Red escrita por A Menina que Roubava Palavras


Capítulo 5
Pânico


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeee, limdos. Olha, eu sei que demorei de postar, mais do que eu to acostumada, mas é que vcs nem imaginam o que aconteceu... Tá, não foi algo tão absurdo: meu computador quebrou, quer dizer, a placa mãe. Mas pra mim, ele não presta mais. Então, meu pai teve que levar para o concerto, ouvir o cara dizer que é super caro para concertar e só depois comprar um hd externo e, finalmente, eu poder postar. Estou usando o pc da minha mãe, e acho que vai ser assim por um longo tempo...Enfim, nesse capítulo vcs vão ver um pouco mais Justin e Luce, e uns caras lá ahushauhshauhsuhaus



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Não havia nada de mais para de fazer naquela mansão.

Já tinha se passado dois dias desde que Luce fora morar lá, e até agora, não tinha feito nada de especial. Seu novo irmão, Justin, quase não saia do quarto e quando saia, não falava nem olhava para ninguém, e seus pais viviam trabalhando. Acabou que Luce ficou sozinha naquela imensidão.

Sua única companhia, de vez em quando, era seu mordomo, Jack, que mal falava, apenas concordava com ela em qualquer coisa. Ela decidiu, então, tentar “conhecer” seu irmão. Sabia que ele não deveria ser uma companhia muito agradável e que iria se arrepender depois, mas sua curiosidade era maior.

Começou a andar pelo extenso corredor, inicialmente, sem rumo. Desceu as escadas e foi parar na sala. Acabou encontrando Jack.

- Jack!

- Sinto muito, senhorita. Não posso te fazer companhia neste momento.

- Tudo bem, eu só quero que me diga onde Justin está – pediu.

- Na garagem ensaiando com sua banda.

- Calma ai! Ele tem uma banda? – arregalou os olhos, impressionada.

- Como eu já disse, senhorita, eu não tenho muito tempo, porém, mais tarde, terei o prazer de responder qualquer pergunta sua. Até mais – ele saiu andando em direção à cozinha.

Luce deu de ombros. Pelo visto, teria que se virar para chegar à garagem. “Não deve ser tão difícil”, pensou.

Desorientada, ela seguiu os mesmos passos de Jack e, logicamente, foi parar na cozinha. Lá tinha duas portas, uma que dava acesso à sala de jantar e outra. “A outra”, deduziu. Chegando perto, ela começou a ouvir o som abafado de uma guitarra e bateria. Abriu a porta e se deparou com uma escada. Havia uma bifurcação. Luce escolheu o lado mais barulhento. “Te achei”, sorriu vitoriosa.

A banda de Justin tocava rock progressivo. Ela não gostava do estilo, mas respeitava.

When I see your smile

Tears run down my face I can't replace...

“Que letra melancólica... mas é bonita.”

Luce estava escondida atrás da porta da garagem. Deu uma pequena espiadinha para ver quem estava lá. Tinha um baterista, um baixista, um menino na guitarra e Justin, que também tocava guitarra e cantava. “Claro”, bufou. “Ele tinha que cantar.”

I will never let you fall

I'll stand up with you forever...

“Será que é ele quem compõe as músicas?”. Cada vez mais, dominada pela curiosidade, Luce foi entrando na garagem. Os meninos estavam de costas para ela, o que facilitava sua espionagem. Sem querer, o seu pé se embolou no meio dos fios que ligavam os instrumentos à caixa de som. Ela tropeçou e caiu.

- Que porra... – Justin e todos os outros componentes da banda se viraram para ver.

- Quem é ela? – alguém comentou.

- Eu pegava fácil.

- Cara de anjinho... – um dos meninos deixou escapulir.

- O que você está fazendo aqui? – Justin foi em direção a ela.

Luce já tinha se levantado e se recomposto, só não tinha inventado uma desculpa.

- Eu...

- Quem é ela, Justin? – Chad, o baixista, perguntou. Ele também se aproximou dela, mais do que deveria.

- Minha irmã – disse com desprezo. Luce se afastou do menino que grudara nela.

- Você nunca tinha contado para gente que tinha uma, ainda mais gatinha desse jeito.

- Eu nunca contei porque eu nunca tive uma – Justin lançou um olhar furioso, seus olhos cintilaram, como se ela fosse responsável por ter sido adotada.

- Qual o seu nome, gracinha? – perguntou o outro guitarrista.

- Deixa ela, Nick – advertiu o irmão de Luce - Não vale a pena.

- Você não tem o direito de falar assim comigo! – revidou ela.

- Ui, a gostosinha se revoltou – disse Richard, o baterista.

- Vai fazer o que, maninha? – pirraçou – Contar para a mamãe e pra o papai?

- Eu posso fazer muito pior...

- Isso é uma ameaça? – perguntou Justin.

- Adoro meninas raivosas, elas ficam muito mais sensuais – comentou Nick.

- Cala a boca! Você é repugnante!

- Isso! Pode me esculachar a vontade. – Nick tentou fazer uma cara sexy.

- Você quer sair com a gente mais tarde? – Richard perguntou – Nós vamos a uma festa.

- Mas o que?! – Justin gaguejou.

- Vai ter muita bebida, linda – Nick tentou abraçá-la, mas Luce se afastou mais ainda.

- Não, obrigado. Prefiro ficar em casa.

- Qual é o problema?

- É que tenho a pequena impressão de que, se eu sair com vocês, eu acabar... sei lá... em chamas!

- Mas essa não é a intenção? – brincou Nick, pervertido. 

Luce fez uma careta de desgosto e desaprovação para ele.

- Sai daqui! – Justin ordenou.

- Esquentou a cabeça porque eu dei em cima da sua irmã? – perguntou.

- Saia daqui, garota idiota, inútil e repugnante! – gritou.

Luce sem entender nada e com os olhos marejados por conta da grosseria do seu irmão respondeu:

- Com todo o prazer – e saiu, batendo a porta com força.

- O que houve com você, Justin? – perguntou Richard, preocupado – O que foi aquilo?

- O ensaio acabou. Eu preciso tomar um ar – e saiu da garagem em direção ao jardim.

Era de noite e não havia nenhuma estrela no céu. Até a lua estava escondida entre as nuvens. Justin parou de caminhar, ofegante. Estava começando a chorar e nem podia controlar as lágrimas descendo. Ao longe, viu uma luz vermelha iluminado as flores. Ele sabia que aquilo era apenas uma pegadinha que sua mente estava fazendo nele.

Começou a andar de um lado para o outro sem saber o que fazer. O pânico havia o dominado. “Por que justamente agora, porra?!”

Justin andou mais e mais, até se tornar um borrão preto no horizonte. Tudo o que conseguia pensar era no desespero. A culpa dilacerava sua alma e apodrecia seu coração. A pergunta “por que” martelava em sua mente. Ele tampava os ouvidos para não ouvir os gritos de pavor e aflição e andava de um lado para o outro freneticamente. Sem poder mais resistir, se jogou na grama e deixou de tentar impedir as lágrimas caírem. 


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Notas finais do capítulo

Gente,só pra constatar, a música do capítulo não é minha, é da banda The Red Jumpsuit Apparatus. To deixando o link aqui >http://www.vagalume.com.br/the-red-jumpsuit-apparatus/your-guardian-angel-traducao.html< pra quem quiser ver. Muito boa e linda. Acho, então, que a pergunta de Luce foi respondida. Eles fazem covers. Quero bastantes comentários nesse capítulo, pois ainda to incerta do que colocar e quero saber o que vocês acham que poderia ter acontecido. Beijosss



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