My Kind Of Love escrita por Jessie Austen


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Dobradinha...
YAY! *_*



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– John, Sherlock! Entrem! Achei que não viessem! – Greg disse abraçando o loiro assim que chegaram para o jantar.

– Greg! Espero que gostem de torta de morango. – Watson respondeu lhe entregando o pacote embrulhado enquanto o moreno pendurava seu casaco perto da porta.

– Obrigado...venham! Molly está terminando de fazer a salada e as batatas. A sra. Hudson e o Mike já chegaram.

Os três foram até a cozinha onde os outros estavam conversando animadamente. O jantar logo foi servido e o grupo se divertiu ao comentar sobre fatos de seus dias. Após a sobremesa, foram para a sala enquanto Molly terminava de fazer chá.

John se sentou ao lado de Sherlock segurando sua mão brevemente, antes deles trocarem um olhar. Manifestações públicas de afeto não era algo que Sherlock fazia, mas John não conseguia se conter como ele.

– Aí esta ela! – Greg disse se levantando e ajudando a namorada com a bandeja enquanto os outros quatro se ajeitavam em seus lugares.

– Espero que gostem. Sra. Hudson...é de erva doce, sei que é seu preferido! – a jovem disse sorrindo.

– Oh, obrigada querida. É sim. – esta respondeu.

Todos estavam muito concentrados em suas próprias xícaras, quando Greg sorriu, parecendo muito nervoso.

– O quê? – Watson perguntou achando graça no jeito do amigo.

– Eu já venho. Estou tão feliz que estejam aqui! – este respondeu saindo correndo em direção do quarto e voltando com uma pequena caixa de cor vermelha.

– Oh meu Deus...- Sra. Hudson exclamou ao entender antes de todos o que estava acontecendo.

– Eu estou muito feliz que estejam aqui hoje para compartilhar este momento conosco. – Lestrade respondeu enquanto puxava Molly para perto – Estou muito feliz por mim, por nós dois...meu amor. Hoje é uma data especial, afinal, completamos cinco anos juntos. Mas hoje não é apenas especial por isso. Molly Hooper, estou tão nervoso...serei objetivo...- ele disse enquanto se ajoelhava.

– Oh...o que está fazendo? – Molly sorriu muito surpresa.

– V-você me daria a honra...de seu marido? Você quer casar comigo? – perguntou completamente nervoso enquanto o grupo, exceto Sherlock, vibrava com a cena.

– Oh, meu Deus...isso é sério? – ela riu.

– Sim...nunca disse nada mais certo, mais sério em minha vida. – Greg respondeu.

– É claro que sim! É claro que sim, meu amor. Eu aceito mil vezes...sim! – ela sorriu abraçando muito forte.

Mike assobiou enquanto Sra. Hudson tentava achar um lencinho em sua bolsa. John sorria e não pode deixar de olhar para Holmes que o olhou de volta, parecendo um tanto quanto confuso.

O restante da noite passou enquanto eles falavam sobre a vida, planos, casamento e como tudo passa muito rápido.

Mike levou a Sra. Hudson para casa e Greg e Sherlock conversavam sobre um caso do dia anterior, enquanto John ajudava Molly com a louça.

– Uau. Que noite não? – ele riu ao ver que a moça mal conseguia deixar de sorrir parecendo muito emocionada.

– Oh, John. Foi um sonho. Eu mal podia imaginar...Greg armou tudo isso e eu nem desconfiei! Ele é perfeito.

– Vocês são perfeitos juntos.

– Uau...casamento à vista! Minha mãe vai surtar! Tanta coisa para se pensar...eu nem consigo acreditar que é verdade!

– Se quiser alguma ajuda...qualquer ajuda, bem, não conte comigo e com Sherlock...porque somos péssimos. - ele brincou enquanto guardava os pratos.

– Certo...vou me lembrar disso. - ela sorriu completamente absorta em seus pensamentos.

– Eu quero isso para mim...- pensou alto – quero dizer, provavelmente quando acontecer, será um pouco diferente, mas...ainda assim. Eu quero. Tudo isso também, sabia?

– Será o máximo, John. – Molly sorriu.

Greg então chegou e a abraçou sorrindo para John que sorriu de volta.

– Sherlock está lá fora...disse que era ligação do Mycroft. – ele disse.

– Certo...já estamos terminando por aqui. Estávamos falando sobre o casamento do ano. – Watson respondeu.

– É, John estava contando que quer isso tanto quanto a gente...- Hooper completou.

– Casamento? Sim...bom, para isso você terá que mudar de namorado primeiro. Um normal de preferência. – Greg brincou.

– Bem, não é esse meu plano...- o loiro disse sem graça.

– Sherlock jamais vai querer algo comum e sentimental...ele diria! - Lestrade continuou – Não, não que não seja normal...mas para Sherlock, eu digo. Muito improvável.

– Greg...pare com isso...- a jovem o repreendeu.

– Oh, sinto muito...me desculpe, John. Meu comentário foi completamente infeliz.

– Não, está tudo ok. Quero dizer...Sherlock não liga para isso mesmo. – John respondeu ainda muito sem graça.

– Eu fui longe demais e isso não é da nossa conta. – Lestrade disse enquanto Molly o encarava.

–Não se preocupe, Greg. Você...você... não deixa de estar certo. Bom, acho que terminamos aqui. Vou indo...obrigado pelo jantar maravilhoso e parabéns mais uma vez pelo noivado. – John sorriu disfarçando e abraçando o casal.

– Nós que agradecemos...obrigada por tudo! – Molly disse um tanto quanto sem graça.

– Obrigado...

– Certo, Sherlock está lá fora...vou me encontrar com ele. Boa noite. – Watson disse saindo após se despedir.





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Como moravam perto, Sherlock e John resolveram voltar a pé para economizarem com o táxi. Enquanto voltavam calmamente, Watson pensava em tudo que tinha acontecido.

Fazia uma bela e fria noite e os dois agora passavam por uma rua estreita, rodeada por casas com muros altos.

– Por aqui, John. Temos um atalho. Sairemos a dois blocos da Baker...- o moreno seguiu, fazendo o outro apenas acompanha-lo. Vendo que o loiro estava estranhamente quieto, este questionou.

– Por que está tão calado?

– Oh...nada. Quero dizer, nada de importante. – John sorriu.

– Se não fosse importante, você não estaria assim. Diga-me logo, pois eu ainda não descobri como ler pensamentos alheios e apesar dos seus seres bem óbvios, este agora em especial está bem difícil.

– Certo...eu estive, eu tenho pensado sobre nós dois...- revelou.

– Oh. E...

– E é isso. Nós...nós já estamos a um bom tempo juntos. E às vezes parece que bem mais do que realmente é. Só gostaria de saber a que direção estamos caminhando...

– E o que você quer ouvir de mim? – Sherlock perguntou enquanto os dois saiam agora em uma rua de grande movimento.

– O que você quiser me dizer. O que você sente...

– Que é...

– Sherlock, não faz isso, ok? Apenas me diga logo e eu me darei por satisfeito.

– Antes disso, me responda: tudo isso por causa do pedido de Greg hoje? – este encarou John muito sério.

– Também...

– Entendo. Bom, John...fico feliz por eles. E estou feliz com que temos. Do jeito que temos.

– Oh. Ótimo, e...

– E eu não entendo por que deveríamos sequer cogitar a possibilidade de pensar em mudar isso.

– Mas Sherlock, nós já somos casados...se é isso que te incomoda.

– Vivemos juntos, não somos casados. – corrigiu.

– Somos sim. Não me importo que você não queira expor, pelo contrário...eu até prefiro. Mas eu não vejo problema nenhum em assumirmos isso.

– Assumirmos isso. Interessante, para mim isso já está mais do que assumido. – Sherlock respondeu pegando a chave em seu bolso enquanto eles chegavam agora em frente ao apartamento.

– Eu digo, para todos...sabe. Não só nós dois. – John disse entrando porta adentro enquanto Sherlock subia as escadas.

– Eu nunca entendi a real necessidade de auto afirmação perante a opinião alheia. Na realidade, eu compreendo...só a acho completamente desnecessária. – Holmes afirmou enquanto tirava seus sapatos e se sentava na poltrona.

– Tá, sei...sei de tudo isso. Mas isso é o que as pessoas fazem. Droga, eu ando tão ocupado ultimamente, nos últimos três anos e você...sempre tão distante. Eu...eu...queria, eu quero mais.

– Tudo isso não seria uma forma de expressar seus sentimentos e sim de se sentir mais seguro com o que eu tenho? Soa ainda mais tolo, John.

– É, eu sei...e isso o que eu vou dizer pode ser o vinho que eu tomei hoje, mas nós parecemos um casal de velhos agora.- John desabafou e Sherlock o encarou muito curioso.

– Seja claro, por favor.

– O que eu quero dizer é que...eu te amo. E...você é meu melhor amigo. Mas nós, nós estamos sempre tão ocupados e com contas e responsabilidades. Eu sinto tanta sua falta.Mesmo quando estamos juntos, parece...eu sinto que algo se perdeu.

– O que quer dizer?

– Você se lembra daquela que vez que fomos para o campo? Um pouco depois da festa de Natal do nosso primeiro ano juntos? Sherlock...nós não nos desgrudávamos.

– Então, o tempo passou. Não podemos agir como dois adolescentes apaixonados para sempre. – Holmes deu de ombros.

– A verdade é que podemos sim. Eu sei que temos outras coisas em mente, mas...e os nossos momentos? E os nossos planos juntos? Você demorou quase um ano para dizer que me amava e outros dois para pensar na possibilidade em usar uma aliança e mesmo depois de aceitar, acabou me convencendo do contrário.

– Alianças são completamente desnecessárias. – respondeu fazendo pouco caso.

– Pode ser...mas você já pensou que para mim, elas eram importantes? – John questionou, o tom de desapontamento visível em sua voz.

Os dois se encararam por um tempo até John se deitar na cama, encarando o teto. Os dois ficaram em silêncio até Sherlock dizer:

– Eu posso usar a aliança, se você ainda quiser.

– Não, quer saber? Esqueça...essa conversa foi completamente desnecessária...- John sorriu tentando parecer calmo, após respirar fundo.

– Sério?

– É, eu só estou cansado e bebi além do que deveria...- mentiu.

– Oh. Sendo assim, vou escovar meus dentes e ir dormir. Amanhã tenho que acordar muito cedo. – o moreno se levantou indo até o banheiro.

– Amanhã? Mas amanhã é domingo e minha folga...achei que fôssemos fazer algo.

– Impossível. Greg e eu iremos até o necrotério acompanhar alguns resultados de exames de perto. – respondeu de maneira animada, fechando a porta.

– Entendi...podemos deixar para um outro dia então. - o loiro respondeu mesmo sem Sherlock ouvi-lo.


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