O dia seguinte começara às duas da tarde para Harry e Gina. Após um longo banho ambos desceram para a sala, Gina sorria abertamente e todos já haviam tomado a refeição da manhã e o almoço. Estavam então todos na sala, ajudando na preparação da poção polisuco, Rony olhara feio para o casal, mas não dissera nada. - A noite foi boa hein, disse Hermione no ouvido da Gina que respondeu com um sorriso. - Como está a poção? Pergunta Harry. - Iniciei agora, responde Hermione. – Ainda vai demorar umas semanas pra ficar pronta - Certo. Diz Harry se virando para Rony. – Rony, eu preciso fazer uma visita ao beco diagonal, ver o que está acontecendo. - Certo, responde Rony sem prestar atenção a Harry. - Rony, algum problema? Pergunta Harry intrigado. - Não, nenhum, responde Rony sem olhar nos olhos de Harry. - Olha, você está sendo imaturo, diz Harry. – Precisamos sair para estudarmos o local e definirmos como iremos conseguir as partes das pessoas que teremos que nos transformar com a poção. - Eu sei disso, pode contar comigo, diz Rony se virando e sentando ao lado de Hermione que olhava para ele de cara amarrada. - Eu posso ir, se quiser Harry, diz Neville. - O ideal seria apenas dois, a capa não cobre três pessoas com eficiência, responde Harry. - Eu já disse que vou, responde Rony. - Vamos comer alguma coisa, diz Gina a Harry. - Sim, é verdade, responde Harry com um sorriso. - Estou morta de fome, responde a garota. Os dois partem para a cozinha onde são servidos pelo Monstro que aproveitara a ocasião para contar como estava o novo beco diagonal. Monstro freqüentemente ia ao Beco diagonal fazer compras e aproveitava para observar como estava funcionando o novo regime imposto pelos duendes, como era apenas um elfo doméstico, passara sempre despercebido por toda segurança que lá existia. - Não sabia que você ia lá Monstro, diz Harry. - Sim, meu senhor. Diz Monstro. – Monstro vai sempre comprar os mantimentos, também consegui retirar uma boa quantidade de seu ouro para as despesas da casa, está tudo guardado no armário. - Você conseguiu retirar meu ouro? Pergunta Harry surpreso. - Sim, explica Monstro. Monstro apresentou a marca da servidão de um elfo doméstico e eles não me questionaram, isso foi antes de bloquearem a conta do Mestre, agora Monstro não consegue mais retirar nada, sorte que Monstro retirou uma boa quantia. - Muito bom Monstro, não teria feito melhor, diz Harry olhando para Gina com um sorriso. Rony se aproximou do casal e puxou uma cadeira para participar da conversa. Gina imediatamente fechou a cara e Harry apenas o observou. - O Sr. Wizi deseja alguma coisa? Pergunta Monstro prestativo. - Não Monstro, obrigado, responde Rony. – E aí? O que iremos fazer? Pergunta ele se dirigindo a Harry. - Nossa! Decidiu parar de bancar o idiota, diz Gina com sarcasmo. - Não comece, responde Rony. - O Monstro nos deu ótimas informações, diz Harry ignorando a briga entre Rony e Gina. - Sim, algumas eu já sabia, responde Rony. Quando iremos? - Assim que eu terminar a refeição, diz Harry com um sorriso, estava de fato aliviado por ter o amigo se aproximando novamente. – Vamos à loja do Jorge, ele com certeza deve saber de muita coisa. - Certo, vou esperar vocês dois na sala, diz Rony se despedindo com um sorriso fraco. - O que houve com ele? Pergunta Gina cochichando no ouvido de Harry. - Acho que isso tem dedo de Hermione, responde Harry e os dois sorriram. Ao terminarem o almoço, Gina fica com Luna ajudando Monstro a preparar o jantar, Harry reúne-se com Rony e com Neville na sala ao lado. - Pensando melhor, podemos ir os três para o Beco Diagonal, diz Harry. - E como faremos com a capa? Responde Rony. - Aparataremos dentro da Loja do Jorge, embaixo da capa, diz Harry, - precisamos que alguém fique na loja observando o que acontece em pontos distintos, vamos levar em consideração que eles acham que eu estou morto, então não acredito que esperem uma visita minha. Falaremos com o Jorge para fazer isso. - Certo, diz Neville, e onde exatamente ficaremos? - Rony, você ficará nos Caldeirão Furado e você Neville ficará na Travessa do tranco, na Borgin & Burkes, diz Harry. - Como chegaremos até lá? Pergunta Rony. - Eu os levarei embaixo da capa, diz Harry. – Um de cada vez é claro. - E você? Onde ficará? Pergunta Neville; - Eu irei até Gringots e observarei de dentro, diz Harry. - A gringots? Pergunta Neville espantado. - Precisamos saber como anda o Beco diagonal e as conversas de quem circula por lá, por isso o Caldeirão Furado . Também precisamos saber como está se comportando os bruxos das trevas e se os duendes estão em contato com eles, por isso a Borgin & Burkes. - E por que Gringots? Questiona Rony. - Preciso ver como está lá dentro, quem tem acesso, diz Harry. - Eu acabei ouvindo a conversa, diz Gina que se aproximou dos garotos seguida por Luna e Hermione. - Iam agir sem nós? Pergunta Luna. - Não é isso, diz Harry. - Pensei que fossemos uma equipe, diz Hermione. - Uma equipe trabalha em conjunto. - Mas estamos todos trabalhando, diz Rony, - você está preparando a poção. - E eu? O que tenho feito? Diz Gina. – E tem a Luna também. - Pessoal, não temos como ir em mais do que três sem chamar a atenção, diz Harry. - Perfeito! Diz Hermione, mas isso não significa que apenas três devam participar da elaboração do plano. - Exatamente isso, confirma Gina. - Então, diz Harry se rendendo. – Se ouviram o que falei até agora, devem estar por dentro do plano, o que tem a acrescentar. As meninas se entreolham e começam a expor suas opiniões, o plano era bom, porém Hermione cogitou a possibilidade de existir bruxos ou duendes portadores de olhos mágicos como os que Moody usava, ou alguém consiga executar o feitiço que anularia o efeito da capa como o prof. Balditon. Também foi questionada a possibilidade de haverem detectores de varinhas, tendo em vista que os duendes possuem um cuidado especial com elas. Gina e Luna ganharam uma missão paralela, deveriam aparatar próximo a Hogsmeade e observar como anda o vilarejo. - Outra coisa que faltei mencionar, diz Hermione com autoridade. – Quem executou o feitiço em você Harry foi um duende. - Como sabe disso? Pergunta Harry. - Finalmente consegui encontrar algo parecido em A revolta dos duendes no século XIX. Diz Hermione. - Um duende, que era um dos líderes utilizou esse feitiço contra o ministro da magia da época e o matou. O feitiço é lançado com o contato visual com o alvo e aparentemente não faz efeito nenhum, porém torna visível para quem o lançou independente de onde esteja e no momento adequado ele poderá concluir o feitiço. Um bruxo não possui essa capacidade, e apenas duendes portadores de varinhas teriam a condição caso conseguissem executar. - Então ele ainda pode me ver? Diz Harry. – Ele sabe que estou vivo ou onde estou agora? - Não sei dizer, diz Hermione, - acredito que não ou já teriam tentado algo. - Mas quem pode ter realizado esse feitiço? Pergunta Neville - Penso em duas possibilidades, responde Hermione. – O novo Ministro da Magia e... - Griponk, completa Harry. - Professor Griponk? Diz Gina intrigada. – Mas como? - Embora estivesse vigiado por Balditon ele teve muitas oportunidades diz Rony. - Enfim, vamos? Diz Harry. - Sim, vamos, diz os demais. Primeiro Gina e Luna aparatam na direção da floresta proibida, fora dos terrenos de Hogwarts. Em seguida Harry, Rony e Neville todos cobertos pela capa de invisibilidade e agachados aparatam dentro do andar de cima da loja de logros. Era o quarto onde Rony dormia quando trabalhava com Jorge, estava vazio. - Fiquem aqui, diz Harry. - E você? Pergunta Rony. - Eu irei descer e ver como estão as coisas lá embaixo, responde Harry. Harry deixa a sua varinha com Rony e desce coberto pela capa, lentamente ele observa que o movimento da loja não diminuiu, porém famílias duendes dividiam o lugar de clientes com famílias bruxas, Harry avista Jorge numa escada arrumando uma prateleira mais afastada e se dirige a ele, até estar atrás dele. - Jorge, sussurra Harry O susto em ouvir uma voz sem ver quem a pronunciou faz Jorge cair da escada, o barulho da queda chama a atenção de todos na loja que passa a olhar para onde ele estava. - Sou eu Harry, diz o garoto. - Harry! Sussurra Jorge. – Está tudo bem, tudo bem, diz Jorge para os clientes e funcionários que estavam na loja. – Como chegou até aqui? Pergunta Jorge para o nada, pois ainda não via Harry. - Aparatando, diz ele. – É melhor subirmos, tem mais gente lá em cima. - Certo! Diz Jorge. – Lino, dá uma olhada para mim, vou precisar pegar algo lá em cima que acabei esquecendo. Ao dizer isso, Jorge sobe com Harry para o quarto do andar de cima. Harry conta o plano a ele, que precisaria da ajuda dele para observar a movimentação em frente a loja, e também pede informações. - Isso aqui está horrível, diz Jorge. – Os duendes cobram impostos altíssimos. Há uma redução de um por cento para cada cinco duendes que você empregar ou se der desconto de cinco por cento para cada compra realizada por um cliente duende. - Mas isso é dar privilégios aos duendes, diz Rony. - Exatamente! Responde Jorge. Os duendes mandam e desmandam aqui no Beco. A polícia deles entre uma ou duas vezes por semana para pedir os galeões e assim dizem que impedirão que assaltantes entrem em nossa loja. - Que absurdo! Responde Neville. - Outra coisa, diz Jorge. - Não entre com varinhas em Gringots, mesmo com a capa de invisibilidade, eles possuem feitiço que detectam que as tem. Mas aviso que é loucura, nem Voldemort possuía um exército tão grande como o que guarda Gringosts. - Não dá pra saber se não tentar, diz Harry.