Red escrita por A Menina que Roubava Palavras


Capítulo 10
A Passagem


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOiiiiiieeeee amores!!! Como vão as altas badaladas da noite?? Cri... cri... cri...
Okay.
E aqui está outro magnífico capítulo cheio de emoções e descobertas que irão avassalar seus corações. Tá, chega de drama. Tenho duas coisas bem sérias para falar com vcs:
1- Vou excluir Fredo, Meu Querido Fredo. Calma, Anny. Deixa eu me explicar... Eu... Eu... tô sem tempo. É sério. Nesse final de semana, eu escrevi DOIS capítulos, porque: (a) estava com criatividade; (b) assim eu ficaria mais adiantada; (c) não tem c.
2- Saindo Fredo, vai entrar uma nova fanfic! Uhhuuulll!! Palmas para mim que fica criando várias coisas diferentes ao mesmo tempo! Não? Sem palmas? Tudo bem.
3- Eu to chata hj né? Haha. Vocês vão ter que me aturar.
4- Sim, essa nova fic já tem até um nome, se chama How to Save a Life. E não vou falar mais coisas pq não está com tudo definido ainda. E só vou escrever depois que eu terminar essa, pra ela não ter o mesmo fim trágico de Fredo.
5- Anny, meu coraçãozinho de mel, você provavelmente ainda deve estar chateada comigo. Please, me perdoe :3 ~le vozinha de criança.
6- Eu disse que eram duas coisas e já tô na sexta ashuahsuaushaushuasuha Só percebi isso agora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/379141/chapter/10

A terceira garrafa de cerveja de Justin em menos de uma hora.

- Justin, você não acha que tá pegando pesado, não? – Richard perguntou, preocupado.

A música alta da boate somada ao barulho das conversas que não cessavam não facilitava a comunicação entre os amigos. Justin fez uma cara feia com a pergunta. Não queria ninguém opinando na sua vida. Já não bastava sua irmãzinha intrometida ficar reclamando sobre seus hábitos, não iria deixar seu amigo fazer o mesmo, mas também não estava a fim de discutir. Tinha ido à boate justamente para relaxar e curtir a vida ao seu modo. Sua solução foi fingir-se de surdo.

- O quê?

- Já chega de beber. – disse, sua voz saindo um pouco autoritária.

- Mas estou apenas começando – ele deu um sorriso malicioso quando uma jovem sensual passou por ele.

Richard revirou os olhos negros, irritado com a teimosia do amigo. Resolveu então terminar o assunto. Ele sabia que havia duas coisas que não se podia contestar com Justin: bebidas e mulheres. Se ele queria que fosse daquele jeito, não tinha ninguém no mundo que mudasse seus atos. Decidiu se distrair um pouco com as meninas que estavam na pista de dança.

- Você ainda vai me dizer como conseguiu a carteira de identidade falsa – Nick se aproximou dele, puxando assunto. Porém, naquele momento, ele não estava com vontade de conversar, como se encontrava na maioria das vezes.

- Há muitas vantagens em ser rico. – sorriu descaradamente. Deu uma última golada na cerveja e deixou a garrafa vazia em cima da bancada do bar. – Agora, vou ali ver umas garotas.

Antes que ele se levantasse do banco, Nick falou:

- Nem para você ter trazido sua irmãzinha para cá. – deu um sorriso malicioso.

Justin riu de deboche.

- Você iria se decepcionar. Aquela ali broxa qualquer um.

- Você já viu para saber? – questionou, um pouco incomodado com o comentário.

- Desde quando eu preciso ver para saber? Sou especialista em mulheres, - sua voz soou soberba - e com certeza, aquela pirralha não tem nada de atraente.

- Eu continuo achando ela gostosa.

Ele apenas o ignorou e tentou se concentrar em uma menina que lhe atraísse. Olhou em direção à pista de dança. Opção era o que não faltava. Havia desde garotas jovens da mesma idade que ele a meninas maiores de idade.

Justin tinha seus critérios: menor que ele em altura, cabelo grande de preferência claro, boca pequena e não muito carnuda e, é claro, tinha que ter um corpo de tirar o fôlego. Percebeu que a mesma garota que passou pela sua frente há alguns minutos o fitava de longe. Ele foi até ela.

- E ai, querida? – sussurrou em seu ouvido com uma voz sexy.

Ele se encontrava atrás dela, com as mãos em sua cintura. Dançava ao ritmo da música e ela ondulava o corpo, provocando-o.

- Sabe, eu estava ali te observando e me encantei com seu corpo e com o jeito que ele está desnudo.

Ela se virou para ele. Seus olhos encontraram com os dele imediatamente, fazendo com que ela sentisse uma espécie de desejo, deixando-a excitada só por ver aqueles lábios macios e seu cabelo sedoso e rebeldemente repicado. Sua mão estava firme sobre o tórax dele, e ela pôde sentir a sua rigidez juntamente com o calor que irradiava do seu corpo. Ela lambeu os lábios, pois estes estavam ressecados. Se deu conta de que tinha perdido o fôlego enquanto tinha fantasias com aquele garoto que parecia ser maldoso, porém sexy.

Justin a beijou logo em seguida. Pediu passagem com a língua e ela cedeu sem hesitar. Ele adorava garotas fáceis que faziam o que ele quisesse. O beijou foi ficando cada vez mais quente e intenso. Ela levantou sua camisa e passou a mão pelo seu abdômen enquanto ele apertava sua bunda e deslizava sua mão pelas curvas do corpo dela.

Quando sentiu que seu pênis estava quase ereto, ele a levou para o banheiro e trancou a porta. Tirou sua calça e cueca. Ela se ajoelhou e começou a massagear seu membro. Depois, o abocanhou de vez e começou a chupa-lo. Justin levou sua cabeça para trás com o toque e mordeu seu lábio inferior de prazer. Para ajuda-la, pegou seu cabelo e o segurou para trás, assim não atrapalhava a sucção.

Muito tempo depois, Justin gozou em sua boca e ela engoliu o líquido. Rapidamente, ele vestiu sua calça, se recuperando do momento de êxtase.

- Me ligue – ela tirou do seu sutiã um pedaço de papel e o colocou do bolso traseiro dele.

Logo depois, saiu do banheiro. Ele ainda ficou para trás por alguns segundos. Pegou o papel e o analisou, mas o jogou no lixo. Não gostava de manter contato com as meninas que ficava. Virou-se para o espelho e percebeu que algumas gotas de suor escorriam pelo seu rosto. Ele ligou a torneira e se limpou. Também ajeitou a blusa, deixando uma parte fora da calça e a outra para o lado de dentro. Para completar seu visual sexy, afrouxou mais o cinto.

- Eu vou para casa – disse quando encontrou Nick e Richard.

- Me espera que eu quero uma carona – Richard deu um último beijo em uma menina, de despedida.

Nick, que não era besta, também pegou a carona. A viagem foi silenciosa e calma. Mesmo que Justin não tivesse condições de dirigir, ele não causou nenhum acidente no trânsito. Deixou todos ele em casa e depois foi para a sua.

 Tinha em sua mente tudo planejado: iria chegar em casa, guardar o carro na garagem para que seus pais não desconfiassem de nada, subir para seu quarto e dormir. Porém, não foi isso o que aconteceu.

- Isso é hora de chegar em casa?! – gritou uma voz. Inicialmente, pensou que era Anita.

- O que você quer me atormentando de novo?

Luce se aproximou mais dele.

- Eu passei as últimas três horas tentando acalmar nossa mãe que só faltava ter um infarto de tanta preocupação!

Ele revirou os olhos.

- Ela só estava fazendo teatro...

- Então, ela deveria mudar de profissão, porque conseguiu convencer a todos nós! – ela fungou – Que cheiro é esse? Por acaso é...

- Você não devia estar tão surpresa. – ele começou a andar – Já me viu em estado muito pior.

Luce ia protestar, argumentando que esse não era um perfil correto de um jovem adolescente, que ele iria acabar numa clínica de reabilitação, isso se ele estivesse vivo até lá, entretanto algo em sua mente se iluminou.

 – Tenho uma surpresa para você – deu um sorriso maligno.

Justin franziu o cenho, confuso.

- Vá ao seu quar...

Ele nem esperou ela completar a frase e já foi correndo em direção ao seu quarto.

- Não!!! – gritou.

Luce o seguiu.

- Margareth fez um ótimo trabalho – ela elogiou.

- Ótimo trabalho?! – perguntou irônico – Ela limpou o meu quarto!

- Sinta o cheirinho bom de limpeza.

- Sinta o que vou fazer com você... – ameaçou.

Ela olhou para ele com os olhos arregalados. Seu rosto expressava raiva e desejo por vingança. Seu cabelo bagunçado e seus olhos cansados davam a ele um aspecto de maníaco. O mesmo arrepio que percorreu o corpo de Luce quando o viu pela primeira vez invadiu seu corpo. Ele começou a andar em sua direção, meio torto. Um de seus olhos estava semiaberto.

- Que horror, Justin! Você parece um zumbi!

Ele não parou.

- Justin, para com isso! Está me assustando!

Quando percebeu que ele já estava próximo o suficiente para fazer algo contra ela, Luce começou a correr.

- Volte aqui, sua desgraçada! – gritou – Ninguém mandou você fazer isso!

Ela conseguiu sair do quarto e correu pelo corredor. Para sua sorte, ele era bem extenso e continha várias portas, a maioria delas fechadas.

- Por que essas malditas portas vivem fechadas? – perguntou ao parar em uma delas para tentar abri-la.

- Eu vou te prender no sótão da casa até você apodrecer! – Justin a ameaçava – E vou deixar Nick fazer o que ele quiser com você!

Luce engoliu em seco. Agora sim ela tinha se sentido ameaçada. Ela tentou abrir a porta seguinte e, finalmente, teve sucesso. Assim que adentrou naquele quarto que mais parecia ser um armário onde se guardava casacos, ela fechou a porta. Sabia que Justin a tinha visto, porém, na sua cabeça, poderia tentar sufoca-lo com um casaco. Começou a recuar alguns paços até sentir algo duro e frio que não tinha a textura de uma parede. Ela começou a tatear e sentiu algo parecido com botões.

- Eu sei onde você está. – Justin disse. Sua voz soava cada vez mais próxima.

Desesperada, Luce começou a apertar todos aqueles botões e acabou abrindo uma porta secreta. Ela caiu de joelhos naquele lugar escuro. Seu coração palpitava e sua respiração estava ofegante. Um segundo depois, Justin entrou.

- Te achei! – ele abriu passagem entre os casacos e viu aquele espaço aberto depois da parede. Ficou boquiaberto.

Luce se levantou e acendeu a luz do armário. Não deu para ver muito bem o que tinha lá dentro, mas era aparente que o lugar se estendia por mais alguns metros.

- O que é isso? – ele perguntou num sussurro, com o cenho franzido e uma cara de confuso.

Ela deu de ombros. Seu estômago estava borbulhando de curiosidade, mas tinha um pressentimento de que não era seguro investigar. Justin deu dois passos para frente.

- Para! Não é seguro! – deixou escapulir.

Ele a ignorou. “Como se ele se importasse com minha opinião”, pensou. Percebeu que seu irmão tinha sumido.

- Puta que pariu! – ele exclamou lá de dentro.

- O que foi?! – Luce correu agoniada para dentro daquele lugar sem pensar duas vezes.

Ele era escuro e fedia a mofo. Justin estava de frente a uma parede com várias prateleiras enfileiradas, iluminadas por uma lanterninha de seu chaveiro. Quando ela viu que aquelas prateleiras estavam cheia de armas e facas, ficou pasma.

- Eu sabia que Eric não era gerente porra nenhuma – comentou. Luce olhou para ele, confusa.

- Como assim?

- Esqueça. Você não vai entender. É coisa minha – explicou, um pouco estressado por ter dito aquilo diante dela.

- E o que te faz pensar que é ele e não Anita?

- Mulheres não servem para essas coisas...

- Eu não acredito que ouvi uma coisa dessas... – alterou-se. Justin virou o rosto para ver sua explosão de fúria - Você é tão imaturo que até mesmo quando eu acho algo suspeito, você não deixa de fazer um comentário inútil e completamente preconceituoso! – disse, alterada pela raiva– Você não presta. – ela olhou nos olhos dele antes de falar.

- Quando que você vai entender, Luce, que me julgando não vai te fazer uma pessoa melhor? – respondeu ele num tom de voz grosso e frio – Se é assim que você pensa, a única que está sendo inferior é você.

A conexão entre os olhos dos jovens irmãos era tão forte e intensa que nenhum dos dois conseguia quebra-la por mais que tentassem. Luce expressava através do seu olhar toda a indignação acumulada por ter um irmão como ele, que não se importava com ninguém e era mal educado. Ela o culpava. Foi ele quem tinha a feito passar por todo aquele estresse e fazê-la sentir toda a sua dor. O que mais a deixava furiosa era não entender o por quê.

Os olhos deles faiscavam alguns lampejos verdes. Estes eram ferozes e hipnotizantes. Lutavam para sair da órbita ocular e atingir o seu alvo. O ódio pela sua irmã caçula era por causa da sua teimosia. Ela insistia, mesmo que em diferentes maneiras, nele. E ele não gostava de pessoas curiosas, principalmente quando se interessavam em sua vida. Ninguém sabia o que tinha acontecido e ninguém iria saber.

- Eu não vou desistir até descobrir o que te fez ficar tão frio e fechado – ela pronunciou as palavras bem devagar, como se tivesse lido a mente de Justin, ainda presa na conexão de olhares.

- Por que essa obseção tão grande por mim? – perguntou ele. O que mais odiou nessa parte foi que, pela primeira vez em sua vida, suas mãos tremeram e suaram frio por um motivo que não sabia.

- Não é por você, é em você – corrigiu-o – Antes de enfrentarmos nossos obstáculos, devemos conhecê-los.

- Então, eu sou um obstáculo em sua vida? – sorriu, parecendo perversamente doentio.

Luce não respondeu. Pegou a lanterninha da mão dele e começou a investigar mais o local. Obsevou que as armas eram desconhecidas por ela e, pelo visto, seu irmão. As facas eram das mais variadas tanto em tamanho como em formas.

- Que armas toscas. – comentou ele enquanto as analisava.

- Será que ele é da polícia? – opinou.

- Se fosse, não teria por que esconder isso de nós. Eu acho que ele é algo bem mais perigoso que isso...

- Tipo o que?

- Um agente secreto...

- Qual é, Justin? Não exagera.

- Essas armas é que são exageradas. Olha essa aqui – ele pegou uma.

- Menino, coloque isso no lugar! Você tá doido?!

- O que foi? – deu um sorriso demoníaco – Está com medo? – ele apontou a arma para ela.

- Não aponte esse negocio para mim! Sabe-se lá o que essa coisa pode fazer!

- Então vamos descobrir – ele estava pronto para atirar nela dominado pela insanidade.

- Se você me matar, irá parar no orfanato! – disse desesperada, com a esperança de que aquilo o convencesse.

- Você estraga a graça das coisas! – desistiu e colocou a arma no lugar novamente.

- Eu não sei você, mas eu vou sair daqui antes que algo muito ruim aconteça – Luce se direcionou para a saída.

Logo depois, ouviu os passos do seu irmão atrás dela.

- Você sabe que a minha vingança ainda nem começou, não é? – ele soltou em seu ouvido num sussurro e depois disparou na frente.

Luce parou no meio do corredor, ainda incerta do que iria fazer. Não estava com sono, mas estava com medo. Com certeza, o que tinha acabado de descobrir não era algo para ameaças bobas como as de Justin, era um segredo de vida ou morte, algo que ninguém podia ficar sabendo. “Se eu não conseguir calar a boca dele, eu... ou melhor, nós dois vamos acabar mortos!”, concluiu enquanto ia para seu quarto se preparar para uma noite em claro. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Geeennntteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!! O que pode ser a vingança de Justin??? o.o Oh, gosh. Eu esperaria qualquer coisa vinda dele. Mas eu quero saber o que vcs pensam.
Enfim, nesse capítulo tem um pouco de safadeza :p Não me levem a mal, Justin é Justin, e Justin é safado. Nossa! Que frase linda, Melody!
Não sei se vcs perceberam, eu acredito que sim, mas esse cap é big >.< Um modo de me redimir com os(as) leitores(as) que acompanhavam Fredo. É sério, mil desculpas. I'm sorry. Me siento muy. Je me sens très. Mi sento molto. Tá, já chega.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Red" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.