My Kind Of Love escrita por Jessie Austen


Capítulo 13
Capítulo XIII


Notas iniciais do capítulo

YAY!*_* Atualização com três capítulos fresquinhos!
Espero que gostem! ♥

*** Dedicado em especial à Kisa pela belíssima indicação! *_*
Um muito obrigada!

Beijinho!



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Sherlock fechou a porta atrás dele e tentou se acalmar. Não, não havia sido fácil ficar perto de John sem poder fazer nada, mas ele precisava se acalmar.

Viu todas as pessoas naquele lugar cheio de risadas e conversar inúteis e isso o enjoou. Enquanto seguia para a porta lembrou-se de Molly e Greg, tinha que parabenizá-los, isso era inevitável. Procurou por eles até encontra-los conversando com Mike e a Sra. Hudson perto do bolo.

– Vim apenas dizer parabéns. – ele disse tentando sorrir enquanto o grupo o observava surpreso.

– Oh, obrigada...que bom que tenha vindo! – a noiva sorriu abraçando-o.

– Obrigado, Sherlock. – Greg sorriu enquanto batia em seu ombro.

– Tenho que ir agora. Até mais. - respondeu já se virando.

– Ei, você não ficará para o almoço? Nós pedimos quase tudo que gosta, Sherlock! – Molly disse decepcionada.

– Não. Sinto muito. Vejo vocês depois. - ele se afastou rapidamente após se despedir de todos. Enquanto passava pelas pessoas que insistiam em ficar no corredor atrapalhando a passagem para a saída, pensou que tudo havia ocorrido muito bem.

John parecia bem e isso o deixava feliz. O loiro parecia muito confuso com tudo, mas ainda assim estava infinitamente melhor do que antes e o fato de ter voltado a trabalhar o ajudava, sabia. Obviamente o fato de Peter estar com ele naquele processo o incomodava também. Sentia algo que nunca havia se permitido sentir antes e isso era horrível.

Foi inevitável e logo começou a pensar em John e Peter juntos. Não, nunca permitiria isso, não enquanto sabia que por mais pequena que fosse, ainda tinha uma chance com o médico.

Sabia que Watson não conseguia explicar o que sentia por ele. Claro que não poderia estar apaixonado, pensou, mas era fato que John sentia algo e isso ninguém poderia negar.

Assim que conseguiu sair do salão, caminhou pela calçada e avistou o próprio Peter Brent falando ao celular a poucos metros dele.

Percebendo sua presença, Brent se virou encarando-o e isso fez com que os pulsos de Holmes cerrassem de ódio. Tentou não olhar de volta, mas percebeu quando Peter se virou rindo e isso foi o suficiente para todo aquele turbilhão de sentimentos que sentia explodisse.

Caminhando até ele, segurou seus ombros, virando-o com força enquanto lhe golpeava com um soco, fazendo-o cambalear e cair encostado na cerca que dividia a calçada da propriedade.

– O que foi, cara?! Você é maluco?! – este gritou e isso chamou a atenção de alguns convidados do casamento que do lado de fora, logo se aproximaram para ver a briga.

– Não se faça de inocente, “cara”. Além de beijar namorados alheios você ainda se aproveita deles se caso perdem a memória. Foi por isso que eu te bati! – Sherlock respondeu enquanto ajeitava a gola de seu casaco.

– O quê?! John? Ele nem é mais seu namorado, vocês terminaram! – este retrucou raivosamente enquanto tentava se levantar.

– Então você assume o que fez? Oh Paul, você é mais imbecil do que eu poderia supor! – Holmes exclamou se aproximando novamente, acertando com um chute nas pernas.

Peter se levantou ainda muito tonto e partiu para cima de Sherlock, acertando com força seu rosto.

Sentindo seu nariz sangrando, o detetive partiu para cima de Peter que o encarava raivosamente, porém neste instante dois homens, convidados da festa, impediram segurando-o em seus braços.

– John é solteiro agora...e ele pode fazer o que quiser! – Brent gritou fazendo Sherlock se debater.

– Meu Deus! O que está havendo aqui?! – Molly apareceu seguida da Sra. Hudson, Mike, Mycroft, Greg , John e mais um monte de pessoas que estavam no lado de dentro.

– Peter...Sherlock! – o loiro disse encarando os dois assustados.

– Me soltem! Eu quero quebrar a cara desse otário!- Peter esbravejou tentando fugir dos outros dois que o seguravam também.

– Cale a boca que você nem foi convidado! – Lestrade respondeu se aproximando de Holmes que tremia de ódio.

– Vá embora...agora! – Molly ordenou enquanto Peter era arrastado junto com uma grupo de pessoas curiosas.

John ainda muito transtornado olhou para toda a cena antes de correr até Holmes que via Brent se afastar de maneira furiosa.

– Que droga foi tudo isso? – perguntou fazendo Holmes fuzilá-lo com o olhar.

– Seu amiguinho me provocou e eu quis quebrar a cara dele. Não ficou óbvio?

– Pelo amor de Deus, estamos em um casamento. E ele não é meu amiguinho. - Watson respondeu segurando o rosto do moreno, olhando o machucado em seu nariz – Vamos. Vou te levar para casa.

– É bom que leve ele mesmo! Hoje é o meu dia, que droga! – a noiva disse de maneira chorosa sendo acompanhada pelo restante que estava na rua, deixando apenas os dois.

– Não precisa. Eu sei me virar muito bem sozinho. – Holmes respondeu de mau humor.

– OK. Sherlock, outra hora você pode tentar me convencer disso. Agora, deixe eu te levar...por favor? – John propôs com aqueles olhos castanhos cuidadosos, convencendo-o.

Andando pela calçada os dois caminharam até a avenida principal, Sherlock com a cabeça ainda meio inclinada por causa do sangue que insistia em correr por sua roupa.

– É minha roupa de festa. Eles bem que poderiam ter me dado gelo pelo menos. – este comentou enquanto entravam no táxi.

– Não depois de você arranjar confusão na festa deles. O que houve exatamente? – Watson perguntou

– Nada de especial. Mas descobri que não sou de fato cem por cento livre de sentimentos banais, como por exemplo, ciúmes. – este respondeu.

– Ciúmes não é algo banal...

– É sim. É patético além de tudo, mas estou sujeito a ele e isto é um fato comprovado.

– Ok, como quiser. Mas não precisava disso tudo...- John comentou.

– Se irá defender ele, pode sair deste carro agora. Eu não preciso disso. – Sherlock respondeu nervoso.

– Não, não estou defendendo ninguém...não está mais aqui quem falou. Desculpe-me.

Os dois seguiram em silêncio o restante do caminho, ambos perdidos em suas próprias emoções e pensamentos. Assim que chegaram, John pagou o táxi, ajudando-o a descer e subir as escadas.

– Sente-se ali...vou pegar gelo antes que fique pior. – pediu assim que entraram no apartamento.

Sherlock encarava o teto sentindo um tolo por toda aquela cena. Poucas vezes na vida havia perdido a razão e aquela tinha sido a mais vergonhosa de todas. A sensação incômoda crescia ao lembrar da cara de Peter sangrando e ele tentando se levantar, enquanto se segurava nas paredes. Finalmente as aulas de boxe haviam servido para algo, pensava também.

Seus pensamentos foram bruscamente interrompidos assim que sentiu a mão de John segurar seu rosto, colocando um pano com gelo em seu nariz.

– Ai...- reclamou.

– Segure assim. Isso. Deve ajudar a parar, você está estancando o sangue e...

– Eu sei disso, doutor. Eu sou formado em biomedicina.

– Oh, eu não me lembrava. Aliás, eu não me lembro. – John brincou sorrindo, mas Sherlock apenas o encarou muito sério.

– Obrigado.

– De nada. – Watson disse e os dois se entreolharam antes dele continuar: - Sabe Sherlock...eu nuca teria nada com o Peter. Quero dizer...

– Você não sabe. Ou não tem certeza. – Holmes completou.

– É...é que eu não me imagino junto com ele. – confessou.

– Você não se imagina junto a mim também e mesmo assim namoramos quase cinco anos.

– É diferente...você. Eu, ok...isso parecerá um pouco egoísta e indeciso da minha parte mas a verdade é que eu me...eu me imagino, você sabe...nós dois. Mas bater no Peter hoje...realmente eu não poderia esperar isso de você, ainda mais por mim.

– Não fique convencido.

– E eu não estou! Você me conhece...eu nunca ficaria convencido por uma coisa dessas...

– Sei que não. Só estou com raiva de você, mas esta raiva é minha culpa. Desde que nos conhecemos eu sinto coisas que antes eu achava que não eram necessárias. Algumas são boas, maravilhosas e outras são muito ruins. – Sherlock explicou enquanto ajeitava o pano com gelo em seu rosto.

Olhando para John viu que este o encarava sem piscar. Lambendo seus lábios, ele se aproximou de Sherlock e disse enquanto se aproximava:

– Ok. Acho melhor você tirar essa camisa e essa gravata...vamos, vou colocar para lavar antes que ela fique manchada.

– John...- ele sussurrou puxando-o pela gola em um beijo que fez o loiro hesitar e por fim segurar seu pescoço enquanto o beijava de volta.

– Oh...er...bom, ok. Você não deveria fazer isso...e eu tenho que ir...tire sua camisa para eu colocar para lavar para você lá embaixo. Por favor. – John respondeu sem graça enquanto massageava seu pescoço, levantando-se nervosamente.

Sherlock então tirou cuidadosamente sua camisa e gravata, entregando a ele.

– Sabia que você já socou alguém por mim também? – perguntou.

– Ah, é mesmo? Eu? Por quê? – John respondeu curioso.

– Para me defender. Foi na época da faculdade. – Sherlock respondeu se lembrando do episódio de Moriarty e sua trupe.

John sorriu ainda sem graça pelo beijo e disse:

– Bom, eu acho melhor eu ir...mas eu volto. Quero dizer, eu te ligo para vir buscar o restante das minhas coisas. Fique assim até sentir que o sangue parou e...

– Depois faça um curativo. Eu sei me cuidar, John. - Holmes respondeu.

– Certo. Ok. Vou deixar essas peças na máquina ok. Até logo...- o loiro disse nervosamente.

– Até mais. Eu estou te esperando. – Sherlock respondeu antes do loiro se afastar, fechando a porta.


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