Red escrita por A Menina que Roubava Palavras


Capítulo 9
O Futuro de Um Hospital


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeeeee! *---* Como vão meus leitores divos?? Eu estou ótimaaaa :D Acho que colocaram alguma coisa no meu café.
Aqui vai mais um capítulo emocionante para vcs ficarem confusos e ansiosos para o próximo ashuasuahsuhauhsuhauhsuha
Mentira, esse capítulo é bem esclarecedor. Enfim, antes de deixarem vcs em paz, eu queria dar um super agradecimento a minhas amigas da escola que também acompanham a fic. Obrigada suaass LiNdAs. Eu tinha dito que postaria segunda ou domingo(amanhã), só que eu decidi fazer isso logo hoje pq eu pretendo estudar nesses dias. Pois é, minha vida não tá fácil. Um beijão para vcs :3



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O corpo de Ed estava tensionado para frente. Por mais que aquelas cadeiras fossem confortáveis, não tinha nada que pudesse tornar aquela situação menos tensa. Vestia uma blusa social branca, com paletó e gravata. Havia um quê de ansiedade se expressando em seu rosto. Com as sobrancelhas mais próximas do que o de costume, seus olhos cor de mel estavam fixos nos ponteiros do relógio que custavam em se mover. Ele esperava uma única pessoa para começar a reunião que definiria o futuro do hospital.

Phill estava atrás dele, sentado numa poltrona, brincando com uma Desert Eagle de ouro. Tinha a recebido especialmente para este momento. Por conta disso, seu ego havia duplicado de tamanho, pois seu chefe, uma das pessoas que mais admirava no mundo, tinha o encarregado de protegê-lo.

Um homem negro, alto e robusto, vestido de terno e gravata entrou no escritório. Ele usava óculos escuros, deixando sua fisionomia irreconhecível. Também tinha, inconvenientemente, dois dados pequenos de madeira, que ficava alternando-os de mãos como uma espécie de passatempo. Ele estava acompanhado de um segurança que havia parado na porta para impedir que alguém entrasse ou saísse da sala.

Ed se levantou e foi cumprimentar o seu fornecedor. A figura tinha um aperto de mão forte e determinado. Eles se sentaram nas cadeiras presentes na cabeceira da extensa mesa de madeira polida, num escritório particular num topo de um prédio empresarial na Wall Street.

– Recebi sua encomenda. – Ed começou.

– Vi por satélite que você mandou um guri. – comentou o homem de cara feia – Foi esperto.

– Obrigado – Ed meneou a cabeça.

– Eu sei que a CIA está atrás da sua quadrilha. – falou friamente, tentando intimidá-lo.

– Como eles podem estar atrás de algo que não sabem onde está? – questionou uma pergunta retórica.

– Sua base foi invadida semana passada. – argumentou ele, deixando a fala de Ed inútil.

– Ali não era uma base. – explicou, tentando se sentir confortável ao máximo na cadeira – Pode-se chamar de casa de descanso.

– Se eles descobriram esse lugar, o que te deixa seguro de que não descobrirão alguma coisa mais importante? – arqueou uma das suas sobrancelhas.

– A minha quadrilha está espalhada por todo o mundo – disse, deixando escapar um pouco de orgulho em sua voz – A qualquer momento, se as coisas apertarem, eu posso residir no Equador, ou se eu preferir um lugar mais frio, na Suíça.

O homem de nome desconhecido riu, zombador. Porém, o que Ed falara era verdade. Sua quadrilha tinha bases distribuídas pelo mundo a fora. Em sua última visita, ele foi para a África do Sul, se certificar de que as extrações e as comercializações de diamante e urânio estavam ocorrendo de forma sigilosa e sem nenhum problema. No ano passado, visitara o Irã para ver como andava a extração de petróleo. Resumindo, Ed tinha motivos de sobra para se sentir confiável.

O único barulho que irritava os ouvidos dos presentes era o dos dados de madeira chocando um contra o outro.

– Você me parece muito seguro – falou, curvando-se na mesa – Segurança é bom, demais te deixa cego. O que é muito perigoso no campo minado em que nós vivemos.

– Eu posso te assegurar, meu amigo. Eu sei o que eu falo, ainda mais o que eu faço.

Ele assentiu, pensativo, ignorando o que tinha acabado de ouvir, pois pouco o importava o que ele tinha ou deixava de ter. O que queria realmente saber era se estava negociando com a pessoa certa. E para ele a pessoa ideal era aquela sem piedade, futurista, ambiciosa e segura do que faz e o que pretende fazer.

– Quando irei receber a última parcela do meu pagamento? – perguntou, mudando de assunto.

– Para dinheiro todo mundo tem pressa, não é? – Ed brincou, mas o rosto do homem não mudou de expressão, sempre sério e com os músculos relaxados. – Phill!

O seu comparsa se levantou imediatamente da poltrona que estava sentado. Foi em direção ao armário da sala e de lá, retirou uma maleta. Colocou-a em cima da mesa, em frente ao homem e a abriu. Deu até para ver a imagem de cédulas e mais cédulas de dinheiro refletidas na lente dos óculos escuros. Ele sorriu.

– Foi muito bom negociar com você. – se levantou, pegou a maleta e foi em direção à porta, onde o seu segurança o esperava imóvel – Espero vê-lo vivo algum dia.

Saiu da sala. Quase nada mudou. Todos ainda estavam em silêncio até que Phill suspirou profundamente, como se tivesse guardado toda a tensão do momento dentro dele.

– Que cara estranho, né, chefinho?

Ed não respondeu. Estava concentrado demais, olhando pela imensa janela de vidro, que ia do chão ao teto e ocupava completamente uma das paredes da sala, no término da construção do mais novo e tecnológico hospital dos EUA. Um sorriso torto e maligno foi nascendo em seu rosto à medida que percebia que faltava cada vez menos dias para colocar o seu plano em ação.

Phill percebeu a direção do seu olhar e começou a contemplar a vista privilegiada para o hospital.

– Ainda bem que eu não pago impostos – comentou baixo consigo mesmo.

O mais novo hospital que estava sendo construído iria atender toda a população com as mais evoluídas máquinas medicinais importadas da Alemanha. Todo esse conforto resultou na triplicação dos impostos cobrados sobre a população com a condição de que os serviços prestados nele teriam que ter o custo dividido pela metade do que seria cobrado.

O plano de Ed consistia em colocar um de seus agentes infiltrados da força armada do governo, que estará presente na inauguração, para instalar uma bomba que implodiria o hospital. A população iria ficar revoltada, indignada, não só pelo seu dinheiro jogado fora, mas também pelas perdas que teriam na catástrofe. Então, iriam começar os protestos e mais protestos, manifestações do povo contra o governo. Mas, isso não bastava para Ed, ele queria uma revolução, uma guerra civil onde pudesse vender armas para as pessoas irem às ruas e tirarem o presidente do poder.

Era tanto entusiasmo que ele conseguia sentir seu sangue esquentar nas veias, imaginando o cenário de guerra. O grito do povo por seu dinheiro de volta ecoava em sua cabeça. Quando voltou do seu devaneio, percebeu que sua mão estava fechada com força, com tanta força que a circulação do sangue em seus dedos parou, e ele não conseguia mais senti-los. Relaxou a mão e deixou que toda aquela tensão misturada com ansiedade fluísse.

Enquanto isso, Harry ainda tentava se recuperar do que havia passado. Sua melhor amiga fora atingida no braço por um dardo, e ele não fizera nada para ajudá-la. A culpa que sentia sufocava-o, deixava-o em estado de negação e apodrecia seu coração. Ele sabia que tinha um agente da CIA escondido em algum lugar por ali, apenas esperando uma pessoa suspeita aparecer. Mas, fora Luce que o agente mirou e acertou, não ele. Harry também sabia que Ed o havia mandado, porque era insignificante. Não conseguia se perdoar por ter abandonado Luce caída no chão e não conseguia conter o ódio crescente que sentia por quem um dia havia sido seu amigo. Ela estava morta para Harry. Seu pai era o único que o consolava.

O que ele não entendia era como Ed tinha se tornado tão frio e calculista. Não tinha lembranças claras dele, mas, com certeza, ele não era assim. Alguma coisa o tinha feito mudar nesse meio tempo em que ficou no orfanato. Entretanto, Harry não fazia questão de descobrir o que era. Ele sentia medo só de estar na presença dele, quanto mais tentar investigar sobre sua vida. Era quase um suicídio. Passava por sua cabeça que Ed tinha feito alguma coisa muito errada no passado como brigar feio com os pais, matar alguém, matar os pais...

Jonas o havia criado como um sobrinho, mas não se considerava um tio. Ed o tratava como um empregado, na verdade, tratava todo mundo como um empregado. Porém, o que eles podiam fazer? Matar ele? Uma vez já tentaram, mas quem acabou morto foi o suposto assassino. Depois desse incidente, ninguém mais levantou um dedo para ele.

Harry sabia que mais cedo ou mais tarde alguém iria se cansar daquela situação de submissão e se vingaria, só não sabia como.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do plano maligno de Ed??? Como eu não sou uma mente do mal (sou santinha ~sqn) eu tive que consultar mais uma vez meu primo. Sim, aquele mesmo que me ajudou a escrever o capítulo que Luce é torturada. Não pensem que ele é uma pessoa ruim, ele só consegue pensar em coisas ruins, é diferente, eu acho...
Anyway, não sei se esse capítulo foi considerado grande por vcs, e se acharam ele pequeno, me desculpem, eu realmente me esforço para conseguir escrever o que as pessoas pensam, o lugar... mas às vezes a criatividade seca. Até próxima semana >.< ♥



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