Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 48
Conexões Poderosas


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo, enorme e prontinho pra vocês.

Soundtrack pra cena com o asterisco *
https://www.youtube.com/watch?v=o_gNrBE39Mc



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Harry ainda estava pasmo com o que aconteceu. Ele tinha conseguido transmitir sua mensagem telepática para Gina, ele sabia que tinha, porque seu corpo reagiu bem à conexão que envolveu os dois naquele momento. E Harry também sabia que era Gina quem provocara todo aquele vendaval no laboratório; ele conhecia os poderes dela e sabia que a ruiva era extremamente poderosa. Mas de fato, Gina o surpreendeu, assim como todo o restante do grupo.

– Você tem certeza que esses foram os poderes da Gina, e não de outro mutante? - Scorpius estava bastante impressionado; sua respiração estava um pouco sem controle.

– Eu já disse, foi ela! - Harry estava convicto. Ao seu lado, Rose enroscava os cabelos que estavam totalmente bagunçados pelo poder da ventania em um coque firme. - Eu consegui me comunicar com ela.

– Cara, tenta se comunicar com Hermione. - Rony pegava do chão a pistola que havia escapado violentamente de suas mãos; em seguida ele se aproximou de Harry, nervoso. Scorpius e Rose cruzaram os olhares. Eles percebiam o quanto Rony estava tenso pelo rapto de Hermione. - Tenta descobrir onde ela está.

– Eu só consigo mandar mensagens mentais para as pessoas, não posso ouvir respostas. Não adiantaria eu me comunicar com ela. - Harry lamentou desapontar o amigo. Rony respirou fundo.

– Não podemos ficar parados aqui desse jeito. Tem vários mutantes soltos por aqui, a gente já teve sorte demais. E minha hipnose não vai durar para sempre nesses dali. - Scorpius dirigiu seu olhar para a cela deixada um pouco atrás deles; onde alguns dos mutantes que havia os enfrentado estavam presos e sobre efeito dos poderes do garoto hipnótico.

– Estamos perdidos nesse maldito laboratório, cara. - Rony bufou, irritadiço. Harry pressionou seus dedos nos dois lados de sua cabeça, massageando aquela área. Não latejava tanto, mas ainda assim o incomodava. - Já estamos procurando por Bellatrix há horas.

– E a cada minuto ela parece estar mais distante. - Reclamou Rose, coçando a testa.

– Temos que achar as meninas, temos que montar uma estratégia pra pegar Bellatrix. É óbvio que ela está se escondendo de nós, ela tá em desvantagem. - O ruivo tinha uma expressão facial visivelmente nervosa.

– Tem certeza? - Scorpius retrucou e contraiu os lábios. - O grupo tá todo separado, as garotas foram sequestradas e tem dezenas de mutantes soltos aqui tentando acabar com a gente. Fora que não sabemos onde os policiais estão, eles podem atacar a qualquer hora.

– Mas Bellatrix por si só está em desvantagem. Ela deve estar furiosa pelo o que Gina acabou de fazer. Ela sabe que se a gente destruir esse lugar, e vencer os mutantezinhos que estão do lado dela, ela vai estar ferrada. - Rony se embravecia e apertava a arma em sua mão; sorte que a pistola permaneceu inteira mesmo depois dos efeitos paranormais atingirem o laboratório.

– Eu vou tentar falar com Clove. - Harry então quebrou aquelas palavras tensas.

– Por que com Clove? - Rony ergueu o olhar para encarar Harry; sua voz soou ríspida. - Por que não tenta falar com Hermione, do jeito que eu te pedi?

– Porque eu tenho mais chances de conseguir me comunicar com a minha irmã. - Retrucou o moreno, imediatamente, sobre a expressão fechada de Rony. - E não temos tempo a perder.

– Se você tentar, vai conseguir se comunicar com a Mione da mesma forma que fez com a Gina. - Rony estava estressado.

– Não estou desvalorizando a Hermione, Rony. Ela é importante pra mim e pra todo mundo do grupo, não é só pra você. Mas a Clove é minha irmã. - Harry também começou a se estressar.

– Chega! - Rose interveio, exaltando a voz. - Harry, tenta falar logo com a Clove, tenta descobrir onde ela tá. Precisamos reunir todo o grupo, achar a Bellatrix e cair fora daqui.

Harry concordou e respirou fundo. O garoto sabia que seus poderes estavam mais fortes naquele momento, as chances dele conseguir transmitir mensagens telepáticas para Clove eram grandes. Mas conseguir encontrá-la dessa maneira seria bem difícil. Harry não conseguia ouvir as respostas mentais das pessoas quando se comunicava; ele apenas conseguia projetar palavras na cabeça delas. E aquele laboratório era um verdadeiro labirinto; encontrar Clove e os outros amigos sem se meter em roubadas estava praticamente fora de cogitação.

Se as coisas estavam perigosas quando o grupo invadiu o laboratório à procura de Bellatrix, a situação piorou gradativamente enquanto os mutantes rebeldes começaram a detonar o centro clandestino de pesquisas da mulher.

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Clove, Draco e Snape estavam em sua busca árdua pelo porão onde provavelmente encontrariam Bellatrix Lestrange.

Apesar de ter feito poucas visitas ao laboratório, quando ainda estava envolvido com as artimanhas da tia, Severo Snape conhecia bem aquele lugar. Ele já havia presenciado muita barbaridade em sua vida ao lado de Lestrange, e aquele laboratório era o ambiente de que Snape jamais se esqueceria, nem que se passassem mil anos.

Bellatrix usava sim a clínica Delart para estudo e realização do seu tão sonhado projeto DNA; mas a clínica era muito frequentada, ela não podia se dar ao luxo de guardar seus projetos e até mesmo acompanhar o desenvolvimento de suas criaturas geneticamente modificadas lá. Foi então que Bellatrix pensou na ilha.

Antes da construção do laboratório, a ilha era um local deserto e inabitado por seres humanos. Existiam alguns animais por lá, mas seres incapazes de transformar a ilha em um ambiente perigoso. Bellatrix decidiu então construir seu centro secreto de pesquisas ali. Severo Snape é claro, achou absurdo; ele sabia exatamente do que a tia pretendia, ele conhecia os planos dela muito bem.

Então, desde a construção do laboratório na ilha, tudo o de mais sombrio começou a rodear aquele lugar. A maioria das experiências genéticas de Bellatrix geraram excelentes resultados, mas ela precisou de muito estudo e muitos testes para realizar suas criações mutantes. Todas as experiências negativas relacionadas ao projeto DNA foram estocadas no laboratório; e dessas experiências negativas vinham os mutantes violentos; os quiméricos que eram capazes de transmitir seu vírus caso mordesse alguém; e os embriões que não resistiam às constantes pesquisas genéticas de Bellatrix. A cientista chegava até a colocar esses embriões mortos dentro de potes em conserva, em várias de suas salas de pesquisa, para a lembrar do fracasso que cometeu, e para alavancar o seu desejo de se tornar gloriosa ao criar seres indestrutíveis e poderosíssimos.

Snape nunca apoiou as experiências proibidas de Bellatrix, sua tia, mas sempre a considerou genial. Afinal, ele sabia o que era ser mutante, ele sabia das habilidades que possuía, sabia o quão raro era tudo aquilo. Ele a considerava extremamente sórdida e obcecada, mas genial. O sucesso das mutações realizadas pelas próprias mãos da mulher era surreal, e uma história que parecia ser vivida apenas em quadrinhos e filmes fictícios se tornou real.

Mas ainda assim, Bellatrix agia de forma cruel e destruía inúmeras vidas; isso era algo inaceitável para Snape. Ele de fato, nunca havia sido maltratado pela tia desde sua infância, mas sabia de todos os passos que ela dava, de todas as loucuras que ela cometia para realizar aquelas experiências. A doação de tratamentos para mulheres que não conseguiam engravidar apenas para conseguir cobaias para seu projeto, a invasão e a violação dos direitos da famílias dessas mulheres que se tornaram cobaias, as alterações proibidas e sem consentimento dos pais nos filhos que eles teriam, o rapto de várias criaturas que acabaram nascendo com temperamentos violentos e precisaram ser trancafiadas no laboratório... tudo aquilo era extremamente revoltante, e Snape já estava farto de conviver com aqueles absurdos.

Sim, Bellatrix era a única família que Snape, o homem-lobo, tinha. Ele sabia que se voltar contra ela o deixaria perdido no mundo, mas depois de tudo que aconteceu nos últimos meses, Snape não se importava mais. Ele se rebelou contra a tia e contra seu amigo, Lewis, o cara que acompanhou Snape por toda sua adolescência e enfrentou as turbulências da mutação de Snape ao seu lado. Mas agora, assim como Bellatrix, Lewis tinha escolhido um caminho perverso para seguir; e mesmo sendo um policial, tendo de cumprir suas obrigações perante a sociedade e ajudar a salvar vidas, Lewis preferiu entrar pelo caminho das tentações e fazer o mal.

Afinal, Lewis desde garoto era apaixonada por Bellatrix, tia de seu melhor amigo. A única oportunidade de se envolver com a mulher surgiu quando o escândalo dos mutantes se espalhou pela cidade, e ele soube que ela o procuraria para pedir apoio.

Snape nunca aceitou tudo aquilo. Toda aquela violência contra os pais dos mutantes, que não tinham culpa de absolutamente nada, toda aquela perseguição contra os seres especiais - até porque Snape era um mutante, e ele só não viveu o tormento de ser perseguido pois seus dados não foram divulgados nos noticiários e Bellatrix impediu que qualquer policial aliado dela machucasse o sobrinho -.

Toda a revolta que Snape sentia ocasionou em sua prisão. Bellatrix percebeu que o sobrinho havia se rebelado contra ela, sabia que era ele quem tinha entregue o pendrive com as informações da ilha para o pai de Gina Whotsley, induzindo a mutante a procurar descobrir a verdade sobre as experiências proibidas com seres humanos. A médica então deixou se levar pela revolta da traição e ordenou que capturassem o sobrinho, e o prendesse no laboratório. Enquanto Severo estava preso, ele sabia que ninguém daquele lugar poderia ajudá-lo, e Bellatrix não iria aceitar mais rebelião contra ela. Trancafiado e sozinho, Snape passou a torcer todos os dias para que o pendrive que ele havia dado a Jefferson Whotsley chegasse logo nas mãos de mutantes que com certeza iriam procurar desvendar aquela história.

Enquanto Snape corria a passos largos ao lado de Clove Potter e Draco Malfoy, o homem sentia uma ligeira esperança dentro de si. Ele sabia que o laboratório era muito perigoso, sabia que todos os mutantes selvagens criados naquele lugar estavam dispostos a acabar com aqueles invasores, e sabia que Bellatrix Lestrange juntamente a sua corja de policiais corruptos tentaria ter o controle da situação a todo tempo, e fariam o que tivesse de ser feito para conseguirem. Mas Snape também sabia que aqueles mutantes que corriam ao seu lado eram poderosos e não descansariam enquanto não colocassem um fim naquele inferno que estavam vivendo.

– Estamos chegando? - Draco sentia queimaduras nos ferimentos em seu rosto e um corte no joelho do garoto o incomodava ao correr.

– Quase. - Snape girou mais um corredor que possuía duas listras retas e vermelhas por todo o chão.

"Clove!"

Quando a voz de Harry conseguiu se conectar com a mente de Clove, a garota paralisou imediatamente, agarrando o braço de Draco e segurando a capa preta da roupa que Snape vestia para que eles cessarem os passos por igual.

– O que houve? - Draco arregalou os olhos quando viu Clove praticamente em estado de choque, os olhos esverdeados dela estavam dispersos e a boca dela ficou entreaberta.

"Clove, tenta me ouvir!"

– Eu tô ouvindo, Harry! - Ela sabia que ele não escutaria de volta, mas estava extasiada demais para conter aquelas palavras. Draco arregalou ainda mais os olhos e se aproximou da mutante. Severo também se aproximou de Clove com sua testa franzida.

– É o Harry? - Draco quis saber, mas foi ignorado porque Clove estava visivelmente concentrada em seus pensamentos.

"Não sei se está me ouvindo, mas o meu palpite é que esteja."

A voz do irmão continuou ecoando dentro da cabeça de Clove, ela conseguia ouvir o som da voz dele em um perfeito tom. Clove percebeu a tensão por entre as palavras de Harry.

"Se estiver me ouvindo, tenta mandar um sinal."

Os olhos de Clove giraram várias vezes sem determinada direção. Ela tentou responder mentalmente de volta, mas sabia que ele não estava recebendo nada, pois o garoto continuava a insistir para que ela mandasse algum sinal de que conseguia ouvi-lo. Clove só não fazia a menor ideia de como.

"Tenta usar seus poderes." Clove ficou atordoada com o pedido do irmão. "Clove, tenta. Focaliza a minha imagem na sua cabeça e tenta me causar dor."

Ela não fazia a menor ideia de que aquilo fosse possível. Nunca sequer havia tentado antes, com ninguém. Usar seus poderes psíquicos a distância. Seria possível? Bom, tudo era possível naquele mundo e Clove não perderia nada tentando. Ela realmente não sabia se iria funcionar, mas se funcionasse, torcia para não machucar o irmão. Suas rajadas de dor eram sempre tão intensas...

– O que foi? - Draco estava aflito, queria saber o que Harry dizia telepaticamente para Clove.

– Preciso me concentrar. - Ela pediu para que o loiro se calasse. Sem entender, Draco obedeceu, e continuou a olhar para Clove.

A morena fechou seus olhos. Seguindo o que Harry havia dito, ela visualizou a imagem do rosto dele em sua mente, e então forçou seus poderes. Focalizou uma onda psíquica de dor atingindo a imagem do irmão, e sua cabeça latejou um pouco. Clove não sabia se estava funcionando, mas continuou a fazer o que estava fazendo; forçou mais sua mente e esperou para que algo acontecesse.

Quando um grito agudo atingiu os pensamentos da garota, Clove entendeu que seus poderes haviam sim atingido Harry, então ela cessou a força de sua mente no mesmo instante. Arregalou os olhos e viu Draco totalmente atordoado por não saber o que estava acontecendo, e Severo Snape parecia um tanto surpreso.

"Funcionou. Você conseguiu."

A comemoração de Harry causou um sorriso chocado na própria Clove.

– Pode falar que merda tá acontecendo? - Draco estava começando a se irritar por aquele mistério todo.

– Eu acho que acabei de fazer um vodu mental. - Clove comentou, meio chocada. A cada segundo que se passava, Draco arregalava mais os olhos e Severo Snape franzia mais sua testa; aliás, a cara carrancuda do homem estava enrugada de tanto que ele franzia sua testa.

"Clove, me escuta. Preciso te encontrar, saber onde você está. Não temos muito tempo, vamos nos ferrar se continuarmos aqui."

– Harry quer saber onde estamos. - A morena contou para Draco e Snape, atordoada. - Tem algum jeito de marcarmos um lugar? - Ela direcionou seu olhar para o homem de cabelos pretos e oleosos; ele pareceu pensar um pouco.

– Acho que não, eles iriam se perder. Esse laboratório é grande demais, e tem que conhecer muito bem esses corredores para não se perder por aqui. - Snape contradisse, vendo Clove bufar e Draco enfiar uma mão entre os cabelos.

– É, deu pra perceber. - Retrucou o loiro, tenso.

"Olha, eu decidi tentar uma coisa. Escuta bem o que eu vou te dizer, Clove..."

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– Não, não, isso vai machucá-la. - Scorpius discordou plenamente do que Harry propôs. O moreno, que se comunicava mentalmente com a irmã, não via outro jeito de fazer aquilo.

– É só por uns segundos. - Harry encarou o olhar de Scorpius, que parecia enraivecido.

– Scorpius, tá tudo bem. - Rose tocou a mão do loiro e os dois olhares se cruzaram.

– Clove é poderosa, e nós já sabemos que os poderes dela não são nada agradáveis. - Scorpius continuava a discordar da ideia. - Vai te machucar, e eu não quero isso.

– Não vai durar muito tempo, e é o único jeito. - Harry tentava convencer o amigo. Ele entendia o receio de Scorpius, afinal, as rajadas de dores que Clove era capaz de penetrar na cabeça de alguém eram realmente insuportáveis, e Scorpius não queria que Rose fosse vítima daquilo. Mas eles precisavam achar um jeito de se encontrarem, e se Clove transferisse um pouco de seus poderes para a mente de Rose, talvez a mutante da clarividência conseguisse usar seu dom para descobrir onde Clove e os outros estavam.

– Eu também não acho muito agradável essa ideia, mas Scorpius.. - Rony tocou o ombro do loiro e Scorpius agilmente se esquivou.

– Se fosse com a Hermione, você deixaria? - Irritado, Scorpius encarou o olhar de Rony, que bufou e não respondeu àquela provocação. - Harry, você querer sentir dor pra mim tá de boa, mas a Rose não.

– Vai ser rápido, eu aguento. - Rose puxou Scorpius pela mão e os dois ficaram um pouco distante de Harry e Rony. A ruiva soltou a mão do loiro e foi acariciar o queixo dele. Scorpius respirou fundo, enquanto encarava os olhos azuis e brilhantes dela.

– Não quero ver você machucada. - Scorpius confessou, e fez Rose abrir um sorriso. Ela também tinha que confessar que gostava da preocupação que ele estava tendo. Aliás, ela gostava do que estava acontecendo com eles; de todos os sentimentos incompreendidos e de todas as inexplicáveis batidas descompassadas do coração.

– Eu vou ficar bem. É só você segurar minha mão, assim ó. - A garota parou de acariciá-lo no queixo e enlaçou sua mão esquerda na dele. Scorpius sentiu o toque e apertou levemente a mão de Rose na dele.

– Se eu segurar, você não vai sentir dor? - Scorpius supôs, e Rose balançou negativamente a cabeça, sorrindo. Então Scorpius também se permitiu a abrir um sorriso sincero. - E se eu fizer.. assim.. - A boca dele se aproximou da dela, e Scorpius lentamente deslizou seus lábios nos dela. Rose apertou a mão de Scorpius quando seu coração palpitou e sua pele arrepiou com aquele ato.

– Scorpius, cuidado! - O grito de Harry alertou imediatamente Scorpius e Rose, que se separaram e perceberam a presença de um mutante furioso em direção aos dois; era um mutante que usava uma bermuda preta rasgada, tinha uma pelagem amarela e pintada, presas enormes e grossas na boca e garras enormes nas mãos e nos pés.

Scorpius entrou na frente de Rose com a ameaça, e o mutante começou a correr de quatro patas até eles, enquanto soltava rugidos de tigre ensurdecedores.

– Se abaixem, agora! - Ordenou Rony, extasiado. Rose agarrou os ombros de Scorpius e empurrou-o para o chão, agachando-se junto do garoto. Quando o felino pulou para atacar, Rony disparou três tiros contra o peito do mutante, que caiu em um baque no chão, sangrando muito. Harry se aproximou dos amigos atordoado e com os olhos arregalados.

– Tá perigoso demais ficar aqui! - Scorpius ficou nervoso. Se levantou do chão puxando Rose pela mão e envolveu a garota em um abraço; o coração dela batia acelerado e a ruiva ainda sentia um choque pelo ataque súbito.

– Então vão concordar com meu plano? - Harry evitou mais delongas; também estava estupefato. Rose assentiu quando saiu dos braços de Scorpius, e o garoto segurou-a pela mão, firmemente. - Tudo bem.

"Clove, tenta usar seus poderes em Rose, da mesma forma que fez comigo. Assim ela vai conseguir sentir sua energia e talvez consiga ver onde você está, já que ela tem o dom da clarividência. Depois que você usar seus poderes, comece a falar onde está, comece a fazer movimentos com as mãos mostrando algum ponto de referência pra gente chegar até você. Vamos torcer para que Rose consiga te ver e te escutar."

Harry esperou por alguns segundos para obter resposta. Ele cerrou os dentes e fixou seu olhar em Rose; Rony também fez o mesmo. Scorpius apertou firme a mão de Rose com a sua, e a ruiva fechou os olhos, esperando que a força dos poderes de Clove invadisse sua mente. E não demorou para acontecer.

Quando Rose foi atingida, um grito agonizante escapou por sua boca, e as pernas dela se desequilibraram. Scorpius agarrou a ruiva pela cintura e olhou a dor no rosto dela. O coração do garoto começou a bater descompassadamente. Rose subiu sua mão livre a agarrou um dos braços de Scorpius; ela sentia marteladas por sua cabeça, era como se algo estivesse pressionando sua cabeça contra uma rocha, como se algo tentasse quebrar o seu crânio. Os latejos eram extremamente fortes e dolorosos, e Rose por esses segundos de tortura achou que poderia estar ficando louca de dor.

Depois de longos e insuportáveis segundos sobre influência dos poderes mentais de Clove, Rose foi libertada das dores e respirou fundo; ela sentia-se como saindo do mar depois de muito tempo sem conseguir respirar, afogando-se. Agarrou com as duas mãos os braços de Scorpius e arregalou os olhos quando conseguiu visualizar o rosto do loiro.

– Você tá bem? - Scorpius apertou a cintura de Rose e chacoalhou um pouco o corpo dela. A ruiva assentiu e respirou fundo mais uma vez.

– Tô. - Ela semicerrou os olhos para tentar controlar seus batimentos cardíacos e sua respiração. - Agora sim.

– Conseguiu sentir os poderes dela? - Harry indagou, exasperado.

– Com certeza. - A ruiva assentiu imediatamente. Depois de um tempo se recuperando, soltou os braços de Scorpius e as mãos dele deixaram de segurá-la na cintura.

– Tenta usar sua clarividência agora. - Pediu o moreno, tocando o ombro da ruiva.

– Deixa ela respirar um pouco. - Rony viu que os poderes de Clove tinham atingido Rose de uma forma extremamente forte, pela reação que ela teve.

– Eu tô bem. - Rose respirou e mexeu os ombros. Com um leve balançar de cabeça, a ruiva sugou um pouco de oxigênio do ambiente e tentou controlar e concentrar sua mente.

Os olhos de Rose se fixaram dispersos no ar.

O azul de suas íris começaram a clarear.

Rose buscou pela imagem de Clove em algum ponto do laboratório; forçou seus poderes a visualizarem alguma coisa. Ela começou a enxergar borrões, mas na medida que fortalecia sua mente, as imagens foram ganhando vida. Então ela visualizou um corredor extenso e com a presença de três pessoas por lá. Sua cabeça voltou a latejar, mas em menor grau dessa vez. Ela estava tendo mais controle.

Forçando os olhos, que estavam extremamente brilhantes e claros, Rose pôde começar a detalhar a aparência das pessoas no corredor que ela via. Um homem vestia uma capa preta longa, parecia ser mais velho, e um garoto de cabelos louro platinados tinha uma mão apertando seu próprio queixo. Sem dificuldades para distinguir qual dos Malfoy era, já que Cato era bem maior e mais musculoso, Rose visualizou Draco em sua mente. O rosto dele estava bastante ferido e ele parecia fraco, mas não perdia a pose de durão que tinha.

– Eu tô vendo o Draco. - Rose avisou os amigos, que se entreolharam, estupefatos. A clarividência dela estava funcionando.

As imagens continuaram a rodar pela mente de Rose, até pararem na imagem de Clove Potter. A boca dela balbuciava algo que Rose não conseguia ouvir nem entender; e os braços de Clove apontavam para as paredes brancas manchadas e para o chão onde ela pisava sobre duas listras vermelhas.

"Esta-mos pert-porão." O som das palavras de Clove subitamente invadiram a cabeça de Rose. Eram palavras incertas e entrecortadas, mas que Rose estava conseguindo entender.

– Clove também. Eles estão chegando perto do porão. - Ela avisou, mas não deixou de se concentrar na sua clarividência.

Rose continuou a ver os acenos de Clove, continuou a ouvir as palavras dispersas dela e de Draco; os dois tentavam de alguma forma anunciar onde estavam, e o homem com eles apenas apontava para as listras vermelhas do chão. Aquelas listras eram a melhor pista que tinham. As imagens se chacoalharam dentro da cabeça de Rose, e inexplicavelmente um rápido caminho foi trilhado frente a mente da ruiva, um caminho que partia de onde ela, Harry, Scorpius e Rony estavam, até alcançarem as listras vermelhas. Rose guardou bem aquele caminho na memória, e com um ofego profundo, a ruiva se livrou daquelas imagens em sua cabeça e voltou a si. Viu que os garotos a olhava esperando ansiosos por uma resposta.

– Sei como encontrá-los.

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Cato, Luna e Narcisa chegaram rapidamente ao local de onde onde os gritos desesperados surgiam.

Esses gritos escapavam por uma espécie de porta de calabouço, uma porta de madeira gasta que estava um pouco destruída em consequência das explosões e da ventania paranormais que atingiu o laboratório.

– Consegue ver quem está lá dentro? - Luna viu Cato se aproximar da madeira quebrada e com partes aos pedaços. Ele conseguia ver várias pessoas lá dentro, só não conseguia dizer quem eram.

– É o porão. - Avisou Narcisa quando ficou ao lado do filho e olhou pela greta da madeira rachada. - As outras mães estão lá dentro.

– Por que elas estão gritando? - Luna estava agoniada com aqueles gritos de desespero. A loira podia sentir calafrios por seu corpo em consequência daquilo.

– Está acontecendo alguma coisa. - Cato avisou, forçou suas vistas para ver o que acontecia. O loiro arregalou os olhos quando viu algumas penas flutuando no ar, e no instante seguinte uma garota ficou às vistas da porta de madeira, fazendo Cato reconhecê-la imediatamente. Era Hermione, suas asas estavam abertas em suas costas e ela tinha alguns ferimentos pelo corpo, mas seus olhos...

Os olhos de Hermione estavam misteriosamente avermelhados, pareciam pegar fogo. O rosto dela estava corado, a mutante estava desesperada. Buscava sufocante conseguir falar algo, mas nada saía de sua boca, a não ser longas e afiadas presas que a assustava ainda mais. Cato via que ela estava em choque e seu corpo soava. Quando o loiro conseguiu encará-la, Hermione arregalou os olhos e enfiou as mãos entre seus cabelos; um grunhido atormentante rasgou a garganta da garota.

Cato ficou em choque vendo Hermione se transformar em vampira.

– AJUDA! - Gritou ela de dentro do porão, implorando para que os amigos a ajudasse.

Hermione sentia seu corpo todo queimar, sua cabeça latejava de uma forma que parecia estar prestes a explodir, um instinto animal tomava conta dos sentidos dela e a fazia querer atacar aquelas mães que estavam livres de sua cela desde que as portas começaram a explodir e uma ventania violenta atingiu o porão. Gabriela estava caída ao chão, e Hermione não sabia definir o olhar que a irmã lançava a ela; a boca entreaberta de Gabriela com vestígios do sangue de Hermione enfurecia ainda mais a mutante alada; ela estava ficando louca.

– O que tá acontecendo lá? - Luna viu o choque no rosto de Cato quando o garoto se afastou da porta de madeira.

– Hermione virou vampira. - Alertou ele, e Narcisa cobriu a boca com as mãos, pasma. Luna se espantou.

– O quê? - A loira ficou extremamente perplexa.

– Eu vou entrar. - Cato avisou, sem paciência para esperar as coisas piorarem mais. Narcisa tentou impedi-lo, mas o loiro puxou seu braço das mãos da mãe e pegou impulso para pular contra a porta de madeira velha, que com certeza quebraria se algo se forçasse contra ela.

– Cato Malfoy, parado imediatamente. - Mas no momento que Cato tentou invadir o porão, uma voz autoritária e cheia de ódio soou entre eles, fazendo-o o loiro paralisar e olhar abruptamente o que estava acontecendo.

Bellatrix Lestrange trazia Gina presa em seus braços, e segurava uma seringa com uma agulha grossa próxima ao pescoço da garota mutante. Gina ofegava e seus olhos ardiam, seu cabelo vermelho estava desgrenhado, apenas um sutiã cobria seus seios já que Lewis havia rasgado sua blusa, e ela se sentia vulnerável de novo.

– Gina! - Luna tentou se aproximar da amiga mas Bellatrix colou a agulha da seringa na pele do pescoço de Gina, ameaçando qualquer outro movimento dos amigos da garota.

* - Solta ela agora! - Ordenou Cato, se enfurecendo. Já estava farto de ver seus amigos em perigo por causa daquela maldita mulher.

– Se afaste da porta. - Bellatrix foi completamente autoritária. O jaleco no corpo da médica estava desajeitado em consequência da luta com Gina pelo caminho do porão; Gina era bem mais poderosa e mais forte, a sorte de Bellatrix foi que a seringa com o líquido de anulação dos poderes mutantes havia ficado dentro de seu jaleco, como uma arma pronta pra ser usada em caso de ataque. Bellatrix não deixaria seus planos irem por água a baixo, ela não deixaria aqueles mutantes rebeldes vencerem os planos que ela tinha. Ela ainda seria a pessoa mais genial do mundo. - Se afaste ou sua amiguinha aqui vai sofrer um pouquinho.

– Não faça nada com ela, Bellatrix. - Narcisa pediu, nervosa. - Não faça nada conosco.

– Cale a boca. - Bellatrix se enfureceu. - Como você ainda está viva? Era pra ter morrido com aquele aborto que eu provoquei em você.

– Fui eu, sua louca. - Luna esbravejou. - Eu curei ela, eu ajudei ela a ficar bem, e eu vou ajudar todos os outros. Eu não vou deixar você ferrar com meus amigos.

– Não fale assim comigo, Lovegood! - A médica estava totalmente enfurecida. - Eu te dei um dos melhores dons que alguém poderia ter, não se revolte contra sua criadora!

– Eu quero que você vá se ferrar, sua louca. - Luna cerrou os dentes e fechou os punhos.

Uma súbita ventania cortou o ar de onde eles estavam. Bellatrix ergueu os olhos para saber o que estava acontecendo. Cato e Narcisa trocaram alguns olhares.

– Gina, se você não parar com isso agora, eu injeto essa seringa em você. - Bellatrix ameaçou a garota, quando a ventania se fortificou e começou a varrer a poeira do chão e os cabelos de quem estava presente ali.

– Luna, por que você tá brilhando? - Cato ergueu a voz em meio ao vendaval.

O corpo de Luna começava a brilhar. Era um brilho intenso, que fazia os olhos de quem a observava lacrimejarem.

Os longos fios loiros de Luna dançavam pelas costas dela.

A garota fechou os olhos e abriu as mãos no ar, suas mãos também brilhavam. A temperatura de seu corpo aumentava gradativamente na mesma proporção que o brilho em seu corpo ficava mais intenso. Ela brilhava tanto que Gina, Bellatrix, Narcisa e Cato já não conseguiam mais olhá-la; Luna brilhava como os raios de sol num dia quente de verão.

– Pare com isso agora! - Ordenou Bellatrix, completamente sem controle da situação. Ainda agarrava o corpo de Gina mas não podia mais continuar de olhos abertos.

– O que tá acontecendo? - Gina gritou; a ventania era forte e barulhenta, e o brilho de Luna extremamente forte.

Quando Luna reuniu força e energia suficiente para emitir radiações dos seus poderes para fora de seu corpo, a garota chacoalhou os braços e expulsou todo o brilho intenso que esquentava sua pele para o laboratório. O brilho se chocou contra cada um deles, e a pele de um por um foi curada. Cada ferimento que cada um deles possuía foi curado e a pele cicatrizada imediatamente.

O corpo de Gina que doía em consequência da luta contra Lewis cessou todas as suas dores; Bellatrix que havia recebido socos em seu rosto da garota telecinética também teve sua pele cicatrizada; nenhum ferimento estava mais presente ali.

O brilho de Luna iluminou também o porão; a madeira velha e meio destruída da porta do porão terminou de se quebrar e todos lá dentro foram recebidos com a maravilhosa dos poderes de cura de Luna.

Hermione e Gabriela se chocaram contra aquele brilho intenso e milagroso que Luna lançou; as presas nas bocas das garotas começaram a sumir e os ferimentos pelos corpos delas também. A mordida na panturrilha de Hermione se desfez gradativamente e ela sentiu as dores em sua cabeça, a queimação por seu corpo e a fúria que tomava conta de seus sentidos desaparecem no mesmo instante. Gabriela se sentiu da mesma forma; ainda jogada ao chão, a menina tocou os dentes em sua boca e viu que não existia mais presas ali, e nem ferimentos em seus lábios; ela estava curada.

Todas as mães que agonizaram por um longo e incansável tempo presas dentro daquelas celas recuperaram suas energias e suas forças, e os dispersos ferimentos por seus corpos também desapareceram.

Hermione não imaginou algo diferente além da cura; ela sabia que os poderes de Luna eram espetaculares, só não imaginavam que era tão fortes a ponto de curarem sem precisar do toque da garota. A mutante alada estava perplexa, mas o sentimento que a invadiu quando se livrou do desespero de ser vampira foi a emoção. Sua mãe estava ali, e sua irmã também estava, além de estar curada.

De braços abertos, Katy esperou para que Hermione viesse de encontro à ela, e mãe e filha puderam se abraçar de novo, depois de tanto tempo. Gabriela também se ergueu do chão e foi de encontro da mãe e da irmã; ela estava com medo da reação que Hermione teria depois do que aconteceu, depois das palavras cruéis e do ataque, mas tudo o que Hermione fez foi abraçar a irmã de volta.

Sim, Hermione sabia que Gabriela estava fora de si quando o vírus vampírico ainda circulava pelas veias da mais nova. Ela agora tinha a certeza disso, porque a fúria que estava nas palavras de Gabriela também atacou Hermione de forma incontrolável quando ela foi mordida.

– Me desculpe. - Gabriela choramingou, enquanto apertava a cintura da mãe e de Hermione, sentindo as penas das asas abertas da irmã lhe fazer cócegas no ombro.

– Tá tudo bem. - Hermione sussurrou, enquanto algumas lágrimas corriam por seu rosto.

– Minhas filhas.. - Katy também chorava de emoção. Milhares de pensamentos atormentaram a mulher quando ela estava presa naquele lugar, e um dos mais agonizantes era a ideia de que nunca mais veria suas filhas de volta. E quando pôde rever as garotas, pensou que iria perdê-las. Katy pensou até que uma poderia matar a outra, e seu coração quase parou quando viu suas duas filhas se recuperando daquela insanidade absurda causada pelo maldito vírus vampírico. Katy sabia que Hermione e Gabriela agora estavam de volta, como elas sempre foram. E não existia emoção maior do que o abraço das três.

– Luna, o que você fez foi.. - Cato estava completamente boquiaberto.

Luna já estava parando de brilhar e já havia aberto os olhos novamente. Ela sentia-se esgotada, mas parecia ainda mais poderosa.

Gina sabia que Bellatrix estava distraída com aquele fato surpreendente dos poderes de Luna terem saltado para fora do corpo da mutante; então ela não hesitou em atacar a mulher e tomar controle da situação. Quando agarrou a seringa da mão de Bellatrix, olhou furiosamente para a médica, bufando.

– Você não ouse fazer isso. - Bellatrix sentia que a seringa na mão de Gina estava próxima a seu pescoço, enquanto a outra mão da mutante agarrava os cabelos preto cacheados da médica. Gina rangiu os dentes e injetou sem pestanejar a agulha na pele de Bellatrix; despejando todo o líquido amarelado dentro do pescoço dela. Gina não sabia o que ia acontecer, mas coisa boa ela sabia que não era. A ruiva tirou a seringa do pescoço de Bellatrix com um solavanco, e a mulher, agarrando partes do corpo de Gina enquanto escorregava no chão, começou a praguejar.

– Sua.. desgraçada.. - Caindo ao chão em um baque, Bellatrix finalmente perdeu os sentidos e agora já não representava perigo para ninguém.

– Será que ela tá morta? - Luna se aproximou de Gina e observou o corpo da mulher caído no chão frio. Gina contraiu os ombros e jogou a seringa no chão, sem responder. Olhou Luna e abraçou a amiga no mesmo instante. - Você tá legal?

– Tô. - Luna soltou um suspiro enquanto suas vistas eram tampadas pelos cabelos vermelhos de Gina. - E você? O que fizeram com você? - É claro que Luna se preocupou por ver a amiga sem blusa e abalada como sua feição estava, apesar de Gina tentar não demonstrar abalado ou fraqueza.

– Longa história. Mas eu tô bem. - A ruiva não quis tocar no assunto e tentou tranquilizar Luna. As duas desfizeram o abraço. - E vocês, como es.. - Gina sentiu um choque percorrer seu corpo quando se virou para Cato e Narcisa, querendo saber se eles estavam bem e indo saudá-los com um abraço de alívio.

Ela sentiu seu coração parar. Não sabia se o que estava vendo era real, mas imaginou que fosse, afinal, tudo naquele lugar parecia real demais para ser verdade. Mas seu coração estava parado, ela podia jurar que ele estava, e a respiração dela simplesmente não saía.

– Mãe? - Gina entreabriu os lábios e seus olhos arderam intensamente; uma lágrima não demorou a molhar seu rosto. Claire estava ali em frente à ela, a mãe de Gina estava viva, e estava bem. A garota simplesmente não sabia como reagir, mas sentiu uma felicidade imensa invadir seu peito no momento em que caminhou ao encontro de Claire e abraçou fortemente a mulher.

– Gina! - Claire também chorou em meio ao abraço da filha. A mulher sentiu tanto medo de não poder ver aquela garota de novo, a garota que ela criou com tanto carinho, a garota que ela amava tanto. Sua filha, que provavelmente tinha vivido inúmeros perigos, enfrentando inúmeras dores e agora estava ali com ela, de pé e mais forte do que nunca.

Claire estava simplesmente honrada em poder ver Gina de novo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou bom?

Tô enrolando com o fim massss tá chegando!
Desculpem novamente pelo capítulo enorme, eu estou realmente tentando não deixar as cenas tão longas mas preciso detalhar tudo pra vocês entenderem. Desculpem mesmo!!!

Não esqueçam de deixar a opinião de vocês, por favorrr!

XX, Jen



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