Target escrita por Katherine, Katherine


Capítulo 10
Capítulo 9 - One Possible Unknown


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal;
Eu tinha este capítulo pronto, mas o apaguei pensando que era o capítulo anterior e UHUUUL, passei a tarde o reescrevendo. Mas enfim, eu demorei muito, vocês mais do que ninguém entendem o porque.



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Respirei fundo cinco vezes antes de descontar minha raiva em Lara Petterson.

– Como diabos tiramos esse negócio daí?

– Acalme-se Nessie, já fiz isso mais de um milhão de vezes. O único problema daqui é que esta grade está enferrujada. - ela limpou algumas gotas de suor e continuou com sua missão.

– Maldição- sussurrei. Olhei para o lado, ouvindo alguns passos, então alguns homens apareceram.

* Lara? O carregamento novo chegou. - um deles murmurou - Eu posso mandar entregar outro dia ou...

–Não, não!- ela praticamente gritou -Hum... Er... Renesmee pode segurar a grade por alguns minutos, não é, querida? - disse encarando-me com os olhos suplicantes.

– Claro - sorri e então sem pensar duas vezes, ela soltou a grade, e o ato fez a mesma pesar mais em meus braços.

Tentei colocar aquela coisa numa posição o máximo segura, sem perigos de cair no chão. Quando finalmente o fiz, sentei na poltrona que havia bem de baixo do televisor e continuei lendo meu livro sobre as lendas Quileutes.

Eu escutava a voz fina e calma de Lara Petterson, o clima frio junto com o silêncio da biblioteca me faziam relaxar. Continuei focada na história quando, depois de alguns minutos, escutei um barulho estranho.

Olhei para cima e vi que a grade estava aberta, o que resultava na televisão caindo em minha direção. Eu poderia sair dali, mas na hora faltou-me ação e me vi parada observando o aparelho deslizar graciosamente para cima de minha cabeça. Fechei meus olhos e torci para minha morte ser rápida.

Mas não, nada aconteceu. Apenas senti uma lufada de ar e percebi que algo frio havia me tocado. Não era algo ruim, era como o abraço de minha mãe, frio e aconchegante. Era bom. Abri os olhos e então tive noção de que estava sentada na poltrona.

Ai levei minha mão direita a parte de trás de minha cabeça, algo molhado tocou meus dedos. Sangue.

– Você está bem? - perguntou, e percebi que se tratava do mesmo garoto que eu vira a alguns dias. Sua voz era aveludada e até um pouco grossa.

– Sim, estou... - murmurei encarando o sangue em meus dedos- Vou procurar algum curativo. - tentei me levantar, mas uma pontada atingiu minha cabeça em cheio.

– Você precisa de um médio ele sorriu, dizendo como se fosse o óbvio. Continuei tentando a andar mas ele me empurrou de volta para a poltrona.

– Não, eu não preciso! - teimei - É só algum corte bobo, nada demais.

– Vou procurar ajuda. Fique aqui. - ele se virou de costas e fiz menção de levantar - Fique aqui - repetiu firmemente sem mesmo me olhar e então continuou a andar.

– Ei chamei-o - Você tem um nome? - perguntei e ele parou de andar.

– Sim, eu tenho. - murmurou por cima do ombro, continuando seu caminho. Bufei e revirei os olhos, passei a mão pelo local onde havia cortado a cabeça, suspirando logo em seguida.

Passaram-se exatos trinta e cinco minutos antes que minha mãe chegasse igual um furação na biblioteca.

– Renesmee Carlie Cullen! - ela disse, atraindo a atenção de todos por perto- Está louca?

– Mãe, apenas estava tentando ajudar a Sra. Petterson, eu não quis...

– E podia ter ligado, por que mandou a Lara me avisar?

– Mas eu não...- refleti um pouco e então dei de ombros -Deve ter sido ele... sussurrei.

– Ele quem?

– Alguém, cujo nome nem eu sei. Eu cortei a cabeça - sorri envergonhada.

– Carlisle está aqui, ele vai cuidar de você. - ela disse quando meu vô atravessou a sala elegantemente com sua maleta.

– Veremos o que esta mocinha aprontou - disse, era incrível como minha família tinha a capacidade de me culpar por causa de tudo. Até por conta de meus acidentes.

Ele examinou minha cabeça e fez uma careta esquisita, então aplicou uma vacina. Acho que ele estava fazendo alguns pontos.

– Carlisle... - Bella murmurou. Ambos pareciam preocupados. O que estava acontecendo?

– Conversamos sobre isso mais tarde, Bella.

– Vai demorar muito? - perguntei impaciente, aquele silêncio todo estava me dando sono.

– Prontinho - ele murmurou - Bella...

– Claro, Carlisle. Nessie, vou deixar meu carro aí, quando acabar seu expediente vá para casa dos Cullen. - ela me passou suas chaves e foi para um canto mais afastado com Carlisle.

A conversa parecia realmente ser séria e ambos estavam preocupados. Eu não estava ouvindo tudo perfeitamente, na verdade estava me sentindo meio tonta. Peguei o livro sobre as lendas e o guardei na bolça, voltando para fazer meu trabalho.

– Renesmee, o que está fazendo? - Lara me abordou e quase deixei o monte de livros cair sob meus pés.

– Eu estava indo guarda-los, aconteceu um pequeno incidente e...

– Não precisa trabalhar por hoje, querida. Peço desculpas, parte disso é culpa minha, eu não devia ter te deixado plantada lá. - ela suspirou.

– Que nada, eu posso trabalhar. -sorri, eu não estava tão mal assim.

– Faço questão.

– Obrigada.

(...)

Esperei até o final de meu expediente para ir embora. Apesar do corte em minha cabeça e o curativo que parecia pesar toneladas -, consegui trabalhar por mais uma hora e meia. O negócio que Carlisle colocara em minha cabeça estava muito pesado , ou é apenas sono.

Caminhei para fora da biblioteca, correndo os olhos pela rua e procurando o Mercedes Guardian preto de minha mãe, estava estacionado apenas uma quadra dali. Caminhei em sua direção, mas esbarrei em alguma coisa.

– Ah, desculpe. - sorri para uma menininha que me encarava com olhos curiosos. Sua pele era incrivelmente pálida, como a de minha família e seu rosto tinha traços angelicais, não parecia uma criança normal. Ela estava com a boca toda manchada de vermelho e não havia ninguém por perto, era o que parecia, já que as ruas estavam desertas. A julgar pelas pessoas que caminhavam por aí sem quaisquer resquício de preocupação Qual seu nome?

A criança continuou me encarando com seus olhos, que estavam alternados num tom violeta. Quase se tornando um vermelho vinho.

– Nayla - sussurrou, sua voz infantil e melodiosa me fez sorrir.

– Bem, Nayla, não vou deixar você sozinha. Vamos procurar seus pais depois. - peguei a pequena no colo e continuei meu caminho em direção ao Mercedes.


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Notas finais do capítulo

See you later



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