Love Spell escrita por T Phoenix


Capítulo 1
Grief


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, aqui estou eu com mais essa fic Swan Queen. hahah

Mas essa surgiu de uma forma diferente, através de um sonho que tive numa sexta-feira do inicio do mês. A base, o esqueleto dessa fic é todo tirado desse sonho e espero que vocês gostem.

A história aqui se passa em uma StoryBrooke do futuro, em que Emma e Regina haviam formado uma bela família.
Mas algo de muito ruim aconteceu e nossos queridos personagens tem que conviver com essa dor.

Gostaria de agradecer às minhas amigas Laris e Mirella pelo apoio e pelo entusiasmo, essa fic não passaria de um sonho (literalmente hahaha) se não fosse pelo incentivo de vocês. Muito obrigada!

E é isso aí gente... Boa leitura.



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Era um dia nublado, de céu cinzento, uma brisa leve que esvoaçavam os cabelos e roupas das pessoas ali presentes. Em nada aparentava a cidade de pessoas felizes que todos estavam acostumados. Não era para menos, Storybrooke estava de luto.

À beira do caixão fechado, a família Swan-Mills estava silenciosamente inconsolável. Regina mantinha-se de pé, a cabeça levemente abaixada, seu olhar fixo no objeto de madeira à sua frente. Por trás dos óculos escuros e da imaculada postura que exibia, Regina era puramente sofrimento. Esforçava-se, a todo custo, evitar derramar demasiadas lágrimas, sem muito sucesso, pois elas insistiam em escorrer-lhe pela face.
 

A morena mantinha-se abraçada ao pescoço do filho mais novo, Dean, um menino de oito anos, vestido de forma impecável. Ele mantinha os olhos castanhos, agora avermelhados pelo choro, fixos na tampa de madeira. O garoto podia sentir as gotas de lágrimas vindas da mãe lhe molhando os cabelos negros.

De cada lado da prefeita estava uma das filhas. As gêmeas, prestes a completar seus quinze anos, mantinham-se abraçadas à cintura da mãe. Estavam quase igualmente vestidas. À distância, o que diferenciava Cora, cujo tamanho era de poucos centímetros a menos que a irmã Olivia, eram os cabelos negros e ondulados na altura dos ombros.
 

A jovem Cora parecia manter os olhos castanhos cor de mel para o gramado além do caixão, como se sentisse a presença de algo. Assim como Regina, mesmo apesar da pouca idade, ela esforçava-se para não chorar, ou ao menos não chorar tanto. Já Olivia estava com os olhos esverdeados completamente tomados de lágrimas. Ela mantinha a cabeça escondida no pescoço de Regina, onde, devido sua altura, encaixava-se perfeitamente. 

Parado atrás da mãe, o filho Henry mantinha a mão direita firme em seu ombro, enquanto afagava os longos cabelos de Olivia com a outra. Agora já um rapaz no auge de seus vinte e quatro anos, o loirinho passava a mãe em seu tamanho, fazendo com que a testa de Regina batesse à altura de seu nariz. Henry agora era o homem da família.
 

A alguns passos de distancia da família Swan-Mills, nas fileiras de cadeiras colocadas ali no belo gramado do cemitério à beira da floresta, estavam o resto da cidade. Seus moradores praticamente tingiram o lugar com suas vestes pretas. Não parecia haver nem mesmo uma única flor, com exceção daquelas que tinham sido usadas para as homenagens, que contrastasse com a cor de trevas que se instalou dentre as pessoas.

Snow White era a mais incontida em seu sofrimento. Era possível ouvir seu choro soluçado a metros de distância. Abraçada ao marido David, era desesperador observá-la. Ela apenas o soltava para abraçar-se à melhor amiga. David tentava controlar-se, até mesmo para apoiar a mulher, mas estava sendo difícil para ele. Era visível a vermelhidão que tinha se instalado nos olhos azuis do príncipe.

Ruby estava ali, logo ao lado, para apoiar à amiga, mas sentia também que mal conseguia parar sobre as próprias pernas. A bota de cano curto que usava já estava arrancando a grama abaixo de seus pés, ela não conseguia ficar parada. Não havia um único pingo de vermelho em suas roupas. Não hoje. A maquiagem se desfazia lentamente, vez ou outra o lápis que contornava seus olhos borrava, riscando sua face com lágrimas negras.

Belle mantinha-se com as mãos nos ombros de Ruby, dando-lhe uma força que não tinha, para que a morena conseguisse se sustentar e consolar Mary Margareth. A castanha mantinha os olhos fixos nas cinco pessoas adiante, evitando observar o local onde o corpo jazia, mesmo que este não estivesse à mostra. Foi ela quem notou o olhar distante de Cora.

Todos se despediram dizendo palavras de amor, de amizade e de saudade. Duraram longas horas até que, um a um, os moradores se aproximaram e depositaram uma flor sobre o túmulo. Enquanto aconteciam as últimas homenagens, Belle puxou Ruby para um canto.

– Ruby, olhe bem para Cora. – Belle apontou discretamente a mocinha, que agora estava a alguns passos distantes do caixão, mantendo-se próxima à mãe, embora já não mais a abraçasse. – Ela está estranha, não está?


– Ela acabou de perder a mãe. – ela respondeu, contida.


– Não me refiro a isto. – Belle mostrou um pouco de impaciência. – Olhe bem. Siga o olhar dela. Ela está com o olhar fixo na direção daquelas árvores desde que chegamos.

Só então a loba acompanhou o olhar da menina. Por um momento, os olhos verdes de Ruby se encontraram com os olhos cor de âmbar de Cora e ela sentiu um frio em sua espinha. Alguma coisa parecia terrivelmente errada. A garota pareceu voltar a si, balançando levemente a cabeça e voltando a abraçar Regina, agora com mais força, enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.

Assim que os anões, com muito custo devido à emoção, fecharam a sepultura, as pessoas foram, aos poucos se dispersando. O último adeus à Emma Swan havia sido dado. Muitos tentaram se aproximar de Regina e lhe confortar, assim como aos filhos. Quanto às crianças, a prefeita não teve muito que fazer. Mas recusava-se a aceitar os desejos de pêsames que os conhecidos lhe faziam. Também não se dirigiu à Snow ou David em momento algum.

Ruby mantinha os olhos fixos na rainha quando sua sogra se aproximou. Mary largou os braços da amiga e apertou Regina, visivelmente emocionada. A primeira reação da prefeita foi ficar estática. Provavelmente porque havia sido pega de surpresa. Sua próxima reação foi segurar os braços daquela que a abraçava e se desvencilhar deles. Ela ergueu o queixo e Ruby notou o peito da prefeita inflando-se enquanto ela respirava fundo. Empurrou um pouco mais os óculos contra o rosto e deu às costas.
 

Dean correu em direção à mãe, mas chegou tarde demais. Alguns passos depois, Regina desapareceu em meio à sua costumeira nuvem roxa. Porém, já fazia quase dez anos que a rainha havia renunciado à magia, pouco depois de suas gêmeas nascerem, ela havia prometido à Emma que evitaria a todo custo usar magia, pois nenhuma das duas conseguia pensar em ver a família pagando por aquele preço. E, embora soubessem da existência dos poderes de ambas as mães, as crianças, com exceção de Henry, jamais haviam presenciado tal uso, deixando o menino ainda mais atordoado e assustado.
 

O irmão mais velho o pegou no colo e Dean deitou a cabeça no ombro de Henry, voltando a chorar. Olivia abraçava-se à avó e ao avô, mas os olhos e atenção de Ruby e Belle estavam em Cora. A jovem vez ou outra voltava os olhos para os arbustos ao longe, como se estivesse desconfiada de algo, deixando a loba um tanto intrigada.
 

Quando todos se dirigiam aos carros, Red aproximou-se dos arbustos e tentou farejar as árvores, mas não encontrou nada de mais. O único odor ali parecia ser o de algum bicho morto. Ela tornou a se juntar aos demais.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? A autora está mais insegura do que nunca, então os reviews com a opinião de vocês é crucial! Muito obrigada!



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