Ian chegou em casa depois de um dia longo de trabalho. Este em particular tinha sido apenas de treinamentos rigorosos que exigiram grande esforço físico e mental para calcular estratégias de fuga e de ataque à lugares protegidos, sem ser visto ou notado. Treinou luta corpo a corpo, tiro ao alvo e ainda malhou na academia. Resultado, ele estava fatigado.

Quando entrou na sala, aparentemente, não havia ninguém, mas seus ouvidos treinados para escutar a mais calma agitação detectou um barulho vindo do seu quarto. Não estranhou já que imaginava que Megan estaria em casa a essa hora, pois seu dia de trabalho não lhe tinha custado muito esforço e tempo.

Subiu delicadamente as escadas; queria fazer uma surpresa a sua namorada. Parou no corredor e olhou de um lado para o outro à procura que alguém, mas estava vazio e escuro. A casa jazia em silêncio. Nem os passos vindos do quarto de Ian se ouviam mais. Então, ele começou a ficar preocupado. E se fosse mesmo um ladrão? Andou cautelosamente até a porta e contou até três. Depois, a abriu de súbito.

Nada.

Nenhum sinal de que alguém tinha passado por ali. Deu um passo para frente e sentiu algo atrás de si, porém Ian não teve tempo de ver quem era. Seja lá quem fosse, essa pessoa cobriu os olhos dele e o imobilizou. Antes que isso acontecesse, Ian pegou uma faca que sempre andava com ele e pressionou contra a lateral da barriga do desconhecido. O modo que ele o imobilizou deixou o agente com poucas condições de manter a faca na sua mão, uma vez que ele estava com os braços doloridos dos exercícios. Elaborou em sua cabeça uma maneira de conseguir reverter aquela situação e conseguiu. Quando se virou em um golpe mortal para o invasor, Ian parou com o braço segurando a faça no ar.

– Megan?

Ela riu, uma risada estranha, como se estivesse fora de si.

– Shh! – ela pediu silêncio – Tem um ladrão aqui em casa – disse, lunática.

– Você... – Ian foi interrompido pelo dedo indicador dela pressionado contra os seus lábios. Ela os fitou com um desejo claro em seu rosto.

– Me beija – sussurrou.

Se ele não fosse treinado para controlar seus impulsos, provavelmente, os dois já estariam rolando na cama entre beijos.

– Você bebeu?

– Não, fumei.

– O que?! – ele se espantou.

Ela riu, cínica.

– Megan! Se o nosso chefe descobre, você está demitida!

Ela fez um biquinho com os lábios e deu de ombros.

– Eu quase fui despedida mesmo...

– O que aconteceu?

– Você não vai acreditar – riu, como se fosse contar uma piada – Ao invés de capturar o bandido, peguei a mocinha! – ele franziu o cenho, como se não entendesse nada – Eles estavam tão perto que pareciam um só. – disse relembrando da cena.

– Explica isso direito, Megan.

– Eu torturei a filha do chefe, porra!

– Você o que?!

– Tá surdo? – respondeu, estressada e impaciente. Ela desabou na cama e colocou a mão na testa – Eu sou um fracasso.

– Ei, não fale assim de você mesmo – falou, ignorando a sua grosseria - Esses erros acontecem. – Ian tentou consolá-la, sentando-se ao seu lado.

– Sabe, amor – ela olhou para blusa dele e começou a desabotoá-la – Eu estou carente esses dias, preciso de você perto de mim.

– Perto como? – perguntou Ian maliciosamente, cedendo às provocações de Megan e não estranhando sua bipolaridade.

– Assim – se sentou no colo dele e o beijou com vontade.

Um beijo que consumia suas forças e ao mesmo tempo as revitalizava. Cada toque de pele era uma explosão de calor. Ambos sentiam as células dos seus corpos implorarem por aquele momento e o desfruto do pecado.

Ian retirou sua blusa por completo. Depois, começou a alisar as pernas desnudas da sua namorada. Esta retirava a única vestimenta que separava seu corpo do de seu amado. Ele a conduziu até ficarem em uma posição confortável na cama, perto da cabeceira. Dessa vez, Megan estava por baixo dele. Ian percorreu sua mão por todo o corpo dela, passando pelos seios, quadris e coxas. Ela inverteu as posições. Gostava de ficar no controle da situação. Fez uma linha de beijos que ia do seu pescoço, deixando marcas nele, até seu abdômen. Desabotoou sua calça e encontrou uma saliência na cueca dele.

Seu namorado se contorcia de prazer e loucura só pelas suas fantasias que estava idealizando naquele momento. Para deixá-lo ainda mais ansioso e excitado, ela sentou em cima do seu membro e começou a ondular o corpo. O problema era que a tortura não era apenas para Ian, pois Megan também estava ansiando a penetração mais do que tudo. Ele apertou seus peitos, e ela percebeu que eles estavam com os mamilos duros.

Ian mudou de posição. Agora, ele iria fazê-la ir à loucura. Começou a chupar seus seios, e com a mão direita, ele massageava seu clitóris. Os gemidos começaram a nascer na garganta de Megan e saírem pela sua boca. Seu corpo se arqueou para trás quando sentiu os dedos dele entrando em sua vagina. Ele começou a descer, deixando um caminho de beijos por onde passava. Ao chegar na sua intimidade, Ian lambeu a sua abertura e ficou por um certo tempo mexendo sua língua em regiões que a levaram para o orgasmo. Mas Megan era uma mulher que não se contentava com pouco.

Revertendo as posições novamente, ela retirou a cueca dele e massageou seu membro ereto e quente. Não era à toa, pois o sangue de Ian fervilhava a cada toque excitante. Ele colocou seu dedo no queijo dela e conduziu sua boca à dele. As línguas travavam uma batalha feroz que sugava todo o oxigênio dos seus corpos. Delicadamente, ela sentou em cima do seu membro e falou um gemido abafado.

Ian se perdia de tanto prazer e amor que sentia por aquela mulher. Desde o ensino superior do colegial, ele sabia que um dia eles ficariam juntos, mesmo que na época parecesse impossível.

Megan era a líder do time de torcida da escola. Seu namorado, Edward, era o capitão do time de futebol americano. Ian sentia nojo de tão clichê que era aquele relacionamento e, por causa disso, sabia que não daria muito certo. Ele era um típico nerd. Tinha espinhas no rosto, usava óculos e aparelho fixo nos dentes. Mas, do penúltimo para o último ano do colegial, seu corpo começou a mudar. Começaram a aparecer os músculos que tanto desejara e lutara para ter, sua voz foi ficando mais grossa, tirou o aparelho e colocou lentes que valorizavam os seus olhos azuis. Megan percebeu que seu amigo de infância tinha se tornado um homem gostoso e muito sensual.

Os gemidos contínuos de sua namorada o levaram ao orgasmo. Agora, eles trocaram de posição. Ian estava em cima dela. O domínio do prazer e da loucura sobre seu cérebro era tão grande que não percebeu que suas entocadas eram fortes e rápidas, porém prazerosas. Seu corpo, que estava acabado pelo dia de trabalho, experimentava a técnica de relaxamento através do sexo. Aproximou sua cabeça do ouvido de Megan e deu uma mordiscada na ponta da orelha. Aquilo só fez aumentar o estado de êxtase dela.

Percebendo que Ian estava sendo disputado até mesmo entre suas amigas, Megan decidiu agir. Primeiro, terminou com Ed, o que o deixou furioso. Segundo, resolveu fazer um upgrade em si mesma e em suas roupas. Seu ex não gostou de nada disso e começou a infernizar a vida dela, a perseguindo e fazendo chantagem emocional. Megan teria conseguido superar numa boa se não fosse por uma noite chuvosa em que descobriu que estava grávida.

O suor da testa de Ian escorria pelo seu rosto e pingava no travesseiro, perto dela. Ambos estavam ofegantes e cansados, porém queriam mais. Megan mudou de posição. Agora, ela estava de quatro na cama e ele, atrás dela. Em particular, aquela posição era a mais prazerosa para os dois. Quando Ian estava prestes a gozar, ele retirou seu membro e jogou o líquido nas terminações das costas dela. A respiração ofegante e desregular dos namorados era o único barulho que preenchia o quarto escuro. Megan se virou para ele e o beijou.

– Eu te amo – sussurrou em seu ouvido.