Red escrita por A Menina que Roubava Palavras


Capítulo 6
Te Peguei


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui ashuashuashuashu Eu sei que que postei o capítulo anteontem, eu acho... Mas é que eu não tava aguentando de curiosidade para ver o que vocês iriam dizer dessa capítulo. Sei que tenho dois leitores e um favoritamento, então, por favor, se manifestem, falem qualquer coisa, pode ser até o que comeu no almoço ~sqn. Além do mais, eu sou uma pessoa que não tem muito o que fazer, as horas aqui em casa passam numa lentidão sobrenatural como diz minha amiga. Sem mais delongas, o capítulo. Enjoy!



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Phill ficou encarregado de procurar pelo filho de Jonas. Ed, seu chefe, deixou bem claro que queria aquele moleque de volta. “Pra que o chefinho quer o menino? Ele já deve estar morto numa altura dessas”, matutava em sua mente enquanto questionava sobre o assunto.

A questão era: onde ele poderia estar? Jonas disse que o tinha deixado num orfanato chamado Green Day. O pior é que havia a possibilidade do garoto ter sido transferido para outro lugar ou até mesmo, sido adotado. “Aquele cara é maluco”, pensou Phill em relação a seu chefe.

Depois de andar muito pela cidade, ele avistou ao longe um muro que cercava uma casa, escrito “Orfanato Green Day”. Para entrar lá dentro, Phill teria que passar por um porteiro, o que não era algo muito complicada já que ele tinha tudo planejado.

– Bom dia, senhor – falou ao porteiro.

– Bom dia – respondeu com uma caneca de café nas mãos.

– Eu sou da vigilância sanitária.

– Documentação, por favor. – Phill mostrou os documentos falsos que tinha conseguido. O porteiro os analisou muito bem – Pode entrar.

– Obrigado – disse cínico.

No momento em que passou do portão, um grito foi ouvido ao longe. Uma criança havia caído no parquinho. Ela estava no chão chorando. O porteiro correu para socorrê-la, abandonado sua caneca de café na guarita. Aproveitando a deixa, o bandido retirou do seu bolso um pequeno frasco com pó sonífero e o despejou na caneca.

Depois do trabalho bem feito, Phill entrou na casa. Leyla, a recepcionista, imediatamente, o interrogou.

– Bom dia, senhor. Precisa de ajuda?

– Eu sou da vigilância sanitária. Vim fazer uma vistoria. – ele era um ótimo ator.

– Ah, sim. Por favor, me acompanhe senhor...

– Smith.

Ela o levou até a cozinha para ver os alimentos e como eram tratados. Infelizmente, este não era o rumo que Phill queria para sua missão. Tinha que encontrar o tal do filho de Jonas.

Levava com ele uma foto do menino. Harry devia ter uns quatro ou cinco anos. Como Phill poderia reconhecer alguém que tinha quinze com essa foto? “Uma missão impossível”, deduziu.

Talvez fosse sorte, talvez fosse destino, mas Harry estava na cozinha fazendo um lanche indevido antes do almoço. Leyla acabou o descobrindo escondido dentro da dispensa comendo um pacote de biscoito.

Assim que Phill bateu o olho nele, teve a sensação estranha em relação ao menino em sua frente.

– Harry! Que coisa feia! – reclamou ela – Roubando biscoito da despensa! Você deveria se envergonhar! Já tem quinze anos!

Aquele nome... aquela idade... Se Phill não tivesse um QI tão baixo, teria percebido de imediato que esse era o menino que procurava. Foi então que fez as contas e percebeu que ele era o filho de Jonas!

– Desculpe – Harry disse de boca cheia, cabisbaixo.

– É melhor você voltar para seu quarto! E vai ficar sem almoço!

Ele a obedeceu. Sem perder mais tempo, Phill o seguiu.

– Bom, onde nós estávamos... – Leyla se virou para Phill, mas não o encontrou – Sr. Smith?

– Ei! Garoto! – colocou a mão em seu ombro.

Harry, que estava andando em direção ao seu quarto, parou e virou-se em direção a voz que o chamara.

– Quem é você? – perguntou meio receoso.

– Olha, meu nome é Phill – começou devagar. Não tinha certeza absoluta se esse era o garoto que Ed falara, mas arriscou – Sou amigo do seu pai.

Harry ficou boquiaberto com a novidade.

– Meu... pai? – gaguejou.

– Sim, Jonas – Phill olhou para os lados, desconfiado – Não podemos ficar aqui. Você tem um lugar mais reservado?

– O meu quarto – disse.

Harry o guiou até lá, o máximo discreto possível para que ninguém os visses. Quando chegaram, Phill começou:

– Olha garoto. Eu não trago notícias boas.

Engoliu em seco.

– O que aconteceu? – perguntou preocupado.

– Merda! – exclamou – Não era pra eu te dar essa notícia, mas aqui vai ela: sua mãe morreu.

Harry caiu sentado na cama. Aquelas palavras o haviam atingido como se fossem bombas e facadas.

– Co-como?!

– Ela foi baleada. – explicou, tentando ser o mais calmo possível.

Harry quase não se lembrava dela, do seu rosto ou da sua voz, mas ela continuava sendo a sua mãe, e agora, definitivamente, não teria chances de reconhecê-la.

– Eu sinto muito, garoto – consolou Phill. Por parte, aquele comentário era verdade.

– Foi só isso o que você veio fazer aqui? – Harry olhou para ele com os olhos marejados. Tinha engolido aquela notícia com certa dificuldade, deixando um amargor em seu peito.

– Não. Eu vim te levar para casa.

– O que?! – pulou da cama.

– Isso mesmo! Você vai fazer parte da quadrilha! – falou com entusiasmo.

– Mas eu...

– Não se preocupe, garoto. Eu tenho tudo sobre controle. – Phill de aproximou dele – Preste bem atenção! Você vai fazer o seguinte: o segurança está inconsciente...

– Você o matou?!

– Não, não. Ele está no efeito “bela adormecida” – Harry não entendeu muito bem o que aquilo significava - O plano é o seguinte: eu vou sair primeiro, você espera uns cinco minutos e depois se manda.

Ele assentiu, um pouco nervoso e preocupado.

– Eu preciso levar roupas?

– Que é isso?! Tá pensando que vamos viajar pra Disney?! Você vai entrar para a maior rede de tráfico de Nova York! – explicou Phill – Tem noção da profundidade do assunto?

Assentiu, meio incerto da resposta.

– Se ficar com muito medinho, pode levar uma cueca reserva – zombou.

O garoto cerrou os olhos em direção a Phill, reprimindo-o.

– Quando você vai sair?

– Daqui a pouco. É só eu distrair aquela recepcionista gostosinha e chata.

Harry ia argumentar algo contra a fala de Phill, porém preferiu deixar para lá.




[...]






– É logo ali, garoto – Phill apontou para uma casa meio velha, mas ajeitada.



Ele abriu a porta e se deparou com a sala. Havia vários homens sentados na mesa conversando, jogando baralho e bebendo, cada uma mais estranho que o outro. Um deles em particular chamou a atenção de Harry. Foi adentrando aos poucos na casa e conseguiu reconhecer a figura sentada na poltrona do outro lado da sala.

O seu pai estava mais velho e com cara de cansado. Não era assim que Harry se lembrava dele. Para o garoto, Jonas não tinha aquela barba mal feita e o cabelo desgrenhado. Seu rosto expressava muito cansaço emocional, mas seus olhos ganharam vigor novamente ao ver o filho parado perto da porta, o observando.

– Harry? – balbuciou.

Pareceu que ele conseguiu ouvi-lo e assentiu com a cabeça.

Jonas se levantou imediatamente e correu em direção ao filho, mesmo sua coluna gritando de dor. Os dois se abraçaram e as lágrimas rolaram pelos rostos de ambos.

– Me desculpe, filho. Me perdoe. Perdoe um pai miserável que não tem onde cair morto – Jonas replicava, chorando no peito de Harry.

– Tudo bem. Eu te perdoou. – respondeu.

– Não, não! Eu não mereço o seu perdão!

– Pai, está tudo bem. Nós estamos juntos, isso é o que importa. Como o senhor prometeu.

– Não! Eu falhei. Eu falhei com minha promessa – Jonas não parava de chorar e de se julgar – Sua mãe morreu, e eu não pude fazer nada.

– Tudo bem, pai. A culpa não foi sua. – seu filho tentava consolá-lo.

– Cala a boca, filho da puta! – alguém gritou na sala.

– É melhor vocês conversarem mais tarde. – Phill recomendou. Depois, virou-se para Harry – O chefe quer falar com você.

– Que chefe?

– Você não se lembra dele, filho? – perguntou Jonas, enxugando as lágrimas – Você não se lembre de Ed?

– Ed? Não, não me lembro.

– Depois vocês conversam – reforçou - Pelo visto, há muito assunto para colocarem em dia, mas Harry tem que ir agora. – Phill o pegou pelo pulso e o levou para um quarto e trancou a porta.

– Para onde... – o garoto começou a perguntar, mas não teve tempo de terminar.

Assim que ele entrou na sala, uma voz se manifestou atrás dele. Uma voz fria e perversa, fazendo seu corpo todo tremer de medo.

– Não se lembra de mim, pequeno Harry? – falou a voz.

Ele se virou imediatamente para ver quem era que estava ali.

– Ed... – gaguejou. As memórias que guardavam os momentos da sua infância começaram a iluminar sua mente. Ed estava presente na maioria delas.

– Ao vivo e a cores – brincou.

– Você... virou o chefe?

– É o que parece, não é mesmo? – perguntou sarcástico. – Pois bem, vamos ao que interessa. – ele limpou a garganta antes de continuar – Eu quero que faça um favorzinho para mim.

O estômago de Harry se embrulhou.

– Eu quero que você pegue uma encomenda muito importante.

– Seriam armas contrabandeadas? – se arriscou a perguntar.

– Não se intrometa, moleque enxerido! – gritou.

Ele recuou um passo com o susto.

– E... onde você quer que eu vá?

– Vai ter um cara, não muito longe do colégio Marcus Jacob. Você vai dar a ele um cheque e ele te entregará uma caixa, parecida com aquelas de correio. Só por curiosidade, você estará sendo vigiado via satélite por nós e pela outra quadrilha que estamos negociando, então, caso tente fugir... – Harry engoliu em seco – Preciso continuar?

Ele negou.

– Ótimo. Perguntas?

– Não.

– Agora, vá.

Ele saiu da sala.

– Chefinho – Phill começou – Eu tenho uma pergunta.

– Fale, Phill... – disse num tom impaciente.

– Por que mandar um garoto para essa missão?

– Você realmente quer saber? – perguntou com uma ameaça implícita.

– Sim – respondeu, inocente.

– Nós precisamos de gente nova – começou meio irritado - A CIA está com os desenhos falados de quase todos nós! – explicou – Com esse moleque ai, vai ser difícil nos descobrirem.

– Ah! Entendi.

Ed revirou os olhos, cansado da lerdeza do seu comparsa.




[...]






Era intervalo para o almoço na escola Marcus Jacob.



Luce tinha feito poucas amizades: uma menina na aula de química que se chamava Alex e tinha trocado uma palavra rapidamente com outra enquanto andava pelo corredor. Infelizmente, ela não conseguiu encontrar nenhuma das duas para passar o tempo. Sozinha e sem saber o que fazer, ela decidiu sair um pouco do colégio e dar uma volta pela pracinha.

Justin, que também estudava na mesma escola, tinha saído com aquele mesmo grupinho que fazia parte de sua banda e entrado num restaurante perto da pracinha. Luce tinha se escondido para que nenhum dos amigos dele a visse. Infelizmente, ela tinha pegado alguns horários com seu irmão, como a aula de matemática e de física.

Na pracinha, havia alguns banquinhos. Luce se sentou em um deles. Não muito tempo depois, ela viu ao longe um vulto de alguém conhecido. Cerrou os olhos para tentar enxergar melhor. Era Harry!

– Harry! – ela gritou seu nome.

Ele se assustou quando a viu.

– O que está fazendo aqui? – perguntou quando chegou perto o suficiente dele.

– Eu... eu... – ele gaguejou sem saber o que falar.

– O que está segurando?

– Não toque nisso! – advertiu. Luce se assustou com a grosseria do amigo.

– Você está estranho... O que aconteceu?

– Luce, eu... não posso ficar. Eu sinto muito.

– Harry, o que é isso? – ela perguntou mais séria e ríspida dessa vez - Não me diga que é... – de repente, caiu inconsciente.

Com medo, sem saber o que fazer e assustado, ele começou a correr.

– Caralho! – exclamou Megan – Aquele idiota não colocou mais munição! Por causa disso, aquele marginal conseguiu fugir com a encomenda!


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Notas finais do capítulo

Então, pessoas, eu só vou poder postar agora de hoje a oito ou até mesmo depois. Por conta disso, vcs vão ter muito tempo para mandarem bastantes reviews :D



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