Love Spell escrita por T Phoenix


Capítulo 2
Habits


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!! Quero agradecer a todos vocês que leram, que comentaram, muito obrigada mesmo pelo apoio que deram e pelo interesse que demonstraram.

Nesse capítulo, Regina resolveu se isolar na praia de StoryBrooke para dar vazão aos sentimentos. Ela só não esperava ter companhia.

Espero que gostem de mais esse capítulo. Boa leitura!



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Após desaparecer do funeral de sua amada esposa, Regina não conseguiu voltar para casa. Seria dor demais para ela encarar as coisas que Emma deixou para trás em seu armário, deitar-se naquela cama enorme e fria, seria insuportável para a prefeita a sensação de vazio que se instalaria em seu peito.


Regina sabia que os filhos seriam bem cuidados pelo irmão mais velho e pelos avós, até que ela conseguisse esvaziar o peito de todo sofrimento que sentia. Ela tinha consciência de que aquele era um ato egoísta, mas era o método que encontrava para ficar forte, manter as coisas em ordem na mansão e, principalmente, apoiar os filhos. Ela esperava que eles pudessem entender seu modo solitário de sofrer e desculpá-la.


O dia passou sem que a rainha se importasse com o avançar das horas, vagando de uma ponta à outra no litoral de Storybrooke. A praia estava completamente vazia, não havia outra alma por perto. A areia branca entrava em contraste com seu traje inteiramente negro e social, insistindo em grudar e tingir suas botas e as barras de sua calça com a cor clara dos grãos. O vento era frio e a noite estava iluminada apenas pela lua cheia. Era uma lua cheia silenciosa, até mesmo os lobos estavam de luto pela morte de sua salvadora.


A face da prefeita permanecia banhada de lágrimas. Agora, a sós, Regina permitia-se chorar com mais vigor. Em sua mente, as últimas vinte e quatro horas se repetiam e ela não se conformava com o desenrolar dos fatos. Ainda na noite anterior ela estava ao lado de sua loira na cama, trocando carinhos e confidências.


Flashback – Noite anterior à morte de Emma Swan.


– Emma, pare já com isso. – Regina ria e tentava afastar as mãos da xerife de suas costelas.


– Eu sempre quis saber se você tinha cócegas. – A loira apertou a cintura de Regina e a puxou para mais perto, abrindo um sorriso safado.


– Bela descoberta, Miss Swan. É a única pessoa no mundo que sabe disso. Portanto, bico calado! – A prefeita riu e apertou os lábios da amada com os dedos, formando um biquinho que Regina beijou delicadamente.


Fim do flashback.


Regina suspirou, esboçando um sorriso melancólico enquanto passava as mãos pelo rosto, numa tentativa frustrada de conter as lágrimas. A última descoberta que a esposa havia feito antes de morrer era a de que Regina tinha cócegas. Dava para acreditar?


Mas a lembrança que mais apertou o coração da morena foi a que invadiu sua mente em seguida. Um momento em família, uma briga entre as crianças interrompida apenas pelo fato de sua chegada. Um momento de ternura que fez com que ela se sentisse como se o seu coração estivesse sendo esmagado. Ela buscou apoio em uma enorme pedra à beira mar e deixou-se chorar de forma desenfreada.


Flashback – Início da semana.


Cora estava insistindo com Olivia e Henry para que assistissem a um filme de terror que passaria na televisão. Queria que a mãe fizesse pipocas e que a irmã convencesse o pequeno Dean a ir dormir.


– Isso não é filme para crianças, Dean. – Cora esbravejava com o menino que permanecia de braços cruzados sobre o sofá, recusando-se a sair.


– Mas eu quero assistir! – Ele apertava mais os braços em torno do corpo, fazendo a irmã revirar os olhos castanhos com impaciência.


– Dean, se você vir esse filme a essa hora, vai ter pesadelos depois. – Olivia tentava convencê-lo de forma tranquila.


– Vou correr esse risco. – O menino estava impassível.


– Henry!!! – As duas gritaram ao mesmo tempo, apelando para o irmão mais velho, o único ao qual o menino realmente ouvia, com exceção das mães.


– Mas que gritaria é essa? – Regina apareceu na sala equilibrando três tigelas grandes de pipocas nas mãos.


A única resposta que ela teve foi a risada do filho mais velho ao ver as gêmeas apontarem, ao mesmo tempo, para o menino birrento e com um bico enorme logo ao seu lado.


Naquele exato momento, Emma entrou pela porta da frente, causando um coro de vozes emaranhadas dizendo “Mãe!” e fazendo com que as três crianças e o rapaz se levantassem e corressem em sua direção, cumprimentando-a com beijos no rosto e abraços.


Regina entregou cada tigela de pipoca a um dos filhos e cumprimentou a esposa com um selinho, ganhando também da loira um discreto apertão em seu bumbum. Ambas colocaram Dean finalmente na cama e se recolheram para o quarto.


O garoto levantou-se sem que ninguém percebesse e, curioso, foi assistir escondido o tal filme que os irmãos viam. Já na primeira cena, uma morte feia fez com que o menino corresse para debaixo das cobertas em seu quarto. Porém o estrago estava feito, Dean não conseguia dormir e, quando conseguiu, teve pesadelos assustadores.


Emma estava abraçada à Regina na cama, beijando-a e provocando-a, subindo sua mão devagar entre as coxas torneadas da prefeita e deixando sua boca percorrer toda a extensão do pescoço até os seios dela. Quando finalmente os dedos da loira encontraram o sexo da morena por baixo da camisola de seda, sentindo a excitação que causava na esposa, a porta do quarto se abriu, fazendo com que as duas dessem um pulo na cama.


– Mãe! Mamãe! Eu tive pesadelos. Estou com medo. – O garoto na porta dizia de forma manhosa e esfregava os olhos com a manga do pijama, abraçado ao seu enorme leão de pelúcia. – Posso dormir com vocês essa noite?


– Vem cá. – Emma abriu um sorriso enorme e lindo em direção ao garoto, estendendo os braços aos quais Dean logo se encaixou num abraço.


Regina ainda se recompunha das travessuras que Emma havia começado, mas sorria e acariciava o rosto do filho. Ele subiu na cama e se colocou entre as duas, com o enorme bicho de pelúcia, Mufasa, praticamente jogando Regina para uma ponta da cama, enquanto Emma se equilibrava na outra. Alguns minutos de mimos depois e ele adormeceu.


Regina adormeceu também, estava cansada do longo dia que havia tido. Emma colocou o menino nos braços e esforçou-se para equilibrar o leão entre as pernas, andando com dificuldade. Deixou o filho na cama com seu bichinho e voltou para o lado da amada. Ela ajeitou a morena na cama, de modo que ficasse mais confortável e então desabou ao lado, exausta.


Fim do flashback.


A luz do luar fazia as lágrimas da rainha brilharem, o som do choro era abafado pelas ondas que traziam sua água espumada até os pés da morena. De repente, um clarão vindo do mar surgiu diante dos olhos da prefeita, fazendo-a colocar as mãos em frente ao rosto. E, quando a luz diminuiu, Regina a viu.


Era uma mulher de aparência estranha, que caminhava em sua direção com um sorriso assustador no rosto pálido. O cabelo ruivo e molhado estava preso de uma maneira bagunçada. O vestido, de um tom de verde musgo que era do tipo que causava enjoo, estava colado ao corpo. As franjas que pendiam pelo vestido pareciam algas marinhas. A rainha paralisou-se completamente e a ruiva aproximou-se dela o suficiente para que a morena olhasse dentro de seus olhos azuis. Foi tudo rápido demais.


Houve um beijo. Um selinho demorado dos lábios cor de sangue da bruxa nos da prefeita, ao qual ela não se esquivou. Regina agia quase mecanicamente. Ela sentiu a mão gelada e pálida da ruiva deslizar por seu rosto e a língua da estranha invadir sua boca. Em seguida, a rainha estava rendida. Assim que a morena começava a se entregar, que sua mão ameaçou percorrer a cintura da ruiva, a mesma interrompeu o beijo e se afastou de forma brusca. Os olhos castanhos encararam as orbes azuis outra vez. Em seguida, Regina sorriu.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? A autora terá reviews? *_*



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