Love Spell escrita por T Phoenix


Capítulo 3
Buoyant


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou para mais um capítulo da fic. Gostaria muito de agradecer a todos pelos comentários fofos que recebi, isso me incentiva muito a continuar e eu espero não decepcionar vocês!

Hoje algo estranho acontecerá com a nossa rainha, ela mudará completamente suas atitudes. O que será que aconteceu?

Espero que gostem, boa leitura!!



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No dia seguinte, Regina acordou sentindo-se bem mais leve. Não lembrava muito bem de tudo o que aconteceu na praia após o funeral, mas ao mesmo tempo, parecia não se importar. Ainda havia a sensação de vazio dentro de seu peito, mas não sentia mais como se o seu coração estivesse apertado de saudade ou sofrimento.

Flashback – As habituais manhãs da família Swan-Mills.

Regina era sempre a primeira a acordar, seguida por Emma e Henry, que levantava assim que ouvia os passos da mãe passando em frente ao seu quarto. Ela arrumava-se e descia para a cozinha para preparar o café da manhã dos filhos e da esposa. Emma e Henry encarregavam-se de acordar as crianças e fazer com que se arrumassem a tempo para a escola.

As cenas pareciam se repetir todos os dias: Cora descia primeiro, aproximava-se da mãe parada ao lado da mesa e lhe dava um beijo de bom dia, pendurava a bolsa na cadeira, ajeitava o vestido ao sentar-se e tomava chá com torradas. Olivia vinha logo em seguida, sempre terminando de se arrumar pelo caminho, ou era uma manga da blusa que faltava ser colocada, ou os sapatos que eram amarrados sempre no último degrau da escada. Os enormes fones de ouvido estavam sempre pendurados no pescoço; a garota parecia movida a ondas sonoras. Ela jogava a mochila no chão e dava o beijo de bom dia na mãe, em seguida se sentava e tomava leite com achocolatado e um sanduiche.

Henry e Dean sempre desciam juntos e o menino sempre vinha com os cabelos despenteados, as barras da calça enfiadas dentro dos sapatos e algum zíper da mochila aberto, derrubando algum de seus materiais pelo caminho da escada, sem que notasse. Ele beijava a mãe, que o ajeitava antes que se sentasse para comer seu cereal. Henry sempre beijava Regina no rosto e erguia a mãe do chão com um abraço.

Emma vinha logo atrás, recolhendo os materiais que o menino deixara cair, devolvendo-lhe à bolsa assim que chegava, bagunçando com a mão o cabelo que a prefeita acabara de arrumar. Ela dava um beijinho em cada um dos filhos que já estava à mesa e, por último, segurava a rainha pela cintura e lhe dava um beijo na boca e mais alguns no pescoço. As duas eram as últimas a se sentar à mesa, Regina enchia sua xícara com café preto, enquanto Emma e Henry tomavam chocolate quente com canela.

Fim do fashback.

A prefeita levantou-se e arrumou-se, mas seu dia não teve nada de típico. Ela havia sido a última a sair do quarto, recebeu os beijos dos filhos de forma mecânica e logo se trancou no escritório da mansão. Passou o dia todo lá dentro, ignorando as batidas na porta de quem quer que fosse, enquanto revirava os mais variados livros de magia em busca de algo.

No fim da tarde, ela saiu do escritório diretamente para o quarto, outra vez deixando de lado os filhos pelos quais passava. Em seguida, sumiu. Reapareceu apenas na manhã seguinte. Sete dias se passaram e, em todos eles, Regina agia da mesma forma estranha, mas com o passar do tempo, suas atitudes foram se modificando de um jeito que os filhos estranharam.

Até que, naquele último dia, eles viram a gota d´água. Nem de longe a prefeita era mais a mesma mulher de antes. Seus atos estavam incomodando os próprios filhos, porém não só a eles, como a toda a cidade. Regina estava feliz. Apaixonadamente feliz. A uma semana da morte de Emma Swan. Ela estava cantarolando, enquanto descia a escada da mansão, fazendo Olivia revirar os olhos e aumentar o volume de seu fone de ouvido ao passar por ela e ir se trancar em seu quarto. Cora foi bem mais direta, ao ver o irmão mais novo se encolher em seu colo no sofá, magoado pelo descaso da mãe e pela felicidade repentina dela:

 – Será que dá para você sair daqui? O que foi que te deu na cabeça?

Uma almofada voou em direção ao rosto da mãe com toda a força que a adolescente conseguiu despejar naquele objeto. Mas a garota morena não obteve sucesso. Regina segurou a almofada com apenas uma das mãos, sem sequer se esforçar. Unicamente com o puro reflexo de defesa. Ela continuou caminhando, ou talvez flutuando, era o que parecia à filha, que a prefeita estava pisando em nuvens. Jogou para trás o objeto, de volta ao sofá, acertando o pequeno Dean que estava deitado ali sem nem perceber a presença do menino, com desdém e um sorriso cruelmente feliz em direção à mocinha.

Ela se dirigia à saída quando foi impedida pelo filho mais velho. Henry a segurou pelo punho e a olhou de cima a baixo por um instante. As vestes bem mais soltas e inteiramente brancas reluziam em sua alma ferida. Ele foi duro ao falar com ela:

– Aonde pensa que vai assim?

Não foi uma boa opção encarar Regina tão radiante. Ela lhe abriu o mais belo dos sorrisos, levou a mão ao rosto do filho e acariciou o queixo onde uma barba insistente crescia.

– Não está vendo? – Ela esticou os braços para que o filho avaliasse melhor suas vestes. A canga branca esvoaçante e a blusa fina de alças com um nó logo acima de seu umbigo sarado e os chinelos, igualmente brancos e ligeiramente altos em sua sola, faziam-na parecer um anjo que estava prestes a tomar um banho de sol. – Estou indo à praia, ora essa. Está sol lá fora e é meu último dia sem trabalho hoje. Quero me divertir.

Foi uma péssima escolha de palavras. O fato da prefeita não estar indo trabalhar e nem seus filhos indo à escola se devia ao luto pela perda da Salvadora, um fato que Regina parecia ter se esquecido. Dean levantou-se do sofá, choroso, esfregando os olhos com a manga da blusa preta e correu escada acima. Cora foi logo atrás, não sem antes direcionar um olhar fulminante para a mãe. O mesmo olhar que era marcante na própria prefeita.

– Muito. Obrigada! – A garota disse sarcástica e desdenhosa, e correu atrás do irmão.

Henry olhou o borrão preto que compunha as vestes da irmã que corria e depois para as suas próprias roupas, de mesma cor. Todos na casa permaneciam de luto. Muitos na cidade ainda usavam o preto. Seria um insulto deixar que a mãe saísse daquela maneira pelas ruas. Não bastava o mais recente acontecimento que haviam lhe contado.

Flashback – A notícia.

Henry estava no Granny’s, era o seu sexto dia de luto. Precisava ver a namorada, ter um pouco do carinho e atenção que a mãe estava lhe negando em casa. Ruby apareceu, ainda vestia-se totalmente de preto, aproximou-se do rapaz à mesa. Serviu a ele o costumeiro chocolate com canela e então se retirou com a chegada de Grace. A jovem lhe deu um selinho e sentou-se ao lado dele, deixando seu corpo encostado ao de Henry.

Alguns minutos depois, assim que o rapaz terminou seu café, sentiu a mão de Ruby em seu ombro. A loba estava séria ao olhar para ele e pedir licença a sua namorada.

– Preciso falar com você. – A loba disse num tom baixo e, após Henry dizer à namorada que voltaria logo, foi levado para os fundos da lanchonete.

– O que foi Ruby? – Ele a acompanhou, mas ela estava em silêncio. A loba só tornou a falar quando notou que estavam sozinhos.

 – Tenho uma notícia que não vai te agradar nem um pouco.

Ela contou a ele que viu Regina caminhando na praia durante a noite, indo para o outro lado da cidade, onde havia a antiga “Pedra do Desconhecido”. Era uma pedra imensa que se encontrava à beira mar nos limites opostos de Storybrooke. Depois da pedra existia uma ilha isolada, vista apenas dali de cima ou de alto mar. Os anões uma vez se arriscaram a chegar mais próximos de barco, mas nenhum dos moradores realmente sabia o que existia lá. Muitos acreditavam que os vilões trazidos pela maldição se abrigaram na ilha.

– Eu sei que pedra é essa, mas nunca fui para aquela parte do litoral. É longe e Regina sempre havia me dito que era perigoso. Naquela parte da cidade é onde fica o bar Maçã Envenenada, o Buraco do Coelho e sabe-se lá mais o que. O que minha mãe estaria fazendo lá?

– Ela estava sentada sobre a pedra... – Ruby suspirou. – Conversando com outra mulher. Uma mulher que nunca vi antes em toda minha vida. Eu já fui muito para aqueles lados da cidade, mas nunca vi aquela ruiva por ali. Só que elas pareciam ter muita cumplicidade.

Fim do flashback.

Henry despertou de seus pensamentos pela fúria que as palavras de Ruby lhe causaram. Pensou em questionar a mãe, mas havia ficado perdido tempo demais em seus devaneios, pois Regina havia passado por ele e já estava no portão. Ele pensou em impedi-la de sair às ruas, mas era tarde demais, ela acabara de atravessar rumo à calçada oposta e já caminhava para virar a esquina. Ele balançou a cabeça negativamente e voltou para dentro, batendo porta.


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Notas finais do capítulo

E então, curtiram? A opinião de vocês é sempre bem-vinda. Elogios, críticas, indignações, revoltas, tudo será aceito de bom grato por essa autora que vos fala, embora eu deva recomendar que tenham paciência. Não irão se arrepender. hohohoh



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