My Kind Of Love escrita por Jessie Austen


Capítulo 9
Capítulo IX




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Watson sorriu nervosamente para Sherlock que o encarava sério, enquanto suas mãos passavam por seu pescoço.

– John...- este sussurrou beijando-o de maneira urgente, enquanto se abraçavam.

O loiro respondeu ao ato docemente enquanto rolavam pela cama e Sherlock ficava por cima, sentando-se. Trocaram um olhar e John o ajudou a se livrar de sua camisa de pijama.

– Senti tanta sua falta. – ele declarou beijando-o de novo, pressionando os braços do loiro contra a cama, paralisando-o.

Mesmo não sabendo explicar como e nem como havia acontecido, John queria aquilo. Talvez fossem todos os momentos que eles haviam compartilhado desde então. Sherlock era incrivelmente atraente, inteligente e o amava, mesmo isso não sendo tão perceptível aos olhos comuns.

Uma parte era a maneira como o moreno dizia seu nome, como sorria quando estava com ele, eram os pequenos detalhes que ele havia notado de verdade.

Mas grande parte de sua motivação vinha do seu desejo de que sua memória voltasse, estava se desesperando aos poucos, sabia.

Enquanto os lábios de Sherlock faziam seu corpo sentir sensações até então não sentidas, ou melhor, não lembradas, o médico pensou o quanto queria sua vida de volta.

As mãos frias e compridas do moreno então subiram por dentro de sua camisa lentamente e ele teve que lembrar como se respirava.

Os dois trocaram mais um olhar demorado enquanto John sentava-se, puxando Sherlock para mais perto. O detetive deu um meio sorriso rápido que fez John rir, enquanto suas mãos agora o abraçavam e acariciavam aqueles cachos castanhos escuros.

– Isso é completamente louco... e maravilhoso. - comentou enquanto Sherlock beijava seus lábios com beijos curtos, provocando-o – Mas parte de mim, boa parte estava querendo você desse jeito.

– Essa parte é sua maior característica, John. Me querer o tempo todo. Não estou reclamando, é só uma constatação. Que bom que você finalmente tenha notado. – brincou.

– Eu quero tanto lembrar de tudo outra vez, Sherlock.

– Você vai. Estarei aqui...até o dia em que se lembrar de mim. – prometeu fazendo Watson sorrir.

Sherlock o beijou, surpreendendo-o. As mãos do médico subiam pelas costas de Holmes enquanto os dois se encaixavam, mostrando seus desejos muito evidentes agora.

– S-Sherlock, espere...é a primeira vez que eu me lembro...estar com você...então...podíamos...ir ...com mais...caaaalma.- gaguejou quando Sherlock, que até então beijava seu pescoço, desceu até o zíper da calça, abrindo e expondo-o de maneira prática.

– Apenas relaxe, John. – sorriu de maneira convencida – Relaxe.

Watson sorriu nervosamente e respirou fundo quando sentiu a boca de Sherlock toma-lo. Aquilo era realmente maravilhoso, indescritível e logo ele percebeu estar gemendo baixinho.

Segurando os cabelos do moreno, ele apenas se permitiu sentir, mas a sensação de vazio era muito perceptível e de novo ele implorou que sua memória voltasse.

Como um ataque, sentiu vários choques repentinos passarem por seu corpo em um mesmo instante e então chegou ao limite que seu corpo podia de prazer, e muito mais do que achou que um dia seria capaz de sentir.

Olhando para baixo, viu Sherlock se aproximar com seus olhos de gato. Encostando seu queixo no seu peito, John então o puxou em um beijo necessitado que fez o mais novo sorrir.

– Tão delicioso...- respondeu se livrando de suas peças de roupas, enquanto Sherlock o observava atentamente. Sabia que depois daquele carinho, havia ganhado o loiro.

Puxando-o pela cintura, Watson o fez deitar com força, beijando-o com muita urgência, enquanto terminavam de se despir.

Seus corpos agora se tocavam, se queriam da forma como Holmes havia almejado nas últimas semanas. E como sabia que o John que amava desejaria que fosse sempre.

Já estavam completamente sem fôlego quando John o penetrou, Sherlock segurando seu rosto, fazendo que se olhassem naquele momento tão íntimo.

“John, sou eu. Sherlock. Lembre-se de mim. Por favor.” ele pensou naquele momento, mas não disse e não conseguiu encontrar a explicação do por quê.

Abraçando-o muito forte, agora ele sentia uma onda de prazer e de dor, que valiam a pena. Porque apenas a respiração, a pele, o toque do médico e a maneira como ele o olhava era o suficiente para causar uma ebulição em seu corpo inteiro. Em sua alma. Em seu coração.

Naquele momento, mais do que em qualquer outro que tinha vivido percebeu o quanto precisava de John, o quanto sentia falta dele. Era uma necessidade que transcendia as palavras. Era algo óbvio. Natural. Somente John Watson era capaz disso.

Desta maneira eles permaneceram por muito tempo e de diversas maneiras, até que satisfeitos, pegaram no sono.






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Quando Sherlock acordou teve que olhar para o seu lado. Ver John dormir pesadamente, enquanto os primeiros raios de sol invadiam o quarto, foi um alívio depois de tanto tempo de aflição.

Sentia-se estranhamente emocionado por estar ali, daquele jeito. Sim, John havia voltado para ele de certa forma e isso era só o começo, mas então por que não estava feliz?

Levantando-se, colocou uma chaleira para o chá e fumou nervosamente três cigarros antes de voltar para a cama, enfiando-se debaixo das cobertas ainda quentes.

Ficou observando o loiro inspirar e expirar por um longo tempo, até que este abriu levemente os olhos e disse com a voz rouca de sono:

– É, isso é de fato muito estranho. Acordar com alguém olhando você...

– Você não me deixa outra escolha. – Sherlock respondeu calmamente.

John então coçou os olhos e sorriu para Holmes de maneira boba.

– Que horas são?

– 06h20. – respondeu deitando-se perto de John, mas sem encostar. Isso chamou a atenção do loiro que não tentou também fazer ou dizer nada por algum tempo.

Ambos agora pensavam na mesma coisa e mesmo que as linhas de raciocínio fossem muito diferentes, ambos chegaram na mesma conclusão: a noite anterior havia sido boa, na verdade maravilhosa e só.

O que era um alívio, uma novidade para John era um questionamento para Sherlock, um incômodo crescente.

– É diferente...mas é bom...- Watson comentou enquanto encaravam o teto.

– Sim. – Sherlock respondeu – Partindo do princípio que este diferente é a única forma que eu conheço, saiba que eu respondi apenas para não ser mal educado.

– Oh, é mesmo...e quando...você sabe, nós dois...

– Sim..

– Costumava ser assim? Intenso? Porque...uau...

– Isso definitivamente nunca foi um problema para nós dois. Você sempre foi muito disposto, e eu, quando possível, muito solicito. – Holmes respondeu enquanto se lembrava do último aniversário dos dois, em que haviam transado na cozinha após a torta de maçã de John ter caído no chão.

– Muito solicito...como assim?

– Eu vejo tudo isso de uma forma diferente da sua. Secundária talvez. Não que eu não goste, mas para mim não é, de maneira alguma, primordial.

– Você fala de um jeito engraçado sobre isso, sobre nós...! – o loiro riu virando-se e encarando Sherlock que o olhou de volta.

Era curioso, mas algo ali muito importante faltava e Sherlock agora via isso de forma escancarada.

– É, falo mesmo. Existem coisas que somente o tempo pode dizer. Parece clichê, e talvez seja, mas John...é a verdade. Levou cinco anos para que você compreendesse o meu jeito, para que eu entendesse o seu e para dizer a verdade acho que até hoje nós não nos entendemos. – Sherlock sorriu tristemente.

– Eu sei...é verdade. – o médico concordou.

Os dois trocaram um breve olhar antes de Sherlock se levantar e dizer que precisava se arrumar para o trabalho. John apenas concordou indo para seu quarto.

Enquanto se preparava para tomar banho, Holmes olhou seu reflexo no espelho e teve que reconhecer que a diferença entre o John que morava com ele agora e o que ele havia se apaixonado era absurdamente gritante.


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Notas finais do capítulo

Awn Sherlawk, não desanima não...o Jawn tá tão na sua!
:B

Beijinhos e até o próximo!



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