditar.

– Por favor, não temos muito tempo. - E no rosto da garota, uma expressão de tristeza se formou, e essa foi tão fooofa! Que me comoveu.

– Está bem. - Dei um suspiro. - Você sabe meu nome, mas eu não sei o seu.

– Meu nome é Zoey, e não existe apenas você de campeão, nessa escola.

– Não? Vamos atrás dos outros então.

– Não é tão simples, se fazer você acreditar foi díficil, imagine os outros, e um deles, é sua colega de quarto.

– A Carly? Droga! Por que ela?

– Não fui eu que escolhi, foi a deusa dela, ou deus.

– Vamos contar a ela, tenho um ótimo plano, mas primeiro, vista uma roupa.

– Não preciso, fico em minha forma de coelho. - Ela foi encolhendo, e encolhendo, até virar uma pequena criatura frágil.

– Perfeito, você em coelha irá fazer parte do meu plano, mas como iremos embora? - Zoey correu até sua gaiola, e pegou sua cenoura com sua boca, voltou a sua forma humana (meio humana), e sacudiu a cenoura na direção da porta, e a mesma se abriu. - Por que você trancou? O doutor não irá sentir sua falta?

– Ele estava sendo manipulado não se preocupe, vamos. - Se encolheu novamente, e eu a prendi na gaiola, fui até meu quarto, e a coloquei na beira da minha cama.

Não podia mais ir a aula agora, teríamos que esperar Carly chegar, mas ela disse "Um dele é sua colega de quarto", então não é só eu e a Carly, existe mais alguns, quem será ele? Liguei a televisão em um canal aleatório, estava passando Looney Tunes, com o Pernalonga, Zoey não desgrudou seus olhos da Televisão, e quando o Pernalonga dizia "Que que é velhinho?" Ela fazia uns barulhos do tipo "Iiiik Iiiiiiiik!" Parecia risada eu acho, até que a maçaneta começou a girar, a porta se abriu, era Carly.

– Desculpe Charlie, vou ter que sair novamente - Jogou sua mochila no chão, e foi em direção ao espelho, arrumando o cabelo. - Por que você não foi a aula? - Perguntou, já indo em direção a porta novamente.

– Espere - Peguei sua mão - Preciso dizer algo. - Olhei em seus olhos.

– Diga. - Seus olhos encontraram os meus.

– Primeiro, sente-se aqui. - A guiei até minha cama, fazendo-a sentar, abri a gaiola de Zoey, e ela pulou até o chão.

– Um coelho? Você trouxe um coelho? - Zoey foi se transformando em humana. - Mas que porr--?

– Eu preciso lhe contar algo.

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ENQUANTO ISSO
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– Como assim você os deixou fugir? - Ele gritou tão alto, seus olhos estavam um mar de fúria, parecia que ia me matar. - Collyn, você é uma inútil! - Deu uma tapa em minha cara, eu era uma fraca, como poderia matá-los? - Esquece-os, agora, tenho um novo alvo para você, eles estão em uma escola chamada School Sky, em uma cidade que não sei o nome, espero que dessa vez você não falhe.