Target escrita por Katherine, Katherine


Capítulo 11
Capítulo 10 - Biting




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Cheguei na mansão dos Cullens e encarei a pequena ao meu lado, no banco de passageiros. Algo nela me dava medo, talvez sua expressão pois a viajem toda ela me encarava como se fosse me atacar. Tentei sorrir para não demonstrar o pavor que tomava conta de mim.

– Nay – sussurrei atraindo a atenção da pequena – Vamos, vou apresenta-la a minha família.

Peguei-a no colo e caminhei para dentro da mansão. Subi os quatro pequenos degraus com uma certa dificuldade por estar carregando-a no colo. Abri a porta de vidro e andei para a sala principal, onde todos os Cullens estavam reunidos.

– Renesmee! – minha mãe murmurou assim que me viu, e parecia horrorizada.

– Bom, mãe, família, esta é a Nayla. Encontrei ela quando estava saindo do trabalho, ela estava perdida... E está toda suja. Podemos cuidar dela até meu horário de depois do almoço. Eu a levo comigo e vejo com Lara Petterson se não conhece os pais dela.

– Nessie querida, me dê ela... – Alice pediu com certo medo na voz. Neguei com a cabeça e me afastei.

– Por que?

– Vou dar um banho nela, santo deus, olhe as roupas que ela está usando! Tenho certeza que encontramos algo no meio do monte de pilhas da caridade. – ela disse e então gargalhei, a baixinha era sempre louca por moda. Mas eu enxergava o medo em sua voz.

– Tchau Nay, eu te pego depois – entreguei-a para Alice e caminhei para a cozinha.

Sentei na cadeira com uma força maior do que devia e senti uma pontada em minha cabeça, o que fez me lembrar que eu havia tomado belos pontos. Suspirei e deixei que o trama dos pontos saísse de minha mente, começando então a devorar o prato de comida em minha frente.

– Mastigue direito, Nessie. Pode engasgar – Rose sorriu e eu retribui, notei o pequeno pote em suas mãos e me permiti perguntar:

– O que está comendo?

– Sopa – respondeu rapidamente – Mas eu já acabei, a senhorita que deveria ir mais devagar.

– Eu acabei também – afastei o prato de mim e respirei fundo – Acho que vou para meu quarto, colocar uma roupa mais leve e um gorro para cobrir minha cabeça. Lembre Alice de devolver Nayla – dei um beijo em sua bochecha e corri as escadas para meu quarto.

Joguei-me na cama e fechei os olhos, lembrei de tudo que acontecera esta manhã e as lembranças pararam no moreno que havia me ajudado. Por que ele não havia dito seu nome? Era algo tão difícil e confidencial de se dizer? Mas de algum jeito, eu já o vira antes. De algum jeito, eu o conhecia de algum lugar.

(...)

A garota loira era chata e fria. Não dirigia nenhuma palavra a mim, apenas a seu irmão.

– Para onde estão me levando? – tive coragem de perguntar. A loira me encarou com um olhar furioso e eu apertei meus olhos. Ela já havia me machucado antes, eu queria minha mãe.

– Cale a boca, pirralha. Não te interessa onde estamos indo, quando chegarmos você vai saber.

– Jane – seu irmão murmurou, encarando-a com um olhar de repreensão.

– Não aguento essa Cullen nos incomodando a viajem inteira. Por favor, Alec. Eu queria acabar com os Cullens, com todos eles. Deixa-los infelizes, sabe, foi uma completa alegria quando quebrei o pescoço daquela recém-criada. Isabella.

– Por que você fez isso com minha mãe? – murmurei aborrecida.

– Cale a boca, Cullen! – gritou ela e vi seu irmão revirar os olhos.

– Aguente, Cullen, ela é assim mesmo. E você... Poderia ficar quieta, sim?- ele me encarou pelo retrovisor e vi seus olhos vermelhos pousarem em mim com um olhar impaciente – Irmã, sabe que seus poderes não funcionam em Isabella, se contente com um pescoço quebrado.

– Não conseguimos mata-los, sim. Mas roubamos a princesinha deles. – ela me encarou com um olhar malicioso e deduzi que estava prestes a me machucar novamente.

– Jane – o moreno murmurou e senti uma dor invadir meu corpo. Como se agulhas me cutucassem, gritei – Jane – continuou, mas nada adiantou – Eu tiro seus sentidos e te jogo no porta- malas.

– Alec, você é muito chato as vezes, sabia? – ela revirou os olhos e suspirei aliviada.

– Aro nos mandou leva-la para longe, não para machuca-la ou algo do tipo. Pare de agir como uma vingativa e vamos nos livrar dela.

Encarei os irmãos Volturi, Alec e Jane. Rostos que eu lembraria pelo resto de minha vida. Tentei abrir a porta do carro, mas uma névoa negra acabou com meus sentidos.

Abri os olhos e encarei minha mãe, que parecia estar plantada lá a séculos.

– Nessie, seu horário! Está atrasada! – disse apresada – Nayla está lá em baixo.

Levantei da cama e desci as escadas sem um pingo de vontade. A pequena logo estava ao meu lado e sorri para ela.

– Vamos encontrar seus pais – peguei-a no colo novamente e caminhei para o carro.

(...)

Lara havia tido alguns problemas familiares. Sua irmã estava tendo seu primeiro filho ou algo parecido, então tive que ficar com Nay por uma hora na biblioteca. Ela continuava me encarando daquele jeito estranho que me dava arrepios, mas agia como uma criança normal. Ela estava ocupando-se com um livro infantil. Sorri para ela e continuei meu trabalho.

Sentei numa poltrona a seu lado e fechei os olhos. O mesmo sonho de hoje de meio dia entrou em minha mente e refleti sobre ele. A mesma criança ruiva – possivelmente eu -. Aquele moreno... eu o conhecia. Qual era seu nome? Não me recordava, mas da dor... Da loira... Jane. Ela havia me torturado, uma dor que eu nunca esqueceria, isso era fato. Abri os olhos atordoada e encontrei Nayla me encarando novamente.

– O que? – perguntei mas não obtive respostas – Não vai falar, é? – irritei-me e deixei o peso de minha cabeça vencer, inclinando a mesma na poltrona. Mas bati com os pontos e a dor espalhou-se pelo meu corpo. Levei minha mão a ao machucado, senti o líquido molhar os dedos e revirei os olhos. Eu era uma tremenda atrapalhada.

– Sangue – Nayla sussurrou quase sem voz, levantando num movimento rápido e voando para cima de mim.

– Ei, o que está fazendo? – tentei segura-la mas era muito mais forte que eu, apenas senti seus dentes perfurarem meu pescoço. Gritei e tentei tira-la de cima de mim – Socorro!

Fechei os olhos e rezei para tudo aquilo acabar, e deu certo. Abri os olhos quando não a senti em cima de mim. Pude visualizar o mesmo moreno “ lutando ” com ela e num movimento rápido, quebrou seu pescoço. Quando terminou, jogou o pequeno corpo da garota num canto afastado e me encarou.

– Ei, qual o problema? – se aproximou de mim, senti o sangue faltar em minhas veias e minha cabeça queimava, assim como o resto de meu corpo.

– Minha cabeça... Está queimando... – consegui murmurar. Ele olhou em volta e respirou fundo.

– Lamento Cullen, mas isto vai doer – ele me puxou para perto e senti seus dentes me perfurando.

Deixei a escuridão – e o fogo – tomarem conta de mim, fechei os olhos e naveguei em meus sonhos turbulentos.


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Notas finais do capítulo

Eu não queria ter demorado tanto, estava esperando por mais comentários. Que vem diminuindo a cada capítulo, qual o problema?
Escrever por 5 minutos não deve ser difícil, é nón?
Beijos da tia Kath.



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