My Kind Of Love escrita por Jessie Austen


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

YAY! Dobradinha...espero que gostem! :3



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Sherlock entrou no hospital após deixar um bilhete para a Sra. Hudson e pegar um táxi.

Assim que chegou, avistou Molly e Greg na recepção e estes vieram à sua direção.

– Ei...Sherlock! – a jovem disse assim que este se aproximou, muito aflito.

– Sem novidades? – perguntou.

– Não...mas o médico disse que devido ao atendimento rápido ele não corre perigo. Acho que teremos como vê-lo amanhã...

Holmes deu um longo suspiro e pediu licença indo até a varanda do hospital que estava vazia.

Sentia um nó na sua garganta, uma dor no seu peito que era impossível ignorar. Lembrou-se da briga, tão ridícula, desnecessária.

O fato é que odiava pensar que outro alguém havia beijado John. E odiava o fato do loiro ficar constantemente dizendo que era apaixonado, que queria tudo ao lado dele.

Odiava porque isso o deixava nervoso. Ele não sabia até então como era ter alguém dizendo isso, não sabia lidar com esse tipo de emoção ou reagir à ela. Não que não quisesse, pelo contrário, John o convenceu ao contrário durante aqueles quase cinco anos.

Em devaneios, não viu que um homem de óculos foi até a varanda também e acendeu um cigarro nervosamente ao seu lado.

– Poderia me dar um, por favor? – pediu.

– Claro...- o estranho respondeu estendendo um cigarro e o isqueiro.

– Obrigado.

– Minha mulher está em trabalho de parto... – o homem sorriu emocionado.

– Parabéns. – Sherlock respondeu educadamente, mas sem se importar.

– Obrigado...é meu primeiro filho. – disse terminando seu cigarro.

– Oh. - Holmes disse entregando o isqueiro. O homem acenou e saiu, deixando-o sozinho novamente.

Olhou o cigarro acesso e pensou antes de dar a primeira e longa tragada. Lembrou-se de John proibindo-o de fumar, mas o que isso poderia adiantar agora? Situações desesperadoras merecem reações desesperadas, ele concluiu enquanto tragava mais algumas vezes, olhando para o nada.




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– Sherlock, Sherlock...acorda. – Greg disse entregando-o um copo com café.

O moreno se sentou no sofá onde estava e segurou o copo, agradecendo.

– Já são 07h45. Molly foi para casa. – Lestrade disse sentando ao seu lado.

– Obrigado mais uma vez. Se você não quiser ficar, não tem problema...eu fico, não sairei daqui.

– Certo. Preciso dormir...e você também, poderia ir.

– Não, e se precisarem de mim?

Lestrade o observou e não disse mais nada, já que não adiantaria convencê-lo do contrário. Levantando-se, disse:

– Vou indo então. A Sra. Hudson disse que passará aqui na hora do almoço.

– Ok.

– E eu já liguei para os pais do John, devem chegar até o final da tarde...

– Obrigado.

– De nada. Sherlock, bem...você obviamente não poderá me acompanhar nas investigações, mas não se preocupe, falarei com o pessoal e...

– Isso é o que menos me preocupa neste momento.

– Sim. Claro, claro...só que queria avisá-lo que, bem...vou indo. Até mais. – Greg saiu enquanto Holmes terminava seu café.





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Sherlock caminhou até o balcão de atendimento e pediu informação para uma enfermeira que estava passando.

– John Watson? Deixe- me consultar...uhm, ele deu entrada ontem, certo? O estado dele foi bastante complicado, mas no momento é estável. A visita ocorre apenas às 14hs, senhor.

– Estável? Mas estável como? O que ele teve exatamente?! – perguntou.

– Infelizmente são detalhes que apenas o doutor que esta cuidando dele poderá dar. Sinto muito.

A mulher se afastou enquanto Sherlock passava a mão por seu rosto. Precisava ver John, precisava tocá-lo, apenas assim acreditaria que seu estado era realmente estável.

– Sherlock, querido! – a sra. Hudson disse enquanto se aproximava.

– Oi. – ele respondeu abraçando-a, de modo que a deixou muito surpresa.

– Querido, Molly me ligou ontem..só pude vir hoje. Está tudo bem?

– Eles dizem que sim...mas acreditarei quando vê-lo.

– Quando poderemos entrar no quarto?

– Daqui duas horas...

– Vai dar tudo certo. Estou rezando para ele. - a senhora disse segurando sua mão.

Sherlock então a olhou, mas não disse nada apenas concordando.

– O que houve? Ontem? Eu ouvi uma discussão...cheguei a chama-lo, mas ele não meu ouviu, saiu batendo a porta com tudo. – ela perguntou após um tempo enquanto se sentavam em um banco, perto do café.

– Nós...nós terminamos.

– Terminaram? Mas por quê?

– Não sei, honestamente. John estava indo para a casa da Molly e um motorista alcoolizado o atropelou. – resumiu sem querer entrar muito no assunto.

– Pobre John. Um rapaz excelente, não merecia nenhum tipo de sofrimento...você já comeu algo hoje?

– ...tomei café. – Sherlock respondeu enquanto relembrava a briga da noite anterior.

– Deus, pegarei um lanche para você...já venho.

Os dois então continuaram aguardando até o horário da visita. O moreno não aguentava esperar quando finalmente o chamaram.

– Prazer, sou o Dr. Lawrence. – disse um homem mais velho se aproximando dos dois que agora entravam no quarto.

– O meu é Sherlock Homes e esta é a Sra. Hudson. – o moreno disse enquanto olhava para cama, vendo John deitado, entubado e completamente sedado.

– Certo, deixarei vocês com o ele...qualquer coisa, chamem a enfermeira. – o médico disse.

– Espere, qual é o real estado dele? – Sherlock perguntou enquanto segurava a mão de Watson.

– Agora é estável. Ele está devidamente medicado e graças ao breve atendimento, não teve grandes complicações com o traumatismo que sofreu.

– Traumatismo? – ela perguntou.

– Sim. No atropelamento ele não foi pego completamente pelo carro, mas ainda assim acabou sofrendo algumas lesões leves também. Todas devidamente cuidadas agora, estamos fazendo o possível e o impossível para que sua recuperação seja a mais breve possível. Ele não corre nenhum tipo de perigo, mas precisa de todo cuidado.

– Obrigado, doutor. - Holmes agradeceu e então segurou ainda mais forte a mão de John, enquanto o médico saia da sala agora.

– Pobre John...- a senhora disse parando do outro lado da cama – Sherlock, querido...acho que não deveria segurar a mão dele.

– Por quê não? – perguntou enquanto olhava cuidadosamente todos os aparelhos ligados a Watson.

– Bom, porque...certo. Oh, Molly está me ligando...já venho, ok? – perguntou e Sherlock concordou.

Assim que ficou só, se aproximou ainda mais e disse em um sussurro:

– John, estou aqui. Eu...eu te amo tanto e...e eu acho que eu nunca te disse isso. Não dessa maneira. Então, melhore rápido...o mais rápido que puder. É, isso é uma exigência minha. Melhore rápido para que eu possa te dizer isso...todos os dias e da maneira que você merece. – declarou enquanto lágrimas corriam do seu rosto sem poder evitar.

Ver John daquele jeito era desesperador. A agonia de Sherlock aumentava com um sentimento que sentia por saber que em parte era sua culpa. Eles não precisavam ter brigado, ter terminado. John não precisava ter saído àquela hora da noite.

– Sherlock? – disse uma voz e então o moreno enxugou seu rosto rapidamente antes de se virar e ver a mãe do loiro entrando no quarto.

– Sra. Watson. – disse se aproximando e cumprimentando a senhora que estava muito aflita.

– Meu filho...- ela disse se aproximando da cama também - O que houve exatamente?

– Nós, nós brigamos e John...bem, ele saiu de casa. Enquanto estava a caminho da casa de uma amiga nossa quando tudo aconteceu.

– Vocês brigaram? Sherlock...John te ama tanto.

– Nós, eu fui tão precipitado. Eu quis terminar e John concordou, estávamos muito alterados e não pensamos direito, de fato. Nenhum de nós queríamos isso, sra. Watson.

Ela então começou a chorar e isso deixou Holmes completamente desconcertado. Mesmo assim se aproximou se a abraçou de maneira tímida. Os dois então ficaram naquela posição por muito tempo, apenas observando John.












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