Equinocial escrita por Babi Sorah


Capítulo 2
Vítima Suspeita - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas no fim do texto. Elas são importantes!



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*Capítulo 02*

Vítima Suspeita - Parte I

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República de Trilunne¹

04h16min am

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Numa das áreas menos movimentadas da cidade de Rose Trilunne² existe uma imensa construção em estilo gótico, oficialmente conhecida como 'Instituto de Pesquisa Ironheart'.

Dizem as lendas que fora erguida há cerca de trezentos anos por um misterioso grupo de cientistas aristocratas, com a finalidade de realizar experimentos secretos em cobaias humanas.

Outros já afirmam que originalmente o Instituto fora um sanatório onde diversos pacientes foram torturados até a morte e que seus espíritos ainda assombram os arredores do lugar.

Porém, seja lá qual for a versão mais aceita pelos moradores, é impossível negar que há algo sombrio, uma aura pesada e agourenta pairando ao redor das gigantescas torres e naves de pedra cinzenta que compõem aquela construção monstruosa e de aspecto medieval.

No entanto, apesar de o Instituto Ironheart não ser de fato amaldiçoado, ele realmente é um local a ser temido. Afinal, tanto seu nome quanto sua história são apenas uma fachada para encobrir sua verdadeira função: ser a sede do quartel general da Associação dos Caçadores de Vampiros.

Lá fora, a noite já se esvaía com os primeiros raios de sol ameaçando surgir no horizonte, e por dentro a rotina do QG parecia seguir razoavelmente tranquila.

Os guardas vigiavam todas as entradas, os membros dos setores de administração e pesquisa trabalhavam horas á fio regadas a muita cafeína, a maioria dos Hunters³ ativos estavam ausentes seguindo suas determinadas missões; os faxineiros se preparavam para iniciar seus devidos turnos.

Entretanto, a situação na ala médica e na sala da presidência parecia beirar ao caos.

De um lado, os médicos e enfermeiros trabalhavam há três dias sem descanso tentando estabilizar o mais rápido possível sua mais nova paciente – uma garota que fora espancada quase até a morte por vampiros. - E de outro, Touga Yagari (recém-chegado de uma longa reunião diplomática junto de seu assistente Jinmu; o presidente Kaien Cross; e Isaya Shoto, o novo rei e líder da sociedade vampírica) parecia estar pronto para esquartejar seus dois pupilos a qualquer momento.

No escritório, o Mestre estava assentado atrás de uma mesa de madeira rústica, onde várias pilhas de papéis foram amontoadas num canto para dar espaço ao cinzeiro lotado dos cigarros que ele fumava sem parar.

Se a sala por si só já possuía uma atmosfera pouco acolhedora, com suas paredes e teto altos, as luminárias antigas e a fumaça provinda dos cigarros, a presença de Yagari conseguia torná-la definitivamente assustadora.

E diante do Mestre estavam Zero e Kaito, reportando uma notícia nada agradável.

Enquanto Zero mantinha o rosto inexpressivo em perfeita calma, Kaito olhava para Yagari e conseguia sentir sua aura assassina engrossando o ar. Podia até jurar que se o olho esquerdo dele ainda existisse, estaria pulsando de raiva por trás do tapa-olho.

— Seus... Imbecis! Idiotas! Incompetentes! E acham que podem chamar a si mesmos de caçadores?!

— Mas senhor, foi o Zero quem...

— E quem foi que lhe perguntou alguma coisa?! Ainda não me lembro de ter pedido a sua opinião!

Hunf, eu já devia saber que ia sobrar pra mim... – Kaito pensou, desejando poder estrangular Zero.

Yagari, por sua vez, inspirou e expirou de forma lenta e profunda.

Ultimamente, estes exercícios de respiração e meditação transformaram-se em um novo hábito que ele adotou para manter o que lhe restava da própria sanidade.

Desde que fora encarregado de cuidar da administração e da presidência durante a ausência de Kaien Cross, seus dias estão sendo ocupados por uma verdadeira maratona de trabalho estressante quase ininterrupto.

Suas mãos cerradas em punhos tremiam com o desejo de trucidar aqueles agentes estúpidos. Mas ele sabia que se os matasse ali mesmo, só iria agravar os problemas com a falta de pessoal na Associação, sem contar que teria de ouvir as lamentações insuportáveis de Cross pelo resto da vida...

É. Não vale a pena matá-los. Pelo menos não agora...

Ele repetiu mentalmente essas palavras como se fosse um mantra, e por fim conseguiu recuperar um pouco do autocontrole.

Seu olhar afiado se focou em Zero. Desta vez, quando ele falou sua voz soou fria e dura.

— Kaito, vá até o centro de perícia e me traga o relatório completo deste incidente. Aproveite e veja se a equipe médica tem novidades sobre o estado da garota.

Mal Yagari terminara de falar, Kaito já estava fechando a porta atrás de si. Não era bom estar por perto quando o Mestre estava furioso.

Nem mesmo se fosse para assistir seu colega cretino levar um sermão.

A sala foi tomada pelo silêncio como se Zero nem estivesse presente.

— Você já deve saber muito bem... – O Mestre finalmente se pronunciou, enquanto apagava mais um cigarro no cinzeiro.

Ele fez uma pausa, procurando com aparente displicência por um novo cigarro dentro dos bolsos do sobretudo negro que vestia, e em seguida o acendeu com seu isqueiro, dando uma única tragada no tabaco e logo depois jogando-o fora.

—... Com a situação turbulenta que a Associação está agora, se aquela garota acabar morrendo, você terá de assumir toda a responsabilidade. E provavelmente, perderá sua licença de caçador, seu posto e sua arma.

Zero assentiu.

— Eu compreendo. Mas isto não irá acontecer.

— Oh, é mesmo? – Yagari debochou, com um sorriso de escárnio ameaçando surgir em sua face. — E posso saber de onde vem toda essa certeza?

Zero inclinou o rosto, ponderando por alguns instantes se deveria ou não dizer suas próximas palavras. E quando ele voltou-se novamente para Yagari, havia uma estranha conclusão em seus olhos.

— Mestre, aquela garota pode não ser um vampiro, mas definitivamente há algo errado nela.

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Kaito gostaria de poder se transformar em uma mosca minúscula apenas para bisbilhotar e ouvir a discussão daqueles dois. Mas antes de querer acertar as contas com Zero, ele estava mais afim é de saber o que dera errado naquela caçada.

Diversas perguntas borbulhavam em sua mente enquanto descia as grandes escadas de pedra.

Afinal, por que aquela garota estava correndo sozinha pelas ruas tão tarde da noite? Como ela foi capaz de resistir sozinha contra dois vampiros? E se Zero é capaz de identificar vampiros á longa distância, como é possível ter estado face a face com ela, sem perceber que se tratava de um humano?

Após caminhar por algum tempo e atravessar dois longos corredores de arcos, Kaito chegou à entrada da C- P- I, a 'Central de Perícia e Investigação'.

Na ampla porta-dupla havia guardas armados e posicionados em ambos os lados da entrada, todos encapuzados por longas vestes escuras de modo que quase não se via seus rostos.

— Identifique-se. - disse um dos guardas á direita.

Kaito acenou em resposta, retirou do bolso de seu casaco um distintivo com o selo da Associação e mostrou-o ao vigilante.

— Kaito Takamiya, Divisão Primária. Estou sob as ordens do comandante Touga Yagari.

O guarda que exigiu que Kaito se identificasse permaneceu em silêncio por breves segundos.

Na sede da Associação dos Caçadores, além de um árduo treinamento militar, todos os guardas e vigilantes são preparados especialmente para sentir e ler as auras e intenções de seus inimigos. Deste modo, eles se tornam capazes de detectar a presença de invasores, além de poderem discernir possíveis usurpadores ou espiões.

Kaito esperou pacientemente pelo veredito, pois sabia que naquele momento os vigilantes estariam utilizando suas habilidades sensitivas, analisando a aura dele a procura de qualquer indício de mentiras ou intenções assassinas.

Finalmente, os guardas acenaram positivamente entre si e permitiram-lhe a passagem.

— Entendido. Bem vindo, senhor Takamiya. – disseram em uníssono.

Entrar na C-P-I era como viajar para um espaço totalmente oposto ao estilo tradicional do QG e a aparência antiga de Rose Trilunne.

A Central é um amplo salão moderno com quase de vinte metros de altura e teto em forma de cúpula. Todo o lugar é bem iluminado e quase todas as paredes são cobertas por estantes lotadas de livros.

Há vários pequenos escritórios enfileirados, separados por cubículos e cabines onde os investigadores trabalham freneticamente nos computadores de ultima geração. Muitos agentes preenchiam relatórios, outros procuravam antigas informações no banco de dados ou acrescentavam novas.

Mesas eram localizadas estrategicamente onde pesquisadores vestindo jalecos brancos mexiam em mapas, gráficos, quadros digitais, utilizavam aparelhos e máquinas dos mais diversos tamanhos que Kaito não fazia ideia do que eram e nem para o que deviam servir. O ar tinha uma estranha combinação de cheiros de café expresso, desinfetantes e livros velhos.

Enquanto atravessava o salão, Kaito passou por uma mesa onde um grupo de homens se debruçava sobre enormes pilhas de pastas-arquivo, folheando e organizando documentos em ordem alfabética ou cronológica.

Mulheres ocupavam filas de cabines recebendo telefonemas, transferindo ligações e direcionando mensagens entre outros laboratórios e filiais.

Ao observar os arredores do ambiente, Kaito imaginou Zero recebendo a punição de trabalhar ali em carga horária extra. A ideia fez um sorriso diabólico estampar seu rosto. Ele achava inacreditável todas aquelas pessoas não ficarem completamente loucas trabalhando naquele lugar o dia inteiro.

Como se essa gente já não fosse anormal o suficiente...

Depois de desviar-se de dois homens carregando uma pilha enorme de caixas, ele avistou o cubículo nº 104-D, ocupado por Wesley Nyckell.

E por falar em malucos...

Wesley era um garoto de dezesseis anos de idade, pálido, de cabelos avermelhados e usava óculos largos que faziam seus olhos parecerem enormes. Apesar da pouca idade, ele fora recrutado pelo QG pouco antes de se graduar num dos mais importantes Institutos tecnológicos do país.

Naturalmente, a família dele já trabalhava há muitos anos com a Associação, mas quando ficou evidente que o garoto não possuía nenhuma vocação para seguir a vida de um Hunter, descobriram que ele seria bem mais útil atrás de um computador.

Resumindo, o garoto era um autêntico nerd e quase ninguém realmente o levava a sério. Um dia, Kaito notou que Wesley era capaz de recolher os mais diversos tipos de informação em tempo mínimo e tratou logo de inseri-lo em sua equipe de perícia. Foi um achado em tanto.

Chegando ao cubículo, Kaito encontrou Wesley na escrivaninha dormindo profundamente sobre uma pilha de papéis. Ao redor dele havia uma bagunça com copos sujos de café, saquinhos de pipoca e amendoim, livros amontoados nos cantos e folhas de papel rasuradas.

No computador, diversas imagens de constelações, planetas e nebulosas se moviam no protetor de tela, lançando luzes coloridas na cabeça do garoto.

Kaito limpou a garganta, bateu três vezes na parede, mas o garoto continuou dormindo feito pedra.

— Wess! - sem paciência, Kaito bateu o punho com estrondo sobre a mesa.

O susto fez o adolescente quase pular da cadeira, derrubando os copos e vários papéis no chão.

— Quê?! Quando?!Onde?!Cadê?! Não foi minha culpa, eu juro!

Seus gritos assustados provocaram um grande burburinho em todo o salão com várias pessoas reclamando e pedindo silêncio.

— Moleque, abra os olhos, você está sonhando!

—Hã?! – disse o coitado, tentando arrumar os óculos que escorregavam-lhe pelo nariz. — Ah... É você, Kaito?_ ele balbuciou. Seu cabelo parecia não ver um pente há vários dias, o jaleco branco estava amarrotado e uma etiqueta de papel acabou colada em sua bochecha.

— Quem mais seria? E já mandei não virar a noite trabalhando aqui. Isso me trará problemas. Você ainda é menor de idade, ou se esqueceu disso? Vá dormir em casa, saia um pouco... — Kaito ralhou, arrancando de uma só vez a etiqueta presa ao rosto dele.

— Ai! – choramingou. — E olha só quem está falando...

— Ah, cale a boca! Mas já que está por aqui, conseguiu o que solicitei?

— É... Bem... Sobre isso... – o adolescente hesitou, coçando nervosamente a lateral de sua cabeça com uma das mãos.

— Fale logo!

— Eu recolhi todos os dados que pude, mas não encontrei muita coisa a respeito da garota. Basicamente, não há nada sobre ela nos nossos arquivos e nem evidencias de um possível envolvimento com vampiros.

"A equipe forense coletou amostras das digitais e do DNA dela, varreram a rede, mas ainda sem nenhum resultado. Eles estão cogitando a possibilidade dela ser uma imigrante ilegal. Tirando isso, é quase como se ela não existisse."

O garoto deteve-se por um momento, olhou rapidamente para os lados verificando se alguém os observava e baixou o tom de voz, inclinando-se para que Kaito o ouvisse. —"... Mas pelo menos de acordo com os exames médicos, a garota é biologicamente 100% humana. E por fim, a única coisa que não sabemos como explicar é o porquê dela ter se machucado com a arma do Kiryuu. Isto é, além dele ter... Você sabe, atirado nela, apesar de ser uma humana."

Wesley girou a cadeira e começou a revirar as gavetas da escrivaninha até finalmente encontrar uma pasta preta com uma tarja onde se lia ' C/31- 104D'.

— Pegue. Aqui está o resto das informações sobre o caso, incluindo meu relatório sobre o local do incidente e todos os dados recolhidos com a equipe médica responsável por ela.

Kaito aceitou a pasta e começou a folhear algumas páginas.

Nome – desconhecido

Documentos e registros – indisponíveis

Idade– estimada entre 16 a 18 anos

(...)

Altura– 1,66 m

(...)

Grupo sangüíneo – O

Fator RH: +

Peso – 53 quilos

Cor da pele – Aabb (morena clara)

(...)

— Eu me lembro de que ela portava um canivete...

— Sim... Mas... Era apenas um canivete simples — o adolescente respondeu, ainda bocejando. — Você lerá sobre isso na décima página. Não sei bem o porquê, mas a Karen insistiu em examiná-lo. Então, creio que você vai ter de esperá-la terminar se quiser dar uma olhada por si mesmo.

Karen? Mas o que ela está fazendo aqui? Achei que estivesse trabalhando em outro caso.

Karen Nyckell é a irmã mais velha de Wesley. Porém, ao contrário do irmão, chegou a trabalhar como Hunter ativa, mas decidiu seguir na área científica por opção própria.

O garoto deu de ombros.

— Aparentemente, quando soube que o Kiryuu estava envolvido, ela mudou de ideia e resolveu cooperar. Você sabe como ela é maníaca por armas antigas, acho que só quer mesmo é analisar a Bloody Rose. E no fim das contas, é a única especialista em armas disponível no momento e até formulou uma teoria válida sobre o incidente.

— Que teoria é essa? Não estou vendo nada disso escrito aqui.

— Fui proibido de contar para alguém antes de todos os "testes necessários" serem feitos. Venha, eu te levo até ela e você tira as suas próprias conclusões.

O garoto levantou-se da escrivaninha e acenou para que Kaito o seguisse. Ele o conduziu para uma das extremidades do salão, onde havia três corredores de portas que direcionavam até as demais salas e laboratórios da Central. Os dois seguiram para a direita e após caminharem alguns metros, estacaram de frente à porta '14-D'.

O menino bateu três vezes.

Passaram-se alguns segundos. De repente, a porta se abriu com um estalo automático e ambos adentraram no recinto.

A sala era um pequeno laboratório. Além dos demais utensílios e máquinas, havia um computador, uma estante cheia de caixas e frascos, uma escrivaninha e uma comprida mesa retangular onde repousavam diversas ferramentas enfileiradas e meticulosamente organizadas.

No centro desta mesa jazia a Bloody Rose, acomodada em algum tipo de aparelho com estranhas fiações e pequenas luzes que piscavam a cada segundo.

E no fundo da sala, uma mulher jovem estava assentada á escrivaninha, parecendo estudar cuidadosamente alguns esboços. Provavelmente, projetos e esboços de armas.

—Bem... Oi. Trouxe alguém que gostaria de te ver.

— Por favor, mande este sujeitinho aí ir embora. Não tenho nada para resolver com ele. — a pesquisadora entoou numa voz entediada, sem ao menos tirar os olhos do que fazia.

— É bom vê-la também, Karen. Como sempre, sua gentileza me deixa emocionado. Mas acredite, por mais que eu adore a sua companhia, vim aqui apenas cumprindo ordens.

Kaito observou a Bloody Rose sobre a mesa. Pelo que conhecia a respeito do trabalho de Karen, ele presumiu que a pesquisadora provavelmente já deveria ter examinado a arma inteira por dentro e por fora.

—Seu irmão me disse que você descobriu algo interessante. O que é?

Karen levantou-se da escrivaninha e direcionou um olhar irritado para Wesley.

— O que ainda faz aqui? Você deveria ter ido para casa há horas. E já avisei que não quero você andando com este sujeito. Ele é uma má influência!

— Ei! Não fale de mim como se eu não estivesse por perto, isso magoa...

Ainda decidida a ignorá-lo, Karen caminhou calmamente até a mesa, vestiu seu jaleco branco e um par de luvas e começou a ajustar as fiações do aparelho.

Ela era alta, magra, possuía os mesmos olhos verde-jade que seu irmão e costumava usar solto seu longo cabelo ruivo. Curiosamente, ela também usava óculos, só que ao contrário dos de Wesley, os seus eram de armações finas em perfeita proporção com o rosto.

De certa forma era até engraçado compará-los: com os modos desajeitados e aparência desleixada, Wesley parecia ser o total oposto de Karen. Mas também eram incrivelmente parecidos.

Após algum tempo ela suspirou fundo, claramente contrariada, e finalmente dirigiu-se a Kaito.

— Você realmente permanecerá aí, me perturbando até que eu diga tudo?

— Óbvio. – ele disse desafiadoramente, com um sorriso convidativo e maquiavélico. Ele sabia perfeitamente que Karen detestava vê-lo sorrir daquela maneira, e fez questão de sorrir ainda mais ao ver a expressão de puro desprezo no rosto dela.

Era apenas questão de tempo até que ela finalmente se enchesse de raiva. E para sua surpresa, isso aconteceu mais cedo do que esperava.

— Argh! Ótimo. Eu cooperarei com você, mas em troca, nunca mais apareça em meu laboratório.

— Acredite, será um prazer. - Kaito afirmou, concluindo consigo mesmo que em algumas ocasiões, haviam certas vantagens em ser um sujeitinho insuportável.

Ele e Wesley riram discretamente enquanto se posicionavam ao redor da mesa.

— Wess, pegue para mim aquelas folhas sobre a escrivaninha, por favor.

O garoto voltou com os papéis e distribuiu-os sobre a mesa.

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Notas finais do capítulo

Fatóides:
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¹ República de Trilunne: Na realidade de "Equinocial", este é o país que abriga a maior parte dos vampiros existentes em todo o mundo, e é nele que o Reino e o centro político da sociedade dos vampiros se situam. Devido a essas circunstâncias, e para assegurar que o pacto de coexistência pacífica com os humanos seja mantido, o QG da Associação dos Caçadores também se localiza neste país.
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Obviamente, eu inventei esse lugar e ele não existe na versão original do mangá. Eu o criei apenas para ser um local onde estória da fic acontece, já que a Matsuri Hino nunca nos deu nenhum nome ou pista a respeito das cidades e lugares do mundo de VK. Conforme os capítulos forem avançando, eu darei mais informações e explicarei as características de como tudo funciona por lá.
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²Rose Trilunne: é uma das principais cidades da República de Trilunne (para maiores explicações, conferir o item acima). Sua localização, características e etc. são invenção minha e não existem no mangá.
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³ Hunters: o equivalente a "caçadores" em inglês. Na Associação, eles são os membros encarregados de exterminar os vampiros que matam seres humanos ou que violaram as leis do pacto de coexistência pacífica.
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Obs: Os irmãos Karen e Wesley Nyckell são personagens criados por mim.

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